Por Edson Rodrigues
Assim como foi demonstrado na última sexta-feira, quando a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do Francisco e Parnaíba (Codevasf) completou mais de 400 milhões de reais investidos no Tocantins entre 2020 e 2021, por meio de emendas impositivas da bancada federal tocantinense e do próprio governo federal, num evento que marcou a entrega de maquinário pesado para a agricultura e caminhões para o escoamento da produção para 50 prefeituras do interior, ficou claro que falta apenas vontade política para que o Tocantins seja transformado em um Estado-modelo para a realização e revitalização de projetos envolvendo a agropecuária e a produção de alimentos.
Lá atrás, quando Eduardo Gomes ainda não era senador, e pediu para que o senador maranhense Roberto Rocha interviesse para que o Tocantins fosse incluído na área de abrangência da Codevasf, foi dada a largada para um processo que custou muito trabalho de articulação e convencimento, por parte do próprio Eduardo Gomes, em Brasília, junto aos senadores, para que a inclusão do Tocantins fosse aprovada em plenário.
Agora, como senador da República e líder do governo Jair Bolsonaro no governo Federal, Eduardo Gomes conseguiu sensibilizar e mobilizar a bancada federal no sentido de carrear o máximo de recursos para o Tocantins por meio da Codevasf, com suas emendas impositivas, não importando a cor partidária, apenas os benefícios ao povo tocantinense, o caminho já está dado para que, com vontade política, o Tocantins, finalmente, se transforme na potência agrícola e pecuária que sempre foi preconizada, desde a criação do Estado.
CRIAÇÃO DE PEIXE E FRUTAS
A Codevasf tem projetos voltados para o incentivo e capacitação dos pequenos produtores de hortifrutigranjeiros e peixes, aproveitando sua extensão territorial e a abundância de água, o Tocantins se enquadra, praticamente, em todos esses projetos, inclusive envolvendo questões de abastecimento e saneamento básico, resolvendo a questão da seca na Região Sudeste, com a perfuração de poços artesianos, levar esgotamento sanitários para os municípios do Bico do Papagaio e do Jalapão.
Mas é na produção de hortifrutigranjeiros e de peixes que pode estar a solução para trazer dignidade e reconhecimento para os tocantinenses nativos. O governo do Estado publicou no Diário Oficial o edital de terceirização do Ceasa de Palmas, localizado em Taquaralto, que vai abrir as portas para que os produtores rurais, familiares e associações afins possam entrar no mercado, produzindo e tendo mercado para seus produtos, com fácil escoamento e fácil comercialização.
Assim como acontece com o abacaxi tocantinense, o melhor do Brasil e que foi capaz de fazer uma das maiores redes de supermercados do Brasil mudar sua rota logística para poder ter acesso a um produto de primeira qualidade, quanto mais o Tocantins produzir bem, em escala comercial, para que chegue ao mercado nacional e internacional. A ferrovia Norte-Sul está aí para isso!
CAPACITAÇÃO PARA PISCICULTURA E ROTAS DE FRUTAS
Devido à grande relevância que a atividade piscícola possui hoje no Brasil, tanto economicamente, quanto como ferramenta de inclusão produtiva, a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) publicou um Manual de Criação de Peixes em Viveiros. A publicação visa auxiliar produtores, técnicos da área, alunos e interessados no tema dos manejos e das boas práticas necessárias a esse tipo de atividade.
O manual tem como objetivo dar acesso gratuito a conhecimentos atualizados em piscicultura e foi dividido em 10 capítulos. Dentre os assuntos abordados, estão a elaboração de projetos, a construção da infraestrutura, a qualidade da água e o manejo produtivo. Nele são abordadas todas as fases de produção, desde a compra do alevino até a venda do peixe ao consumidor final.
De acordo com a analista da Unidade de Recursos Pesqueiros e Aquicultura da Codevasf e uma das autoras do manual, Maria Regina Soranna, “o manual supre uma carência existente no setor, pois não há muitos trabalhos voltados ao pequeno produtor e com linguagem acessível que permita fácil entendimento por parte do público em geral”.
A implantação das Rotas de Integração Nacional, como a Rota da Fruticultura, é uma ação do Ministério Desenvolvimento Regional, por meio da Secretaria Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano (SDRU), em conjunto com órgãos parceiros, associações e entidades locais. O programa segue as diretrizes da Política Nacional de Desenvolvimento Regional e integra as estratégias do ministério para, com inclusão produtiva, desenvolver regiões.
Depois de criadas, as rotas atuam com redes interligadas de Arranjos Produtivos Locais (APLs) para promover inovação, diferenciação, competitividade e lucratividade de empreendimentos associados.
“A fruticultura, não tenho dúvida, ela pode ser e será a menina dos olhos nesse cerrado. Aprendi que, 1 hectare de fruta, compensa 30 hectares de soja. Se a gente tiver 4 hectares por produtor, é como se nossos agricultores produzissem 120 hectares de soja. Imagina esse impacto na região”, avaliou o superintendente federal da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Distrito Federal (SAF-DF/Mapa), William Soares Barbosa.
UNIÃO PELO DESENVOLVIMENTO
Essa oxigenação que chega ao Tocantins em momento oportuno, via Codevasf, com a atuação fundamental da bancada federal, em uníssono, unindo os três senadores – Eduardo Gomes, Kátia Abreu e Irajá Abreu – e os oito deputados federais – Dulce Miranda, Célio Moura, Dorinha Seabra, Vicentinho Jr., Osires Damaso, Carlos Gaguim, Tiago Dimas e Eli Borges – pode significar o início do processo definitivo de desenvolvimento do Tocantins.
Senador Eduardo Gomes
Como dissemos no início deste editorial, basta vontade política. O caminho está aberto e os meios disponíveis. Quem souber – e quiser – agir de acordo, certamente fará muitos pontos juntos aos tocantinenses.
Fica a dica!