LAUREZ E DIMAS PREPARAM SUAS PRÓPRIAS COLCHAS DE RETALHOS

Posted On Segunda, 17 Janeiro 2022 19:49
Avalie este item
(0 votos)

Considerados dois dos melhores ex-prefeitos da última gestão, no Tocantins, Ronaldo Dimas, de Araguaína (186.245 habitantes e 105.288 eleitores), e Laurez Moreira, de Gurupi (88.428 habitantes e 54.303 eleitores), segundo e terceiro maiores colégios eleitorais e economias do Estado, respectivamente, que terminaram suas administrações com excelentes índices de aprovação popular e, automaticamente, colocaram seus nomes na disputa pelo governo do Estado, chegando até a ensaiar uma “dobradinha” no fim do ano passado, começaram 2022 meio frios em relação às suas pretensões políticas.

 

Por Edson Rodrigues

 

Cada um deles passou oito anos à frente dos Executivos Municipais mais cobiçados depois da Capital, Palmas, e se destacaram por terem feitos verdadeiras transformações nos municípios, com investimentos em todas as áreas, da infraestrutura básica á Ação Social, passando pela Saúde, Educação e Habitação.

 

Mas, ao fim de seus governos, esqueceram que ninguém consegue vencer uma partida de futebol sem um bom time, sem uma comissão técnica competente e, principalmente, sem uma boa “torcida”.

 

E foi exatamente isso que os dois tiveram durante seus mandatos.  Em Araguaína, Dimas contou, no seu primeiro mandato, com o importantíssimo apoio político de dois deputados federais, seus amigos, parceiros e irmãos, Lázaro Botelho e César Halum, que concentraram seus trabalhos na Câmara Federal em alocar recursos para a cidade que também os elegeu, abraçando a gestão de Dimas como se fosse parte dos seus mandatos como parlamentares.

 

 

Laurez Moreira , Ronaldo Domas, Eduardo Gomes e o prefeito Wagner Rodrigues

 

Foram Botelho e Halum que irrigaram os cofres da cidade com milhões e milhões de reais, via emendas impositivas, recursos federais e empréstimos para a construção de milhares de moradias populares, entre casas e apartamentos, pavimentação asfáltica e outras ações, que somaram mais de 380 milhões de reais.

 

Já no segundo mandato, Ronaldo Dimas praticamente “recebeu as chaves do governo federal”, com o apoio político do senador Eduardo Gomes. Nenhum outro município do Tocantins, nem mesmo a Capital, recebeu tantos recursos do governo Jair Bolsonaro, por intermédio de Eduardo Gomes, líder do governo na Câmara Federal, e de parte da bancada federal tocantinense.

 

O montante de recursos foi tamanho, que Dimas não conseguiu utilizá-los em quatro anos e quem está utilizando o que ficou no caixa da prefeitura é seu sucessor, Wagner Rodrigues.

 

Aí vem a pergunta:  com tantas condições assim, por qual motivo a candidatura de Dimas ao governo do Estado não decola?

 

Mesmo tendo em mãos milhões e milhões de recursos do governo federal, Dimas está com sua prestação de contas em dia, não é investigado por nenhum ato, nunca foi condenado por outros, em suma, é ficha limpa.

 

Secretário Cesar Hallum

 

Os erros que levaram a candidatura de Dimas a não decolar foram estritamente políticos. Para investir na candidatura de seu filho, Tiago, à Câmara Federal, Dimas foi obrigado a compor com Irajá Abreu e “esquecer” Halum, também candidato ao Senado, e Lázaro Botelho, que concorria á reeleição na Câmara Federal. No fim, Dimas elegeu seu filho deputado federal e contribuiu para uma maior votação de Irajá Abreu para o senado em Araguaína, em detrimento do candidato da cidade, César Halum.

 

Essa demonstração de ingratidão política e pessoal, retirou toda a musculatura que sua campanha ao governo do Estado demonstrou, num primeiro momento, pois expôs que, quando o assunto é estar perto do poder, Dimas esquece que lhe ajudou a chegar até lá e, isso, no meio político, é conhecido como “trairagem”, traduzida para “cegueira política de iniciante” pelos principais analistas.

 

Ainda assim, no seu segundo mandato, Dimas conseguiu que um antigo amigo, eleito senador mais bem votado no Tocantins em 2018, Eduardo Gomes, lhe desse guarida em sua gestão.  De todos os milhões de reais que Araguaína recebeu do governo de Jair Bolsonaro, 80% vieram por intermédio de ações diretas do senador Eduardo Gomes, já líder do governo na Câmara Federal.

 

Mas, Dimas, não se sabe por que cargas d’água, insistiu em permanecer em um partido nanico e inexpressivo, o Podemos, que anunciou como candidato á presidência da República o inimigo número um do governo de Bolsonaro, o mesmo que irrigou os cofres públicos de Araguaína em sua gestão, o ex-ministro da Justiça Sergio Moro, criando, ele mesmo, barreiras em relação ás ações do senador Eduardo Gomes em favor de Araguaína.

 

Resta saber se Dimas manterá sua teimosia política avassaladora e incompreensível, permanecendo no Podemos, se irá recepcionar Moro em visitas ao Tocantins e onde encontrará “retalhos” para compor a sua colcha, a ser cozida com uma linha política tão fina e tensa e puída, a ponto de arrebentar a qualquer momento?

 

Ex-deputado Lazaro Botelho

 

A seu favor, por enquanto, apenas as certidões de “nada consta”....

 

LAUREZ MOREIRA

 

Já Laurez Moreira foi o prefeito que mudou a cara de Gurupi, a Capital da Amizade, durante os oito anos dos seus dois mandatos, em que chegou gabaritado com uma ótima bagagem de conhecimento, depois de ser vereador, deputado estadual, deputado federal e prefeito por dois mandatos anteriores.

 

Essa sua vivência política no Legislativo e no Executivo, lhe permitiu iniciar logo com “a mão na massa”, atacando os pontos nevrálgicos da cidade, saneando as principais demandas, com o apoio de uma ótima equipe de auxiliares e de bons consultores com influência em Brasília.

 

Laurez soube garimpar muitos milhões de reais em diversos ministérios e transformou Gurupi em uma cidade pequena, com alma de metrópole, com um sistema educacional de ponta e com grande destaque nos investimentos em Educação e Saúde. Sua gestão trouxe a dignidade e o respeito que a Unirg precisava, transformando-a em uma universidade à altura do povo gurupiense.

 

Mas, assim como Ronaldo Dimas, cometeu erros políticos que acabaram por, praticamente, inviabilizar sua candidatura ao governo.  Ao impor a candidatura do seu sucessor, seu próprio sobrinho, uma pessoa boa, íntegra e fiel, mas sem poder para agregar bons nomes ao seu redor, Laurez contrariou a vontade dos seus próprios companheiros de gestão, das pessoas que lhe proporcionaram realizar o grande governo que realizou. E está pagando caro pela escolha.

 

A derrota de Laurez na tentativa de eleger seu escolhido, segundo a Justiça alega ter provas suficientes para provar, teve abuso de poder econômico dos seus adversários, estando, inclusive, a vitoriosa Josi Nunes, seu vice e o próprio Mauro Carlesse, com seus mandatos cassados, sendo que Josi continua no cargo até que todos os recursos sejam julgados.

 

Com isso, Laurez mantém a sua pré-candidatura, mesmo sem conseguir fazê-la decolar, voltando a se movimentar, colocando o pé na estrada para tentar mudar o rumo da história que se horizonta, tecendo, ele mesmo, a sua própria colcha de retalhos, sabe-se lá com qual linha e com quais “retalhos” em vista.

 

DESENCONTROS

 

Tanto Laurez quanto Dimas protagonizaram desencontros importantes para chegarem esvaziados neste início de ano em suas pretensões pelo governo do Estado.

 

Dimas participou de um ajuntamento com os senadores Kátia e Irajá Abreu, com o empresário Edson do Tabocão, fazendo um giro pela Região Norte, dando claros sinais de uma união de forças políticas, na formação de uma chapa forte e competitiva.

 

Dimas só não contava que Mauro Carlesse fosse afastado do governo e, com isso, Kátia, Irajá e Tabocão iriam marchar, juntos, rumo ao Palácio Araguaia, para os braços do governador em exercício, Wanderlei Barbosa. Dimas ainda tentou reagir, promovendo um encontro com os principais líderes políticos da oposição, inclusive com Laurez Moreira, mas sua postura de “candidato consagrado” ou, como falaram alguns dos participantes, “arrogante” ou “professor de Deus”, acabou colocando tudo por água abaixo e o encontro acabou sendo um tiro em seu próprio pé.

 

Laurez Moreira, por sua vez, se afastou de Dimas – com quem nem queria estar junto, diga-se de passagem – reuniu-se em Gurupi com o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, e declarou a formação do grupo político que Dimas quis montar, sem a participação do próprio Dimas.

 

Laurez só não contava com a participação do PSB, de Amastha, na Federação Partidária junto com o PT, que, no Tocantins, já tem seu próprio candidato ao governo, na figura de Paulo Mourão, o que retornou Laurez à figura melancólica de “candidato de si próprio”.

 

SEMELHANÇAS NO DECLÍNIO

 

Ronaldo Dimas, senador Irajá Abreu e o empresário Edson Taboco

 

Logo, as pré-candidaturas de Ronaldo Dimas e de Laurez Moreira não terem decolado, queimando a largada, traz muitas semelhanças, como um péssimo trabalho de marketing, um distanciamento da mídia durante os seus mandatos de sucesso e, principalmente, a falta de poder de agregar em torno de si, lideranças políticas de peso, pelo mesmo tipo de atitude de ambos: acreditar muito no próprio taco e desmerecer a importância de companheiros leais. Isso lhes tirou musculatura de suas pretensões.

 

Essa primeira impressão das suas pré-candidaturas é impossível de ser revertida.  O único caminho que resta aos dois é tentar compor, enquanto ainda são lideranças fortes em suas regiões, com as lideranças que ainda estiveram em dúvida e, cada um, tentar formar a sua colcha de retalhos pois permanecem sendo componentes importantíssimos de qualquer chapa majoritária.

 

Já provaram ser ótimos gestores, são fichas-limpas, íntegros e, só por isso, merecem reconhecimento e respeito do povo tocantinense.  Só se equivocaram nas estratégias para chegar ao governo do Estado, mas podem postular cargos eletivos de relevância e recomeçar, do zero, a montar suas estratégias para, em outra eleição estadual, quem sabe, serem os protagonistas.

 

Disso, O Paralelo 13 tem absoluta certeza.

 

DIRETO DA FONTE

 

UNIÃO BRASIL LANÇA NOMES PARA VICE-PRESIDENTE

 

Mesmo sem saber qual candidato vai apoiar nas eleições presidenciais de outubro, o União Brasil já tem três nomes de vice para oferecer em qualquer chapa. A lista é composta por Luciano Bivar (PE), presidente do PSL; Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), ex-ministro da Saúde, e Mendonça Filho (DEM-PE), ex-titular da Educação. Em comum, porém, os três colecionam dificuldades em disputas eleitorais.

 

Fruto da fusão entre o DEM e o PSL, o União Brasil nasce com o maior fundo eleitoral para a campanha deste ano, na casa de R$ 1 bilhão. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve avalizar a criação do partido em fevereiro.

 

DATENA VAI CONCORRER AO SENADO

 

O apresentador de TV José Luiz Datena voltou a apresentar interesse pela vida política. Em seu programa, o apresentador, que é filiado ao PSD, afirmou que será candidato ao Senado Federal por São Paulo nas eleições de 2022. Esta é a quarta eleição consecutiva em vez que Datena se apresenta como potencial candidato.

 

A declaração ocorreu ao vivo após provocação do apresentador Fausto Silva, que esteve no Brasil Urgente para divulgar sua estreia na Band. Fausto afirmou que estava no programa para saber se Datena seria candidato. Em resposta, Datena disse: "Vou, vou. Ser candidato ao Senado. Eu não posso falar mais nada porque senão me ferram, mas isso [candidatura ao Senado] com certeza, isso eu cravei."

 

MORO DESAFIA LULA PARA DEBATE

 

Estreante numa campanha eleitoral, o pré-candidato à Presidência pelo Podemos, Sérgio Moro, se tornou alvo de desafios para debates cara a cara. E tem feito o mesmo com os rivais. O ex-juiz da Lava Jato foi provocado a debater a reforma do Judiciário pelos integrantes do grupo de advogados Prerrogativas e reagiu chamando para um confronto direto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva "a qualquer hora, sobre mensalão e petrolão".

 

Moro fez o desafio ao petista em publicação nesta sexta-feira em suas mídias sociais.

 

O desentendimento entre Moro e o Prerrogativas, autodenominado grupo de advogados "progressistas" e "antilavajatistas", esquentou após o advogado Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo, declarar que o plano do candidato do Podemos de fazer mudanças no Judiciário causa "espanto". Moro chamou o coletivo de "clube dos advogados pela impunidade" e de "advogados corruptos".

 

Após esse comentário de Moro, integrantes do grupo mantiveram o desafio por meio de novas publicações em rede social, e o ex-juiz recusou, devolvendo o convite para debater com Lula.

 

QUEIROGA CONVOCA PARA DOSE DE REFORÇO

 

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de um ato de vacinação e testagem para covid-19 na manhã de ontem (15), em João Pessoa. Queiroga, que é médico de formação, posou para fotógrafos vacinando uma moradora da região e exaltou a terceira dose da vacina no reforço à imunização.

 

“É necessário aplicar a dose de reforço para que o organismo esteja preparado para se defender no caso de variante. O governo tem feito essas ações de maneira reiterada”, ressaltou o ministro. Ele também defendeu o Sistema Único de Saúde (SUS) como responsável pela redução nos números de mortes em relação ao ano passado. “Nós tivemos uma quebra expressiva no número de óbitos, e isso se deve à força do Sistema Único de Saúde”.

 

Segundo o Ministério da Saúde, o Brasil tem 162 milhões de pessoas vacinadas com uma dose e 135 milhões de pessoas já vacinadas com as duas doses do imunizante, ou com a dose única, no caso da vacina Janssen. Já as doses adicionais e de reforço aplicadas até agora no país somam 16,7 milhões.

 

Última modificação em Segunda, 17 Janeiro 2022 06:26