O Observatório Político de O Paralelo 13 abrirá, a partir deste Panorama Político, uma discussão com a sociedade portuense sobre o futuro gestor e as prioridades da Capital da Cultura do Tocantins. Um debate saudável, sem nem um ponto contra a atual gestão, muito menos pontos a favor.
Por Edson Rodrigues
A necessidade deste debate é urgente, para que dê tempo de Ronivon Maciel resolver realmente ser – e não apenas estar – prefeito de Porto Nacional e para que os possíveis nomes com capacidade real de serem bons gestores, de pulso e com visão administrativa, possam ser identificados e avaliados pelos eleitores portuenses, pelos partidos e grupos políticos.
Prefeito Ronivom Maciel candidato a reeleição
Como dissemos, nada contra a atual administração, de Ronivon Maciel, assim como nada a favor. Este é o ano para que o prefeito de Porto Nacional dê um gás em sua gestão, começando por uma reformulação profunda em seu secretariado e auxiliares, do primeiro ao quarto escalões, para dar uma resposta positiva às demandas dos comerciantes, empresários e homens do campo, de Porto Nacional. O limite para que isso aconteça é o mês de fevereiro, não no seu fim, mas já em seu início, pois os bons nomes que surgem da oposição, já colocam a administração municipal à beira do impossível, em se tratando de uma continuidade da atual situação.
ARTICULAÇÕES
São tantos bons nomes na oposição e a administração anda tão cambaleante, que já há articulações para união e fortalecimento de alguns partidos e grupos políticos, para a “tacada” ser certeira, com uma mínima margem para erro.
Todos os deputados estaduais filhos de Porto Nacional, como Nilton Franco, Waldemar Jr., Cleiton Cardoso, Júnior Geo e os deputados federais Toinho Andrade e Ricardo Ayres, são candidatos naturais à prefeitura, assim como o vereador Miúdo, que tem um patrimônio político invejável e totais condições de ser pré-candidato, o ex-prefeito Otoniel Andrade que, com pendências com a Justiça, precisa reverter duas condenações em colegiado e, junto ao STF, conseguir estar elegível pelos próximos cinco anos, além, claro, do vice-prefeito Joaquim do Luzimangues, que tem o bônus de ter sua esposa eleita vereadora como representante, justamente, do distrito portuense.
Empresário Maurício Buffon pode entrar no jogo sucessório
Outro nome em voga vem do agronegócio, o do empresário Maurício Buffon, segundo suplente da senadora Dorinha Seabra, senadora recém-eleita, que tem ótimo relacionamento junto ao setor produtivo de Porto Nacional, desde empresários do setor a proprietários rurais.
Rolmey da Nutrisal já se declarou como pré-candidato à prefeitura
Também em excelente cotação, está o já declarado pré-candidato à prefeitura Rolmey da Nutrisal, uma pessoa carismática, muito bem-sucedida na vida empresarial e que já está em plena formatação do seu grupo político e partidário, de olho em 2024.
Álvaro da A7, porém, é o nome que mais cresce em relação à sucessão municipal. Empresário bem-sucedido, com investimentos em Porto Nacional, Palmas e Araguaína, ele não comenta sobre a possibilidade de se candidatar à prefeitura, mas seu nome é o que liderar as apostas nos bastidores políticos.
Filho de Porto Nacional, Álvaro da A7 (foto) é uma pessoa com rígidos princípios religiosos e familiares e tem um ótimo relacionamento com a sociedade portuense em todas as classes. Seu nome é visto como um sucessor à altura para fazer uma administração contrária ao que vem fazendo Ronivon Maciel, com visão desenvolvimentista, eficaz e empreendedora.
Os nomes atuais apresentados à sucessão de 2024, podem crescer ou, até mesmo, desaparecer do cenário político até o período das convenções, mas, certamente, estarão em destaque caso a gestão de Ronivon Maciel não decole e o atual prefeito não consiga formar um grupo político com partidos e lideranças capazes de mudar os rumos da sua administração.
É importante ressaltar que não pesam, contra Ronivon Maciel, nenhuma suspeita de atos não republicanos e que prefeitos que terminaram suas administrações com avaliações positivas, como Euvaldo Thomaz, Paulo Mourão e Tereza Martins, decolaram suas gestões no início do terceiro ano de seus mandatos.
Caso contrário, o nome de Ronivon será suplantado pela maioria dos que aparecerem como opção à sua forma de gerir a cidade de Porto Nacional.
O certo é que, Porto Nacional, como está, não pode ficar mais.
A HORA DE PORTO NACIONAL ACORDAR
Há muitos gargalos a serem sanados. Nada justifica Porto Nacional não ter as entradas da cidade - Silvanópolis/Porto e Palmas/Porto - na mais completa escuridão, assim como o trevo da Br-153. Dois parques industriais – Porto e Luzimangues – sem infraestrutura asfáltica mínima, sem uma Guarda Municipal presente e equipada.
Nossas praias, que poderiam estar movimentando a economia 365 dias por ano, continuam sem o investimento correto e necessário, o paisagismo da cidade inexiste, nossa “cidade velha” precisa ser revitalizada e nosso aeroporto recuperar sua importância, com pelo menos um voo diário para Brasília. Nossa juventude precisa ser cuidada e contemplada com ações desportivas, nossa população mais necessitada receber a atenção devida e tão necessária, e nossas ruas e avenidas precisam ser recuperadas. Essa são as ações que devem ser debatidas pela população portuense, pelas entidades classistas, pelos partidos políticos, pelas lideranças representativas, enfim, por todos os que amam a nossa Porto Nacional.
É preciso ser visto, enxergado e lembrado, que o povo portuense merece um governo com a sua cara e com o seu jeito, e isso não depende apenas do prefeito, mas de toda a sociedade, que tem o dever e o direito de exigir que suas demandas sejam sanadas.
NECESSIDADE DE FAZER DIFERENTE
A cidade de Porto Nacional há 12 anos não tem uma gestão desenvolvimentistas e vem, durante esse período, sem progresso, sem ações planejadas na Saúde, no Turismo e nas Ações Sociais, sem investimentos significativos e sem uma administração voltada para o futuro, justamente a maior necessidade de uma cidade que já foi a mais importante do Tocantins.
Infelizmente, até agora, a atual gestão não conseguiu mostrar nada de diferente do que foi feito nos últimos 12 anos. Sua assessoria, em todos os escalões, tem se mostrado ineficaz, inerte e, em alguns casos, incapaz. A grande pergunta é se a falha está no gestor ou nos seus auxiliares.
Acreditamos que Ronivon Maciel ainda possa turbinar sua gestão e se capacitar para um segundo mandato, mas, para isso, ele tem que agir rápido, senão, perde o bonde da história.
Sobre a necessidade de ação de nossos representantes nos parlamentos estadual e federal, falaremos em outra oportunidade.
Aguardemos e oremos!