EDITORIAL
É inacreditável o que estão fazendo com o estado do Tocantins e com sua boa gente. Um desrespeito, uma vergonha. Não é concebível sangrar tanto nossa economia como os Ministros da suprema corte eleitoral estão fazendo com o estado.
Por: Edson Rodrigues
Podemos perguntar por que não fazem isso com o Rio de Janeiro? No Tocantins desde ontem (11/04), o estado não compra remédios, não compra combustível, não paga telefone, nem internet. Também temos notícias de não pagamento a caminhões-pipas, da Agência Tocantinense de Saneamento (ATS), tampouco a empresa que presta assistência ao sistema de abastecimentos e fornecimento de água aos municípios, atendidos pela ATS e famílias já não possuem água nem para fazer comidas.
Também não podem fazer qualquer tipo de transporte aéreo a nenhum paciente porque a justiça bloqueou pagamentos que não sejam prioritários, porém não especificou o que seria ou não prioritário.
Segundo informações da administração do governo Marcelo Miranda, a economia do estado vinha tendo uma ótima recuperação, em torno de 22%, o que é bem acima do planejado para o primeiro trimestre do ano, portanto o banco tem o dever de pagar tudo. Agora, saber o que é prioritário não é função do órgão pagador.
Outro grande problema, diante da confusão, é que, devido a insegurança e instabilidade administrativa, política e econômica, muita gente evita fazer qualquer investimento em um estado que sangra e que se transformou em um grande experimento jurídico. Um estado que se tornou palco de desentendimentos entre dois membros da cúpula da suprema corte. E ainda tem mais. Como se não bastasse tanta instabilidade, fontes em Brasília garantem que paralelamente a todos esses acontecimentos, pessoas (leia-se detentores de mandatos na Assembleia Legislativa e no Congresso Nacional, pelo Tocantins) sem compromissos com nossa coletividade estão entre Brasília e São Paulo negociando concessões em troca de volumosos recursos para bancar campanhas numa possível eleição tampão e em outubro.
Tais negociações passam por privatizações de rodovias estaduais, privatizações dos fornecimentos de água nos municípios atendidos pela ATS, venda da folha de pagamento do funcionalismo público para um banco paulista e, segundo a nossa fonte em Brasília, já há um entendimento que os operadores desta macabra e vergonhosa ação criminosa já fizeram um pacto de unir os dois grupos para formar uma só chapa em eventual possível eleição tampão de outubro.
O estado e sua boa gente não fazem parte da pauta, esta somente visa os interesses pessoais e ‘umbilicais’ de determinados ‘líderes’ políticos. Aos tocantinenses, ficam apenas as contas (inclusive as que mantêm nossos políticos) a serem pagas. E não são pequenas.
Cabe a nós tocantinenses, nascidos no Tocantins ou que escolheram o estado para constituir suas famílias; que escolheram o mais novo estado da federação para investir seus patrimônios; que escolheram esta terra para estudar, trabalhar ou buscar novas oportunidades de profissionalização, nos unirmos para não sermos produtos de manobras dos canalhas que se dizem nossos representantes, tanto na Assembleia Legislativa, quanto no Congresso Nacional.
Estamos de olho!