Afastada do PMDB, Kátia Abreu se depara com inúmeros percalços para possível candidatura em 2018
Por Edson Rodrigues
A cúpula nacional do PMDB formalizou o afastamento da senadora Kátia Abreu por 60 dias das atividades partidárias por fazer declarações públicas contra a cúpula do partido e ao governador Marcelo Miranda. A senadora, que respondia a um processo de suspensão, poderá ainda sofrer outras punições futuras.
O partido decidiu afastar Kátia Abreu das comissões e substituí-la, logo a sigla deixou claro que a senadora só terá direito como um político que exerce função pública e foi eleito pela sigla, mas há muito tempo não é tratada como partidária.
Em suma caiu por terra o discurso de Kátia Abreu, no qual reforçava antecipadamente sua candidatura pelo PMDB no Tocantins em que ela declarava que não saía do partido. Ao que parece, a senadora além de humilhada está sendo obrigada a sair pelas portas dos fundos, e terá que adotar outra estratégia para reerguer-se, uma vez que não tem sido benquista pelos membros partidários.
Aliados do governo Marcelo Miranda
Já no Tocantins, filiados, amigos e partidários do PMDB preparam um desmascarar da senadora Kátia Abreu após a decisão da cúpula nacional. Esta reação se deve a inúmeras insinuações da política, feita em depoimentos e entrevistas à imprensa no qual garantia que era aguardado um fato novo, policial ou judicial, insinuando informações privilegiadas.
O contra ataque também veio por meio dos mesmos métodos, em que os aliados do PMDB prometem revelar uma situação no qual poderá causar uma “explosão para Kátia Abreu”. Uma fonte ligada ao partido garantiu que pelo visto isso se dará antes do dia 05 de outubro, data comemorativa ao aniversário do Estado.
A senadora, por ser uma política atuante, competente e defensora dos governos petistas de Lula e Dilma, deve filiar-se em um partido que em 2018 esteja no mesmo palanque que estiver o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, que poderá ser candidato a presidência, caso não condenado em segunda instância.
Reeleição de Irajá
Esta será uma nova engrenagem que a senadora Kátia Abreu terá que montar e lubrificar: O PSD que seu filho e deputado federal preside no Tocantins, e a vida pública de Irajá Abreu, que provavelmente será candidato a deputado federal.
Kátia será obrigada a fazer uma grande articulação política para que em sua legenda haja bons candidatos, mas que de certa forma não sobressaiam Irajá, na disputa a deputado federal, caso contrário com o fim das coligações, as chances de vitória numa disputa a reeleição reduz significativamente pelas atuais circunstancias.
É fato que existe um risco real de que a senadora enfrentará vários obstáculos pela frente caso confirme sua candidatura ao governo do Estado. O questionamento hoje é qual o seu comportamento na campanha como candidata a governadora, mãe do candidato a reeleição para deputado federal como os demais candidatos?
Por outro lado, caso a senadora decida não ser candidata ao governo, não há outro caminho que não seja compor com o prefeito de Palmas a governadoria. Mas e como os companheiros de Carlos Amastha receberiam os aliados e a senadora Kátia Abreu? E qual seria o discurso de Carlos Amastha tendo no seu palanque uma política da velha guarda que tanto ele chama de vagabundos, corruptos, ladrões e demais adjetivos. Claro que estas são suposições, o desafio é notório para a família Abreu, e ainda que suposições há muitas questões reais para resolver.
Fim das coligações
Com o fim das coligações proporcionais, soma-se os votos da legenda e alcança o coeficiente. Nisto o candidato do partido mais votado é eleito. Caso a senadora decida pela sua candidatura ao governo do Estado, há outro inglório, quem fará parte da chapa de Kátia, na função de vice-governador? E mais, dois nomes para os concorrer as funções de senadores, com mais quatro suplentes, dois para cada um, e no mínimo 16 candidatos a deputados federais e 48 para estaduais, lembrando das vagas que são exclusivas para mulheres.
Será se no Tocantins há tantos líderes políticos para que se formem três chapas com candidatos competitivos que somem significativamente nas eleições de 2018?
Será se os interessados que por ventura vir a ser candidatos ao lado de Kátia Abreu tem condições de bancar financeira sua candidatura e por qual partido? Bom, nem tudo esta perdido para a defensora dos governos de Lula e Dilma. Há ainda a possível candidatura de Lula em 2018, salvação do projeto de Kátia Abreu para 2018.
Se o ex-presidente Lula conseguir ser candidato, a senadora ganha um ótimo cabo eleitoral pelo comando do governo, mas não podemos esquecer também da possibilidade de ser decretada a sua prisão. Por enquanto fica impossível fazer um prognóstico de uma possível candidatura da senadora a governo por falta de partido. Quem são os seus aliados quem será candidato a vice, senadores deputados federal, estadual quais os partidos que estarão agregados? Por enquanto é cedo e escuro. Se esta promessa dos aliados do PMDB prosperar de fazer uma revelação sobre a senadora, em outras palavras seria uma bomba? Este é o quadro de hoje salve engano uma decisão vinda da Suprema Corte Judicial ou Eleitoral, mas a senadora está no páreo e não pode ser subestimada.