CARLOS AMASTHA SAI MENOR DO PROCESSO ELEITORAL APÓS DERROTA EM PALMAS

Posted On Segunda, 15 Outubro 2018 22:03
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Não apenas o fato de não ter mais cargo eletivo nenhum, mas de não ter conseguido eleger seus candidatos a deputado estadual, apenas Ricardo Ayres, deixam ex-prefeito sem grupo

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Pior que perder uma eleição é perder 99% da mesma eleição.  É dessa forma que o ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, acaba o ano de 2018, em que iniciou renunciando ao cargo de prefeito da Capital do Tocantins para concorrer ao governo do Estado três vezes e sair derrotado em todas.

 

Primeiro foi a eleição suplementar, em que não chegou nem ao segundo turno.  Depois veio a eleição ordinária, em que ficou em segundo lugar.  E, então, veio a derrota acachapante no segundo turno para Mauro Carlesse.  Para piorar sua situação, Amastha viu sua coligação eleger apenas o deputado estadual Ricardo Ayres, (foto) dentre todos os que a compuseram. Mas o tiro de misericórdia foi a derrota, por 3 mil votos de diferença, na Capital, Palmas, onde Amastha deveria – e esperava – tirar a diferença por sua atuação por um mandato e meio à frente do Executivo Municipal.

 

Logo, de todas as suas pretensões nas eleições regulares para o governo do Estado, Amastha conseguiu atingir apenas 1% do esperado, que foi a eleição de Ayres.  Muito pouco para quem apostou alto.

 

VIÚVAS

Mais que perder as eleições, Amastha perde, também, seu rumo político, e deixa uma “renca” de “viúvas sem herança”, pois viu seus candidatos serem derrotados um a um, principalmente os do seu “núcleo duro” de governo, além dos vereadores que faziam parte da sua base eleitoral na Câmara Municipal.  Ninguém foi eleito para nada.

 

Isso deixa o ex-prefeito sem cargo e sem grupo político para pensar em qualquer estratégia a curto prazo.  Dinheiro nunca foi problema para Amastha, mas ninguém vence nem eleição para síndico se não tiver um grupo de apoio.

 

Dizem que muitas das “viúvas” já estão de malas prontas ou para seus estados de origem, como é o caso do homem-forte de Amastha, Adir Gentil, que veio do Paraná, ou para outros grupos políticos, pensando em sua sobrevivência nas eleições municipais de 2020.

 

Ou seja, a derrota de sete de outubro foi uma pá de cal nas pretensões políticas de Amastha, inclusive para as mais otimistas delas, que apontavam a possibilidade de, em caso de derrota para o governo, tentar a prefeitura de Araguaína, onde foi o candidato mais votado.

 

ADVERSÁRIOS

Enquanto fica sem grupo, Amastha vê o seu maior opositor, Wanderlei Barbosa, ser eleito vice-governador e trazer em seu bolso a eleição do seu filho, Léo Barbosa como o deputado estadual mais bem votado do Estado, e os quatro vereadores de Palmas que mais lhe fizeram oposição – e a quem chamou de analfabetos - eleitos, também, para a Assembleia Legislativa – só não foram cinco porque Lúcio Campelo (foto) não se candidatou.

 

 

Os partidos que se coligaram a Amastha, como MDB, PSDB e PR, querem distância do ex-prefeito, tal qual demonstraram em plena campanha, e, assim, o ex-prefeito de Palmas foi diminuindo.

 

A eleição entre Carlesse e Amastha foi, praticamente, um plebiscito, do qual Amastha saiu derrotado e com várias questões a serem resolvidas com a Justiça e com a Polícia Federal.  Ou seja, de falastrão e prepotente, o ex-prefeito de Palmas é hoje, uma pessoa para a qual o povo de Palmas e do Tocantins lavou as mãos e deixou ao “Deus dará”, com seu nome fadado a desaparecer, gradativamente, dos noticiários políticos, permanecendo, somente as arestas a aparar junto aos órgãos de fiscalização.

 

Outro político que saiu menor dessa eleição foi o prefeito de Gurupi, Laurez Moreira, que não conseguiu sequer eleger seu sobrinho, Gutierrez Torquato para a Assembleia Legislativa.

 

Laurez terá que tentar uma reinvenção política para garantir o futuro de sua carreira, pois daqui a um ano e quatro meses acontece a sucessão municipal.

 

Administrativamente Laurez aparece bem, mas, politicamente, as urnas mostraram que a situação não é a mesma, pois não foi capaz de articular e teve no insucesso da candidatura de seu sobrinho um aviso prévio sobre a necessidade de uma mudança em sua conduta para continuar vivo em sua carreira política.

 

E com recado do povo, não se brinca!