Cooptação de oito prefeitos, liderados por Laurez Moreira tem contornos de “revanche” após o “caso” Cíntia Ribeiro

 

Da Redação

 

Há algum tempo, um só tinha ao outro.  Hoje, o prefeito de Palmas, Carlos Amastha (PSB) e o senador Ataídes Oliveira (PSDB) não devem ser convidados para a mesma mesa.

 

Em evento da Frente Nacional dos Prefeitos, realizado em Palmas, Amastha deu mostras de que sentiu o “golpe” desferido pelo senador Ataídes Oliveira, que cooptou oito prefeitos do PSB, que se filiaram ao PSDB, comandados por Laurez Moreira, prefeito de Gurupi, terceiro maior colégio eleitoral do Tocantins.

 

Amastha deu declarações à imprensa de que a atitude de Ataídes é um “caminho sem volta”, tentando demonstrar alguma força, mas, logo depois, insinuou que a presença “do grande conciliador” João Dória, prefeito de São Paulo, em Palmas, poderia ser o início de uma reversão nas filiações.

Carlos Amastha só esqueceu que João Dória é do PSDB, partido do senador Ataídes e, muito provavelmente, não vai jogar contra o próprio time, uma vez que vem sendo alentada na imprensa uma suposta traição de Dória ao seu grande mentor político, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, que lançou Dória na política e, agora, disputa com sua “criatura” a indicação do PSDB para ser o candidato do partido à presidência da República em 2018.

 

A filiação dos oito prefeitos do PSB ao PSDB é um duro golpe nas intenções de Amastha em ser candidato ao governo do Estado, já que o PSB tem pouca representatividade e, sem a aliança com o PSDB, perde a maior parte do seu tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV.

 

Ao apelar pela intermediação de João Dória no caso, Carlos Amastha mostrou que a ação de Ataídes o pegou em cheio, em um momento em que está difícil para ele cooptar nomes de peso para a construção de sua chapa ao governo do Estado, já que chamou os políticos tocantinenses de “vagabundos” e conseguiu irritar toda a classe.

 

Para Ataídes, o êxodo de prefeitos rumo à sua sigla é uma revanche pessoal, já que, após atrair o PSDB para seu governo, Amastha iniciou uma espécie de aliciamento aos principais nomes tucanos, tendo, inclusive, atraído a vice-prefeita, Cíntia Ribeiro, indicada pelo próprio Ataídes.

 

MARCELO ENTREGA OBRAS E PREPARA MUDANÇAS

 

Enquanto a oposição dá sinais de falta de harmonia, o governador Marcelo Miranda continua suas viagens pelo interior do Estado, ouvindo lideranças regionais, colhendo aconselhamentos e sugestões, dando um compasso certo ao andamento de suas pretensões de se candidatar à reeleição e, principalmente, entregando obras em um momento em que o País todo enfrente dificuldades financeiras.  São colégios, estradas e hospitais, obras que só se tornaram realidade pela dedicação com que o governador percorre ministérios e agentes financiadores internacionais, em busca de recursos para melhorar a vida dos cidadãos.

O governador inaugurou, na cidade de Alvorada, a adequação e ampliação do Centro Cirúrgico do Hospital de Referência de Alvorada, que está sendo reativado para atender os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). Na sequência, o governador inaugurou, na rodovia TO-373, um total de 112,61 km de pavimentação, ligando Alvorada a São Miguel, já na divisa com o estado de Goiás.

 

Na área da Saúde, o governo também vem investindo em uma maior oferta de vagas, e entrega à população mais leitos de internação, quatro leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Adulto e dois leitos de UTI Pediátrica serão entregues ainda neste mês de agosto.

 

Os novos leitos vão se juntar aos outros 96 leitos que já foram entregues pelo governador no último mês de maio, totalizando 192 novos apartamentos, que irão acomodar mais pessoas que precisam de cuidados. Os mais de 90 leitos, já entregues, acolheram pacientes após a desativação do antigo Anexo Provisório do hospital, uma tenda que era utilizada para internação desde o ano de 2013. Os locais são amplos e contam com banheiros adaptados.

 

Paralelamente à agenda de viagens, o governador também prepara uma mudança em sua equipe, de secretários à chefes de regionais nos municípios do interior. Marcelo sabe que esse é o momento adequado para acolher novas e velhas lideranças, dar lugar à companheiros competentes e leais e preparar a arrancada final do seu governo, rumo à campanha eleitoral de 2018.

 

Marcelo aguarda apenas a conclusão de um estudo técnico-financeiro feito por seu grupo gestor para finalizar as modificações, que devem ser feitas todas de uma só vez.

 

Nas conversas privadas com o presidente da República Michel Temer, ministros, agentes financiadores, como BNDES, Caixa e Banco do Brasil e com a bancada federal do Tocantins, Marcelo quer garantir os recursos necessários para o início de obras importantes, como a nova ponte sobre o Rio Tocantins, em Porto Nacional.

 

A maior certeza que temos é que Marcelo finalizará seu mandato com um governo de coalizão, agregando todas as forças que querem ajudá-lo a construir um Tocantins melhor. Disso temos certeza!

Posted On Segunda, 14 Agosto 2017 21:54 Escrito por

 O agronegócio, que se tornou um dos pilares da economia brasileira, é um dos setores que merece mais atenção nesse particular

Por Maurício Antônio Lopes 

Muitos críticos da globalização se opõem ao fato de os países darem tanta importância às exportações e às necessidades de consumidores estrangeiros, ao invés de se concentrarem prioritariamente em atender às necessidades da sua população. Mas o normal é que, numa economia de mercado, os países recorram cada vez mais à especialização e à exportação. Buscam, assim, aprimorar sua capacidade de produção em um conjunto limitado de atividades, para as quais tenham vantagens comparativas ou competitivas.

Ao aumentarem sua capacidade de atender aos desejos e necessidades de consumidores estrangeiros, ganham em troca a possibilidade de acessar, via importação, determinados itens que não podem produzir. No fim das contas, o balanço entre exportar e importar é essencial para as economias abertas, que só vão progredir se tiverem maior capacidade de acessar mercados e de satisfazer o desejo dos seus clientes.

O desafio é que as vantagens comparativas e competitivas das nações têm se tornado cada vez mais tênues e incertas. Os países estão constantemente ameaçados pelo ritmo cada vez mais rápido da inovação tecnológica, que tem levado ao contínuo aparecimento de novos processos e produtos, e a rupturas tecnológicas que podem mudar os mercados de forma radical em curtíssimo espaço de tempo. Nos últimos dez anos, os smartphones mudaram os mercados de telefonia, de computadores e de mídias de som e vídeo. A revolução do petróleo de xisto nos EUA vem provocando enormes turbulências no mercado de energia. E a evolução da internet de banda larga está virando de ponta-cabeça os mercados financeiro e editorial. Ninguém mais compra enciclopédias. Hoje se busca informação no Google.

Num mundo tão dinâmico e mutável, é importante que os países estejam atentos às necessidades de infraestrutura e capital humano, criando um ambiente de negócios que habilite seus setores exportadores a promoverem ajustes e reconversões que os mantenham competitivos. Este é um enorme desafio para o Brasil, que continua sendo uma das economias mais fechadas do mundo, quando se avalia participação das exportações e importações no PIB. Num cenário de mercados dinâmicos e extremamente competitivos, maior abertura comercial poderia produzir ganhos de eficiência e ajudaria o país a enfrentar os desafios de produtividade e competitividade.

O agronegócio, que se tornou um dos pilares da economia brasileira, é um dos setores que merece mais atenção nesse particular. Uma parcela muito alta das exportações totais do agronegócio brasileiro é composta de conteúdo doméstico apenas. Isso se dá porque o Brasil concentra suas exportações na produção primária, enviando ao exterior matérias-primas, como grãos, ou produtos pouco elaborados, como carnes, de alto conteúdo doméstico.

Os países que estão mais integrados às cadeias de valor globais tendem a ter menor parcela do valor agregado doméstico nas suas exportações, que incluem componentes e bens intermediários importados de outros países. Isso é marcante entre os principais competidores do agronegócio brasileiro. As importações da China são compostas de 56% de produtos primários, enquanto 75% das suas exportações são de produtos processados, de maior valor agregado. A relação exportações/importações do agronegócio em 2016 (em US$ bilhões) foi de 151/157 para a União Europeia, de 149/147 para os EUA e de 73/111 para a China. O Brasil, ao contrário, ficou em 71/11.

O grande superávit na balança comercial do agronegócio brasileiro reflete, na verdade, uma lógica excessivamente protecionista, de pouca abertura para a entrada de componentes, bens intermediários ou de produtos mais elaborados. Uma maior abertura para importações exerceria pressão saudável para que o modelo agroindustrial brasileiro desse um salto de qualidade e ganhasse competitividade e maior presença nos mercados mais sofisticados e rentáveis.

Nosso modelo industrial com alto nível de protecionismo, originado na lógica da substituição de importações, nos exclui dos processos de produção que evoluem ao longo de cadeias de valor transfronteiriças, parte muito importante da globalização. O café, um produto simbólico do Brasil, é exemplo clássico da nossa desconexão das cadeias de valor de grande sofisticação e rentabilidade, como os cafés gourmet e em cápsulas, que ganham o mundo com rótulos americanos, europeus e asiáticos. E basta uma breve passagem pelos grandes supermercados de Dubai ou de Hong Kong para perceber a total ausência de produtos manufaturados originados no Brasil.

Diversificar, especializar e agregar valor à produção agropecuária nacional é, mais que uma necessidade, um imperativo para o futuro. Esta agenda está se tornando crítica porque diferentes estudos indicam perspectivas de redução da demanda por produtos agropecuários pouco elaborados e de baixa elasticidade de renda, em particular pós-2030. Nesse horizonte, as previsões de expansão da classe média mundial, com maior renda per capita, sinalizam para a necessidade de novos produtos e novos processos, e grandes riscos para os exportadores excessivamente centrados na produção primária ou em produtos pouco elaborados.

É por isso que o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, tem insistido na elevação da participação brasileira no comércio mundial de alimentos dos atuais 6,7% para 10% nos próximos cinco anos. Além de manter a força das commodities na pauta exportadora, será necessário especializar e diversificar nossa produção agropecuária e ampliar os destinos das exportações brasileiras. O Brasil precisará se abrir para a importação de produtos que possam favorecer processamento para exportação, elevar a competitividade de produtos com baixa participação de mercado, investir mais na negociação de acordos comerciais e na abertura de novos mercados, e atrair investimentos e empresas inovadoras para o Brasil. O agronegócio, pilar da economia brasileira, merece este salto para o futuro!

 

Maurício Antônio Lopes é Presidente da Embrapa

 

Posted On Quinta, 20 Julho 2017 06:17 Escrito por

Por Antonio Coelho de Carvalho

Semana passada após vários debates, a decisão do (STF) Supremo Tribunal Federal de decretar a inconstitucionalidade do financiamento empresarial de partidos e de campanhas eleitorais abre caminho para que possamos "rever" umas das aberrações mais discrepantes do Brasil, que é o Fundo Partidário.

Essa deformação genética, que é o Fundo Partidário, onde o dinheiro, e muito dinheiro do contribuinte são entregue para partidos políticos que usam como bem entenderem, e que, muitos casos são usado contra nos, com a finalidade de enganar, mentir, trapacear, ludibriar o cidadão, o Imposto de renda, as prestações de contas e seus respectivos tribunais. Essa doação dos recursos publico para os partidos só existe no Brasil. Em nem um outro país do mundo, o Estado financia partidos políticos, que na sua maioria são cartórios para interesses de seus caciques manipuladores, em outros casos, por oportunistas e vigaristas.

A depuração do sistema eleitoral brasileiro é imperativo, a decisão do (STF) abre uma brecha nessa escuridão dos repasses e conseqüentemente de suas prestações de contas. Quem dentre os cidadãos que defende que o Estado tem que financiar campanhas partidárias, já vivemos uma democracia e o financiamento da forma como é feita hoje é inadmissível. Para se ter uma idéia a presidente Dilma sancionou aumento do fundo partidário para R$ 868 milhões, esse valor é mais do que o governo pretende economizar com sua Reforma que de reforma não tem nada, na verdade é um aumento da carga tributaria para que nos pagarmos essa conta.

Na verdade em verdade e na realidade nenhum partido deveria receber um real sequer de recursos públicos , pois recursos públicos devem ser aplicados no serviço público, na Educação, Saúde, Segurança Pública r na infraestrutura do pais. Os partidos devem ser sustentados financeiramente pelas pessoas que concordam com eles. E os candidatos venderiam irem para o corpo a corpo e pedir o voto do eleitor de casa em casa, olhando em seus olhos, ganhar o voto no convencimento e não usando o poder econômico.

O ultimo partido criado foi o Movo Partido ele o 33º que foi aprovado pelo TSE, o seu fundador e presidente viu na oportunidade de criação de fazer um viés liberal e defende intervenção mínima do Estado, mas não abre mão do fundo partidário, ele é engenheiro e administrador, João Amoêdo, de 52 anos, que já trabalhou no Citibank, BBA Creditanstalt, Finaustria e Unibanco. É um homem visionário. Não só a quantidade de partidos, mas a distribuição igualitária do tempo de TV entre os partidos que registrarem candidatos às eleições, de modo a garantir igualdade de condições para que todos possam expor ao povo o que pensam e suas propostas podem ajudar a mudar esse cenário.

O atual governo e o já podrificado sistema político brasileiro não mais comporta a falta de mecanismos de participação direta do povo nas decisões fundamentais do país. Seja por meio de plebiscito, referendo ou projeto de lei de iniciativa popular, só sabemos que esse parlamento não representa o pensamento e os anseios da sociedade. Como mudar essa forma restrita de democracia indireta ou representativa é o desafio. Assim como a presidente Dilma acredita no Senado para se safar, a sociedade ainda vê no Senado uma pequena luz, nessa  quase já derrotada  Reforma Política.

Não há fidelidade partidária. A filosofia político partidária é que não se tem mais ideáis, na realidade se defende somente os interesse próprios da corporação e de empresas, isso com vista para a próxima eleição.  A sociedade exige reformas estruturantes que garantam eficiência e moralidade do serviço público. Tanto hoje como nas recentes manifestações o clamor do povo com maturidade política aliada a consciência coletiva sobre a necessidade de rompimento com o modelo político atual e gritante e urgente.

Como já disse o ministro do Supremo, Gilmar Gomes e também Procuradores da Republica que a Lava Jato nada mais é do que uma continuidade do  mensalão, que começou com a venda do horário de televisão do PTB para o PT, por Roberto Jefferson, por 20 milhões de reais e deu no que deu. Agora vemos um embate entre o executivo da presidente Dilma com a Câmara Federal sob o comando de Eduardo Cunha, a base do governo já não existe, ela é incapaz de continuar unida e fiel porque a velha política com os mesmos métodos políticos continuam, espero que não e necessitamos de uma renovação profunda, como demonstram Espanha e Grécia. Ou podemos fazer melhor, como se fez a Itália com a Operação Mãos Limpas, e reescrever uma nova historia, ou será que eu estou falando grego.

 

Posted On Terça, 22 Setembro 2015 11:25 Escrito por

Por Edson Rodrigues

O poder judiciário do Brasil, com a lei anticorrupção, lei de responsabilidade fiscal, portal da transparência, auditorias realizadas pelo TCU, CGU, TCE’s, Câmaras Municipais, Defensorias Públicas (Federal e Estadual), Ministérios Públicos (Federal e Estadual), além da imprensa ‘sem mordaças’, juntos, estão fechando cerco aos corruptos, que além de serem presos estão tendo seus bens bloqueados e confiscados para serem vendidos com a finalidade de recuperar os danos para com os órgãos mutilados.
Exemplos: A primeira Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, acaba de condenar os quatro filhos do ex-prefeito de Rosana-SP (cidade Paulista, que fica na divisa com os Estados Mato Grosso do Sul e Paraná), Newton Rodrigues da Silva, a ressarcirem despesas consideradas irregulares pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE/SP). Segundo o processo, durante a gestão Newton Rodrigues, entre 1997 e 2000, o ex-prefeito realizou pagamento não justificado de uma multa no valor de R$ 2.317,00 à Companhia de Tecnologia e Saneamento Ambiental (CETESB), o que, segundo o Ministério Público Estadual, constituiu ato de improbidade administrativa.
Conforme o relator do processo, Desembargador Marcelo Semer, o pagamento da multa foi considerado irregular por que não foi apresentada justificativa para o gasto, no caso específico, inúmeros outros valores foram estornados pelo TCE, que remontaram inicialmente a um valor de R$ 115.998,00. O pagamento da multa por infração à CETESB foi o único não contestável pelo ex-prefeito, o que culminou na sua condenação por considerar a impossibilidade do ressarcimento e, com o falecimento do ex-prefeito, determinou-se que a condenação alcance os herdeiros, tornando-os réus no processo, uma vez que a punição é transferida para os herdeiros, nos casos de improbidade administrativa.
Esta medida também está sendo adotada pelo Ministro Sergio Moura que, além de condenar com pena de reclusão, está confiscando bens e contas bancárias de bilionários.

Tocantins
Já é de conhecimento do jornal O Paralelo 13, que uma força tarefa pode desembarcar no Tocantins para empreender uma varredura implacável no enriquecimento de muitos ex gestores públicos, alguns que já respondem processos ou já foram condenados por improbidade administrativa, mas que entraram com recursos, em instâncias federais. Segundo nossas apurações, a lista ultrapassa 60 pessoas, das quais três são falecidas, mas que deixaram uma boa herança. Na lista consta ex-prefeitos, ex-secretários de estado e ainda três pessoas que chefiaram órgãos federais no Tocantins. Nossa equipe de reportagem teve acesso à lista e podemos afirmar que muitos já foram condenados e não tem mais direitos a recursos, outros estão ainda respondendo processo sem sentença proferida.

Surpresos
Caso não encontre nada em nome dos condenados, uma frente investigativa, composta por integrantes da Receita Federal, Polícia Federal, Ministério Público, CGU, irá investigar a origem dos bens dos familiares. Ao que consta em registros, são muitos os recursos federais que vieram para os cofres dos municípios e do Estado do Tocantins, que foram ‘desviados’. Esses recursos vieram para construção de pontes, postos de saúde, moradias, aquisição de equipamentos hospitalares, caçambas, energia para todos, lavouras comunitárias, saneamento básico, creches e tantas outras obras de cunho social.
A grande vantagem é que o gestor (ordenador das despesas) e os donos das empresas que emitem notas fiscais, serão punidos com a devolução dos valores corrigidos, além de serem processados e impedidos de exercer função pública ou manter contratos de prestação de serviço com o erário público, em todas as esferas federativa, bem como operar com bancos públicos. Outra condenação passível aos corruptos é a inelegibilidade e, por que não a perda da liberdade.
Nossas investigações, na capital federal, apontam uma ação do TCU em realizar ‘um pente fino’ em vários processos com irregularidade no Tocantins e que muitas pessoas importantes no cenário político do Tocantins, poderá, em breve, ‘ver o sol nascer quadrado’, como diz a sabedoria popular.
Fontes importantes, nos asseguram que há mais de quatro anos, tanto a PF, MPF, CGU, TCU, veem fazendo um trabalho investigativo sobre desvio de recursos públicos e superfaturamento nas obras públicas. Há casos que tem duas prestações de contas com recursos de duas pontes, ou seja, duplicação de recursos como se fossem construídas duas obras, quando na verdade se trata de apenas uma.
Aguardem cenas do próximo capítulo.

 

Posted On Terça, 30 Junho 2015 12:33 Escrito por

Por Antônio Coelho de Carvalho

Esse mês de abril, mas precisamente ontem dia 18, é aniversário de nascimento do escritor Eli Brasiliense, estaria contemplando seu centenário. Nascido aqui em Porto Nacional, sua obra foi e ainda é tema de estudos, como tese de Mestrados, Doutorados e de graduações não só na área da literatura, mas tem citações em vários outros campos do estudo para a Graduação. Nasceu em frente à Catedral de Nossa Senhora das Mercês, filho de Bernardino Ribeiro e Jesuína Silva Braga. Além da boa educação familiar, teve o privilegio de ter uma boa base escolar graças à ação educacional dos padres dominicanos, aprendeu o francês muito cedo, tanto em Porto Nacional como em Natividade, onde passou parte da infância. Tendo ele na literatura Francesa e Portuguesa seu passatempo favorito. Em 1932 mudou-se para Corumbá de Goiás, onde ficou conhecido como o tropeiro que fala francês.

Seu primeiro livro, Pium que foi lançado em 1940 e é considerado por muitos como uma das melhores obras de realismo crítico já produzida em Goiás. E o relato em forma de romance do garimpo de cristal na localidade que da nome ao livro. Nele o autor relata os conflitos sociais, as dificuldades da localidade que da noite para o dia cresce como leite fervendo. Os dissabores do garimpo em uma terra distante e esquecida, com a chegada de garimpeiros, prostitutas, exploradores de todas as espécies em tempo de recessão, pois a Segunda Guerra Mundial estava em sua plenitude vê a localidade se transformar. O cristal foi valorizado por servir como elemento na construção de armamentos bélicos.

Assim como os autores regionalistas queriam mostrar a seu modo como vivia o povo, seu sofrimento em terras distantes, de um brasil ainda unicamente agrário  atrasado e sem perceptiva de melhoras. Eli usando da literatura como forma de sensibilizar os formadores de opinião da época na tentativa de levar um olhar mais humano e menos capitalista ao já sofrido povo. Um exemplo é o personagem Dr. Alcides, médico que se preocupava mais com seu gado do que com seus pacientes e que deixou morrer a mulher Domingos, homem serio e calado, juntamente com Silvestres o chofer, os três dentro da boleia de um caminhão trazia a tina as lembranças da localidade e assim se faz o desenrolar da historia.

As falas de seus personagens, as palavras, isso é, os fonemas a linguística a forma lexical de cada um dos participes da historia. Como o médico com sua fala mais culta no sentido acadêmico da linguagem, diferentemente de outro personagem, como a inexistência de plural, e outras palavras e expressões desconhecidas do publico de outras regiões. Nesse sentido Eli mostra de forma clara outros aspectos da realidade do norte goiano mostra a geografia quando fala do relevo da paisagem do tempo da seca e principalmente dos conflitos sócias e psicológicos e existenciais de uma sociedade em transformação.

Outra obra prima do autor e o romance, Chão Vermelho, ambientado na década de 50, onde conta o nascimento de Goiânia, tenta compreender os aspectos e características da nova cidade na vivencia de seus personagens, as contradições, o ambiente local a segregação sócio—espacial e como lazer, o trabalho, a politica e as expectativas de futuro. Publicou outras obras importantes como Bom Jesus do Pontal, Rio Turuna, O Perereca, O Grão de Mostarda, Eli Brasiliense foi professor, escritor, membro da Academia Goiana de Letras e Presidente da UBE-Go.

Aqui em Porto Nacional não houve homenagem, ou menção de lembras alusivas a seu centenário, uma pena, pois Eli é sem duvida uma das mais importantes figura da cidade que já foi considerada berço cultural do Tocantins. O começo de sua carreira se deu em um jornal colegial “Folha dos Moços”, aqui de Porto Nacional, posteriormente foi editor da “Folha de Goyaz” , jornal que fazia parte dos Diários Associados, onde tive também a honra de trabalhar em 1981. Chequei a conhecê-lo de vista, nunca trocamos palavras, somente uma vez um bom dia.

Diferentemente dos poderes locais e da sociedade portuense e porque não do Tocantins, em Goiânia Rogério Arédio Ferreira, lançou em concorrida noite autógrafos do livro “O Tropeiro Eli”, nele o magistrado e escritor goiano narra a vida do biografado e seus personagens. Das dificuldades dos longos trajetos percorridos de Porto Nacional e Corumbá; sua experiência como professor e funcionário público em Pirenópolis. Ainda não tive a oportunidade de ler, mas o farei em breve.

O também escritor Bento Fleury fez belo artigo publicado no jornal Diário da Manhã, alusivos ao centenário do escritor, assim como relata a Biografia escrita pelo Desembargador Rogério Arédio Ferreira. De minha parte, deixou esse amontoado de letras na tentativa de que no futuro outros personagens que fizeram parte de nossa historia possam ser lembrados, pois Eli Brasiliense é pessoa que merece honrarias em nossa cidade. Não podemos lembrar ou recorrer a seu trabalho somente para estudos de Graduação, Mestrado e Doutorado, devemos lembrar o homem e de sua memoria. Memória no sentido literal ela não é coisa inerte, presa ao passado que ficou parada no tempo, ela evoca o presente e tem papel fundamental na construção de nossa identidade cultural que reflete o que somos como seres sociais.

Antônio Coelho de Carvalho é Jornalista

Foto jornal Opção

Posted On Domingo, 19 Abril 2015 08:16 Escrito por
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