São tantos os lances, movimentações e reposicionamento das peças no tabuleiro sucessório, que não há expressão melhor para definir o atual momento da política tocantinense que “salada mista”. Alguns dão um passo à frente e dois passos para trás. Líderes políticos sem controle de seus seguidores e seguidores procurando o melhor lugar e momento para garantir sua sobrevivência política.
Por Edson Rodrigues
Apenas nas últimas horas, o suplente de deputado federal do PP, Lázaro Botelho, presidido no Estado pela senadora Kátia Abreu, assumiu a vaga deixada pela deputada federal Dorinha Seabra, presidente estadual do União Brasil, líder nas pesquisas de intenção de voto para o Senado, que se afastou para disputar o Senado, justamente contra Kátia Abreu.
Ex-deputado Lazaro Botelho e deputada federal Professora Dorinha Seabra
Enquanto isso, o deputado federal Vicentinho Jr., também do PP, sempre foi um aliado do Palácio Araguaia. Ou seja, Dorinha deixa o parlamento federal para dar espaço a representantes de partidos que estarão contra ela na briga pelo Senado.
Por outro lado, Kátia Abreu, presidente do PP no Tocantins, perde, cada vez mais, espaço, no grupo político do Palácio Araguaia, para ser a candidata de Wanderlei Barbosa em sua chapa majoritária pela reeleição.
TRAIÇÃO
O “Blog do Noblat”, no jornal Metrópole, estampou na capa a manchete “Kátia Abreu, o drama de uma mãe traída pelo filho senador”, fazendo referência à opção do senador Irajá Abreu pela candidatura do deputado federal Osires Damaso, e à declaração da própria Kátia Abreu de que havia sido pega de surpresa, e que não sabia da decisão de seu filho, senador Irajá Abreu.
Some-se isso à decisão do Patriota de deixar o grupo de apoio à candidatura de Ronaldo Dimas e se juntar às hostes de Wanderlei Barbosa, engrossando o grupo do Palácio Araguaia, temos mais dois exemplos da ebulição que tomou conta dos bastidores políticos do Tocantins.
Ponto para o coordenador político da candidatura de Wanderlei à reeleição, Jairo Mariano, que já havia deixando claro que não havia como separar a decisão de Irajá e a permanência de Kátia no grupo palaciano, baseado na declaração do próprio governador de que um posicionamento político de seu filho, deputado estadual Leo Barbosa, jamais estaria desvinculado ao seu próprio posicionamento.
Trocando em miúdos, tanto Wanderlei quanto o seu coordenador político descartaram a presença de Kátia Abreu em sua chapa majoritária.
Só não vê quem não quer.
PT PATINA NA LARGADA
Ex-presidente Lula e Paulo Mourão
Já pelos lados do PT, a deputada estadual Amália Santana tenta salvar sua candidatura à reeleição, uma vez que a plenária do partido havia cortado seu nome, pelo fato de ela, publicamente, apoiar a candidatura de Wanderlei Barbosa à reeleição, em detrimento da candidatura própria do seu partido – Paulo Mourão.
Após o corte, Amália, prontamente, deu declarações de apoio a Paulo Mourão, mesmo o candidato petista estando entre os líderes de rejeição nas pesquisas de intenção de voto com registro no TSE e sendo o lanterna entre as quatro principais candidaturas ao governo.
CONCLUSÕES
Diante dos fatos acima narrados, em que filho surpreende – negativamente – a mãe, partidos inteiros mudam de “time” e parlamentar troca de candidato sem a menor cerimônia, podemos assegurar, com tranquilidade, que ainda há muitas surpresas desse quilate por acontecer na sucessão estadual do Tocantins. As convenções partidárias, que têm menos de um mês de prazo para serem realizadas, têm muito o que revelar a respeito de máscaras, fantasias e trairagens explícitas.
Afinal, o páreo ainda não se iniciou, oficialmente, e muitos dos cavalos que largaram na frente, podem nem estar entre os que terminarão a corrida sucessória, em busca de uma vaga no segundo turno.
Quais serão os dois candidatos que estarão no segundo turno, será uma pergunta cuja resposta dependerá de quem vai conseguir ganhar a simpatia do eleitorado, convencê-lo de que tem o melhor plano de governo, que não representa o risco de a população ver mais um governador não terminar o mandato, mas, principalmente, que tem capacidade de fazer um governo realizador, desenvolvimentista, com geração de empregos e renda, pois, será a partir do voto para governador definido que os eleitores partirão para a escolha dos demais cargos, de senador à deputado estadual, passando por deputado federal.
Com esse cenário, o Observatório Político de O Paralelo 13 pode garantir que o eleitor ainda verá muitas surpresas – agradáveis para uns e negativas, para outros – no decorrer da campanha que ainda está para começar. E que um segundo turno no Tocantins será inevitável, assim como vários “elefantes voando” até o dia dois de outubro.
Quem viver verá!
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira, 6, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD-C) 2020-2021 com informações sobre turismo. De acordo com a pesquisa, no Tocantins, o número de viagens caiu 55,3% entre 2019 e 2020. No ano passado, o setor já começou a mostrar sinais de recuperação e a quantidade de deslocamentos aumentou 16,9%, em relação a 2020.
Da Assessoria
A proporção de domicílios tocantinenses em que os moradores realizaram ao menos uma viagem caiu de 35,4%, em 2019, para 17,5% em 2020. Um ano depois, aumentou para 19,4%. “Os resultados refletem os impactos causados pela pandemia no comportamento das pessoas em relação às atividades turísticas”, apontou a analista da pesquisa, Flávia Vinhaes. Em 2019, os tocantinenses realizaram 199 mil viagens, já em 2020, 89 mil e, em 2021, 104 mil.
De acordo com os resultados, a falta de necessidade (42,2%) foi o principal motivo que levou o tocantinense a não viajar em 2021. Em segundo lugar ficou a opção de não ter dinheiro (24%) e, em terceiro, a opção outro (13,3%). Essa categoria inclui os motivos relacionados à pandemia, como a impossibilidade de pegar voo, necessidade de isolamento social ou infeção pelo vírus no período. Em 2020, a justificativa da maioria também foi a falta de necessidade (31,8%), em seguida, não ter dinheiro (31,2%) e outro motivo (16,7%). Em 2019, em quase metade dos domicílios (43,8%) cujos moradores não viajaram, o motivo para a ausência de viagem foi a falta de dinheiro.
Em 2020, de todas as viagens feitas pelos tocantinenses, 14,6% ocorreram por motivos profissionais e 85,4% por motivos pessoais, ou seja, para lazer, tratamento de saúde ou consulta médica, visita a parentes e amigos, eventos familiares ou outro (inclui compras pessoais, religião ou peregrinação, cruzeiros, cursos, bem-estar estudos e congressos). Em 2021, 20% dos deslocamentos foram realizadas por ocasião de trabalho e 80% por motivo pessoal.
Com a pandemia, poucas pessoas viajaram a lazer nos últimos dois anos. Conforme a pesquisa, em 2021, o que mais motivou os tocantinenses a viajarem foi o tratamento de saúde ou consulta médica (45,8%), seguido de visita ou evento de familiares e amigos (38,4%), busca de lazer (11,5%) e outro (4,4%). Em 2020, 35,1% das viagens foram realizadas para visita a parentes e amigos, 32,4% para tratamento de saúde, 17,7% para lazer e 14,7% por outro motivo.
“A visita a parentes ou amigos continua bastante expressiva em todas as classes de rendimento, enquanto o lazer aparece mais nas classes de rendimentos mais elevados. Já o tratamento de saúde, que é bem significativo entre os motivos de viagens das classes com menores rendimentos, pode ser explicado pela necessidade de deslocamento de pessoas que moram em cidades pequenas, que muitas vezes não têm estrutura para realização de cirurgias, intervenções e outros tipos de tratamento”, explicou a analista da pesquisa.
Gastos com turismo
Pela primeira vez, a PNAD Turismo levantou os dados relativos aos gastos no setor. O gasto total médio das viagens dos tocantinenses com pernoite foi estimado em R$ 860 em 2020 e R$ 1.126 em 2021. São Paulo respondeu por 18,2% de todo o gasto com turismo no país no ano passado, totalizando R$ 1,8 bilhão. Esse estado foi seguido por Bahia (R$ 1,1 bilhão), Rio de Janeiro (R$ 1,0 bilhão) e Santa Catarina (R$ 864 milhões). O Tocantins, na 22º posição, participou com uma fatia de 0,8%, ou seja, R$ 79,8 milhões. Em 2020, o gasto total com turismo no estado foi menor: R$ 74,9 milhões, o que representou 0,7% na distribuição percentual entre todas as Unidades da Federação.
Principais destinos
As regiões mais visitadas no Brasil em 2021 foram Sudeste (40,9%), Nordeste (28,2%) e Sul (17,3%). Parte expressiva dos deslocamentos aconteceu dentro de uma mesma região e até no interior dos estados. São Paulo apareceu em primeiro lugar entre os destinos mais procurados para as viagens nacionais, concentrando 20,6% dos viajantes do país. Em seguida veio Minas Gerais (11,4%), Bahia (9,5%), Rio de Janeiro (6,6%) e Rio Grande do Sul (6,5%). Tocantins ficou com percentual de apenas 1%. Apesar do baixo índice, o estado tem atraído mais turistas e avançado no ranking dos destinos mais visitados: em 2019 ocupava o 24º lugar, em 2020 o 22º e, no ano passado, o 21º lugar.
Dados nacionais
Em todo país, em 2019, foram realizados 20,9 milhões de viagens e, em 2021, 12,3 milhões. O número de viagens caiu 41% entre 2019 e 2021. Já a proporção de domicílios em que os moradores realizaram ao menos uma viagem caiu de 21,8%, em 2019, para 13,9% em 2020. Um ano depois, chegou a 12,7%. As despesas totais em viagens nacionais com pernoite somaram R$ 9,8 bilhões em 2021, uma queda em relação ao total registrado no ano anterior, quando haviam sido gastos R$ 11,0 bilhões.
Sobre a pesquisa
A PNAD Turismo quantifica os fluxos de turistas nacionais entre as diferentes regiões do país e para o exterior. Em 2020 e 2021, foram apurados gastos e características das viagens realizadas, associados a outras variáveis, incluindo o rendimento domiciliar per capita. O tema Turismo vem sendo investigado na PNAD Contínua desde 2019, por meio de um convênio entre o IBGE e o Ministério do Turismo. Os dados da pesquisa podem ser acessados pelo Sistema IBGE de Recuperação Automática - Sidra https://sidra.ibge.gov.br/home/pimpfbr/brasil
O espaço foi totalmente revitalizado para garantir mais conforto e bem estar aos servidores e acompanhantes
Por Dayana Nascimento
Para garantir conforto e um melhor ambiente para servidores e acompanhantes do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR), o refeitório da unidade passou por uma reforma total. A adequação foi entregue na quarta-feira, 06, com um almoço especial.
O espaço ganhou novas bancadas, pia para lavagem de mãos, janelas, forro, troca do telhado e pintura. A nova acomodação atenderá os frequentadores que consomem em média 1.000 refeições no local.
Segundo o diretor geral da unidade, Iatagan Araújo, destaca a importância das mudanças. “Estamos muito satisfeitos com a conclusão e entrega desta obra, que irá trazer mais conforto aos nossos colaboradores e usuários, hoje temos mais de 1200 servidores, além de realizarmos mais de 450 partos mensais e toda essa demanda é atendida pelo nosso refeitório, por isso é muito importante que este espaço seja um local adequado e organizado”, afirmou.
Para a assistente administrativa Ivanilde Aires, a reforma do espaço proporciona bem estar. “Trabalhamos em um ambiente de tensão, com uma grande demanda, então o momento da refeição é um momento de lazer, é o momento que podemos conversar com os colegas, descansar e recarregar as energias para continuar o plantão. Com um espaço adequado, tudo fica mais agradável”, destacou a servidora.
Para o secretário de Estado da Saúde, Afonso Piva, “a melhora da ambiência hospitalar é uma preocupação da gestão, que vem trabalhando isso também em outras unidades, como por exemplo, no Hospital Regional de Miracema que receberá a reforma do refeitório ainda este mês. Isso é mais qualidade de vida para nossos servidores e os usuários do Sistema Único de Saúde”, afirmou o gestor.
A 282ª reunião aconteceu na sede da Superintendência do Ministério da Saúde, em Palmas
Por Laiany Alves
A ampliação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) convencional no Tocantins, a realização dos exames de triagem neonatal (teste do pezinho) e a pactuação das metas para o ano de 2022 dos indicadores da Saúde. Estes foram os temas debatidos na 282ª reunião do Conselho Estadual de Saúde (CES-TO). O evento ocorreu na quarta-feira, 06, na sede da Superintendência Estadual do Ministério da Saúde, em Palmas.
A superintendente de Unidades Próprias da Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO), Elaine Sanches, apresentou esclarecimentos sobre a ampliação dos leitos de UTI convencionais adultas, neonatais e pediátricas no Estado do Tocantins. “O processo licitatório para contratação da empresa responsável pela a oferta dos serviços de UTI foi realizado, obedecendo à legislação vigente, com economia de 39%, cerca de R$77 milhões, no custo estimado dos serviços, para os cofres públicos. A empresa vencedora do certame já deu início ao processo de ampliação dos leitos. Inicialmente serão 10 leitos de uti pediátricas e 30 leitos de UTI adulto convencional no Hospital Geral de Palmas (HGP), 10 leitos de UTI adulto em Augustinópolis, 10 leitos em Porto Nacional e outros 10 em Paraíso do Tocantins”, pontuou.
Já a gerente da área técnica da pessoa com deficiência da SES-TO, Débora Cirqueira, explicou na reunião do Conselho que a Associação de Pais Amigos dos Excepcional de Araguaína (APAE), único laboratório habilitado pelo Ministério da Saúde a realizar os exames do teste do pezinho no Tocantins, já iniciou a análise das amostras. “Todos os municípios já foram orientados a encaminhar as amostras que estavam armazenadas, e o laboratório já iniciou as análises. Dentro o plano de ação organizado pela SES-TO, as crianças que não tiveram seus exames analisados por impossibilidade das amostras, Essas crianças serão acompanhadas na Atenção Primária/ Unidades Básicas de Saúde (UBS), onde o médico irá solicitar exames de rastreio tardio, e após apresentar alterações elas serão encaminhadas, via sistema de regulação, para o Ambulatório Infantil de Triagem Neonatal instalado no Hospital Geral de Palmas (HGP)”, disse.
O presidente do Conselho Estadual de Saúde (CES/TO), Mário Benício destacou o papel fiscalizador do Conselho, ao solicitar os esclarecimentos à Gestão Estadual sobre os serviços prestados na saúde pública. “O papel do Conselho é acompanhar todas as ações de saúde. Recebemos diversas demandas da população, nosso telefone não para e iremos averiguar toda reclamação e acompanhar as soluções apresentadas. Agradecemos a disponibilidade dos técnicos da Secretaria em trazer os esclarecimentos, que sempre nos atualizam das ações que beneficiarão a população”.
Outro ponto de pauta da reunião foi a apresentação e aprovação da proposta de pactuação das metas para o ano de 2022 dos indicadores de pactuação interfederativa conforme resolução da CIT nº 08 de 2016 e Resolução CIT nº 45 de 2019.
Ato com Medida Provisória (MP) n.° 16/2022, que trata do assunto, foi publicado no Diário Oficial do Estado nesta segunda-feira, 4
Com Assessoria
Buscando diminuir os impactos da inflação no orçamento das famílias e cidadãos tocantinenses, o Governo do Tocantins reduziu de 29% para 18% o imposto (ICMS) sobre álcool e gasolina em todo o estado através da Medida Provisória (MP) n° 16/2022, publicada no Diário Oficial desta segunda-feira, 4. A gestão elabora, ainda, redução nos tributos sobre o gás de cozinha; energia elétrica e serviços de comunicação.
A redução do imposto entrou em vigor com efeitos retroativos ao dia 1º de julho, conforme publicação no Diário Oficial.
De acordo com o secretário da Fazenda, a alíquota do diesel no Tocantins não sofreu alteração, pois já era 13%, bem abaixo da lei complementar sancionada recentemente que uniformiza o imposto nos Estados brasileiros, estabelecendo um teto de entre 17% e 18% da alíquota do ICMS sobre combustíveis.
Como fica a alíquota sobre cada combustível:
-Gasolina: antes de 29% e passa para 18%.
- Álcool: era de 29% e foi para 18%.
- Diesel S10 e S500 : atualmente é de 13,5% e continua de 13,5% (não houve redução e trata-se de uma das menores entre os Estados);
- GLP (Gás Liquefeito de Petróleo): 12% (não houve redução), portanto permanece em 12%;
- Energia: 25% para 18%;
- Serviços de Comunicação: de 27% para 18%.
Sanção de Lei Federal
A medida adotada pelo Governo do Tocantins vai ao encontro com projeto de lei federal, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro, no final do mês passado, que limita a aplicação de alíquotas de ICMS sobre combustíveis, gás natural, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
NOTA SINDIPOSTO
O Sindicato dos Revendedores de Combustíveis do Estado do Tocantins (Sindiposto-TO) apoia integralmente a decisão do governo estadual que publicou no Diário Oficial desta segunda-feira, 04, uma Medida Provisória que trata sobre o ICMS da gasolina e do etanol e que reduziu a carga tributária que incide sobre os combustíveis, retirando os dois produtos da lista de produtos com alíquota de 29% no código tributário estadual.
A entidade esteve à frente da luta para aprovação do projeto junto ao Congresso Nacional e que, agora, vai reduzir o preço dos combustíveis para os consumidores tocantinenses. O etanol e a gasolina são produtos de primeira necessidade e uma baixa nos preços tem um grande impacto na vida do cidadão tocantinense.
O Sindiposto-TO reforça que apoia toda e qualquer forma de redução da carga tributária para o consumidor e acredita que a medida trará grandes benefícios para o cidadão.