O apoio de Irajá à Damaso, de última hora, já é um movimento conhecido da Família Abreu
Da Redação
Sempre que contrariados, eles tentam dar o troco. Nos bastidores, são conhecidos pela fome sem fim. Fome por cargos nos diversos governos que já apoiaram, fome por poder de decisão, fome por um lugar na primeira fila e fome para mandar nos partidos que a família arma sua barraca. Resumindo, são pesados e sufocam qualquer grupo que apoiam.
O apoio do senador Irajá Abreu (PSD) à candidatura de Osires Damaso (PSC) contrariou as indicações de Kátia Abreu de que iria colar sua imagem na do governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e buscar um grupo forte para tentar a reeleição ao Senado. O problema é que o grupo governista não cedeu aos caprichos da senadora e as portas se fecharam.
O apoio, seguido pela fome sem fim, vem desde a época de Siqueira Campos e passou por vários outros governos, como o de Marcelo Miranda, Sandoval, Gaguim, tentaram com Carlesse e por último com Barbosa. E em todos eles, o final é o mesmo: uma ruptura repentina com toques de novela mexicana.
Um outro bom exemplo aconteceu com o então vereador Iratã Abreu. À época, era um opositor furioso do então prefeito Carlos Amastha. Mas a fome pelo poder fez com que Kátia Abreu mandasse Iratã apoiar o governo que ele sempre combateu. O problema é que Amastha não cedeu aos caprichos da Família Abreu e cerca de dois meses depois os ataques do vereador Iratã contra Amastha já circulavam novamente na mídia.
A história só muda de época, mas os movimentos sempre são os mesmos. Wanderlei Barbosa não quis comprometer o fôlego do Estado com as exigências da Família Abreu e preferiu continuar com o planejamento de sua gestão. Decisão acertada e que resultou no apoio de Iarajá ao pré-candidato Damaso, como forma de demonstrar o descontentamento de sua família. Agora, vamos aguardar para saber se Damaso conseguirá saciar a fome dos seus mais novos aliados.
O governador Wanderlei Barbosa e os deputados da sua base de apoio já haviam deixado claro ao clã dos Abreu que não haveria hipótese de sua campanha à reeleição servir de “barriga de aluguel” à pretensão de Kátia em se reeleger.
Por Edson Rodrigues
Pois bem. Nesta última segunda-feira o senador Irajá Abreu, presidente estadual do PSD, anunciou, em ato político, sua decisão de apoiar a candidatura do deputado federal, Osires Damaso, ao governo. Uma decisão pensada e estruturada, segundo o próprio senador que, perguntado sobre os efeitos de sua decisão na situação de sua mãe em relação ao governador Wanderlei Barbosa, foi taxativo e claro ao afirmar que sua mãe não precisa do apoio do Palácio Araguaia e que sua reeleição não será prejudicada, pois tudo estaria resolvido até o próximo dia cinco de agosto, prazo final para a realização das convenções partidárias.
SITUAÇÃO DEFINIDA
Pelos lados do Palácio Araguaia, a simples possibilidade de Irajá Abreu apoiar outra candidatura ao governo já havia ligado a luz de alerta, tanto que Irajá e Kátia já vinham sendo “cortados” dos eventos, atos e programações políticas e administrativas, aos quais não compareciam mais. E, foi deixado claro por todos que, a porta da frente seria serventia da casa aos Abreu caso o que acabou acontecendo, se tornasse fato.
Como o Observatório Político de O Paralelo 13 já havia adiantado, a opção de Irajá Abreu por apoiar Osires Damaso ao governo do Estado iria desencadear uma série de modificações no tabuleiro sucessório, além de forçar a definição de alguns posicionamentos.
Até agora, já é certo que o clã dos Abreu não estará no palanque de Wanderlei Barbosa, e que os partidos que compõem o grupo político de Kátia e Irajá devem seguir o mesmo caminho dos dois, a contar: PP, PSD, PSB, PSC, Avante e PRTB, ficando a cargo do próprio Irajá, a convite, a coordenação da campanha de Osires Damaso ao governo.
A única pergunta que fica sem resposta é como será a composição das chapas majoritária e minoritária do grupo que acaba de surgir, uma vez que o candidato ao Senado de Osires Damaso, até então, era o empresário e técnico de futebol, Vanderlei Luxemburgo, do PSB, que vem junto com Carlos Amastha como pré-candidato a deputado federal?
Certamente alguém vai ficar de fora e ser obrigado a adiar seus projetos políticos.
RONALDO DIMAS
Enquanto isso, a decisão de Irajá Abreu pouco afeta o grupo político que apoia a candidatura de Ronaldo Dimas ao governo. O coordenador da campanha do ex-prefeito de Araguaína, senador Eduardo Gomes, já tinha traçado as estratégias de ação prevendo todas as probabilidades. O grupo segue firme com o nome de Dorinha Seabra para o Senado e dando continuidade aos trabalhos de fortalecimento das bases. Eduardo Gomes esteve, na semana passada, na região do Bico do Papagaio, reforçando os nomes de Dimas e de Dorinha junto aos seus companheiros, seguidores, prefeitos, vereadores e lideranças locais e regionais. A intenção é percorrer todo o Estado, levando sua bandeira à população, aos empresários, comerciantes e profissionais liberais, uma vez que o grande diferencial da gestão de Dimas será a geração de empregos e o desenvolvimento sustentável do Tocantins.
WANDERLEI BARBOSA
Já Wanderlei Barbosa vem tranquilo, com o sentimento de “missão cumprida” nesses primeiros oito meses de mandato, em que tratou com muito carinho e respeito os servidores públicos estaduais, resgatando direitos trabalhistas deixados de lado por administrações passadas, e dando uma roupagem municipalista à sua gestão, priorizando os repasses de dois milhões de reais para cada município do Tocantins, para aplicação por parte dos próprios prefeitos, o que deixou muita gente sorridente.
Wanderlei, porém, deve permanecer em alerta, uma vez que observando o retrovisor da história política do Tocantins, nota-se que apenas o apoio dos deputados estaduais não é suficiente para se vencer uma eleição no Estado – leia-se Sandoval Cardo e Carlos Henrique Gaguim, que apostaram no poder dos deputados estaduais para se reelegerem e acabaram derrotados – quem tem histórias recentes de governadores que terceirizaram o comando das campanhas e acabaram “aprisionados” em uma “bolha” de apoio.
Apoio é sempre bem-vindo, mas focar apenas em uma fonte de apoio, pode ser fatal.
A hora, para Wanderlei, é de organizar a equipe, a partir dessa nova situação, delegar tarefas, assumir as rédeas e trabalhar mais ainda.
PAULO MOURÃO
Pelos lados do PT, após o recado direto e pessoal da presidente do PT nacional, Gleisi Hoffmann, o pré-candidato Paulo Mourão prepara a federação partidária definida pela cúpula nacional para que funcione no Tocantins.
A vinda do pré-candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva ao Tocantins deve dar uma nova injeção de oxigênio à sua labuta contínua, com a divisão do próprio PT estadual em relação à sua candidatura.
DAMASO GANHA MUSCULATURA
Fica óbvio que a candidatura de Osires Damaso passa a outro patamar com a adesão do grupo do senador Irajá Abreu, e passa a ser mais uma concorrente a chegar ao segundo turno. A nominata montada por Irajá é composta por bons nomes de pré-candidatos a deputado federal e estadual, todos sem mandato e com “sangue nos olhos” em busca de uma das cadeiras dos parlamentos.
SEM FAVORITOS... AINDA
Ante a esses novos fatos, como sempre afirmamos e até nos antecipamos, todas as atuais candidaturas postas no tabuleiro sucessório, agora, têm chances reais de chegar ao segundo turno. Afirmar quais as duas que chegarão, é puro chute ou achismo, pois ainda não há subsídios – nem pesquisas de intenção de voto – suficientes para apontar favoritos.
Tudo dependerá do empenho dos prefeitos, vereadores e líderes locais e regionais, que darão sustentação ao apoio de parlamentares, somado à capacidade do candidato de gerar simpatia e confiança entre os eleitores, após o início das campanhas.
Até o dia cinco de agosto, o que mais vai ter nos bastidores políticos é o blábláblá tradicional de momentos em que a paciência vai acabando, à espera das definições, com o adendo das fake News, que serão utilizadas pelos menos preparados e menos capazes, para tentar desestabilizar os adversários. Um momento em que se recomenda muita cautela a todos.
PESO-PESADO NA SUCESSÃO ESTADUAL
A grande disputa, a partir de agora, será pela preferência dos prefeitos dos cinco maiores colégios eleitorais do Estado, pois serão “cabos eleitorais de luxo” de suma importância para qualquer candidatura ao governo. Palmas, Araguaína, Gurupi, Porto Nacional e Paraíso serão, certamente, as cidades mais visitadas pelos grupos políticos dos quatro candidatos, em busca de apoio dos prefeitos e vices, da vereança e das principais lideranças. Quem conseguir reunir um bom percentual de apoio nessas cidades, já garante, pelo menos, uma vaga no segundo turno.
ELEFANTE VOANDO
O maior trabalho estará nas mãos dos coordenadores políticos de cada grupo que disputa o Palácio Araguaia que, além de muita atenção para os movimentos e tendências do eleitorado, devem cuidar para fazer uma campanha de projetos e propostas, sem xingamentos e agressões verbais.
Para isso, de acordo com a histórica política do Tocantins, terão, praticamente, que “fazer elefante voar”, dado o passado de campanhas viscerais e agressivas que o Tocantins já presenciou.
Coordenadores, Senador Eduardo Gomes, com Dimas, Senador Irajá Abreu, com Damaso e Jairo Mariano com Wanderlei
Eduardo Gomes, coordenador de Ronaldo Dimas, Irajá Abreu, de Osires Damaso e Jairo Mariano, de Wanderlei Barbosa, terão que “dar nó com laço em pingo de éter”, pois, como dizia o saudoso Tancredo Neves, “na política, só não pode perder”.
Muitas surpresas estão por vir. Quem errar menos terá mais chances de chegar ao segundo turno.
É esperar para ver!
Pelo menos 21 estados e o DF reduziram o tributo, que tem como objetivo de conter a inflação e o impacto dos preços altos aos consumidores.
Com G1
Pelo menos 21 estados e o DF anunciaram redução do ICMS sobre combustíveis, seguindo a lei federal que impôs um teto para o imposto estadual com o objetivo de conter a inflação e o impacto dos preços altos aos consumidores.
Mas 11 estados e o Distrito Federal entraram com uma ação no STF contra a lei que reduz o ICMS. Eles alegam que terão perdas bilionárias de receita que podem comprometer investimentos obrigatórios em saúde e educação.
Estados que reduziram o ICMS sobre combustíveis (clique sobre o estado para saber mais):
Alagoas
Amapá
Amazonas
Bahia
Ceará
Distrito Federal
Espírito Santo
Goiás
Maranhão
Minas Gerais
Pará
Paraíba
Paraná
Pernambuco
Rio de Janeiro
Rio Grande do Norte
Rio Grande do Sul
Rondônia
Roraima
Santa Catarina
São Paulo
Sergipe
Alguns estados, como São Paulo, Goiás e Espírito Santo, já tinham anunciado as reduções do imposto, após a sanção pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) do projeto de lei que limitou a cobrança do ICMS entre 17% e 18% para combustíveis, energia elétrica, comunicações e transporte coletivo.
No caso do Rio de Janeiro, o anúncio acontece em meio a um acordo com o governo federal para manter o Estado em um regime fiscal diferenciado, conhecido como regime de recuperação fiscal.
O acordo permite, por exemplo, diluir ao longo dos próximos anos o pagamento da dívida de quase R$ 150 bilhões do estado com a União.
Cinco procedimentos de amigdalectomias foram feitas no último fim de semana
Por Laiany Alves
O serviço de Otorrinolaringologia é retomado no Hospital Regional de Augustinópolis (HRAUG), no Bico do Papagaio. A população da região passa a contar com consultas e cirurgias nesta especialidade. Cinco cirurgias de amigdalectomia foram realizadas de 1 a 3 de julho, com pacientes regulados pela Central Estadual de Regulação, obedecendo a fila de espera por estes procedimentos eletivos.
Segundo a diretora geral do HRAUG, Cristiane Uchoa, “o serviço estava suspenso por falta de profissional especialista, que recentemente, foi contratado, graças ao esforço da Gestão Estadual em manter e reabrir serviços especializados. A inclusão desse profissional no rol de nossa unidade garante a prestação de assistência especializada aos usuários na região Bico do Papagaio, melhorando o atendimento dos nossos usuários”, disse.
Uma das pacientes beneficiadas é Ludemilla Santos Almeida, 23 anos, moradora de Ananás, que disse passar bem após o procedimento cirúrgico e está agradecida por todo atendimento recebido no hospital. “Estou feliz em ter sido atendida e agora é só ir pra casa para a recuperação total”, afirmou.
Dados
O Estado do Tocantins encerrou o primeiro semestre de 2022 com 4.111 cirurgias eletivas realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O número expressivo supera a produção total de 2021 (2.729), 2020 (2.626) e 2018 (4.110). A média de produção prevê a superação também de 2019, quando se iniciou o Programa de Aprimoramento da Gestão Hospitalar (PAGH-Cirúrgico), conhecido como 'Opera Tocantins', e foram realizadas 5.844.
Dados da Central Estadual de Regulação, por meio do Sistema de Gerenciamento de Fila de Espera (SIGLE), apontam ainda que nos últimos nove meses, foram realizadas 5.303 cirurgias eletivas, média recorde dos últimos seis anos.
Após decidir montar uma chapa de candidaturas “puro-sangue” e não aceitar nenhuma candidatura de deputados com mandato em seu grupo político, senador Irajá Abreu se tornou “persona non grata” para os atuais deputados estaduais.
Por Edson Rodrigues
A decisão de Irajá é facilmente compreensível, uma vez que é baseada no futuro do seu grupo político, ante a tendência de renovação que se instala em relação ás eleições de dois de outubro próximo. Por isso, sua decisão criou certa indisposição entre os atuais deputados estaduais que se sentiram descartados como parceiros políticos pelo senador, principalmente depois que Irajá decidiu cortar qualquer vínculo político com a base de apoio à reeleição do governador Wanderlei Barbosa e, a cada dia, vem se distanciando mais do conglomerado político palaciano.
E, se os deputados estaduais estão incomodados com o senador Irajá Abreu, a situação é ainda mais conflituosa com a também senadora Kátia Abreu que, mesmo com a rejeição da maioria dos parlamentares da base de apoio ao Palácio Araguaia, continua agindo com candidata palaciana ao Senado.
Ou seja, não é apenas uma “sensação” ou um indicativo de que o clã dos Abreu a cada dia se afasta mais do palácio Araguaia. É um fato.
EM QUAL PALANQUE SUBIR?
Enquanto isso, o senador Irajá Abreu deixa claro à imprensa que ainda não tem candidato ao governo – ao contrário de sua mãe, que despeja elogios ao governador Wanderlei Barbosa – e, com isso, vem demarcando seu território na política tocantinense, como presidente estadual do PSD, sempre mirando o futuro, que pode ser daqui a quatro anos ou, até mesmo, em outubro próximo, pois Irajá vem conversando com seus companheiros e correligionários, pedindo confiança para que possa tomar uma decisão que contemple, da melhor forma, a todos do partido.
O Observatório Político de O Paralelo 13, há duas semanas e meia, noticiou um jantar entre Irajá com o deputado federal Osires Damaso, pré-candidato ao governo, e seu grupo político, com representantes de partidos de menor estatura, como o Avante, que apoiam a postulação de Damaso.
Esse encontro dá o toque de lógica às atitudes recentes de Irajá. Com uma chapa proporcional já definida, ou o senador irá apoiar a candidatura de Damaso ao governo ou ele mesmo, Irajá, será candidato a governador.
Qualquer dessas duas hipóteses dará uma nova configuração ao tabuleiro sucessório de dois de outubro, criando mais um fator de divisão ou um aglutinador de votos em torno de uma candidatura.
WANDERLEI TRABALHA E AGUARDA DEFINIÇÕES
Por outro lado, o governador Wanderlei Barbosa segue trabalhando para “costurar” a frente de partidos que irão alicerçar sua candidatura à reeleição, formada pelos partidos dos deputados estaduais que o apoiam – em torno de 19, dos 24 parlamentares – e estão umbilicalmente ligados ao Palácio Araguaia.
É, então, chegado o momento de “descer do muro” para a maioria dos indecisos ou morosos. “Rezar para dois santos” ou “acender uma vela para Deus e outra para o diabo” já deixou de ser opção. O processo de afunilamento eleitoral já está em andamento e quem insistir em permanecer no muro, corre o risco de “levar pedrada dos sois lados”.
Wanderlei já deixou claro que não abrirá mão de indicar o seu candidato a vice-governador, e a expectativa é de que esse nome seja o do ex-prefeito de Gurupi, Laurez Moreira.
Ou seja, muitas definições começam a aparecer e muitas outras estão para ser anunciadas nos próximos dias, ante a aceleração das articulações em todos os grupos políticos. A indefinição deixa as bases confusas e elas vêm cobrando de seus líderes um posicionamento para que possam passar a atuar com segurança no processo sucessório.
E quem precisa definir logo qual será seu posicionamento é o senador Irajá Abreu, pois é quem tem mais decisões a tomar. Ou sai, ele próprio, candidato ao governo, ou declaras apoio a uma das atuais candidaturas – Ronaldo Dimas, Paulo Mourão ou Osires Damaso.
A hora é agora!