A viagem tem como objetivo atrair novos investimentos para o Tocantins agora que a economia começa a dar sinais de retomada
Por Nayna Peres
Na manhã da última segunda, 19, quem desembarcou em Porto Alegre foi o secretário de Indústria, Comércio Serviços e presidente da Agência de Desenvolvimento do Turismo, Cultura e Economia Solidária do Tocantins, Tom Lyra, o roteiro segue até a próxima sexta, 23 e irá alcançar empresas com sede no interior de Santa Catarina.
Os objetivos da viagem são apresentar o road show promovido pelo estado do Tocantins aos empresários do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, além dos benefícios fiscais e o mercado consumidor que circunda o Estado.
O potencial logístico é um dos principais diferenciais nessa incursão, o Tocantins faz divisa com seis outros estados distribuídos entre o Norte, Nordeste e Centro-oeste do Brasil, o que torna o Estado atraente não apenas pelos benefícios fiscais, mas também pela economia no custo logístico. Uma excelente opção para expansão e implantação de indústrias e centros de distribuição.
A indústria DaColônia tem uma produção diária de 40 toneladas - Créditos: Ascom / Sics
A primeira fábrica visitada pela comitiva foi a AGCO, montadora da Massey Ferguson, situada em Canoas-RS. A empresa é uma das principais marcas do mercado de tratores e implementos agrícolas e tem três fábricas no Rio Grande do Sul, na ocasião a comitiva foi recebida pelos representantes da indústria, que demonstraram interesse em conhecer mais de perto todas as possibilidades e potencialidades que o Estado tem a oferecer.
Para o site Leader da AGCO, Ronaldo Diotto, fortalecer a rede que faz a distribuição dos produtos de suma importância para o crescimento das vendas e para isso uma boa malha logística é fundamental. “Nós atendemos o país inteiro e ainda exportamos nossa produção para toda a América Latina, Estados Unidos, Nigéria e outros países, são mais de 50 itens à disposição no mercado. Temos mais de 500 concessionárias em todo o Brasil, fortalecer e facilitar a chegada desses implementos e tratores a esses representantes é um dos nossos objetivos”, pontuou.
Outra empresa visitada foi a Joape, localizada na cidade de Santo Antônio da Patrulha-RS, a mesma produz climatizadores de ar, e enxerga no Tocantins um excelente mercado, não apenas para venda interna, mas por sua excelente ligação com os estados do nordeste e norte do país, como afirmou o Diretor Executivo, João Henrique Schmidt dos Santos, “o potencial de vendas interno no Tocantins já é muito atrativo para um setor produtivo como o nosso, e ao conhecer um pouco mais sobre a logística do Estado e os incentivos oferecidos faz com que o interesse em implantar uma filial ou linha de montagem e distribuição cresça ainda mais”.
A DaColônia encerrou o tour de visitas no Rio Grande do Sul, a fábrica que produz 40 toneladas de doces por dia, e que tem no Tocantins um grande mercado consumidor e do qual já faz parte vendendo na maioria dos grandes supermercados do Estado, percebe que incentivos como o Comércio Atacadista, oferecido pelo Governo, a quem deseja abrir centros de distribuição como uma excelente oportunidade de chegar a novos mercados nos estados do norte e nordeste, já que a logística de distribuição seria facilitada, como aponta o Diretor Executivo, José Ricardo Vaz. “Atualmente já temos um excelente mercado dentro do Tocantins, mas poder implantar um centro de distribuição de nossos produtos e fazer com que ele chegue de forma mais rápida e eficiente no consumidor final é um dos desejos da nossa indústria e conhecer esses incentivos torna a ideia ainda mais atraente”.
Para o secretário, Tom Lyra, apresentar essas potencialidades e receber respostas tão positivas dos investidores gaúchos só comprova que o Governador Mauro Carlesse tanto afirma, é preciso abrir os horizontes e fomentar a chegada de novas empresas no Estado e assim fortalecer toda a cadeia produtiva e de consumo. Além de ser uma excelente oportunidade nessa retomada da economia, que tanto sofreu nos últimos meses por conta da Covid-19.
“Temos trabalhado incansavelmente para conseguir retomar o ritmo de crescimento acelerado que estávamos alcançando, assim como as empresas e indústrias de todo o Brasil, o Tocantins está buscando fomentar sua economia e atrair novos investidores é primordial. E nossos incentivos têm sido bem aceitos, afinal são um dos melhores em todo o território nacional e não bastando isso, a nossa localização faz com que a logística seja um dos nossos diferenciais, acreditamos que muitas empresas vão procurar o Estado, e não vão se arrepender dos investimentos feitos”, concluiu.
Candidato a vereador em Palmas, pelo PCdoB, o economista, professor universitário e funcionário aposentado do Banco Central, Abraão Lima, destacou que não está na política para sobrevivência, mas colocou o seu nome à disposição do palmense, porque agora, mais do que preparado, está disponível para contribuir com o desenvolvimento da Capital, neste quesito.
Por Edson Rodrigues
Professor Abraão como é conhecido, relatou que o seu projeto em participar da política foi traçado há mais de 20 anos, no entanto ele aguardava concluir sua carreira profissional e aposentar-se para ficar à disposição das demandas das pessoas. “O Tocantins, encerra nesta eleição um ciclo entre as oligarquias tradicionais e inicia um novo processo, um novo Tocantins. Esta transição acontecerá em todos os municípios, mas principalmente em Palmas”, pontuou.
O candidato que já exerceu a função de vereador por dois mandatos, na cidade de Divinópolis, prega a independência do Poder Legislativo. “Sei a função do vereador, tenho uma proposta para transformar o legislativo numa casa independente e assim possa efetivamente fiscalizar o dinheiro do povo. A realidade de Palmas é triste, temos cinco vereadores que foram presos em flagrantes, acusados de corrupção. Espero que neste pleito o eleitor tenha liberdade para escolher um representante com experiência e capacidade. É preciso renovar este quadro”, concluiu Abraão Lima.
No livro de registro de imóveis da cidade consta que, em maio deste ano, o “agropecuarista” João da Silva vendeu para o deputado estadual Ricardo Ayres (PSB) uma fazenda de 534 hectares por R$ 800 mil
Da Revista Veja
Como o PCC transformou uma das maiores populações carcerárias do planeta em mão de obra. Foragido da Justiça, André do Rap é um dos exemplos: entrou na cadeia aos 19 anos como aviãozinho de drogas e se tornou um dos mais temidos traficantes da facção.
Aconteceu quase de tudo na lamentável comédia de erros que culminou na saída pela porta da frente da cadeia de um dos chefões do Primeiro Comando da Capital (PCC), a facção criminosa mais poderosa do país. Entre uma série de falhas e brechas da Justiça na análise do caso, a cereja do bolo no episódio ficou por conta de Marco Aurélio Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal, que assinou a liminar de soltura para marcar uma inoportuna posição legalista, levando a lei ao pé da letra — nem que para isso tivesse de fazer vistas grossas ao alto nível de periculosidade do criminoso em questão, André Oliveira Macedo, responsável nos últimos anos pelo braço internacional de comércio de drogas do PCC.
Resultado: André do Rap, como o tracante é mais conhecido, deixou calmamente no sábado 10 o presídio de segurança máxima de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo, entrou em um BMW e, até a tarde da última quinta, 15, nunca mais foi visto. Ele havia sido capturado em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, em setembro de 2019, após um cerco que envolveu trinta policiais. Agora, cerca de 600 deles se encontram em seu encalço.
A “fuga legal” provocou justa indignação em todas as esferas da sociedade, mas não houve ainda uma discussão aprofundada sobre outra gigantesca mazela nacional revelada pelo mesmo caso: a de como as cadeias brasileiras produzem hoje em ritmo acelerado soldados para as facções, em especial, o PCC, a exemplo do que ocorreu com André do Rap. Sem nenhuma passagem pela polícia, em 1996, aos 19 anos, ele acabou sendo preso em flagrante em casa, com trinta papelotes de cocaína.
No ano passado, ao ser detido em uma mansão em Angra dos Reis, agora aos 42 anos, André do Rap havia se tornado um dos maiores exportadores de cocaína do país. Segundo as investigações, ele comandava o embarque da droga para o sul da Europa, principalmente a Itália, via Porto de Santos. Durante a prisão, a polícia apreendeu um barco de 60 pés, avaliado em mais de 6 milhões de reais, além de um helicóptero, com o qual costumava se deslocar nas viagens entre a Baixada Santista e a casa de Angra, seu destino predileto para curtir os fins de semana.
Antes da captura, tinha vindo de uma temporada entre Holanda e Espanha. Na época, a vida de luxo que levava em Angra dos Reis e no Guarujá acabou deixando pistas à polícia. Foi pego em uma mansão que alugava por 20 000 reais mensais na cidade do Litoral Sul do Rio.
O patrimônio escondido do ex-policial Adriano da Nóbrega no Tocantins
O cartório do município de Pindorama do Tocantins, a 200 quilômetros de Palmas, guarda um documento que pode ajudar as autoridades do Rio de Janeiro a puxar o fio de uma grande meada. No livro de registro de imóveis da cidade consta que, em maio deste ano, o “agropecuarista” João da Silva vendeu para o deputado estadual Ricardo Ayres de Carvalho (PSB) uma fazenda de 534 hectares por 800 000 reais. As terras ficam numa área inóspita, cujo acesso se dá por uma estrada estreita de terra. Apesar disso, segundo corretores da região, a propriedade valia ao menos duas vezes mais. Mas não é só isso que chamou a atenção para o negócio. João, o vendedor, não era o dono verdadeiro. Era apenas o laranja, aquele que assume a responsabilidade por alguma coisa que não é sua para proteger a identidade de alguém que não pode ou não quer aparecer. O verdadeiro dono era o ex-policial Adriano da Nóbrega.
Fazenda que era do ex-policial fica em Pindorama / Foto: Hugo Marques/VEJA
Em junho de 2018, quando a fazenda Boa Esperança foi comprada por João da Silva, Adriano, um personagem ainda desconhecido para a maioria dos brasileiros, não queria aparecer. Na época, o Ministério Público do Rio de Janeiro começava a aprofundar as investigações sobre as rachadinhas na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, especialmente no gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro. A mãe e a ex-mulher do ex-policial trabalhavam com o filho do presidente da República, e a suspeita é de que ambas participavam do esquema. Adriano era amigo e parceiro de Fabrício Queiroz, apontado pelos promotores como o responsável pelo recolhimento de parte dos salários dos funcionários. Em janeiro de 2019, o ex-policial teve a prisão decretada, sob a acusação de chefiar um grupo de matadores que operava para uma milícia carioca. Depois disso, Adriano também não podia aparecer.
Morto em fevereiro deste ano, o ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) tinha pelo menos 10 milhões de reais, entre valores em espécie e bens registrados em nome de laranjas, segundo pessoas próximas a ele. O ex-policial era dono de terras, casas, apartamentos, cavalos de raça, carros, empresas e pontos de jogo clandestino que lhe rendiam muito dinheiro. Nada disso, porém, estava em nome dele. O Ministério Público e a Polícia Civil do Rio tocam investigações a fim de rastrear a localização dessa herança deixada por Adriano e tentam identificar quem se beneficia ou se apropriou dela. Só em Tocantins, o ex-policial seria dono de três fazendas registradas em nome de laranjas. A Boa Esperança pode ser um ponto de partida para mapear esse tesouro oculto.
Em Pindorama, não é segredo para ninguém que o ex-policial era o verdadeiro dono das terras. A propriedade, que pertencia a Florair Turíbio de Souza, foi adquirida em junho de 2018 por 938 000 reais e registrada em nome de João da Silva, conhecido na cidade como “João de Dego”, que na época era funcionário de Adriano. Em maio passado, três meses após a morte do ex-capitão, João revendeu a terra, por 800 000 reais, ao deputado estadual Ricardo Ayres. De origem humilde e atualmente sem remuneração fixa, João disse a VEJA ter comprado a fazenda com prêmios que recebeu participando de torneios de vaquejada e comissões obtidas ao intermediar a venda de cavalos. “Sou corredor de vaquejada. Já ganhei mais de quarenta motos e uns dez carros. O Adriano me contratou para correr para ele me pagando um bom salário”, afirmou João, garantindo que a fazenda lhe pertencia. Segundo o “agropecuarista”, Adriano, que era aficionado por vaquejadas, ficava com os troféus e ele com todo o dinheiro dos prêmios. Essa versão é desmentida pelos ex-proprietários da fazenda.
O comprador da Boa Esperança, o deputado Ricardo Ayres, afirmou, por e-mail, que o negócio foi regular: “Interessei-me pela aquisição por ser a fazenda vizinha de outra de minha titularidade. Desconheço que citada fazenda seria de Adriano da Nóbrega”.
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“Fico tão feliz quando consigo um acordo entre partes contrárias quanto quando venço um adversário nas urnas”
TANCREDO NEVES
Por Edson Rodrigues
Neste último sábado (17) os candidatos a vereador na chapa de Caio Augusto e José Filho, que buscam a reeleição pela coligação formada pelo DEM e pelo MDB, realizaram uma mega carreata pelas ruas da cidade.
As tarefas da organização foram divididas entre apoiadores de Caio Augusto. As tarefas foram divididas entre os assentamentos, o Distrito de São Francisco e os bairros centrais de Ipueiras.
Caio Augusto e apoiadores
Os eleitores de Ipueiras que residem em Porto Nacional, Palmas e cidades vizinhas, também foram convocados a participar do evento.
O pedido a todos foi um só: “tragam suas famílias, os que tiverem, tragam seus veículos para que recebam os adesivos da campanha, para marcar esta grande arrancada rumo a vitória, em uma grande festa cívica”.
Durante a carreata foi feita a distribuição do material de campanha de Caio Augusto, que conta com o apoio dos deputados federais Professora Dorinha e Carlos Gaguim, e do senador Eduardo Gomes, líder do governo de Jair Bolsonaro no Congresso Nacional que, nesta semana, estará em Ipueiras para consolidar seu prestígio à cidade.
A carreata reuniu carros, motos e bicicletas, que percorreram as principais ruas e avenidas da cidade. A população saiu ás portas de suas casas fazendo questão de saudar, com o sinal de positivo e com o “V” da vitória, Caio Augusto e seus candidatos a vereador, inclusive os candidatos à reeleição, que percorreram o trajeto na carroceria de uma pick-up
Com o registro de sua candidatura e dos seus candidatos a vereador aprovados pelo TRE, Caio Augusto, com esta carreata, inicia oficialmente sua caminhada rumo à reeleição, após tirar a cidade de Ipueiras da inadimplência junto ao governo Federal, destravando a possibilidade de receber recursos de emendas, firmar convênios e participar dos programas sociais, transformando o mandato que se inicia em janeiro de 2021 em um dos mais promissores para a consolidação do progresso de Ipueiras, desde a sua emancipação política.
Disputam a prefeitura com Caio Augusto, Irisnete Pinto Ferreira (PSD) e o Bombeiro Militar, Marivaldo de Souza (PROS).
Conforme o relator, “observo, mais, que o embargante se utilizou do recurso duas vezes com suposições já esgrimidas no mérito, patente, portanto, o condão meramente procrastinador. Isso posto, porque meramente protelatórios, rejeito os presentes embargos de declaração”, finaliza o ministro.
Com Assessoria
O relator da Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI nº 4013) dos 25% no Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, manifestou no seu voto aos embargos do governo do Tocantins: "não merecem prosperar". O julgamento dos embargos dos embargos Executivo estadual começou nesta sexta-feira e segue até o dia 23, em sessão virtual.
O ministro Lewandowski observou que o embargante, governo do Tocantins, se utilizou duas vezes com suposições no mérito, ou seja, fez dois recursos contra a decisão do pleno do STF sem apresentar nenhum argumento concreto, portanto meramente procrastinatório.
“O novo recurso do governo do Estado não apresentou novos fatos ou argumentos e, por isso, o SISEPE-TO requereu ao Supremo que, em razão dessa manobra, aplique multa ao governador Mauro Carlesse por litigância de má-fé”, pontua o presidente do SISEPE-TO, Cleiton Pinheiro.
Em março de 2019, o pleno do STF, por unanimidade, negou os embargos de declaração do governo do Tocantins mantendo a decisão de março de 2016, onde os ministros reconhecem que as leis que suspenderam o reajuste de 25% são inconstitucionais. Ou seja, o STF entendeu que o reajuste salarial de 25% foi legalmente concedido aos servidores, tendo direito a ele com a sanção das leis no dia 3 de dezembro de 2007, com efeito financeiro a partir de janeiro de 2008. O reajuste foi concedido aos servidores do Quadro Geral e da Saúde.
Os servidores públicos do Quadro Geral e da Saúde aguardam receber os 25% há 12 anos e é revoltante e lamentável ver o governador Carlesse utilizar de manobras para tentar impedir que esse direito seja implementado. “Exigimos respeito aos servidores públicos, que tiveram o reajuste concedido, por meio das sanções de duas leis, antes aprovadas pelos deputados estaduais, e dias depois revogadas. Todos os pontos foram discutidos e o STF decidiu: temos direito aos 25%”, frisa Cleiton Pinheiro.
Entenda
Em março de 2019, o pleno do STF, por unanimidade, negou os embargos de declaração do governo do Tocantins mantendo a decisão de março de 2016, onde os ministros reconhecem que as leis que suspenderam o reajuste de 25% são inconstitucionais. Ou seja, o STF entendeu que o reajuste salarial de 25% foi legalmente concedido aos servidores, tendo direito a ele com a sanção das leis no dia 3 de dezembro de 2007, com efeito financeiro a partir de janeiro de 2008. O reajuste foi concedido aos servidores do Quadro Geral e da Saúde.