Temer ressaltou que o congresso não terá caráter deliberativo, ou seja, não vai discutir se o partido deve deixar a base aliada
O vice-presidente Michel Temer defendeu que o congresso do PMDB que será realizado nesta terça-feira (17) tem como objetivo discutir o programa de governo lançado pela partido em outubro e preparar o terreno para o lançamento de uma candidatura própria à Presidência da República em 2018.
"Nós temos a ideia de lançar um candidato em 2018, então nós temos que nos preparar para isso. Se nós não tivermos um programa, como vamos ter um candidato?", afirmou o vice durante um jantar com jornalistas promovido pela senadora Marta Suplicy (PMDB-SP) na noite desta segunda-feira (16).
Durante o encontro, Temer tentou minimizar o mal-estar instalado no Palácio do Planalto com a divulgação do documento intitulado "Ponte para o Futuro", que contém duras críticas à política econômica da presidente Dilma Rousseff.
O vice fez questão de afirmar que apresentou as propostas à presidente assim que elas ficaram prontas e que o programa não deveria ser visto como uma crítica ao governo e sim como uma "colaboração". "Se o governo quiser adotar as ideias do PMDB, ótimo, vamos aplaudir", disse.
Temer ressaltou ainda que o congresso desta terça não terá caráter deliberativo, ou seja, não vai discutir se o PMDB deve deixar a base aliada do governo. O vice, no entanto, admitiu que será difícil conter as manifestações a favor do rompimento com o PT. Segundo ele, uma decisão final sobre o assunto deverá ser tomada somente em março, durante a convenção nacional do partido
O vice também afirmou que, a despeito da polêmica causada recentemente, vai voltar a pregar a necessidade de reunificar as forças políticas do País para superar a crise econômica. Em agosto, Temer disse que o Brasil precisava de alguém capaz de "reunificar a todos". A frase foi interpretada por auxiliares de Dilma como um sinal de que o vice pretendia se cacifar para assumir o comando do País, caso a presidente viesse a sofrer um processo de impeachment. Nesta segunda, Temer defendeu que foi mal interpretado e sugeriu que petistas alimentaram em Dilma o sentimento de que ele deveria ser visto com "suspeição".
Para o ex-ministro Moreira Franco, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e um dos responsáveis por organizar o encontro desta terça-feira, o fato de o PMDB decidir discutir um conjunto de propostas para o País não deve ser visto como um ato de "hostilidade" contra o governo. "O nosso programa não foi feito nem a favor nem contra ninguém. Não houve nenhuma intenção de romper com o governo, de apontar erros. O nosso objetivo é definir um programa que resolva a maior crise econômica da nossa história", disse.
Além de Temer e Moreira Franco, o ministro Eliseu Padilha (Aviação Civil) também participou do encontro realizado na casa da senadora. Ex-petista, Marta disse que vai adotar uma posição mais moderada nesta terça e que, por ora, não vai voltar a defender o desembarque do governo.
Todos os anos o dia 14 de novembro é marcado por uma série de atividades em prol do Dia Mundial do Diabetes
A campanha é liderada pela International Diabetes Foundation (IDF) e organizada pelaSociedade Brasileira de Diabetes no Brasil. É em memória da data que a Clínica de Olhos Yano chama a atenção para os cuidados com a retinopatia diabética, que afeta 40% dos diabéticos, segundo a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO). A doença é a maior causa de perda da visão de adultos em idade de 20 a 60 anos.
“Nosso alerta é para que o portador da doença tenha o cuidado de realizar os exames com regularidade. Caso a retina esteja normal, as revisões devem ser anuais. Se houver sinais de retinopatia, as indicações de angiografia e fotocoagulação dependerão do estágio da doença”, diz o oftalmologista Dr. Juliano Perfeito, especialista em retina e vítreo.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 7 a 8 % da população brasileira acima de 18 anos tem diabetes, chegando a 18,6% nos indivíduos com 65 anos ou mais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que de 2000 até o ano de 2025 o número de diabéticos no mundo saltará de 177 milhões para 350 milhões, sendo que no Brasil, o número de pessoas maiores de 18 anos com diabetes chegará a 17,6 milhões- quase 2,5 vezes mais que os atuais 7,3 milhões.
Diabetes e visão
A falta de controle da taxa glicemia (açúcar) no organismo pode gerar problemas irreversíveis á visão. Pequenas hemorragias e inchaços na retina, descolamento de retina, hemorragias vítreas (sangramento dentro do globo ocular) e até cegueira total constituem o quadro de evolução da retinopatia diabética. “Essas manifestações aparecem geralmente 10 anos depois de diagnosticado o diabetes”, explica a oftalmologista Dra Susan Yano Mocelin.
Para ajudar a prevenir a retinopatia diabética é importante controlar o açúcar no sangue e a pressão sanguínea; parar de fumar ( o fumo pode acelerar o desenvolvimento da retinopatia); seguir uma dieta e um plano alimentar; evitar momentos de esforço, incluindo espirrar, tossir, vomitar e dificuldades de intestino e principalmente, fazer exames de visão regularmente.
A evolução da retinopatia diabética não segue regras. A velocidade do quadro dependerá do controle da taxa de glicemia e dos tratamentos realizados pelo portador do diabetes. (Ascom/Yano)
SERVIÇO
Clínica de Olhos Yano- Quadra 401 Sul, Av. LO 11, Conjunto 02, lote 02, salas 601,602,603,606 e 609, 6° andar
Telefone: (063) 3214-6800
As medidas solicitadas pelo MPF integram a ação que investiga se a Gráfica Atitude foi usada pelo ex-tesoureiro do PT para lavar dinheiro de propina. Já Mantega é relativo a Operação Zelotes
A Justiça Federal autorizou a quebra do sigilo telefônico da sede do diretório nacional do PT, em São Paulo, e de mais seis números que supostamente foram usados pelo ex-tesoureiro da sigla João Vaccari Neto, segundo o Ministério Público Federal.
Os dados, já fornecidos pelas operadoras de telefonia, também incluem interceptações telefônicas da linha do Sindicato dos Bancários, de uma funcionária da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop), além da linha pessoal de Vaccari e de sua esposa e de sua casa.
Dois números ligados ao coordenador da Gráfica Atitude, Paulo Roberto Salvador, também tiveram o sigilo quebrado. Os dados telefônicos cedidos vão de julho de 2010 a julho de 2015.
As medidas solicitadas pelo Ministério Público Federal integram a ação que investiga se a Gráfica Atitude foi usada pelo ex-tesoureiro do PT para lavar dinheiro de propina recebida por contratos com a Petrobras. Ele nega as acusações.
O advogado de Vaccari, Luis Flávio D'Urso, classificou as quebras de sigilo envolvendo outras pessoas e entidades que não são seu cliente como "devassa" e entrou com uma petição para tentar reverter a medida.
"Solicitamos que o juiz afaste telefones de pessoas e de instituições, como o próprio PT, que são estranhas ao processo, não tem ligação. Por isso não há necessidade dessas quebras. Pedimos para que ele reverta essa situação", disse D'Urso.
Vaccari está preso desde 15 de abril em Curitiba (PR).
Juiz autoriza quebra de sigilos do ex-ministro Guido Mantega
Apuração pretende descobrir se nomeações de conselheiros do Carf feitas pelo então ministro da Fazenda sofreram interferência ilegal
A Justiça determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de cerca de 30 empresas e pessoas, entre elas, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.
A determinação do juiz Vallisney de Souza Oliveira, responsável pela condução dos inquéritos da Operação Zelotes, seria uma tentativa de descobrir se as nomeações de conselheiros do Carf, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, feitas pelo então ministro sofreram interferência ilegal — o que poderia ser detectado a partir do mapeamento de transações financeiras.
De acordo com o jornal, outra linha de apuração é definir a extensão do relacionamento de Mantega com o empresário Victor Sandri, do Grupo Comercial de Cimento Penha, que conseguiu reverter no Carf multa de R$ 106 milhões. Há cerca de vinte anos, o ex-ministro vendeu terrenos para uma firma de Sandri. Antes da Zelotes, o empresário foi condenado também pela suspeita de interferir em decisões no Carf.
Mantega informou, por intermédio de pessoas próximas, que "repudia qualquer ilação sobre irregularidades em sua conduta, uma vez que sempre se pautou pelos princípios éticos", disse a Folha de S.Paulo. O empresário Victor Sandri informou, por meio de nota, que o Grupo Comercial de Cimento Penha forneceu todas as informações requeridas ao Ministério Público.
Outras quebras de sigilo decretadas nesta semana alcançaram lobistas, empresários e executivos de instituições financeiras, que não tiveram nomes revelados.
Com informações da Folha de S.Paulo e redação
O convite a Lula também se estende ao presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e a Mauro Luís Iasi, do PCB
A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado aprovou nesta quarta-feira (11), um requerimento convidando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para esclarecer discursos recentes onde o petista teria "incitado" a violência.
De autoria do deputado Eduardo Bolsonaro (PSC-SP), filho do polêmico Jair Bolsonaro (PP-RJ), o requerimento pede a realização de audiência pública para discutir as consequências de "discursos de ódio" proferidos por líderes políticos e de movimentos sociais que fomentam a violência. O convite a Lula também se estende ao presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, e a Mauro Luís Iasi, do PCB
Bolsonaro alega na justificativa do requerimento que, no dia 24 de fevereiro deste ano, o ex-presidente estimulou a violência em um ato em defesa da Petrobras, no Rio de Janeiro. "Eu quero paz e democracia, mas se eles não querem, nós sabemos brigar também. . sobretudo quando João Pedro Stédile colocar o exército dele do nosso lado", disse Lula.
O parlamentar lembra a participação do presidente da CUT em um evento no Palácio do Planalto em 13 de agosto deste ano em que, dirigindo-se a integrantes de movimentos sociais, Freitas falou em pegar armas. "Somos defensores da unidade nacional, da construção de um projeto de desenvolvimento para todos e para todas. E isso implica, neste momento, ir para as ruas entrincheirados, com armas nas mãos, se tentarem derrubar a presidenta... nós seremos o exército que vai enfrentar essa burguesia na rua".
Já Mauro Iasi é citado por um vídeo onde confronta os "conservadores de direita". "Nós sabemos que você é nosso inimigo, mas considerando que você, como afirma, é uma boa pessoa, nós estamos dispostos a oferecer a você o seguinte: um bom paredão, onde vamos colocá-lo na frente de uma boa espingarda, com uma boa bala e vamos oferecer depois de uma boa pá, uma boa cova, né? Com a direita e o conservadorismo nenhum diálogo. Luta!", registrou o deputado no requerimento.
Eduardo Bolsonaro chama as manifestações públicas dos líderes políticos de "irresponsáveis" e conclui que o objetivo das declarações era "desestabilizar o Estado Democrático de Direito" "A participação dessas personalidades nas discussões mostra-se de fundamental importância, para que possam esclarecer à sociedade brasileira, no cenário adequado, quais seriam suas reais intenções com os discursos proferidos", justifica.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) não terá problemas para enfrentar a cassação da presidente Dilma Rousseff caso seja comprovado que houve abuso de poder econômico e político nas eleições de 2014
Por Edson Rodrigues
A afirmação acima é do vice-presidente do tribunal e ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes, 59, que acabou preterido da relatoria de uma das quatro ações em discussão na corte, em entrevista ao jornal Folha de São Paulo. "Não é desejável, mas se houver elementos, o tribunal poderá se pronunciar sobre isso, como tem se pronunciado em casos de senador, deputado, prefeito e vereador."
Sobre a Operação Lava Jato, o ministro defende que é preciso desvendar o comando do esquema e lembra que Dilma ocupou cargos relevantes durante o desenrolar das práticas criminosas na Petrobras.
"Sabemos que isso não se desenvolveu por geração espontânea e ela estava em funçõeschave desde o Ministério Minas e Energia, Casa Civil e Presidência. Tem ela condições de continuar a governar?", questiona.
Coordenador acadêmico do Instituto Brasiliense de Direito Público, o ministro participa, ao lado de juristas brasileiros, alemãs e portugueses, a partir desta segunda (9), do XVIII Congresso Internacional de Direito Constitucional. Promovido pelo IDP, o evento vai discutir saídas para crise política e econômica brasileira. Para o ministro, o modelo de presidencialismo de coalizão está esgotado.
Sobre a possibilidade de Dima chegar ao fim do seu atual mandato, Mendes é categórico: “ temos muitas discussões abertas, como o impeachment, processos na Justiça Eleitoral, mas estamos numa situação muito difícil. É preciso encontrar o encaminhamento institucional e não podemos esquecer que, ao lado da grave crise política temos a crise econômica, que exige medidas de quem tem legitimidade, credibilidade e autoridade. Esses são elementos que estão em falta no mercado político.
Sobre a possibilidade de Dilma Renunciar para evitar uma possível cassação, Mendes prefere não emitir opinião: “não vou emitir juízo de valor, mas estou convencido de que é muito difícil chegarmos a 2018 com esse quadro de definhamento econômico”, resumiu.
A participação ou culpabilidade do ex-presidente Lula nos casos que ream origem aos inquéritos não é descartada por Mendes: “não se estrutura um sistema dessa dimensão sem a participação de atores políticos importantes. Tanto é que eu brinquei: esse enredo não entra na Sapucaí, é preciso que ele seja completado. Todos nós que temos experiência na vida pública não imaginamos que um deputado vá à Petrobras e consiga levantar recursos. É preciso outro tipo de arranjo. Não vou fazer juízo, mas não acredito que isso nasceu por ação espontânea de parlamentares que foram à Petrobras, Eletrobras, Eletronuclear e decidiram fazer lá um tipo de pedido”, sentenciou.
Sobre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, Mendes é mais cauteloso: “a gente tende a falar mal dos nossos políticos, mas, ao longo dos anos, logramos desenvolver uma classe política muito hábil, que propiciou desdobramentos históricos interessantes, como a transição do regime militar para o modelo de 1988. Espero que o segmento político se inspire nesses exemplos para encaminhar soluções adequadas. Não gostaria de emitir juízo de valor. Alguns deputados questionam a legitimidade de Cunha para avaliar um pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. É uma questão interna do Congresso. Mas, por esse argumento, quem ainda poderia tomar alguma decisão? O que se diz é que não há nenhuma prova contra a presidente, mas nós sabemos que isso não se desenvolveu por geração espontânea, e ela estava em funçõeschave desde o Ministério de Minas e Energia, Casa Civil e Presidência. Tem ela também condições de continuar a governar?
Mendes foi mais incisivo ao falar da competência do TSE para julgar os escândalos que pipocam no governo federal: “nunca se questionou a competência da Justiça Eleitoral. É como dizer que o presidente não esteja submetido às regras básicas de uma campanha limpa.O tribunal foi vacilante na campanha presidencial de 2014.O abuso geral da campanha era muito difícil de ser coibido, aumento de Bolsa Família em março, quem impugna esse tipo de questão? O Ministério Público talvez pudesse ter sido ator mais presente. Pelo menos na Justiça Eleitoral, parecia meio cooptado. Acredito que já vivemos um novo momento. Todo brasileiro no momento de lucidez, não só pode, mas deve omitir opinião sobre este situ8ação política administrativa que estamos passando.Representantes que não respeitaram os representados, constituindo dívidas bilionárias e ainda terem a cara de pau de quererem que os representados paguem esta conta. Se tivessem gastos com infraestrutura, seriamos devedores. Mas os recursos foram roubados e depositados no exterior. Que paguem o que devem e renunciem em bloco.Não. Não é nada desejável, mas, se houver elementos, o tribunal poderá se pronunciar sobre isso, como tem se pronunciado em outros casos de senador, deputado, prefeito e vereador.