Em 2012, o Tribunal havia livrado os 15 réus
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu reabrir uma ação de improbidade administrativa contra 15 condenados do mensalão, entre eles o ex-ministro José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoíno e o ex-tesoureiro Delúbio Soares, além de Marcos Valério, pivô do escândalo revelado em 2005.
A decisão proferida nessa terça, 13, pelo ministro Herman Benjamin, abre a possibilidade de o grupo ser condenado a ressarcir os cofres públicos por causa do esquema de corrupção revelado em 2005.
Em 2012, o Tribunal havia livrado os 15 réus sob a justificativa de que ministros de Estado, como é o caso de José Dirceu, não responderiam pelo ato de improbidade administrativa, e sim de responsabilidade. Outra justificativa é de que os demais réus já haviam respondido pelo crime em outras ações no âmbito do Mensalão.
As defesas dos réus nessa ação têm cinco dias após a publicação da medida para recorrer, no próprio STJ.
O Ministério Público Federal chegou a apelar da decisão na época, mas o recurso usado obrigou o envio dos autos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região e só então ao STJ, o que impediu até agora o prosseguimento e qualquer andamento da ação.
O novo entendimento questiona a decisão anterior. O ministro relator argumenta: "Se o STJ decretar a "morte" desta Ação Civil Pública, réus condenados criminalmente pelo STF deixarão de responder, na órbita cível, por eventual improbidade administrativa."
Presidente disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal
Num dos discursos mais duros desde que foi reeleita, a presidente Dilma Rousseff criticou os "moralistas sem moral" e "conspiradores" que tentam obter o impeachment para interromper um mandato conquistado com 54 milhões de votos.
Sem citar nominalmente nenhum dos adversários ou conspiradores, Dilma disse que nunca fez da vida pública um meio para obter vantagem pessoal.
Ela entrou no auditório do centro de convenções do Anhembi, em São Paulo, acompanhada dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e José Mujica (Uruguai), e discursou na abertura do 12º Congresso da CUT.
"Eu me insurjo contra o golpismo e suas ações conspiratórias, e não temo seus defensores. Pergunto com toda a franqueza: quem tem força moral, reputação ilibada e biografia limpa suficientes para atacar a minha honra?" discursou, sendo aplaudida de pé por uma plateia de mais de 2.000 sindicalistas e militantes simpáticos ao governo.
No discurso de 37 minutos, Dilma foi interrompida seis vezes sob aplausos e gritos de "não vai ter golpe" e "Dilma, guerreira do povo brasileiro".
A presidente fez ainda duros ataques às tentativas de instaurar um processo de impeachment sem, segundo ela, haver fato jurídico definido ou qualquer fato que a desabone.
"O artificialismo dos argumentos é absoluto. A vontade de produzir um golpe contra o funcionamento regular das leis e das instituições é explícita. Jogam no quanto pior, melhor, o tempo todo. Pior para a população e melhor para eles", disse a presidente.
Sem mencionar o ex-presidente João Goulart (1919-1976), deposto pelo golpe militar de 1964, a mandatária também traçou um paralelo com o episódio - usando as expressões "filme já visto" e "final trágico" - e fez um apelo à base social da esquerda brasileira.
"Ninguém deve se iludir. Nenhum trabalhador pode baixar a guarda", disse.
Ao prometer não se dobrar, ela desafiou a oposição: "Quem quer a paz social e a normalidade institucional não faz a guerra política e não destila ódio e intolerância".
"A obsessão dos inconformados com a derrota nas urnas [quer] obstruir o mandato de uma presidenta eleita contra quem não existe acusação de crime algum. Lutaremos e não deixaremos prosperar", disse.
Dilma também defendeu o uso dos bancos oficiais para o financiamento de programas sociais - manobra conhecida como "pedaladas fiscais" e que foi condenada, por unanimidade, pelo TCU (Tribunal de Contas da União). Ela disse que o governo vai continuar questionando os critérios da reprovação das contas do Executivo.
"Teremos uma decisão equilibrada do Congresso Nacional. O que chamam de 'pedaladas fiscais' são atos administrativos usados por todos os governos", afirmou.
"Estão tentando usar a análise das contas de meu governo pelo Tribunal de Contas da União para montar o ato final do golpe. (...) Falam de pedaladas fiscais, mas são eles que produzem pedaladas políticas. Não querem aceitar o rito congressual normal. Não querem que o Congresso dê a palavra final sobre as contas", disse.
Dilma disse que o governo continuará questionando a decisão do TCU que reprovou as chamadas "pedaladas fiscais" - atrasos em repasses de recursos devidos pelo governo a bancos oficiais para gerar superavit fiscal.
MP da Suíça diz que dinheiro de Cunha passou por 23 contas em quatro países.
O jornal Estado de S. Paulo informa, neste domingo, que investigadores do Ministério Público da Suíça identificaram que os recursos atribuídos ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), passaram por ao menos 23 contas bancárias, de quatro países diferentes. Os ativos transitaram por bancos em Cingapura, Suíça, Estados Unidos e Benin.
O objetivo, segundo a investigação, era ocultar sua origem. A apuração agora tenta rastrear de onde vem o dinheiro. Um montante em especial chama a atenção das autoridades brasileiras, que receberam os dados da Suíça: US$ 500 mil.
Os investigadores do País acreditam que a quantia seja de outro esquema de corrupção, para além do ocorrido por meio de contratos da Petrobras, mas que também tenha sido desviada de contratos públicos.
As quatro contas bancárias atribuídas ao presidente da Câmara e à mulher dele, Cláudia Cordeiro Cruz, não declaradas à Receita, receberam R$ 23,2 milhões, segundo a Suíça. Na principal delas, uma espécie de “conta-mãe” aberta no banco Julius Baer, foi bloqueado o equivalente a R$ 7,4 milhões em abril deste ano. Documentos enviados pelas autoridades do país comprovam que um negócio de US$ 34,5 milhões fechado pela Petrobras em 2011 no Benin, na África, serviu para irrigar as quatro contas.
Também neste domingo, o jornalista Lauro Jardim informa na sua coluna de estreia no jornal O Globo que, além das contas secretas no Julius Baer, Eduardo Cunha guardava dinheiro em outro banco suíço, o BSI. Desde julho, esse banco é controlado pelo brasileiro BTG Pactual. Hoje, existem quatro contas de Cunha bloqueadas no BSI.
Partidos de oposição cobram afastamento de Cunha
Após as denúncias da existência de contas secretas na Suíça, os principais partidos de oposição divulgaram nota, neste sábado, em que defendem o afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara. PSDB, DEM, PPS, PSB e Solidariedade cobram a saída de Cunha, até mesmo para que ele possa exercer, de forma adequada, seu direito constitucional à ampla defesa.
"Sobre as denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, noticiadas pela imprensa, os líderes Carlos Sampaio [PSDB-SP], Arthur Maia [SD-BA], Fernando Bezerra Filho [PSB-PE], Mendonça Filho [DEM-PE], Rubens Bueno [PPS-PR] e Bruno Araújo [PSDB-PE], respectivamente do PSDB, Solidariedade, PSB, DEM, PPS e Minoria, entendem que ele deve afastar-se do cargo, até mesmo para que possa exercer, de forma adequada, o seu direito constitucional à ampla defesa", diz a nota.
Pouco depois do pedido de afastamento feito pelos líderes dos partidos de oposição, a assessoria de imprensa de Eduardo Cunha também divulgou nota à imprensa, reafirmando que o presidente da Câmara não deixará o cargo.
Veja a íntegra da nota:
"Tendo em vistas as notícias divulgadas a partir de vazamentos atribuídos ao Ministério Público acerca de supostas movimentações financeiras atribuídas ao Presidente da Câmara dos Deputados, seguem os seguintes esclarecimentos:
1) O Presidente da Câmara nunca recebeu qualquer vantagem de qualquer natureza, de quem quer que seja, referente à Petrobras ou a qualquer outra empresa, órgão público ou algo do gênero. Ele refuta com veemência a declaração de que compartilhou qualquer vantagem, com quem quer que seja, e tampouco se utilizou de benefícios para cobrir gasto de qualquer natureza, incluindo pessoal.
2) Os seus advogados ingressarão, na terça- feira, com petição ao Supremo Tribunal Federal pedindo o imediato acesso aos documentos que existam no Ministério Público Federal, para que eles possam dar a resposta precisa aos fatos que por ventura existam.
3) Até o presente momento, o Procurador Geral da República divulgou dados que, em tese, deveriam estar protegidos por sigilo, sem dar ao Presidente da Câmara o direito de ampla defesa e ao contraditório que a nossa Constituição assegura, e o faz, estranhamente, de forma ostensiva e fatiada entre os principais órgãos de imprensa, ao fim de uma sexta feira véspera de feriado prolongado, tendo como motivação gerar o constrangimento político da divulgação de dados que, por serem desconhecidos, não podem ser contestados.
4) Certamente, os advogados do Presidente da Câmara, após conseguirem ter acesso a alguma coisa, saberão dar as respostas e acionarão o STF para responsabilizar os autores desse vazamento político de dados que, em tese, estão sob a guarda do próprio PGR.
5) O Presidente da Câmara reitera que mantém o que disse, de forma, espontânea à CPI da Petrobrás.
6) Em relação a qualquer pedido de afastamento ou de renúncia por parte do Presidente da Câmara, ele informa que foi eleito pela maioria absoluta dos deputados, em primeiro turno, para cumprir um mandato de 2 anos e irá cumprí-lo, respeitando a posição de qualquer um que pense diferente, mas afirmando categoricamente que não tem intenção de se afastar nem de renunciar.
7) A Constituição assegura o amplo direito de defesa e a presunção da inocência, e o Presidente pede que seja respeitado, como qualquer cidadão, esse direito. Não se pode cobrar explicação sobre supostos fatos aos quais não lhe é dado o acesso para uma digna contestação.
8) Por várias vezes desde o início desse processo, o Presidente da Câmara tem alertado para o viés politico do PGR, que o escolheu para investigar depois o escolheu para denunciar e, agora, o escolhe como alvo de vazamentos absurdos, que impõem o constrangimento de ser ver incluído em tudo que se refere à apuração de responsabilidades nesse processo de corrupção na Petrobras, que tanto envergonha o Brasil e está muito distante dele.
9) A pergunta que não quer calar e onde estão as demais denúncias? Onde estão os dados dos demais investigados? Como estão os demais inquéritos? Por que o PGR tem essa obstinação pelo presidente da Câmara? Alguma vez na história do Ministério Publico um PGR respondeu a um ofício de partido politico da forma como foi respondido com relação ao Presidente da Câmara? A quem interessa essa atuação parcial do PGR? São algumas das perguntas que gostaríamos de ver respondidas para que a atuação do PGR não exponha ainda mais a respeitada instituição Ministério Público. Saímos de um passado de que se acusava um PGR de atuar como engavetador geral da República para um que se torna o acusador do governo geral da República".
Folha de São Paulo e JB
O Tocantins completou 27 anos do dia 5 de outubro. Durante todos esses anos, O Paralelo 13, fundado um ano antes da criação do Estado e veiculado mensalmente, vem lutando para divulgar as potencialidades do Tocantins, as suas belezas naturais, suas vitórias e seus exemplos. Mas, nem sempre essas qualidades foram capazes de superar os problemas enfrentados pelo nosso povo.
Por Edson Rodrigues
O maior exemplo disso foi o “presente” que o povo tocantinense ganhou exatamente hoje, ao ver veiculada pela TV Globo nacional uma reportagem falando do atendimento dispensado aos pacientes de câncer do nosso Estado. Apenas uma máquina para o tratamento existe no estado e, mesmo assim, ela está quebrada, levando nossos doentes a ter que se deslocar até o Maranhão – quanta ironia! – para receber um tratamento adequado.
E olha que a nossa Saúde é uma exceção à regra, pois conta com um excelente gestor, Samuel Bonilha, mas, infelizmente, com pouca atenção do governo do Estado. Onde sobra gestão faltam recursos. Ou seja, o Tocantins, hoje, é um Estado novo padecendo dos velhos vícios.
Onde antes se reclamava dos pacientes do Pará, do Mato Grosso e do próprio Maranhão, que enchiam nossos hospitais em busca de atendimento de qualidade, hoje recorremos ao irmão mais pobre do Nordeste, o Maranhão, para poder tratar dos nossos pacientes de câncer.
O Tocantins, historicamente, sempre apresentou altos e baixos. O problema é que os baixos sempre viram notícias nacionais, como é o caso da cassação do atual governador, Marcelo Miranda. Um “baixo” que expôs muito o povo tocantinense a todo tipo de humilhação e vergonha, que vinha sendo esquecido com o passar do tempo. Veio a ferrovia Norte-Sul, um “alto” significativo, abrindo novas fronteiras para a economia do nosso Tocantins, trazendo a chance de uma industrialização salvadora e redentora, mas eis que a obra empacou, as empresas travaram investimentos e, hoje, de novo, nosso governador enfrenta mais um pedido de cassação do seu mandato. Só não virou notícia nacional, ainda, mas é um”baixo” que vem numa ora inoportuna, pois vai-se somar aos outros “baixos” que assolam o nosso país e o nosso Estado, transformando a situação em um momento muito complicado para o povo tocantinense.
Além da cassação de um governador, o Tocantins também teve governador biônico e desembargadores punidos por vender sentenças. Para quem acha que isso é feio, um outro dado é ainda mais estarrecedor: 1.200 pessoas condenadas por improbidade administrativa em apenas 27 anos de existência do Tocantins!
Para quem acha que já basta, o governador Marcelo Miranda dá um recado claro de que ainda não passamos vergonha suficiente, ao manter em seu governo, contrariando a Lei, 13 pessoas sabidamente fichas-sujas, empossadas no primeiro e segundo escalões da administração estadual, entre eles o seu próprio tio, Dr. Luiz Antônio, que teve que se valer de uma liminar para poder tomar posse. Uma verdadeira afronta ao bom-senso administrativo, pois é o único estado que teima em desrespeitar a Lei da Ficha Limpa, entregando orçamentos vultosos nas mãos de pessoas que a Justiça decretou impróprios para assumir cargos públicos.
Mais um dado ruim? Lá vai: na última quarta-feira, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou, em caráter de urgência, ao STF, um requerimento em que pede a nulidade do “Trem da Alegria” da secretaria da Fazenda do Tocantins. Uma ação do governo do Estado que transforma, da noite para o dia, fiscais em auditores da Receita Estadual, mesmo que não reúnam as exigências nem os conhecimentos técnicos para o cargo.
Caso o requerimento de Janot seja acatado pelo STF, os cofres estaduais terão que devolver todas as multas e reverter todas as ações desses fiscais/auditores.
Mas, vamos falar um pouco de coisas boas.
Primeiro, do povo tocantinense, que sempre se mostrou colaborativo, participante, consciente e, principalmente, resiliente, resistindo a todos os problemas com bravura. Com apenas 27 anos de idade, o Tocantins, hoje, está muito bem prestigiado nas mais altas esferas do governo federal, com uma ministra – super-poderosa, que comanda a Agricultura e a Pesca do País, um primeiro-secretário da mesa diretora do Senado Federal e um secretário executivo nacional do ministério do Turismo.
Ou seja, o Tocantins vive, hoje, um momento em que seu povo é muito prestigiado por sua inteligência e sua capacidade, com filhos seus ocupando cargos estratégicos para o desenvolvimento do País e podendo contribuir para que nosso Estado receba uma atenção mais direta do governo federal...
Pena que o governador Marcelo Miranda não mantém, com nenhum dos três, ministra, senador ou secretário executivo nacional, um mínimo relacionamento institucional, muito menos harmônico, fechando portas importantíssimas para desafogar nossa economia...
Já são nove meses e meio, desde que o governador Marcelo Miranda assumiu o governo e, desde então, nunca realizou uma reunião sequer com os congressistas tocantinenses em Brasília, , tanto do Senado quanto da Câmara Federal, para definir linhas de ação e planos visando ao desenvolvimento e à resolução de problemas do nosso Estado. Isso não é nada producente e vai contra tudo o que se apregoou em época de campanha, impedindo que o Estado colha os bons frutos da convivência harmoniosa e institucional entre nossos representantes.
Rogo a Deus para que ilumine as mentes dos nossos dirigentes, dos nossos representantes, para que em 2016 possamos comemorar um aniversário diferente.
Pois é, ia falar de coisas boas....quem sabe no nosso próximo aniversário...
O PAPEL DOS ELEITORES
Os eleitores e a classe política tocantinense não vêm tendo uma convivência harmônica. Subestimado pelos políticos, os eleitores vem dando a resposta clara e direta a cada pleito eleitoral e municipal, e são poucos os detentores de cargos eletivos que conseguirão dar continuidade às suas carreiras tanto nos legislativos estadual, municipais, federal e também no Senado.
O maior termômetro disso é o Legislativo da Capital, que vem sendo modificado pleito após pleito e a taxa de renovação nos parlamentos deve ficar entre 60 e 80% na próxima eleição.
Triste dos legisladores que acham, ainda, que o eleitor tocantinense é desinformado e que não percebe que alguns políticos se elegem para aumentar seus patrimônios pessoais e de seus familiares e, não, parar dar satisfação aos seus eleitores, a quem só procuram de 4 em 4 anos, na famosa “aparição de Copa do Mundo”.
O estado do Tocantins é muito bem servido em termos de veículos de comunicação, começando pelas velhas rádios, passando pelas emissoras de televisão, contando com blogs, sites, páginas em redes sociais, sem falar nos jornais impressos e revistas, que transformam o dia-a-dia dos políticos em um verdadeiro “Big Brother” da vida real.
Outros agentes dessa fiscalização são os sites de transparência, comandados por instituições consagradas como o Ministério Público, TCU, TRE, PGU, TSE e STF, entre outros. Além disso, o Ministério Público e a Defensoria Pública vem prestando um grande papel e, assim como a Polícia Federal, vem prestando um grande papel, atuando de forma implacável contra a corrupção.
O índice de ex-gestores acusados ou pilhados praticando atos de corrupção só aumenta e, ao serem flagrados, vem á tona o incrível dado de que 95% deles praticaram tais atos cientes do que estavam fazendo e que apenas 5% o fizeram por simples desconhecimento das leis ou por baixa escolaridade. Mesmo assim, em todos os casos de corrupção, a sordidez não deixa de estar presente ao notarmos que os desvios aconteceram em verbas das áreas da Saúde, Educação (merenda escolar), transporte escolar e outras áreas que afetam diretamente os direitos básicos da população.
Hoje, no Tocantins, poucos se salvam. Poucos estão com suas ficha impas, como são os casos de Kátia Abreu, Eduardo Siqueira Campos , Wanderley Barbosa, Vicentinho Alves, Paulo Mourão, Otoniel Andrade e mais alguns poucos.
Desta forma, o que podemos prever para as eleições municipais de 2016 é uma mudança profunda, uma renovação sem igual nos Executivos e legislativos municipais das principais cidades tocantinenses.
NOSSO PONTO DE VISTA
Até hoje não sei por que quando falam em “heróis da criação do Tocantins”, sempre é citado o nome de Carlos Prestes, enquanto outros nomes de real relevância para a criação do nosso estado são simplesmente ignorados e esquecidos. E muitos deles!
Podemos começar por Ulysses Guimarães, presidente da Assembleia Constituinte que aprovou a criação do Tocantins, do governador de Goiás Henrique Santillo do então presidente da Assembléia Legislativa de Goiás, Dr. Brito Miranda, que permitiram que, em unanimidade, os deputados goianos aprovassem o projeto para que fosse dado prosseguimento no processo de criação do nosso Estado , do então magistrado Darcy Coelho. Somos testemunhas oculares disso!
Quantas e quantas reuniões foram realizadas na sede da Federação da Agricultura de Goiás, onde lá estavam Aroldo Rastoldo, providenciando a estrutura para a reunião, o deputado Wolney Siqueira, líder da maior bancada na Câmara, que era a do PFL, e que pediu o apoio do então ministro das Minas e Energia, o saudoso Aureliano Chaves, e de Marco Maciel, que liberaram a bancada para votar a favor da criação do Tocantins... essas figuras não agiram sozinhas, estavam ombreadas e apoiadas por nomes como de Joâo Rocha,então diretor da Organizaçãp Jaime Câmara, o ex-prefeito de Pedro Afonso, José Egito, o também ex-prefeito Goyanir Barbosa, Carlos Henrique Gaguim e o então presidente da Conorte, José Carlos Leitão, que entregaram o documento com os dados que apontavam dados concretos acerca da viabilidade econômica do novo Estado que se pretendia criar, localizado sobre O Paralelo 13, ungido pelas assinaturas de milhares e milhares de homens e mulheres engajados no movimento pela criação do Tocantins.
Mas foi o então deputado José Wilson Siqueira Campos que, de posse desses documentos, frutos do trabalhos de milhares de mãos e mentes, que assinou, junto com o deputado José dos Santos Freire, a proposta que foi entregue à Assembleia Constituinte e que redundou na criação deste nosso Tocantins.
Um estado forte e bonito por natureza e quem apesar dos desmandos e dos maus-tratos sofridos em todas as suas administrações – umas mais, outras menos – segue rumo à industrialização, com várias e várias instituições de ensino superior estaduais, federais e particulares, que oferecem cursos de importância vital para o desenvolvimento de qualquer estado que se quer sério e progressista, como medicina, engenharia, odontologia, direito, história, matemática, dentre muitos outros.
A ferrovia Norte-Sul chega como alento à industrialização, endossada pela farta produção de energia elétrica – o Estado é um dos poucos exportadores desse bem crucial para o desenvolvimento do País – e tudo isso tendo como locomotiva Palmas, a última Capital planejada do século XX, com suas avenidas largas, bem arborizada e recentemente eleita uma das melhores cidades de grande porte do Brasil para se viver.
Não podemos finalizar este artigo sem, antes, fazer um apelo aos cidadãos tocantinenses para que dêem a sua contribuição para que o Tocantins melhore cada vez mais, filtrando de maneira impiedosa os homens e mulheres que estarão pleiteando os cargos de vereador e prefeito no ano que vem.
Fiquem atentos aos atuais maus políticos e os mandem de volta para seus afazeres domésticos, para suas vidas particulares, onde seus atos só afetem a si mesmos e a seus dependentes. Votem naqueles que mostraram vontade de mudar, de fazer o bem, de contribuir e que se preocuparam, realmente, com o bem-estar da população.
Se não considerar ninguém digno de seu voto, escolha entre os postulantes novatos aqueles que vocês conhecem a vida pregressa e confiam em suas atitudes. Consultem os sites de transparência política, observem as manchetes da imprensa e se munam de todas as armas para brigar, através do voto, por uma cidade, por um Estado, livre dos fichas-sujas e cada vez melhor.
Quem viververá!
O caminho escolhido foi apontado em nota, minutos depois de os ministros do órgão tomarem a decisão de forma unânime
Após a decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de rejeitar as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff, o Palácio do Planalto vai concentrar o seu esforço para reverter a decisão no Congresso. O caminho escolhido foi apontado em nota, minutos depois de os ministros do órgão tomarem a decisão de forma unânime.
"A decisão hoje tomada pelo Tribunal de Contas da União constitui um parecer prévio sobre as contas de 2014 do governo federal. A matéria ainda deverá ser submetida a ampla discussão e a deliberação do Congresso Nacional", dizia o texto.
A nota afirma ainda que "os órgãos técnicos e jurídicos do governo federal têm a plena convicção de que não existem motivos legais a rejeição". Também argumentaram não concordar com a punição, já que as chamadas pedaladas fiscais - manobras que consistiram em atrasar repasses do Tesouro Nacional para que bancos públicos pagassem despesas do governo -, "visaram a manutenção de programas sociais fundamentais para o povo brasileiro, tais como Bolsa Família, Minha Casa Minha vida".
O Planalto voltou a defender ainda que, em outros governos, o tribunal havia julgado "adequado" a mesma prática usada por Dilma no ano passado.
A nota repudiando a decisão do TCU foi distribuída imediatamente após a decisão do plenário do tribunal. O texto foi preparado no meio da tarde, no quarto andar do Planalto, em uma reunião na qual estavam presentes o novo ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, seu colega da Justiça, José Eduardo Cardozo, além do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva, e um assessor do advogado-geral da União, Luis Inácio Adams. O texto foi provado, depois, por Dilma, que estava em viagem à Bahia.
Como já sabia que a decisão seria contra o governo, a estratégia adotada pelo governo foi que houvesse uma resposta dura à rejeição das contas assim que a votação fosse concluída. Essa reação em tempo inédito faz parte de uma nova estratégia do governo de se defender de fatos negativos no menor tempo possível. Em outros episódios, a Planalto já chegou a levar horas para responder e apresentar sua posição sobre os fatos. Houve vezes em que sequer houve uma resposta oficial do governo.