A candidata ao Senado, Professora Dorinha (União Brasil), o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos) e o candidato a vice-governador, Laurez Moreira (PDT), registraram na tarde desta sexta-feira, 12, no Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins (TRE), a aliança que vai lutar por um Estado melhor para todos os tocantinenses.
Da Assessoria
Acompanhado de um grupo grande de apoiadores, Dorinha, Wanderlei e Laurez oficializaram a formação de uma chapa majoritária forte, que tem a intenção de seguir com a mudança que o Tocantins precisa para crescer forte, com menos desigualdades e muito mais próximo das pessoas.
“A nossa campanha é propositiva. Eu, o governador Wanderlei e o nosso vice-governador Laurez temos história política, temos trabalho prestado, temos muito o que mostrar, mas mais do que isso, temos o desejo de fazer muito mais pelo Tocantins, de provar que é possível fazer uma política com respeito às pessoas e respeito ao dinheiro público”, afirmou Dorinha.
O governador Wanderlei reforçou o clima de união e disse que estão prontos para percorrer o Tocantins com a proposta de fazer ainda mais pelo povo tocantinense. “Essa chapa, formada por mim, Dorinha e Laurez, vai às ruas de todo o Estado para falar com as pessoas e mostrar nosso projeto de Governo para o Tocantins e para os tocantinenses”, disse.
O governador Wanderlei elogiou ainda o trabalho que Dorinha vem fazendo e disse que ela é a pessoa certa para defender os interesses dos tocantinenses no Senado. “Professora Dorinha é uma mulher competente e que tem um trabalho muito bem feito em todas as áreas, com ênfase para a educação, que é uma autoridade nessa área. Vamos trabalhar diariamente para consolidar esse projeto da Professora Dorinha para o Senado, que é importante para todos os tocantinenses”, reforçou o governador Wanderlei.
Da Assessoria
A pré-candidata ao Senado Professora Dorinha (UB) recebeu a visita e o apoio dos prefeitos de Bernardo Sayão, Osório Antunes Filho, e de Brasilândia, Ricardo Ferreira Dias nessa quinta, 11 de agosto. Este é o reconhecimento ao trabalho que Dorinha tem feito pelos municípios e por todo o Tocantins.
“A senhora vai nos representar muito bem no Senado, como vem trabalhando por Brasilândia e por todo o Estado. A senhora tem meu apoio”, disse o prefeito Ricardo Ferreira. “Venho declarar meu apoio para a Professora Dorinha, que será a senadora de Bernardo Sayão e todo o povo do Tocantins”, diz Osório Antunes Filho.
Com seu trabalho, Dorinha conseguiu destinar quase R$ 2 milhões para a cidade de Bernardo Sayão, que foram investidos na construção de duas quadras cobertas de esportes, na compra de ambulância e para auxiliar no custeio da Saúde no município.
Para Brasilândia foram quase R$ 3 milhões para a construção de escola, pavimentação de ruas, aquisição de trator e carreta para o município, para o enfrentamento à COVID-19 e melhoria em estradas vicinais. “É uma grande satisfação ter o reconhecimento de prefeitos e da população pelo trabalho que estamos fazendo pelo Tocantins”, finalizou Dorinha.
Em prisão domiciliar por ameaças ao STF, ele está, em tese, inelegível em razão de sua condenação a sete anos de cadeia no processo do mensalão do PT
Por Sérgio Quintella
O município fluminense de Comendador Levy Gasparian, com apenas 8 500 habitantes e localizado no meio do caminho entre Petrópolis (RJ) e Juiz de Fora (MG), tem um candidato a presidente da República para chamar de seu. E que, ao menos por ora, tem que ficar por lá. Sem poder sair de casa devido a medidas cautelares impostas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do inquérito que apura a existência de uma organização criminosa digital que ataca magistrados e instituições, o ex-deputado federal Roberto Jefferson (PTB) anunciou de forma virtual, durante a convenção de seu partido, no dia 1º de agosto, a intenção de disputar o pleito presidencial. A candidatura surpreendeu até aliados, irritou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e, a curto prazo, deve tumultuar o processo eleitoral.
Por ironia, Jefferson entrou no alvo da Justiça por excesso de devoção a Bolsonaro — foi para defendê-lo que gravou vídeos empunhando armas e pedindo o fechamento do STF em 2021. Acabou preso em agosto do ano passado e ficou atrás das grades até janeiro de 2022, quando Moraes permitiu que fosse para a prisão domiciliar. O lançamento de sua candidatura agora também foi para ajudar o presidente, que, no entanto, não gostou, porque perdeu o apoio de uma legenda com tempo de TV (os minutos de cada partido ainda serão definidos) e ficou sem os palanques estaduais petebistas. A adesão do PTB era importante porque a aliança governista tem o apoio de apenas três legendas: PP, Republicanos e PL, a trinca que forma o Centrão. Em vídeo de treze minutos, Jefferson afirma que a candidatura visa a não deixar o presidente isolado, um “leão solitário contra uma alcateia”. “Enquanto a esquerda se apresenta como um polvo, com vários tentáculos, na forma de múltiplas candidaturas, preenchendo todos os nichos do eleitorado, o candidato de direita é desconstruído. A nossa ação não confronta Bolsonaro”, diz.
A sua postulação presidencial, no entanto, tem tudo para ser um voo curto porque ela pode não confrontar Bolsonaro, como ele diz, mas afronta a lei. Em tese, Jefferson está inelegível em razão de sua condenação a sete anos de cadeia no processo do mensalão do PT, do qual foi o principal delator. A Lei da Ficha Limpa estabelece oito anos de inelegibilidade a partir do término do cumprimento da pena. Jefferson acha que não pode ser alcançado pela restrição porque recebeu do STF em 2016 o perdão da pena, com base no indulto de Natal assinado pela então presidente Dilma Rousseff. Para especialistas, no entanto, o indulto não extingue a inelegibilidade. Esse entendimento também já foi externado por Moraes, que presidirá o Tribunal Superior Eleitoral, ao se manifestar sobre a situação do deputado Daniel Silveira, também do PTB, que foi indultado por Bolsonaro. A lei, no entanto, permite a Jefferson fazer o registro da sua candidatura — depois, caberá ao colegiado presidido por Moraes decidir, até 12 de setembro, se indefere ou não a sua postulação.
Até lá é certo que haverá espaço para muita confusão, já que Jefferson poderá ser considerado candidato, com direito a pedir votos ao eleitor. Como o presidenciável não pode sair às ruas, o PTB aposta no trabalho dos militantes e no empenho dos demais candidatos do partido, além, é claro, do horário eleitoral no rádio e na TV, que começa em 26 de agosto. A despeito de não haver impedimentos legais para candidaturas de pessoas presas preventivamente (há diversos casos no Brasil de políticos que disputaram campanhas da cadeia e tomaram posse até por videoconferência), as comunicações com o mundo exterior, independentemente do regime de prisão, são automaticamente proibidas. Depende da avaliação do juiz penal a autorização para gravações de vídeos de campanha ou entrevistas.
Há outras limitações impostas ao candidato-presidiário. Ele não pode usar redes sociais, nem receber visitas sem aviso prévio (exceto familiares de primeiro grau) ou ter contato com outros investigados no mesmo inquérito. Existem sinais de que nem tudo está sendo cumprido à risca. Na última semana, Moraes pediu que a Polícia Federal periciasse um áudio enviado pelo ex-deputado a políticos gaúchos. Além disso, o ministro quer saber por que Jefferson ficou um dia inteiro, em 28 de julho, sem tornozeleira eletrônica.
A candidatura de Jefferson — preso e isolado politicamente — é um momento melancólico na história do PTB. Criado por Getúlio Vargas em 1945, o partido foi extinto em 1965 pela ditadura e recriado em 1981. Desde a redemocratização, participou de todos os governos até a gestão de Michel Temer, quando comandava o importante Ministério do Trabalho. De lá para cá, trocou o trabalhismo por um confuso nacionalismo conservador, de direita, bastante identificado com o bolsonarismo. Reflexo dos bons tempos, a sigla ainda tem 1,1 milhão de filiados, a sétima melhor marca entre os partidos brasileiros. Mas com apenas três deputados na Câmara e status de nanico, ela precisará de muito esforço para vender em cadeia nacional como saída para o país a eleição de um político que está na prisão.
Publicado em VEJA de 17 de agosto de 2022, edição nº 2802
'O Brasil já tem sua carta pela democracia: a Constituição', tweetou Bolsonaro
Com Estado de Minas
Presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, pelo Twitter, que a Carta pela Democracia foi lida em uma micareta do Partido dos Trabalhadores (PT) e que teria algumas "páginas rasgadas", "pricipalmente nas partes sobre Cuba, Nicarágua e Venezuela". A leitura do documento ocorreu nesta quinta-feira (11/8) em diversas cidades do Brasil e até no exterior.
Durante sua live de quinta, o presidente também ironizou o apoio do ex-presidente Lula (PT) e de outros quadros do PT à iniciativa.
“Em 2002 realmente foi uma carta à corrupção, que foi o PT fez quando assumiu. Então fazer ‘cartinha’ para servir de passaporte para dizer que é bom moço? Não funciona, tem que dar exemplo”,
A Carta pela Democracia foi organizada por juristas, oito dias depois da reunião entre Bolsonaro e embaixadores estrangeiros na qual ele repetiu mentiras sobre as urnas eletrônicas.
Além do ex-presidente Lula, os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronick (União Brasil), Felipe D'Avila (Novo), José Maria Eymael (DC), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) também assinaram o documento. Artistas como Fernanda Montenegro, Anitta, Daniela Mercury; o ex-jogador Walter Casagrande e outros também endossaram o documento.
Candidato do PDT à Presidência também comparou o petista a Daniel Ortega e Nicolás Maduro
Da Redação
O ex-ministro e candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou ao Financial Times que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é "louco, criminoso e genocida" e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma "expressão do populismo podre e corrupto sul-americano". O jornal britânico publicou a entrevista com o pedetista nesta terça-feira, 9, em seu portal na internet, assinada por seu correspondente em São Paulo Bryan Harris.
"O presidente Jair Bolsonaro é louco, criminoso e genocida; ele opera pela notoriedade, por estar na mídia diariamente, reanimando sua base radical", afirmou Ciro ao FT, em referência à popularidade que levou Bolsonaro a vencer as eleições de 2018.
Questionado sobre Lula, de quem foi ministro, Ciro ainda comparou o petista aos presidentes da Nicarágua, Daniel Ortega, e da Venezuela, Nicolás Maduro.
"Uma expressão do populismo podre e corrupto sul-americano. Se você considerar que Ortega [o presidente da Nicarágua Daniel Ortega] é um populista corrupto, então Lula é a exata expressão de Ortega ou de Maduro [o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro]."