'O Brasil já tem sua carta pela democracia: a Constituição', tweetou Bolsonaro
Com Estado de Minas
Presidente Jair Bolsonaro (PL) disse, pelo Twitter, que a Carta pela Democracia foi lida em uma micareta do Partido dos Trabalhadores (PT) e que teria algumas "páginas rasgadas", "pricipalmente nas partes sobre Cuba, Nicarágua e Venezuela". A leitura do documento ocorreu nesta quinta-feira (11/8) em diversas cidades do Brasil e até no exterior.
Durante sua live de quinta, o presidente também ironizou o apoio do ex-presidente Lula (PT) e de outros quadros do PT à iniciativa.
“Em 2002 realmente foi uma carta à corrupção, que foi o PT fez quando assumiu. Então fazer ‘cartinha’ para servir de passaporte para dizer que é bom moço? Não funciona, tem que dar exemplo”,
A Carta pela Democracia foi organizada por juristas, oito dias depois da reunião entre Bolsonaro e embaixadores estrangeiros na qual ele repetiu mentiras sobre as urnas eletrônicas.
Além do ex-presidente Lula, os presidenciáveis Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronick (União Brasil), Felipe D'Avila (Novo), José Maria Eymael (DC), Leonardo Péricles (UP) e Sofia Manzano (PCB) também assinaram o documento. Artistas como Fernanda Montenegro, Anitta, Daniela Mercury; o ex-jogador Walter Casagrande e outros também endossaram o documento.
Candidato do PDT à Presidência também comparou o petista a Daniel Ortega e Nicolás Maduro
Da Redação
O ex-ministro e candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou ao Financial Times que o presidente Jair Bolsonaro (PL) é "louco, criminoso e genocida" e disse que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é uma "expressão do populismo podre e corrupto sul-americano". O jornal britânico publicou a entrevista com o pedetista nesta terça-feira, 9, em seu portal na internet, assinada por seu correspondente em São Paulo Bryan Harris.
"O presidente Jair Bolsonaro é louco, criminoso e genocida; ele opera pela notoriedade, por estar na mídia diariamente, reanimando sua base radical", afirmou Ciro ao FT, em referência à popularidade que levou Bolsonaro a vencer as eleições de 2018.
Questionado sobre Lula, de quem foi ministro, Ciro ainda comparou o petista aos presidentes da Nicarágua, Daniel Ortega, e da Venezuela, Nicolás Maduro.
"Uma expressão do populismo podre e corrupto sul-americano. Se você considerar que Ortega [o presidente da Nicarágua Daniel Ortega] é um populista corrupto, então Lula é a exata expressão de Ortega ou de Maduro [o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro]."
MPE (Ministério Público Eleitoral) pediu nesta quarta-feira (10) para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) multar o presidente Jair Bolsonaro (PL) por propaganda eleitoral antecipada e a retirada da internet de discurso contra as urnas durante reunião com embaixadores estrangeiros.
Com Estadão
Em 8 de julho, Bolsonaro reuniu embaixadores estrangeiros e repetiu teorias da conspiração sobre as urnas para tentar deslegitimar o processo eleitoral. Neste encontro, o presidente repetiu insinuações golpistas e ataques ao TSE e ao STF.No documento enviado ao TSE, o vice-procurador-geral eleitoral, Paulo Gonet Branco, afirma que o discurso tem "o propósito de desacreditar a legitimidade do sistema de votação digital que será empregado nas eleições vindouras e que tem sido adotado desde 1996."
O YouTube alterou sua política de integridade eleitoral nesta quarta-feira (10) e derrubou o vídeo com o discurso do presidente aos embaixadores.
"A política de integridade eleitoral do YouTube proíbe conteúdo com informações falsas sobre fraude generalizada, erros ou problemas técnicos que supostamente tenham alterado o resultado de eleições anteriores, após os resultados já terem sido oficialmente confirmados. Essa diretriz agora também se aplica às eleições presidenciais brasileiras de 2014, além do pleito de 2018", disse em nota.
"Invectivas contra a confiabilidade das urnas eletrônicas por parte do ilustre representado não são inéditas, como é notório", afirmou o procurador eleitoral.
"Desta vez, elas estão lançadas em período próximo das eleições, veiculando noções que já foram demonstradas como falsas, sem que o representado haja mencionado os desmentidos oficiais e as explicações dadas constantemente no passado", declarou ainda ao TSE.
Na representação, Gonet Branco rebate diversos pontos do discurso de Bolsonaro. O procurador afirma que Bolsonaro declarou aos embaixadores ter vídeos que comprovariam fraudes nas eleições, "mas nunca os apresentou à Justiça Eleitoral".
"O discurso da impossibilidade de auditoria parte da inautêntica suposição de que somente pela impressão do voto poderia ser aferida a legitimidade do processo", afirma a representação.
A Procuradoria pede que sejam removidos das redes sociais e de sites de notícias os vídeos que reproduzem o discurso de Bolsonaro. Gonet Branco apresenta 13 links que levam à fala, incluindo dos perfis do presidente nas redes sociais.
"Não há como ouvir o discurso e o admitir no domínio normativo da liberdade de expressão", afirmou o vice-procurador eleitoral.
Gonet Branco diz ainda que o discurso também visa colocar em dúvida eventual vitória de um oponente de Bolsonaro.
Partidos de oposição também pediram ao TSE a remoção dos vídeos. O MP sugere que sejam reunidas estas ações que tratam da mesma reunião de Bolsonaro com embaixadores.
Nas ações dos partidos de oposição, o PL disse que as falas do presidente foram atos de governo e não se enquadram em ações de campanha.
Procurada, a defesa de Bolsonaro ainda não se manifestou sobre a representação do MP.
Além da retirada imediata dos vídeos, a Procuradoria ainda pede para aplicar multa prevista em artigo da Lei das Eleições sobre propaganda eleitoral antecipada.
Este trecho da lei cita possibilidade de multa de R$ 5 mil a R$ 25 mil, "ou ao equivalente ao custo da propaganda, se este for maior".
Menos de uma hora após a ofensiva de Bolsonaro, o presidente do TSE, Edson Fachin reagiu e, sem citar o presidente, disse que quem divulga informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro "semeia a antidemocracia".
"É hora de dizer basta à desinformação e basta ao populismo autoritário que coloca em xeque a conquista da Constituição de 1988", concluiu o presidente do TSE.
Com Assessoria
A partir desta quarta-feira, 10, o vereador Folha é o novo secretário municipal de Governo e Relações Institucionais da Prefeitura de Palmas. A nomeação do parlamentar saiu na edição nº 3.038 do Diário Oficial do Município, publicada na noite de terça, 09. A pasta é uma das mais estratégicas da gestão e tem a responsabilidade de prestar assistência à chefe do Executivo em suas relações político-administrativas com os munícipes e as entidades públicas e privadas.
Folha destacou o sentimento de gratidão pela oportunidade. “Agradeço à prefeita Cinthia Ribeiro pela confiança e garanto que vamos atuar para fortalecer as relações da gestão por meio de uma articulação harmônica entre os poderes. Como vereador, sempre defendi o diálogo e a boa relação entre os componentes do poder público, porque é nisso que eu acredito e quero expandir esse trabalho”, garantiu.
O vereador Folha está em seu quarto mandato na Câmara Municipal de Palmas, já presidiu o parlamento no biênio 2017/2018 e vai assumir novamente a presidência da Casa de Leis em 2023. A posse do vereador e da nova Mesa Diretora deve ser realizada no final de dezembro.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) registrou nesta terça-feira (9) sua candidatura à reeleição junto ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ao lado do general Braga Netto, que será o vice da chapa.
POR MATHEUS TEIXEIRA, MARIANNA HOLANDA E MATEUS VARGAS
O chefe do Executivo afirmou à Justiça ter um patrimônio de R$ 2.317.554,73. Em 2018, havia declarado R$ 2,29 milhões (R$ 2,9 milhões se corrigidos pela inflação).
Na ocasião, o então candidato informou que era dono de cinco casas, que somavam pouco mais de R$ 1,5 milhão, três carros, que custavam R$ 280 mil, além de ações, caderneta de poupança e aplicações bancárias.
O mandatário, que já foi sete vezes deputado e se elegeu para o cargo máximo do país no último pleito nacional, inscreveu sua candidatura em meio à ofensiva que tem liderado contra o TSE e as urnas eletrônicas.
O presidente tem 29% das intenções de votos contra 47% do ex-presidente Lula (PT), segundo pesquisa Datafolha divulgada no último dia 28.
Esta é a primeira vez que um presidente disputa a reeleição com um vice diferente do que se elegeu no pleito anterior. O presidente se distanciou do seu atual substituto, Hamilton Mourão, durante o mandato e, desta vez, escolheu Braga Netto para o posto.
O general foi chefe da Casa Civil e ministro da Defesa de Bolsonaro e ganhou a confiança do chefe do Executivo. Pessoas próximas do presidente, principalmente do centrão, chegaram a defender que a vice fosse ocupada pela deputada e ex-ministra Tereza Cristina (PP-MS).
A avaliação era de que uma mulher seria importante para melhorar a aceitação de Bolsonaro no público feminino, uma das fatias do eleitorado em que o presidente registra os maiores índices de rejeição.
O registro de candidatura apresentado pela senadora é uma das últimas etapas antes do início oficial da campanha eleitoral. Com isso, o candidato recebe o número do CNPJ em que serão registrados os gastos e as arrecadações da candidatura.
Os políticos têm até 15 de agosto para pedirem o registro junto à Justiça Eleitoral.
O jornal Folha de S.Paulo revelou em janeiro de 2018 que o então deputado e presidenciável Jair Bolsonaro e seus três filhos que exercem mandato eram donos de 13 imóveis com preço de mercado de pelo menos R$ 15 milhões, a maioria em pontos altamente valorizados do Rio de Janeiro, como Copacabana, Barra da Tijuca e Urca.
Flávio, deputado estadual no Rio de Janeiro e hoje senador, havia negociado 19 imóveis nos 13 anos anteriores.
Os bens dos Bolsonaro incluíam ainda carros que iam de R$ 45 mil a R$ 105 mil, um jet-ski e aplicações financeiras, em um total de R$ 1,7 milhão.
Quando entrou na política, em 1988, Bolsonaro declarava ter apenas um Fiat Panorama, uma moto e dois lotes de pequeno valor em Resende, no interior no Rio valendo pouco mais de R$ 10 mil em dinheiro atual. Desde então, sua única profissão é a política.