O PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, deve ser a legenda com mais candidatos em todo o país nas eleições majoritárias. Levantamento da Gazeta do Povo identificou que o PL é o partido que mais tem pré-candidaturas aos governos estaduais e ao Senado, além de ter um nome próprio para a Presidência da República, Bolsonaro. São 33 os pré-candidatos de momento a cargos majoritários que são filiados ao PL.
Por Olavo Soares
PT e União Brasil, com 24 pré-candidaturas, ficam em segundo lugar no total de pré-candidaturas a cargos majoritários. O partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva prossegue como a maior força de oposição no plano federal. Já o União Brasil, fundado recentemente, nasceu forte ao unir a estrutura do tradicional DEM e do emergente PSL, agremiação que se fortaleceu após contar com Bolsonaro entre 2018 e 2019. O União é o partido do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, pré-candidato ao governo da Bahia, e do senador Reguffe, que confirmou sua pré-candidatura ao governo do Distrito Federal.
O levantamento mostra também a diminuição da importância do PSDB no quadro nacional. O partido de Fernando Henrique Cardoso, que governou o país entre 1995 e 2002, é um dos que menos terá candidaturas majoritárias entre as principais agremiações, com 14 nomes para governos estaduais e Senado. O PSDB não terá, na eleição de outubro, uma candidatura presidencial, o que ocorrerá pela primeira vez desde a fundação da legenda. O partido pode se unir ao MDB em torno da pré-candidatura da senadora Simone Tebet (MS).
PL, de coadjuvante a líder
O protagonismo do PL chama ainda mais a atenção quando se faz a comparação entre o quadro atual e o de 2018. Há quatro anos, quando ainda se chamava PR, o partido teve apenas um candidato a governador – Wellington Fagundes (MT), que não foi eleito – e sete nomes para o Senado. Desses, o único que venceu a eleição foi Jorginho Mello (SC), que permanece no partido e é pré-candidato ao governo de seu estado.
O PL também não apresentou candidatura à Presidência em 2018. O partido compôs a coligação de Geraldo Alckmin, então no PSDB, que uniu outros sete partidos.
A única ocasião em que o PL teve um candidato à Presidência da República foi na eleição de 1989, a primeira após a redemocratização do país. O candidato do partido foi o ex-ministro Guilherme Afif Domingos, que terminou em sexto lugar.
O ranking dos partidos e seus pré-candidatos a cargos majoritários
Confira abaixo qual é o ranking dos os partidos com mais pré-candidatos a cargos majoritários (presidente, governador e senador) e quais são esses pré-candidatos:
1.º) PL - 33 pré-candidatos
Jair Bolsonaro (Presidência da República), Anderson Ferreira (governo-PE), Bruno Roberto (Senado-PB), Carla Zambelli (Senado-SP), Carlos Manato (governo-ES), Carlos Viana (governo-MG), Cláudio Castro (governo-RJ), Coronel Menezes (Senado-AM), Filipe Barros (governo-PR), Flávia Arruda (Senado-DF), Gilson Machado (Senado-PE), João Roma (governo-BA), Jorge Seif (Senado-SC), Jorginho Mello (governo-SC), José Alberto Pinto Bardawil (Senado-CE), Josimar de Maranhãozinho (governo-MA), Major Vitor Hugo (governo-GO), Major Diego Melo (governo-PI), Magno Malta (Senado-ES), Marcelo Álvaro Antônio (Senado-MG), Marcia Bittar (Senado-AC), Marcos Rogério (governo-RO), Mário Couto (Senado-PA),Onyx Lorenzoni (governo-RS), Paulo Martins (Senado-PR), Raíssa Soares (Senado-BA), Rogério Marinho (Senado-RN), Ronaldo Dimas (governo-TO), Romário (Senado-RJ), Valmir de Francisquinho (governo-SE), Wellington Fagundes (Senado-MT), Wilder Morais (Senado-GO), Zequinha Marinho (governo-PA)
2.º) PT - 24 pré-candidatos
Luiz Inácio Lula da Silva (Presidência da República), André Ceciliano (Senado-RJ), Anselmo de Jesus (governo-RO), Beto Faro (Senado-PA), Camilo Santana (Senado-CE), Décio Lima (governo-SC), Dr Rosinha (Senado-PR), Edegar Pretto (governo-RS), Fabiano Contarato (Senado-ES), Fátima Bezerra (governo-RN), Fernando Haddad (governo-SP), Jerônimo Rodrigues (governo-BA), João Pedro (governo-AM), Jorge Viana (governo-AC), Paulo Mourão (governo-TO), Rafael Fonteles (governo-PI), Ricardo Coutinho (Senado-PB), Roberto Requião (governo-PR), Rogério Carvalho (governo-SE), Teresa Leitão (Senado-PE), Tiago Botelho (Senado-MS), Wellington Dias (governo-PI), Wolmir Amado (governo-GO), além de um nome indefinido na disputa pelo Senado no Distrito Federal
3.º) União Brasil - 24 pré-candidatos
Luciano Bivar (Presidência da República), ACM Neto (governo-BA), Alan Rick (Senado-AC), André Moura (Senado-SE), Anthony Garotinho (governo-RJ), Capitão Wagner (governo-CE), Coronel Marcos Rocha (governo-RO), Davi Alcolumbre (Senado-AP), Dorinha Rezende (Senado-RO), Efraim Filho (Senado-PB), Clarissa Garotinho (Senado-RJ), Felipe Rigoni (governo-ES), Gean Loureiro (governo-SC), Luiz Henrique Mandetta (Senado-MS), Mauro Mendes (governo-MT), Miguel Coelho (governo-PE), Milton Leite (Senado-SP), Reguffe (governo-DF), Rodrigo Cunha (governo-AL), Ronaldo Caiado (governo-GO), Rose Modesto (governo-MS), Sílvio Mendes (governo-PI), Wilson Lima (governo-AM), além de um nome indefinido na disputa pelo Senado em Goiás
4.º) PSD - 22 pré-candidatos
Alexandre Kalil (governo-MG), Alexandre Silveira (Senado-MG), Ana Amélia (Senado-RS), André de Paula (Senado-PE), César Colnago (Senado-ES), Edivaldo Holanda Jr. (governo-MA), Expedito Junior (senado-RO), Fábio Mitidieri (governo-SE), Felicio Ramuth (governo-SP), Felipe Santa Cruz (governo-RJ), Guerino Zanon (governo-ES), Jaime Nunes (governo-AP), Lissauer Vieira (Senado-GO), Marquinhos Trad (governo-MS), Odilon de Oliveira (Senado-MS), Omar Aziz (Senado-AM), Otto Alencar (Senado-BA), Paulo Octávio (Senado-DF), Raimundo Colombo (Senado-SC), Ratinho Junior (governo-PR), Rui Palmeira (governo-AL), Sérgio Petecão (governo-AC)
5.º) PDT - 21 pré-candidatos
Ciro Gomes (Presidência da República), Acir Gurgacz (Senado-RO), Aldo Rebelo (Senado-SP), Carlos Eduardo (Senado-RN), Carol Braz (governo-AM), Duda Salabert (Senado-MG), Elvis Cezar (governo-SP), Fernando Coruja (governo-SC), Jorge Boeira (Senado-SC), Laurez Moreira (governo-TO), Leila Barros (governo-DF), Lígia Feliciano (governo-PB), Luiz Castro (Senado-AM), Maranhão do Povão (Senado-RR), Miguel Correa (governo-MG), Ronaldo Lessa (Senado-AL), Rodrigo Neves (governo-RJ), Vieira da Cunha (governo-RS), Weverton Rocha (governo-MA), além de um nome indefinido na disputa pelo Senado no Rio de Janeiro e outro para o governo no Ceará
6.º) MDB - 21 pré-candidatos
Simone Tebet (Presidência da República), André Puccinelli (governo-MS), Antídio Lunelli (governo-SC), Confúcio Moura (governo-RO), Eduardo Braga (governo-AM), Gabriel Souza (governo-RS), Helder Barbalho (governo-PA),Ibaneis Rocha (governo-DF), Jackson Barreto (Senado-SE), Jéssica Sales (Senado-AC), José Ivo Sartori (Senado-RS), Mara Rocha (governo-AC), Marcelo Miranda (Senado-TO), Orlando Pessuti (Senado-PR), Paulo Dantas (governo-AL), Renan Filho (Senado-AL), Romero Jucá (Senado-RR), Rose de Freitas (Senado-ES), Teresa Surita (governo-RR), Veneziano Vital do Rêgo (governo-PB), além de um nome indefinido na disputa pelo Senado no Rio de Janeiro
7.º) PP - 21 pré-candidatos
Alexandre Baldy (Senado-GO), Aguinaldo Ribeiro (Senado-PB), Antonio Denarium (governo-RR), Cacá Leão (Senado-BA), Comandante Nádia (Senado-RS), Davi Davino Filho (Senado-AL), Esperidião Amin (governo-SC), Fernando Marques (Senado-DF), Flexa Ribeiro (Senado-PA), Gladson Cameli (governo-AC), Guto Silva (Senado-PR), Hiran Gonçalves (Senado-RR), Jaqueline Cassol (senado-RO), Joel Rodrigues (Senado-PI), Kátia Abreu (Senado-TO), Laércio Oliveira (Senado-SE),Luis Carlos Heinze (governo-RS), Marcelo Aro (Senado-MG), Mailza Gomes (Senado-AC), Neri Geller (Senado-MT), Tereza Cristina (Senado-MS)
8.º) PSB - 21 pré-candidatos
Alessandro Molon (Senado-RJ), Beto Albuquerque (governo-RS), Carlos Brandão (governo-MA),Danilo Cabral (governo-PE), Dario Berger (governo-SC), Flávio Dino (Senado-MA), Jenilson Leite (governo-AC), João Azevedo (governo-PB), João Capiberibe (Senado-AP), José Eliton (governo-GO), Marcelo Freixo (governo-RJ), Márcio França (governo-SP), Natasha Slhessarenko (Senado-MT), Rafael Motta (Senado-RN), Rafael Parente (governo-DF), Renato Casagrande (governo-ES), Saraiva Felipe (governo-MG), Valadares Filho (Senado-SE), Vanderlei Luxemburgo (Senado-TO), Vinícius Miguel (governo-RO), Vicente Bogo (Senado-RS)
9.º) PSDB - 14 pré-candidatos
Alessandro Vieira (governo-SE), Arthur Virgílio (Senado-AM), Cesar Silvestri Filho (governo-PR), Eduardo Amorim (Senado-SE), Eduardo Leite (governo-RS), Eduardo Riedel (governo-MS), Izalci Lucas (governo-DF), José Aníbal (Senado-SP), Manoel Pioneiro (Senado-PA), Marconi Perillo (governo-GO), Marcus Pestana (governo-MG), Pedro Cunha Lima (governo-PB), Raquel Lyra (governo-PE), Rodrigo Garcia (governo-SP)
10.º) Republicanos - 13 pré-candidatos
Antonio Albuquerque (governo-AL), Carlos Moisés (governo-SC), Damares Alves (Senado-DF), Erick Musso (governo-ES), General Mourão (Senado-RS), João Campos (Senado-GO), Marcelo Crivella (Senado-RJ), Marcelo Nilo (Senado-BA), Mariana Carvalho (Senado-RO), Paulo Skaf (Senado-SP), Sergio Meneguelli (Senado-ES), Tarcísio de Freitas (governo-SP), Wanderlei Barbosa (governo-TO)
O fraco desempenho dos candidatos de Lula na Bahia e em Minas Gerais mostra que a caminhada até o Planalto não será tão fácil
Da coluna Radar; Por Robson Bonin
Não faz muito tempo, o clima de já ganhou se instalou na pré-campanha de Lula ao Planalto. O Radar já mostrou que aliados mais animados já até escolhiam entre si os ministérios que poderiam ou não ocupar no futuro governo petista.
As pesquisas eleitorais que mostram a estabilidade de Lula na dianteira da disputa ao Planalto contra Jair Bolsonaro são o motor desse otimismo imprudente. Para uma ala menos sonhadora dos aliados de Lula, no entanto, elas também oferecem importantes alertas.
Em Minas Gerais, estado que costuma decidir eleições, o governador Romeu Zema, nome bolsonarista no pleito, apareceu na pesquisa Real Time Big Data com 43% das intenções de voto. O candidato de Lula no estado é Alexandre Kalil, que tem 29% das intenções de voto, mesmo depois de ter feito eventos públicos com o petista e alardeado a aliança há semanas.
Na Bahia, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto tem 58% das intenções de voto, segundo o levantamento do Paraná Pesquisas divulgado nesta terça. O candidato de Lula no estado é o petista Jerônimo Rodrigues, apoiado pelo governador Rui Costa, por Jaques Wagner e pelo MDB de Geddel Vieira Lima. Quanto tem o candidato lulista no estado? 15,8%.
O alerta das pesquisas ao petismo é de que o mar não anda tão tranquilo assim quanto seus apoiadores apaixonados pensam nos estados. A Bahia é o quarto colégio eleitoral mais importante do país, comandado pelo petismo há anos, e está abandonando o petismo, segundo as pesquisas. Minas decidiu a eleição de 2014 a favor de Dilma Rousseff e parece não querer o nome apoiado por Lula. Se os candidatos vão mal nesses lugares, algo não vai bem na campanha petista.
A boa notícia para Lula, no entanto, é que há tempo. A campanha propriamente dita ainda nem começou.
No levantamento estimulado, quando é apresentada uma lista de candidatos, o ex-prefeito de Salvador tem 56% das intenções
Do R7
O ex-prefeito de Salvador ACM Neto (União Brasil) lidera em todos os cenários a disputa ao Governo da Bahia em 2022, revela pesquisa Real Time Big Data encomendada pela Record TV. No levantamento estimulado, em que é apresentada uma lista de candidatos, ele tem 56%. Na pesquisa espontânea, quando não são apresentados candidatos, ACM Neto aparece com 23%. O segundo colocado na estimulada é Jerônimo Rodrigues (PT), com 18% das intenções de voto.
Terceiro colocado na disputa ao Palácio da Ondina, João Roma (PL) aparece com 10% na estimulada e 5% na espontânea. O candidato Kleber Rosa (PSOL) tem 1% na estimulada e não pontua na espontânea.
Na pesquisa de rejeição, Jerônimo Rodrigues e João Roma empatam com 30% do eleitorado que diz que não votaria neles. Kleber Rosa vem em seguida, com índice de 20% de rejeição. Giovani Damico (PCB) aparece com 18%. Em quarto lugar está ACM Neto, com 17% de rejeição.
Senado
Entre os candidatos ao Senado, Otto Alencar (PSD) tem a preferência de 29% dos eleitores na pesquisa estimulada e 6% na espontânea. A segunda colocada é Raíssa Soares (PL), com 10% na estimulada e 4% na espontânea. Cacá Leão (PP) aparece em seguida, com 8% na estimulada e 3% na espontânea. Tâmara Azevedo (PSOL) tem 6% na estimulada e não foi mencionada na pesquisa espontânea.
Quando avaliada a rejeição dos candidatos, Otto Alencar e Raíssa Soares aparecem com 24%. Cacá Leão tem 28%, e Tâmara Azevedo aparece com 26%.
Na pesquisa de aprovação do Governo da Bahia, 55% dos eleitores aprovam a gestão de Rui Costa. Outros 35% desaprovam, e 10% dizem que não sabem ou não responderam. Quando avaliado o governo baiano, 41% o consideram ótimo ou bom, 27% regular e 26% ruim/péssimo. Não sabem ou não responderam foram 6%.
A pesquisa foi realizada entre os dias 6 e 7 de julho com 1.500 entrevistados, por telefone. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%. A pesquisa foi registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) sob o número BA-02884/2022.
POR FÁBIO ZANINI
O PSDB de São Paulo debate o tratamento que será dado ao ex-governador João Doria na convenção estadual do partido, marcada para o dia 30 de julho, no ginásio do Ibirapuera. O evento oficializará a candidatura à reeleição do governador Rodrigo Garcia.
Dirigentes do partido na capital defendem que Doria tenha papel de destaque no evento, inclusive com direito a fala. "O ex-governador ganhou muito reconhecimento da população ao abrir mão de disputar a Presidência em nome de um projeto amplo", diz Fernando Alfredo, presidente do PSDB paulistano.
O cálculo também é estratégico: o ex-governador é uma carta na manga para a disputa da Prefeitura de São Paulo em 2024.
Outra parte da legenda, no entanto, avalia que o desgaste de Doria ainda é grande e pode respingar no atual governador. Adversários de Garcia já vêm usando a vinculação entre ambos como trunfo. Uma alternativa é convidá-lo para a convenção, mas sem direito a fala. Procurado, o ex-governador não quis comentar o assunto.
Nenhuma das candidaturas ao senado pode ser subestimada. Cada uma tem sua própria musculatura política, sendo que, as quatro principais – Kátia Abreu, Dorinha Seabra, Ataídes Oliveira e Mauro Carlesse – têm bons fundos partidários, recursos próprios e bons tempo no Horário Obrigatório de Rádio e TV, com destaque para suas situações financeiras.
Por Edson Rodrigues
Logo, o fator determinante será saber com qual candidato ao governo cada uma dessas candidaturas ao Senado irá se lançar, uma vez que dependerão das estruturas de marketing político e da força das chapas proporcionais que cada grupo político está aglutinando.
Desta forma, saber com quem “colar” nesta campanha que se aproxima, será determinante para o sucesso ou o fracasso em dois de outubro.
MUNICÍPIOS
Outro fator a ser levado em consideração é o apoio em cada um dos 139 municípios, com especial atenção para os cinco maiores colégios eleitorais, onde a conquista de lideranças locais será o passo mais importante para formar uma boa base de votos que, somados, podem fazer a diferença.
Para isso, o trabalho de marketing político junto aos principais e mais tradicionais veículos de comunicação será um diferencial, pela penetração e influência que os mesmos têm junto à população que busca informações para formular seus votos, uma vez que para a disputa do cargo de governador, haverá segundo turno, já a de senador, tem que ser decidida em dois de outubro.
Após as convenções partidárias, quem já estiver com suas estruturas de campanha prontas, com o marketing político definido, parcerias com os veículos de comunicação e suas propostas a apresentar aos líderes políticos e aos eleitores “na ponta da língua”, certamente largará na frente, com muito mais chances de ganhar a confiança e a simpatia do eleitorado.
AQUECIMENTO
E a hora é agora, pois nessa disputa por uma única vaga de senador, para um mandato de oito anos, os atuais pré-candidatos ainda não conseguiram fazer chegar aos eleitores uma linha sequer de suas propostas.
E a situação é ainda pior quando se percebe que há candidatos ao Senado que o eleitor nem sabe que é candidato ou não sabe o que já faz pelo Tocantins o seu histórico político.
Por enquanto, isso ainda não quer dizer que esses candidatos “desconhecidos” estejam fora do páreo, mas, sem sombra de dúvidas, é hora de reunir uma equipe profissional de marketing político e de comunicação, colocar suas ideias no papel e definir a estratégia de popularização dos seus nomes, o famoso “colocar o bloco na rua” e alinhar um planejamento para o uso do Horário Obrigatório de Rádio e TV que tenha complementação nas publicações permitidas nos veículos de comunicação. Só com essa junção de meios, o candidato ao Senado conseguirá mostrar tudo o que que pode, quer e deseja fazer pelo eleitor.
Em época em que os comícios estão esvaziados, com as presenças apenas do pessoal das bandeirinhas, que recebem para estar ali, e que o povo não quer se arriscar em aglomerações, o trabalho de marketing e de mídia terá que ser muito bem planejado e executado.
ELEITORES DESINTERESSADOS
O maior desafio dos candidatos ao Senado será despertar o interesse dos eleitores em uma eleição atípica, em que, até a última amostragem, 47% não sabem em quem votar por não estar interessados em política ou simplesmente desconhecer os candidatos.
Os nomes para o cargo de governador são pronunciados naturalmente, tornando-se conhecidos sem muito trabalho. Já o dos candidatos a senador, tem eleitor que nem sabe que haverá uma vaga em disputa em dois de outubro. Abrir a mente desses eleitores, colocar suas ideias, seus projetos e planos de ação para serem analisados, será um desafio hercúleo para os candidatos ao Senado.
Os debates serão as melhores oportunidades para concretizar suas propostas e fixar na mente do eleitorado suas qualidades e o porquê merecem ser eleitos para o senado, mas isso só vai acontecer se o eleitor já tiver em mente a ideologia política e o posicionamento dos candidatos. E isso só vai ser possível se houver um trabalho anterior de marketing e mídia.
Segundo os números das pesquisas de intenção de voto para consumo interno, a eleição para o senado vai ser a mais difícil neste pleito. Portanto, o recado está dado.
Quem não é visto, não é lembrado. Fica a dica!