O Observatório Político de O Paralelo 13 manteve conversas reservadas com colegas da mídia nacional sobre os bastidores políticos de Brasília, onde se confirmou a informação que já detínhamos há tempos, de que os ex-presidentes José Sarney e Michel Temer estariam realizando um importante trabalho de consultoria ao presidente Jair Bolsonaro
Por Edson Rodrigues
As conversas elucidaram que Temer é o atual “mensageiro” entre o governo e as Altas Cortes do Judiciário e com a cúpula militar, tanto da ativa quanto da reserva. Foram reuniões e mais reuniões durante dias, noites e madrugadas, para tentar articular uma saída para o clima pesado que paira sobre os Três Poderes em Brasília.
Segundo nossas fontes em Brasília, Sarney e Temer são os homens de maior credibilidade junto ao Judiciário, as Forças Armadas e a imprensa nacional, adiantando que foram eles os responsáveis por desativar diversas “bombas” que tinham capacidade de destruir o regime democrático.
Ex-presidentes Jose Sarney e Michel Temer
As fontes acrescentam que qualquer votação positiva para o governo de Jair Bolsonaro no Senado, pelos próximos dias, será fruto direto da intermediação de Sarney e Temer, incluindo aí a Reforma Política que decidirá pela volta ou não das coligações proporcionais. Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ao contrário de Lira, tem participado direta ou indiretamente de todas as reuniões que envolveram os ex-presidentes da República.
Um ponto de destaque nessas conversas é a ausência do presidente da Câmara Federal, deputado Arthur Lira, que está sendo vista como uma pessoa “não confiável” pelos próceres do Judiciário, incomodados por sua atuação errante.
Lira terá que se mostrar confiável e buscar o diálogo com os ministros do Supremo Tribunal Federal e do Tribunal Superior Eleitoral caso queira ser incluído nas conversações junto com Sarney e Temer.
“GATO ERSCALDADO”
O sábio José Sarney, inclusive, vem evitando participar pessoalmente dessas reuniões, principalmente das que têm mais de três participantes, seguindo os ensinamentos do homem mais inteligentes de todos os governos militares que já passaram pelo Brasil, Golbery do Couto e Silva, que dizia que “feliz de quem dorme pouco, pois vive mais”.
Sarney vem dando uma de “gato escaldado”, fazendo valer as experiências dos grandes líderes políticos, como o saudoso ex-governador de Goiás, Ary Valadão, recém falecido, que em certa ocasião, participava de uma reunião, com líderes de estados que faziam parte da base política de apoio ao governo militar, em que foi ventilado o apoio dos presentes ao general Golbery do Couto e Silva para substituir o então presidente João Batista de Figueiredo, e ouviu Golbery falar pausada e calmamente: “aqui tem seis governadores indicado por mim. Para quê ser presidente se eu já exerço a função ?”.
Trocando em miúdos, para quê fotografias que podem causar discordâncias, invejas, se todo mundo conhece a força, a credibilidade e atuação, longe dos bastidores, de José Sarney e de Michel Temer?
Nas próximas 72 horas o Brasil começa a ensaiar a volta á normalidade política após um período de turbulência que acirrou os ânimos, mas que precisou do auxílio dos mais experientes para que o próprio presidente da República se colocasse em seu lugar, publicando, inclusive, uma nota em que baixa o tom de suas declarações e acena por uma volta do diálogo entre os poderes.
Vale ressaltar que a nota foi redigida peo ex-presidente Michel Temer.
Confira a nota na íntegra:
Declaração à Nação
No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:
Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.
DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA
Jair Bolsonaro
Presidente da República federativa do Brasil (leia-se ex-presidente Michel Temer)
Presidente foi aconselhado pelo antecessor Michel Temer a divulgar um 'manifesto de pacificação'. Em atos políticos no 7 de Setembro, Bolsonaro fez ameaças golpistas ao STF.
Com G1
O presidente Jair Bolsonaro divulgou nesta quinta-feira (9) um texto intitulado "Declaração à Nação" no qual afirma que nunca teve "intenção de agredir quaisquer dos poderes". Segundo o texto, "as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de 'esticar a corda', a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia".
Em ato político na última terça-feira (7), em São Paulo, Bolsonaro afirmou que não mais cumpriria decisões de Alexandre de Moraes. "Dizer a vocês que, qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou, ele tem tempo ainda de pedir o seu boné e ir cuidar da sua vida. Ele, para nós, não existe mais", declarou Bolsonaro a um público de apoiadores.
A divulgação da declaração foi um conselho a Bolsonaro do ex-presidente Michel Temer. Na manhã desta quinta, Bolsonaro mandou um avião para São Paulo, a fim de buscar o ex-presidente para um almoço no qual discutiram a crise institucional. Temer orientou Bolsonaro a divulgar um "manifesto de pacificação".
No texto, o presidente credita a crise a "discordâncias" em relação a decisões do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e afirma que essas questões "devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal".
Bolsonaro chegou a fazer uma ameaça ao presidente do STF, ministro Luiz Fux: "Ou o chefe desse poder enquadra o seu [Alexandre de Moraes] ou esse poder pode sofrer aquilo que nós não queremos".
Durante o encontro, no Palácio do Planalto, Temer promoveu um contato telefônico entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes. Segundo informou a jornalista Delis Ortiz, da TV Globo, a conversa foi amena e institucional.
"Quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum", afirmou Bolsonaro no texto da declaração.
Leia abaixo a íntegra do texto divulgado por Bolsonaro.
Declaração à Nação
No instante em que o país se encontra dividido entre instituições é meu dever, como Presidente da República, vir a público para dizer:
1. Nunca tive nenhuma intenção de agredir quaisquer dos Poderes. A harmonia entre eles não é vontade minha, mas determinação constitucional que todos, sem exceção, devem respeitar.
2. Sei que boa parte dessas divergências decorrem de conflitos de entendimento acerca das decisões adotadas pelo Ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito das fake news.
3. Mas na vida pública as pessoas que exercem o poder, não têm o direito de “esticar a corda”, a ponto de prejudicar a vida dos brasileiros e sua economia.
4. Por isso quero declarar que minhas palavras, por vezes contundentes, decorreram do calor do momento e dos embates que sempre visaram o bem comum.
5. Em que pesem suas qualidades como jurista e professor, existem naturais divergências em algumas decisões do Ministro Alexandre de Moraes.
6. Sendo assim, essas questões devem ser resolvidas por medidas judiciais que serão tomadas de forma a assegurar a observância dos direitos e garantias fundamentais previsto no Art 5º da Constituição Federal.
7. Reitero meu respeito pelas instituições da República, forças motoras que ajudam a governar o país.
8. Democracia é isso: Executivo, Legislativo e Judiciário trabalhando juntos em favor do povo e todos respeitando a Constituição.
9. Sempre estive disposto a manter diálogo permanente com os demais Poderes pela manutenção da harmonia e independência entre eles.
10. Finalmente, quero registrar e agradecer o extraordinário apoio do povo brasileiro, com quem alinho meus princípios e valores, e conduzo os destinos do nosso Brasil.
DEUS, PÁTRIA, FAMÍLIA
Jair Bolsonaro
Presidente da República federativa do Brasil
Bolsonaro fará reunião ministerial para convocar Conselho da República
Bolsonaristas superam com folga a oposição em número de manifestantes
Com Agências
O presidente Jair Bolsonaro atacou nesta terça-feira os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, e afirmou que jamais será preso por "canalhas".
"(Quero) dizer aos canalhas que nunca serei preso! A minha vida pertence a Deus, mas a vitória é de todos nós", disse o presidente em discurso a apoiadores na Avenida Paulista durante ato pelo 7 de Setembro.
"Não vamos mais admitir que pessoas como Alexandre de Moraes continuem a açoitar a nossa democracia e desrespeitar a nossa Constituição", afirmou. "Ou esse ministro do Supremo se enquadra ou ele pede para sair".
Moraes é o relator de inquéritos no STF que têm Bolsonaro entre os investigados, como o das fake news e o do vazamento de dados sigilosos de investigação da Polícia Federal.
Ao defender a adoção do voto impresso para urnas eletrônicas, o presidente também criticou Barroso, que preside o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ao dizer que não será o magistrado que vai dizer que o sistema eleitoral é "confiável e seguro".
"Não podemos admitir um sistema eleitoral que não oferece nenhuma segurança das eleições", disse. Apesar da afirmação de Bolsonaro, o TSE garante a integridade das eleições e não há relatos de fraudes.
"Nós queremos eleições limpas, democráticas, voto auditável e contagem pública de votos... não posso participar de uma farsa como essa patrocinada pelo presidente do TSE", afirmou.
Em um caminhão de som na Paulista, o presidente afirmou que o apoio dos presentes é primordial e indispensável para seguir adiante.
"Quero agradecer a Deus pela minha vida e pela minha missão, e dizer àqueles que querem me tornar inelegível em Brasília: só Deus me tira de lá!", afirmou. Bolsonaro repetiu que só há três hipóteses para ele, de ser preso, morrer ou ser reeleito.
Bolsonaristas superam com folga a oposição em número de manifestantes
A ideia dos organizadores das manifestações em favor do governo era dar a demonstração de força e a estratégia foi bem-sucedida. As estimativas, como sempre, variam conforme o observador, mas o fato é que desde o impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT/MG) em 2012, um ato político não reunia tanta gente nas capitais. A Polícia Militar não divulgou estimativas oficiais até o momento. Segundo o tenente-coronel Souza Júnior, que comandou as operações em Brasília, 400.000 pessoas compareceram na manhã desta terça-feira na Esplanada dos Ministérios.
Para se contrapor aos bolsonaristas, a oposição convocou um ato para o mesmo horário, numa praça que fica a cerca de 2 quilômetros da Esplanada. Se o objetivo era rivalizar em número, foi um fracasso. Não mais de 400 pessoas haviam comparecido ao ato, que contou com o apoio do PT, da CUT, do MST e do PCO. Os poucos manifestantes que apareceram até o início da tarde.
Entenda o que é "Conselho da República" que Bolsonaro pretende convocar
Ao falar com apoiadores nesta terça-feira (7), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou que convocaria o Conselho da República. “Amanhã estarei no Conselho da República juntamente com ministros, para nós, juntamente com o presidente da Câmara, do Senado e do Supremo Tribunal Federal, com esta fotografia de vocês, mostrar para onde nós todos devemos ir”, disse.
Mas o que é exatamente este órgão?
O Conselho da República está previsto na Constituição Federal e a lei que regulamenta o órgão, que tem função consultiva, foi sancionada pelo ex-presidente Fernando Collor de Mello. Ele é formado por:
Vice-presidente da República
Presidente da Câmara dos Deputados
Presidente do Senado Federal
Líderes da maioria e da minoria da Câmara dos Deputados
Líderes da maioria e da minoria no Senado
Ministro da Justiça
6 cidadãos brasileiros natos, com mais de 35 anos de idade, todos com mandato de 3 anos
O presidente do Supremo Tribunal Federal não integra o órgão.
Segundo a lei, a Conselho da República se reúne quando for convocado pelo presidente. Entre as funções, é de competência do órgão se pronunciar sobre “intervenção federal, estado de defesa e estado de sítio” e “as questões relevantes para a estabilidade das instituições democráticas”.
Desta forma, quem já faria parte do Conselho da República seriam:
Hamilton Mourão, vice-presidente
Arthur Lira, presidente da Câmara
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado
Diego Andrade, líder da maioria na Câmara
Marcelo Freixo, líder da minoria na Câmara
Renan Calheiros, líder da maioria no Senado
Jean Paul Prates, líder da minoria no Senado
Anderson Torres, ministro da Justiça
Seis cidadãos que compõe o órgão
Entre os seis cidadãos brasileiros que integram o Conselho da República, dois são nomeados pelo presidente da República, dois são eleitos pelo Senado Federal e os outros dois pela Câmara dos Deputados.
Nas redes sociais, o senador Randolfe Rodrigues afirmou que ele e Omar Aziz tentam ser nomeados pelo Senado para serem os representantes eleitos pela casa.
“ATENÇÃO! Recebemos a notícia de que Bolsonaro pretende convocar o Conselho da República. Pois bem! Já conversamos com os líderes partidários para que os dois indicados pelo Senado ao Conselho da República sejam eu e o Senador Omar Aziz”, escreveu Randolfe Rodrigues.
“Adianto ao Presidente que já estamos prontos para tomar seu depoimento. O Senhor quer estar na condição de testemunha ou investigado, Jair Bolsonaro? Estamos ansiosos”, continuou.
Ainda não se sabe quem seriam os dois indicados por Bolsonaro nem os eleitos pela Câmara dos Deputados.
Serão contempladas famílias com renda per capita de até R$ 178,00
Por Vania Machado
Mais de 28 mil famílias tocantinenses com renda per capita de até R$ 178,00 serão beneficiadas pelo programa social Vale-Gás, iniciativa prevista no programa Tocando em Frente e que tem como objetivo a transferência de renda para compra de botijão de gás de cozinha (GLP 13kg) às famílias em situação de vulnerabilidade impactadas pela pandemia do coronavírus. Para viabilizar o Vale-Gás, o governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, editou a Medida Provisória nº 14/2021, publicada no Diário Oficial do Estado, edição desta segunda-feira, 30, e encaminhada à Assembleia Legislativa para apreciação e aprovação dos deputados estaduais.
“Desde o início da pandemia, temos voltado os nossos olhos para as famílias tocantinenses em estado de vulnerabilidade social. É uma realidade muito triste, um pai ou uma mãe de família, não poder suprir necessidades básicas sua e de seus filhos. Já distribuímos milhares de cestas básicas garantindo que não falte o alimento, mas a situação é difícil, por isso entendemos a necessidade do Vale-Gás. É um produto essencial no preparo do alimento e que sofreu alta de preços, dificultando que os mais humildes possam comprá-lo”, destacou o governador Mauro Carlesse.
O público-alvo do programa está fundamentado no Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Segundo dados aferidos em junho de 2021 junto ao CadÚnico, o Estado do Tocantins tem 298.164 famílias inscritas nesse instrumento de identificação e caracterização socioeconômica. Desse número, extrai-se um total de 143.595 unidades familiares com renda per capita de até R$ 178,00, dentre as quais 115.220 são beneficiárias do Programa Bolsa Família e, de certo modo, já são assistidas pelo Governo Federal. Assim, as 28.375 famílias remanescentes desse quantitativo são consideradas em situação de pobreza, conforme a definição constante do art. 18 de do Decreto Federal 5.209, de 17 de setembro de 2004.
Como vai funcionar?
Enquanto gestora do programa, a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas) destinará o valor de R$ 100 por botijão de gás, em 3 etapas de entrega, para atender as mais de 28 mil famílias. A estimativa é que seja feito um investimento mensal de mais de R$ 2,8 milhões, perfazendo um montante total de mais de R$ 8,5 milhões, sendo esses valores custeados com recursos do Fundo Social de Solidariedade do Estado do Tocantins (FUST).
Mais uma vez o nome do senador tocantinense Irajá Abreu, mais conhecido pela mídia nacional como “Irajá Silvestre”, tem seu nome envolvido em um caso que nada tem a ver com política, mas com a polícia, envolvendo uma mulher como acusadora.
Por Edson Rodrigues
Desta vez não é uma “modelo de São Paulo”, como a mídia tratou o caso ocorrido em novembro de 2020, mas uma tocantinense, conhecida nas redes sociais, cujos pais são vivos, cidadãos do Tocantins, moradores do Tocantins, pagadores de impostos no Tocantins e que, de uma forma ou de outra, têm familiares e amigos que podem propagar, indefinidamente, a imagem do jovem senador da República, que fica cada vez mais abalada com tantas denúncias, tantos casos de cunho policial, sempre envolvendo seus relacionamentos com mulheres.
O caso em questão é de uma ex-funcionária do próprio Irajá, que ganhou a mídia nacional ao denunciar o senador de assédio moral, por tê-la pressionado para abortar um filho que seria fruto do relacionamento entre os dois.
A história – um tanto nebulosa, diga-se de passagem – é de que Irajá teria contratado a moça para trabalhar para ele – não se sabe se em Brasília ou no Tocantins – com o único intuito de se aproximar. Ato contínuo, segundo a moça, depois de muita insistência, o relacionamento se configurou e a moça engravidou.
A partir daí, segundo o depoimento da suposta vítima à mídia nacional, o relacionamento desandou, com a insistência do senador para que ela abortasse a criança que trazia no ventre, sob custas do parlamentar e, depois da descoberta da gravidez pelos pais da acusadora, culminou com a demissão da funcionária e a realização de um exame de DNA para a comprovação da paternidade.
Maria Eduarda Fermino, influenciadora | Foto: Arquivo pessoal
Irajá Abreu é pai de quatro filhos. Teve duas filhas com uma odontóloga, com quem foi casado e cujo atual marido é assessor parlamentar no gabinete da senadora Kátia Abreu, mãe do senador Irajá. Houve um terceiro filho com uma namorada, com o qual não mantém nenhum contato e, agora, há a possibilidade de um quarto filho – o exame de DNA ainda não teve o resultado divulgado.
NAMORADOR
Não resta dúvida de que Irajá Abreu é um namorador inato, tendo seus relacionamentos acompanhados e divulgados pela mídia após ter se tornado um dos membros do Senado Federal.
Mas, será que Irajá Abreu é uma vítima fácil de alpinistas sociais, a ponto de ter seu nome envolvido em escândalos tais, ou seria ele um “macho alfa” ou um “predador”, como são chamados os indivíduos que elaboram e cometem seus crimes a partir da identificação da fragilidade de suas vítimas?
Não é possível que uma pessoa que se elege e cumpre os deveres do cargo de Senador da República, se coloque como uma pessoa ingênua, desavisada dos perigos que circundam aqueles que se destacam em suas carreiras.
Muitas tentativas de oportunismo sexual têm se tornado públicas, ante a vida pública dos envolvidos e a voracidade de fama, dinheiro ou poder, dos que cercam os bem-sucedidos. Mas, neste caso em questão, há um ponto a ser ponderado, que é o da imagem da suposta vítima, uma mulher simples, bonita, atraída para o convívio com o poder – contratação para trabalhar com um senador – e usada como objeto sexual e descartada após o primeiro desencanto.
O certo é que há muito a se investigar e muito a se explicar neste caso.
O Paralelo 13 não vai divulgar o nome da acusadora – nem seria preciso, pois o caso corre à solta nas redes sociais e na imprensa nacional – por se tratar de uma cidadã tocantinense, seu filho, sua família e seus amigos. Mas, não podemos nos furtar de pedir que as investigações sejam rápidas e transparentes pois, caso as acusações se confirmem, a credibilidade do senador Irajá Abreu sofrerá um imenso revés e, caso não se confirmem, estaremos diante de mais um caso de alpinismo social, mediante falsas acusações e falso depoimento à polícia.
A literatura moderna nos traz a história de Dr. Jeckyll e Mr. Hyde, ou “o médico e o monstro”, como o romance que virou filme ficou conhecido no Brasil, em que, de dia, o personagem era um médico talentoso, habilidoso e caridoso, mas, de noite, se transformava em um monstro assassino. Duas personalidades em uma mesma pessoa que, no fim, acaba se suicidando ante a incerteza de qual das duas era sua real face.
Pode-se dizer que a primeira grande tarefa que o pai pode desempenhar é a de proporcionar um ambiente seguro e acolhedor para a existência da dupla mãe e bebê. Estar em harmonia com a mãe ou com a pessoa que ajuda a desempenhar a função de criar um filho é uma maneira de apartar as angustias inerentes a esse papel, tendo total influência na formação do caráter, valores e princípios do filho.
Caso tudo o que a mídia trouxe à tona relativo ao caso se comprove, ficará claro que o senador tocantinense é, na verdade, o Mr. Hyde, a face oculta de um homem de bem e, o suicídio literal do romance do autor escocês Robert Louis Stevenson, pode se transformar em um figurativo “suicídio político”.
Oremos!