Presidente disse que ações recentes do ministro Alexandre de Moraes e do corregedor do TSE extrapolaram os limites
Por Flávia Said
Ao comentar os atritos com o Supremo Tribunal Federal (STF) e com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que a corda já arrebentou. O mandatário é crítico a atuação do ministro do Supremo Alexandre de Moraes e do corregedor-geral do TSE Luis Felipe Salomão.
Moraes é relator do inquérito das fake news. O ministro foi também quem autorizou, na última sexta-feira (20/8), operação da Polícia Federal mirando apoiadores de Bolsonaro, como o cantor Sérgio Reis.
Salomão, por sua vez, suspendeu a monetização de páginas acusadas de propagação de notícias falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. A ação atingiu vários perfis bolsonaristas e gerou reações de aliados do presidente.
“Olha, eu digo que aqui em Brasília não tem gente com superpoderes. Eu sou chefe do Executivo, sou transitório. Nós temos do outro lado da Esplanada a Câmara e o Senado, que também são passageiros. E mais à esquerda, o Supremo Tribunal Federal, onde alguns poucos ministros, no meu entender, têm exagerado, têm se exacerbado e prejudicam o andamento da nação”, afirmou Bolsonaro em entrevista ao Canal Rural. A conversa foi gravada no dia 20 e exibida nesta terça (24/8).
Em seguida, o mandatário afirmou: “Extrapolou, no meu entender, os limites. Não está arrebentando, arrebentou a corda”.
Bolsonaro tem avançado sobre integrantes da Suprema Corte. Também na sexta (20), apresentou um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes. Ele ainda pretende apresentar um pedido de impedimento do presidente do TSE, Luís Roberto Barroso.
É a primeira vez que um presidente da República pede o impedimento de um ministro do STF. A tramitação e o julgamento ocorrem no Senado.
O artigo 52 da Constituição dá ao Senado Federal poder para “processar e julgar os ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade”.
Todos sabemos a interferência que pode ter uma pesquisa eleitoral em pleitos nacionais ou locais. Muitas pessoas elaboram seu voto, alguns desistem de votar e outros votam em branco, tudo em razão do resultado de pesquisas, altamente veiculadas em redes sociais, jornais e aplicativos de mensagem.
Não foram poucas as eleições em que os resultados das urnas desmentiram pesquisas dos mais renomados institutos brasileiros. A primeira reação à desconfiança gerada pela discrepância de resultados foi a utilização da “margem de erro”, que passou a fazer um resultado de 10% poder ser lido como 5% ou 15% (os tais “cinco pontos percentuais para mais ou para menos”), que só serviram para confundir os eleitores e diminuir a responsabilidade do instituto em caso de um resultado muito diferente do que ele próprio atestou.
Mas, quando uma pesquisa é realizada apenas para confundir, não há “margem de erro” que dê jeito. Fica muito explícita a intenção de apenas confundir o eleitorado, sempre “puxando a sardinha” para o candidato ou partido que pagou pelo serviço, afinal, ninguém divulgaria uma pesquisa eleitoral que o prejudicasse.
Por isso fomos tomados de surpresa pela pesquisa divulgada pelo Instituto Skala, uma empresa da qual já fomos clientes e parceiros em eleições anteriores, mas que parece estar sendo usada para um desserviço ao eleitorado tocantinense.
Ao se divulgar uma pesquisa, são vários os dados que precisam ser levados ao conhecimento dos eleitores como, por exemplo, os municípios pesquisados e a metodologia utilizada, o que a empresa em questão não o fez. Mas, mais importante, ela precisa abranger os nomes de quem realmente está participando do pleito ou tem reais chances de figurar entre os candidatos. Novamente, a pesquisa apresentada pela empresa e já divulgada, pecou nesse quesito essencial.
A pesquisa divulgada por um veículo de comunicação do Norte do Tocantins, de forma não surpreendente, traz o nome de um candidato da região Norte do Tocantins bem à frente dos demais. Isso já seria esperado pelo que explicamos acima, de que ninguém divulga pesquisa contra si mesmo. Mas seus indicadores levantaram em todos os analistas e especialistas políticos, uma suspeição ou de erro ou de má fé.
Senador Eduardo Gomes
Mas, o que mais nos causou espécie, estranheza e tornou essa pesquisa, em especial, a mais esdrúxula de todas as que já vimos, foi a ausência do nome do ex-governador Marcelo Miranda, que figura sempre entre os três primeiros colocados tanto para governador quanto para senador nas pesquisas de consumo interno dos partidos e um empate triplo – e totalmente inverossímil – entre um senador da República – o mais bem votado do Tocantins, com mais de 248 mil votos ou 19,5% dos votos válidos – que está encantando o Estado com seu trabalho em benefício da população, dos municípios, sem olhar cor partidária, é querido e reconhecido por todos, aliados e oposicionistas, campeão no carreamento de recursos federais para o Tocantins, o político tocantinense de maior representatividade no cenário nacional, líder do governo federal no Congresso Nacional, um ex-deputado federal e ex-prefeito de Porto Nacional, de boa reputação política, e um vice-governador que nem partido tem, ainda, para disputar as eleições no ano que vem.
Vice-governador Wanderlei Babosa
Não estamos desmerecendo nem Paulo Mourão nem Wanderlei Barbosa, mas a distância eleitoral que separa a importância política de Eduardo Gomes para os dois é abissal. Paulo Mourão é um político de passado ilibado, honroso, mas está fora da vida pública há anos. E Wanderlei é responsável por uma parte significativa dos votos recebidos por Mauro Carlesse, em Palmas, para o governo do Estado, não conseguiu transferir o número de votos que esperava para a eleição de seu irmão como vereador de Palmas, onde está concentrado seu eleitorado.
Ex-deputado Paulo Mourão
Mas, ao indicar um empate entre um senador de destaque incontestável, Paulo Mourão e Wanderlei Barbosa, o Instituto Skala parece querer subestimar a inteligência do eleitorado.
O problema não é nem que a pesquisa possa estar equivocada, ter usado uma metodologia “inovadora” ou visitado bairros (não podemos nem falar em municípios, pois o senador em questão teve votos em todos os 139 municípios, sendo que, proporcionalmente, onde teve menos votos, em São Bento do Tocantins, foram 149 votos) onde o senador tocantinense, líder do governo federal no Congresso Nacional, cotado para ser ministro (só não o foi porque recusou), não é, absolutamente, conhecido por ninguém.
Ou, talvez, quem sabe, os pesquisadores “toparam”, nos 30 municípios que a pesquisa diz ter abrangido, com eleitores que acabaram de fazer 16 anos ou acabaram de se mudar para o Tocantins, e desconhecem a realidade política atual.
Marcelo Miranda ex-governador
Finalizando, é evidente que, com um instrumento de manobra tão poderoso em tempos de disputas tão acirradas pelo poder, alguns grupos provavelmente tenham despertado o interesse em manipular as pesquisas, a fim de colocar um ou outro candidato à frente da corrida eleitoral.
O problema é que esta eleição é a que o eleitorado estará mais bem informado, com um número de canais de informação jamais colocado à sua disposição e, segundo dados do Tribunal regional Eleitoral, já são mais de 1 milhão de eleitores aptos no Tocantins e, venhamos e convenhamos, manipular um milhão de pessoas é “confiar muito no próprio taco”.
Conhecemos os proprietários do Instituto Skala, como falamos, já fomos clientes e parceiros e, sinceramente, esse tipo de pesquisa não condiz com a empresa que conhecemos e a suspeição levantada quanto à sua idoneidade, temos que reconhecer, é admissível.
Queremos deixar aqui um espaço aberto para que a empresa se manifeste, se assim for seu desejo oi interesse e, esclareça como chegou a esses números.
O Observatório Político de O Paralelo 13 acompanhou o 1º Encontro Regional de Vereadores do Tocantins deste segundo semestre, ocorrido na última sexta-feira (13), na cidade de Dianópolis.
Por Edson Rodrigues
A reunião realizada com os vereadores do Sudeste é uma iniciativa da União dos Vereadores do Tocantins – Uvet – sob a coordenação do presidente da Câmara de Dianópolis, vereador Manin do Zorra, contou com a participação de 150 vereadores de 19 municípios da região e teve como convido ilustres, o Senador Eduardo Gomes, do MDB, líder do governo federal no Congresso Nacional.
Alguns dos vereadores que estiveram no evento em Dianópolis
Estiveram presentes ao evento o deputado federal Vicentinho Jr., o ex-prefeito Ronaldo Dimas (Podemos), de Araguaína, os presidentes da Câmara de Palmas, Janad Valcari (Podemos), e de Araguaína, Gedeon Soares (SD), o vice-prefeito de Gurupi, Gleydson Nato, e os vereadores Júnior Brasão (PSB) e Juscelino Rodrigues (PSDB), da Capital.
JANELA PARA VEREADORES
O senador Eduardo Gomes foi o principal palestrante do evento. Considerado um político que valoriza o papel do vereador na vida pública, como base da política, Gomes traz a experiência de ter iniciado sua carreira com vereador de Palmas, onde foi presidente da Câmara Municipal e, hoje, é o político de maior expressão do Tocantins, tendo passado por dois mandatos como deputado federal e, hoje, senador da República, foi membro da mesa-diretora do Senado como primeiro-secretário hoje é líder do governo Bolsonaro no Congresso Nacional e, como representante do Tocantins, é campeão e liberação de recursos federais para o governo do Estado e para os 139 municípios, independente da cor partidária.
Em seu discurso, Eduardo Gomes defendeu a abertura de uma “janela partidária” para que os vereadores possam disputar as eleições do ano que vem, além de conclamar a união das forças políticas do Estado para a construção de um projeto de Governo a ser apresentado nas eleições de 2022. Para o senador, “é hora de superarmos as desavenças políticas e caminharmos juntos para construir um Estado que ofereça oportunidade para todos”.
RONALDO DIMAS, DE “PROFESSOR DE DEUS A PICOLÉ DE XUXU”
Mas, o evento também teve um momento de constrangimento geral, quando o ex-prefeito de Araguaína e pré-candidato ao governo do Estado, Ronaldo Dimas fez uso da palavra. Ele saudou Eduardo Gomes como “futuro governador do Tocantins”, arrancando aplausos da plateia, para emendar, em seguida: “mas em outra eleição, porque em 2022 eu já estou na fila”, levando os presentes a um silêncio profundo seguido de murmurinhos.
Cesar Halum e Robaldo Dimas
O Observatório Político de O Paralelo 13 conversou com alguns vereadores presentes e o que ouviu foram críticas à atitude de Dimas, que vão desde “desrespeitosa” até “mal educada”. Um dos ouvidos pelo O Paralelo 13 falou que “Dimas está em um partido nanico, tem que respeitar os demais políticos e saber avaliar a vontade popular. Ele está querendo dar uma de ‘professor de Deus’, aquele tipo de pessoa que acha que sabe tudo e está acima de todos. 85% dos vereadores presentes estavam lá para ouvir o Eduardo Gomes e não o Dimas”, finalizou.
Outro vereador que conversou com o Observatório Político de O Paralelo 13, esse da velha guarda, disse que “Dimas é um ‘picolé de xuxu’, sem gosto e sem nenhum poder de atração a quem não o conhece. Além de desrespeitoso com todos, ele ainda foi um tanto quanto ingrato, esquecendo que sua gestão em Araguaína só foi tão bem, com tantas obras, porque tanto o Eduardo Gomes quanto com os deputados federais César Halum e Lázaro Botelho, que conseguiram cerca de 170 milhões de reais para gestão mais contemplada de recursos federais da Região Norte do Brasil transformando Araguaína no maior canteiro de obras dos estados da Região Norte e, na hora de apoiar esses companheiros, preferiu lançar seu filho Tiago Dimas como candidato a deputado federal inviabilizando a reeleição de quem salvou sua gestão. Eu acredito que ele faria o mesmo com Senador Eduardo Gomes no futuro”, alertou.
“Esse Dimas parece creolina. Basta uma gota para estragar mil litros de leite”, comparou.
EDUCAÇÃO E FÉ
Após o “climão” no auditório, Eduardo Gomes, sempre cavalheiro e diplomático, fingiu que não ouviu a indelicadeza de Dimas e se preocupou apenas em dar atenção aos vereadores que o abordaram em busca de conselhos e sugestões, participando de diversas rodadas de conversa onde ouviu dos vereadores as prioridades da região Sudeste e colheu subsídios para nortear suas ações em Brasília em benefício da região.
Em seguida, Gomes confraternizou descontraidamente com os presentes, chegando até a entoar algumas cantigas, recebendo mais aplausos e mostrando sua humildade e afinidade com o povo tocantinense.
Após o evento em Dianópolis, Eduardo Gomes pegou a estrada e visitou companheiros em Almas e em Natividade, encerrando seu dia aos pés do Senhor do Bonfim, no santuário dedicado ao padroeiro do Tocantins, onde pediu por paz e saúde para o povo tocantinense.
"Se pensassem em vocês e nos mais humildes, fariam o que eu fiz no imposto federal. É só zerar o ICMS do gás de cozinha. Seria um grande gesto, mas parece que para muitos governadores isso não interessa, interessa apenas a demagogia", atacou
Por Ingrid Soares
O presidente Jair Bolsonaro cobrou, nesta sexta-feira (13/8) que governadores zerem o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do gás de cozinha. A declaração ocorreu durante cerimônia de entrega de residenciais no Cariri, Ceará.
"Já estamos buscando uma maneira de suavizar o impacto danoso que vem da inflação. Dizer que sabemos muito bem que o gás de cozinha está caro, na ordem de R$ 130. Mas dizer a vocês que nós entregamos na origem um botijão de 13kg por R$ 45. E eu determinei que desde abril não existe mais imposto federal no gás de cozinha. O preço do gás sai de R$ 45 para R$ 130 baseado em três fatores: o frete, a margem de lucro de quem vende e o ICMS do governador do estado. Se pensassem em vocês e nos mais humildes, fariam o que eu fiz no imposto federal. É só zerar o ICMS do gás de cozinha. Seria um grande gesto, mas parece que para muitos governadores isso não interessa, interessa apenas a demagogia", atacou.
O chefe do Executivo também culpou governadores pela inflação, por terem adotado medidas restritivas em meio à pandemia da covid-19 na tentativa de diminuir o número de casos da doença. O presidente chamou as decisões de lockdown de "ato criminoso" e atacou o governador local, Camilo Santana (PT).
"Aquela política que governadores adotaram com esse "fique em casa que a economia a gente vê depois", a conta está chegando", concluiu.
Ao todo, 583 veículos foram entregues para fortalecer a Segurança Pública e combater a criminalidade
Por Laiane Vilanova
O governador do Estado do Tocantins, Mauro Carlesse, em mais uma ação de fortalecimento da Segurança Pública e de combate à criminalidade, entregou na manhã desta terça-feira, 10, novas viaturas para as Secretarias de Estado da Segurança Pública (SSP-TO); da Cidadania e Justiça (Seciju); e da Polícia Militar (PM), em um total de 583 veículos. Para a PM, além das viaturas foram entregues também 97 novas armas.
Durante a solenidade, o governador Mauro Carlesse destacou o esforço da Gestão para que os profissionais da Segurança Pública tenham melhores condições de trabalho. “Nossos servidores da segurança terão, agora, mais conforto para realizar seu trabalho. E isso é uma alegria muito grande para nós. Além disso, temos feito investimentos também em tecnologia para auxiliar nos trabalhos de monitoramento das forças de segurança e, assim, garantir a segurança que a nossa população merece", concluiu.
O secretário de Estado da Segurança Pública, Cristiano Sampaio, ressaltou que o aparelhamento das polícias e o trabalho integrado da Gestão com as forças de segurança têm mostrado bons resultados, com queda significativa nos índices de criminalidade no Estado.
“O aluguel dessas 210 novas viaturas é mais um grande investimento do governador Mauro Carlesse na segurança pública, que permitirá que a população tenha uma polícia mais presente e mais eficiente. Nosso último balanço das forças de segurança mostra uma redução de 20% de crimes contra a vida, 12% em crimes relacionados ao patrimônio e isso é resultado do trabalho integrado das forças de segurança”, destacou o secretário.
A SSP informou ainda que todos os 139 municípios receberão pelo menos uma viatura da nova frota.
O secretário de Estado da Cidadania e Justiça, Heber Fidelis, presente no ato, destacou que os novos veículos trazem também mais dignidade ao trabalho dos servidores. “São viaturas novas que nós temos certeza de que não irão quebrar facilmente, que trarão um conforto maior para os nossos servidores e assim poderemos entregar uma prestação de serviço melhor para a nossa população, desde as unidades prisionais até as áreas administrativas e de inteligência”.
A frota da Secretaria de Estado da Cidadania e Justiça será composta por 68 viaturas destinadas ao sistema Penitenciário e Prisional e Socioeducativo; à Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/TO); ao setor de Transporte da Seciju e ao secretário da Pasta.
Aparelhamento da PM
A Polícia Militar recebeu 305 novas viaturas, o que permitirá uma renovação de 100% da frota. O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Silva Neto, destacou que os novos veículos permitirão que os policiais trabalhem com mais segurança. "Antes, os detidos ficavam na mesma cabine que o policial, o que colocava esse agente em risco e, hoje, teremos veículos adaptados para o serviço da polícia, que são viaturas com cubículo. Separando o detido dos policiais, nós garantimos mais segurança para os nossos policiais e para o detido”.
Os 305 novos veículos entregues são: 100 caminhonetes Mitsubishi L-200; 100 SUVs Renault Duster; 92 VW Gol; duas Toyotas SW4; oito motocicletas Honda África Twin 1.000 cc; e três Honda XRE 300 300 cc.
Além das novas viaturas, foram entregues 97 novas pistolas glock, modelo G17, adquiridas por meio de emendas parlamentares dos deputados estaduais, Luana Ribeiro e Jair Farias.
Presenças
Participaram do ato o presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, Antonio Andrade; a delegada-geral da Polícia Civil do Tocantins, Raimunda Bezerra; deputados estaduais, policiais militares e civis e secretários de Estado.