Mauro Carlesse constrói, cuidadosamente, uma plataforma para as eleições sucessória de 2022, amarrando partidos e enfraquecendo adversários. Ele segue construindo sua plataforma para disputar a vaga de senador.
Por: Edson Rodrigues
Aos pouco Mauro Carlesse vem se mostrando um grande articulador político. Para quem não acreditava em seu potencial político o governador Mauro Carlesse mostra, a cada movimentação, a que veio e aonde quer chegar.
Primeiro ele venceu todos os seus opositores políticos, em um mesmo ano, três eleições consecutivas; se manteve o queridinho dos deputados estaduais e ainda trouxe para seu governo outro grande articulador, com excelente capital político, principalmente nos municípios, o senador Eduardo Gomes e o manteve ao seu lado, caminhando juntos politicamente. Nada estranho entre os dois que foram eleitos em uma mesma coligação.
Sucessão 2021 já começou
O governador Mauro Carlesse é um político de poucas palavras e muitas ações nos bastidores da política tocantinense. Ele formou uma equipe de elite em torno de si, dentre os quais estão Claudinei Quaresmin, Divino Alan, Sandro Henrique e outros, igualmente capazes, além de ter como aliado o amigo/irmão Antônio Andrade, atual presidente da Assembleia Legislativa e manter um ótimo relacionamento com seu vice-governador Wanderlei Barbosa.
Até o dia de hoje (12), o governador Mauro Carlesse não teve nenhuma perca política na Assembleia e nenhuma baixa política significativa no estado. Diante deste saldo político positivo e com as economias sob controle, com reservas financeiras para tocar obras como a nova ponte sobre o rio tocantins, em Porto Nacional e a conclusão da construção do Hospital Estadual de Gurupi.
Antes de dar início ao ano administrativo de 2021 e ainda com um orçamento virgem, o governador Mauro Carlesse escolheu para fazer parte de seu governo pessoas com experiência técnica e prestígio político regional. Com a mesma jogada de mestre, Carlesse prestigia companheiros leais e que somam politicamente em 2022 na sucessão estadual. Nesta primeira etapa, as pedras já foram postas no tabuleiro governamental.
As novidades que passam a integrar o governo de Mauro Carlesse são: a ex-prefeita de Brejinho de Nazaré, Miuke Hyashida e o agropecuarista Paulo Lima, este último já foi chefe de gabinete da Senadora Kátia Abreu (PP/TO), uma das principais adversárias do governador.
Miuke assume a pasta do Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Paulo Lima assume a Adapec.
Outra mudança que tem grande ganho político é a substituição de Thiago Dourado na Agricultura, por Jaime Café, uma escolha que além de técnica tem visibilidade política em todo o estado e outras novidades no ajustamento dos auxiliares poderão ser anunciadas a qualquer momento.
Na verdade, o governador Mauro Carlesse, no momento, não está nem um pouco preocupado com o partido no qual se filiará, muito menos o candidato a governador do seu grupo político.
A prioridade deste mês de janeiro será a escalação de reforços políticos e técnicos para oxigenação da equipe e o fortalecimento do grupo político conscientemente nesta primeira levada o alvo foi o enfraquecimento dos Abreus (leia-se senadores Kátia Abreu e Irajá Abreu). Lembrando que o mandato da senadora Katia Abreu termina em 2022.
Faet e Sebrae, sob domínio do grupo político da senadora Kátia Abreu, também está na mira do palácio Araguaia e do grupo político do qual faz parte o governador Mauro Carlesse, Carlos Gaguim e o senador Eduardo Gomes. A partir de fevereiro este grupo político deverá buscar capitar prefeitos de cidades estratégicas, politicamente falando.
Com estas importantes ações o palácio Araguaia, automaticamente faz acender uma luz amarela no QG das oposições, fazendo a sirene de perigo ser acionada.
Vale lembrar ainda que nos bastidores da política tocantinense há um comentário forte de que haverá mudanças nas direções de várias comissões provisórias de agremiações partidárias. Pelo andar da carruagem, as tratativas junto as cúpulas nacionais das legendas já estão em fase de conclusão.
Este primeiro trimestre promete!