Análise
Por Edson Rodrigues
Os corredores das escolas municipais de Palmas viraram verdadeiros “corredores das lamentações”. Professoras, cuidadoras, merendeiras e outros profissionais contratados passaram da euforia Após anúncio do “pacote de bondades”, que prometeu um gordo vale alimentação e a melhoria nos vencimentos a todos, para a angústia e o medo de ficarem desempregados. No melhor cenário, milhares de profissionais, não apenas da Educação, mas também da Saúde e de todas as pastas, poderão permanecer com seus empregos, mas somente através de um vínculo com uma empresa terceirizada, com salários menores e sem os benefícios e vantagens prometidos por Cinthia Ribeiro. Os mesmos benefícios que seriam para todos. É isso ou rua, pois tudo indica que a Prefeitura não teria como arcar com o “custo" que essas mães e pais de famílias trarão aos cofres do Município.
O temor virou realidade na última quarta-feira (27), com a publicação, no Diário Oficial, do fim do contrato de 1.800 funcionários públicos municipais. No mesmo Diário, foram publicadas centenas de contratações por um tempo de serviço, no mínimo, vergonhoso: seis e três meses. Cinthia Ribeiro, por meio do Diário Oficial, diz que essas contratações fazem parte de um “planejamento" para terceirização de serviços públicos, mas, ao mesmo tempo, as famílias que terão seus arrimos contratados por apenas três meses não terão o mesmo luxo da Prefeitura de planejarem seus futuros. Crueldade ou apenas indiferença e falta de empatia?
CADÊ O DINHEIRO QUE ESTAVA AQUI?
O que mais deixa todos indignados é que no fim do ano passado, a Prefeitura estava com as contas em dia e um grande fôlego para investimentos, já que a prefeita anunciou benefícios que iriam melhorar a vida de todos. Até mesmo a principal adversária de Cinthia Ribeiro, a deputada estadual e pré-candidata, que aparece na frente das pesquisas para prefeita da Capital, Janad Valcari, elogiou a iniciativa, já que realmente seria algo de se tirar o chapéu. Mas até mesmo Janad foi enganada e levada ao erro de parabenizar uma atitude que ficaria apenas no discurso de uma prefeita que mostra bastante habilidade em fantasiar realidades que na vida real não são tão bonitas.
Prefeita Cinthia Ribeiro e Carlos Amastha
A “Mamis Poderosa”, Cinthia Ribeiro, como ela mesmo se autodenomina em suas redes sociais, não parece ser uma mãe tão preocupada com seus milhares de filhos que dependem de seus salários e benefícios como pagamento por seus trabalhos em prol da população de Palmas, e está mais vinculada ao “poderosa” do que ao “Mamis”.
E A SUCESSÃO MUNICIPAL?
A pergunta que não quer calar é onde estão os dois pré-candidatos a prefeito, Carlos Amastha e Júnior Geo, que se pretendem “ungidos” pela “Mamis Poderosa”?
Com toda essa comoção em relação aos servidores exonerados, os dois permanecem em silêncio sepulcral, sem emitir uma palavra, nem sobre a atitude da prefeita, muito menos sobre a situação dos servidores.
O Observatório Político de O Paralelo 13 está de ouvidos e espaços abertos para que Carlos Amastha e Júnior Geo se manifestem e expliquem o silêncio e o que fariam de diferente para garantir a segurança social das famílias abrangidas pela “foice administrativa”.
A prefeita Cinthia Ribeiro e o deputado Junior Geo
Júnior Geo, (foto) por sinal, vem mantendo um silêncio bem diferente do seu discurso como deputado estadual “combativo e atuante”, desde que houve uma operação da Polícia Federal que apreendeu joias e dinheiro em espécie (milhões, diga-se de passagem), em um apartamento alugado por um secretário da prefeita Cinthia Ribeiro.
São silêncio assim que falam alto sobre caráter, intenções e, principalmente, a qualidade dos políticos.
Alô, eleitor de Palmas!! Fique ligado! Tem silêncio que fala mais que discurso!!