EDUARDO SIQUEIRA CAMPOS E CARLOS AMASTHA: FUTURO E PASSADO

Posted On Segunda, 11 Março 2024 13:48
Avalie este item
(0 votos)

Duas pré-candidaturas à prefeitura de Palmas estão, definitivamente, marcadas pelo passado, que traz obstáculos além dos comuns de toda eleição, a serem superados.  Estramos falando do ex-deputado Eduardo Siqueira Campos e do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Eduardo traz associada à sua imagem o fato de seu pai, saudoso ex-governador José Wilson Siqueira Campos, ter renunciado ao governo do estado para que seu filho pudesse ser candidato. Uma manobra que custou caro ao grupo político e que não surtiu os efeitos esperados. Outro estigma que Eduardo carrega é o fato de não ter aberto espaço em sua candidatura aos amigos de longa data da família Siqueira Campos.

 

Ex-prefeito e ex-deputado estadual, Eduardo sabe que não poderá contar jamais com os votos dos eleitores do deputado estadual Júnior Geo, tratorado em sua pretensão de ser candidato a prefeito, depois que o partido pelo qual se elegeu, o PSC, se fundiu com o Podemos – partido dominado pela família Dimas (Ronaldo e Tiago) -, que já veio com uma determinação de ter Eduardo Siqueira Campos como candidato à prefeitura.

 

Carlos Amastha e Eduardo Siqueira ex-prefeitos da Capital 

 

Os amigos, seguidores e correligionários da família Siqueira Campos não esquecem que Eduardo aprontou todas as que podia dentro do grupo político, provocando desde a renúncia de seu pai, até o isolamento de diversos companheiros de longa data de Siqueira Campos, passando por algumas derrotas eleitorais imputadas a situações criadas por Eduardo dentro do conglomerado político que acompanhava o velho Siqueira Campos. Essas pessoas que acabaram não conseguindo se eleger são líderes políticos, capazes de transferir votos, mas não apoiam Eduardo para prefeito.

 

Todos consideram a renúncia de Siqueira Campos em favor da candidatura de Eduardo a pior manobra política na história do grande líder José Wilson Siqueira Campos.

 

AMASTAXA

A pré-candidatura do ex-prefeito Carlos Amastha (foto) é outra que tem obstáculos além dos normais de qualquer empreitada eleitoral. Assim como Eduardo Siqueira Campos, o desejo de Amastha é ir para o segundo turno com Janad Valcari, do PL, líder em todas as pesquisas de intenção de voto.

 

Empresário bem-sucedido que se elegeu prefeito de Palmas falando em “fazer diferente”, Amastha se indispôs com toda a classe política tocantinense, a quem chamou de “vagabundos”. Em seu governo, sobrecarregou empresários e comerciantes com altas taxas de impostos, o que lhe valeu a alcunha de “Amastaxa”.

 

Esse passado, somando-se ao fato de não ter feito nenhuma obra de relevância em seu governo, deixa Amastha em uma situação, ante a opinião pública, bem parecida à de Eduardo Siqueira, a de que perderam a oportunidade de fazer melhor quando tiveram a chance.

 

Ambos, Amastha e Eduardo, ainda têm que se preocupar com a candidatura do deputado estadual Jr. Geo, que jamais desistiu do sonho de ser prefeito e está prestes a viabilizar sua participação no pleito de outubro.

 

WANDERLEI BARBOSA

O governador Wanderlei Barbosa e seu pai Fenelon Barbosa ex prefeito 

 

Diz o ditado popular que “quem bate esquece, quem apanha, não”. Dentre as pré-candidatura a prefeito de Palmas, duas jamais terão o apoio do governador Wanderlei Barbosa: Eduardo Siqueira Campos e Carlos Amastha.

 

Quando José Wilson Siqueira Campos era governador, com o apoio de 99% dos deputados estaduais e de 90% da bancada federal, o então senador Eduardo Siqueira Campos era considerado um “primeiro ministro” do governo do Estado, com 100% de poder de mando – e desmando.

 

Ex governador Siqueira Campos e o ex prefeito Eduardo Siqueira 

 

Quando o pai de Wanderlei Barbosa, Fenelon Barbosa, era prefeito, o governo do Estado lhe tirou 50% do FPM – Fundo de Participação dos Municípios – deixando todas as obrigações da gestão municipal para serem cumpridas com a metade do valor que dispunha.

 

Nem Fenelon, nem Wanderlei, nem os netos e sobrinhos da família Barbosa irão esquecer desse fato. Por isso, podemos afirmar sem medo de errar que nenhum membro da família do governador irá apoiar a candidatura à prefeito de Eduardo Siqueira Campos.

 

Carlos Amastha também não terá apoio da família Barbosa, pois foi o seu partido, o PSB, o responsável pela anulação, na Justiça, da vitória do deputado estadual Léo Barbosa para assumir a presidência da Assembleia Legislativa após o atual mandato de Amélio Cayres.

 

Diante desses fatos políticos, do passado e do presente, podemos ver, claramente, como eles influenciarão, no futuro, as pré-candidaturas de Eduardo Siqueira Campos e Carlos Amastha à prefeitura de Palmas. É certo que nenhum deles terá o apoio do grupo palaciano, e é certo, também, que se não houver união das oposições, não haverá nem segundo turno em Palmas, e Janad Valcari deve vencer no primeiro domingo de eleição.

 

Quem planta, colhe!