GESTÃO RONIVON MACIEL: "A PORTA DA FRENTE É SERVENTIA DA CASA..."

Posted On Segunda, 24 Abril 2023 04:37
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O prefeito de Porto Nacional, Ronivon Maciel, vem surpreendendo até os seus aliados mais próximos com a profundidade da reforma administrativa – e política – que vem implantando em sua gestão. O fato vem causando um grande rebuliço por conta das exonerações que vêm alcançando, principalmente, os indicados por dois membros do seu governo que, até então, eram seus dois maiores “aliados”

 

Por Edson Rodrigues

 

Estamos falando de Joaquim do Luzimangues e de Miúdo, respectivamente vice-prefeito e ex-secretário de Governo e atualmente titular da “Fundação do Esporte”, um órgão que nem criado pela prefeitura nem aprovado pela Câmara Municipal foi, sem orçamento, sem quadro funcional e sem poder nenhum.

 

IMBRÓGLIO

 

Nos bastidores – e nas esquinas também, pode-se afirmar com segurança – corre a notícia de que Ronivon teria descoberto um movimento contrário à sua administração e à sua intenção de se candidatar á reeleição em 2024, encabeçada exatamente pelo seu vice e pelo “homem forte” do seu governo.

 

Descobriu e agiu.

 

Sem brigas, sem discussões sem ofensas e sem alarde, Ronivon, segundo fontes informaram ao Observatório Político de O Paralelo 13, ao ver seu projeto de reeleição em risco iminente, não titubeou e reagiu de imediato, para não ser nocauteado pelo “fogo amigo”, vítima de confiança em excesso.

 

DOSE CERTA

Ex-secretário Miúdo e o vice prefeito Joaquim do Luzimangues

 

E ao que tudo indica, Ronivon aplicou suas providências no momento certo e na “dose” certa, pois aproveitou para oxigenar o seu governo, dando oportunidade ao grupo político que está disposto a apoiá-lo em sua reeleição, nomeando pessoas capacitadas, com conhecimento técnico e vontade de fazer diferente, e fez de um jeito que, efetivamente, paralisou o “fogo amigo”, sem dar chances para revides ou reações, pois colocou os dois “envolvidos” em uma situação na qual não há explicação ou outra versão dos fatos, dado o silêncio e a aceitação da reforma administrativa por parte de Joaquim do Luzimangues e de Miúdo.

 

Se, juridicamente, Ronivon não pode exonerar o seu vice-prefeito, ele pode minar o poder e a presença de Joaquim do Luzimangues eliminando da folha de pagamento os indicados por ele. É por isso que o Diário Oficial da prefeitura veio recheado de exonerações de pessoas de Luzimangues, reduto eleitoral do vice-prefeito, incluindo afilhados, parentes, amigos... Só na “primeira leva” já foram embora Nick Lauder Barros de Carvalho, Gonçal Pereira dos Santos (principal aliado do vice-prefeito em Luzimangues), Gabriela Santos de Souza Ataídes, Roseli Ribeiro da Silva e Arlenny Freitas da Silva Barboza.

 

Já para Miúdo, a resposta á infidelidade veio como um “tapa com luva de pelica”.  Se, antes, ele era o “homem forte” do governo de Ronivon Maciel, com poder para contratar, exonerar e articular, agora Miúdo é um mero secretário de Esportes, sem orçamento, sem poder, sem brilho e sem “utilidade”. Quase uma peça de decoração em uma estante. Segundo nossa fonte na prefeitura, o novo secretário de Administração deve fazer uma análise minuciosa na folha de pagamento, e não estão descartadas exonerações de pessoas ligadas a Miúdo, fato, inclusive, que já aconteceu nessa primeira “barca” do último Diário Oficial.

 

Se até este fim de semana tudo não passava de boato ou especulação, o Diário Oficial transformou tudo em realidade, e a situação política de Joaquim do Luzimangues e de Miúdo, tende a piorar com o passar do tempo.

 

PARA CADA AÇÃO HÁ UMA OU MAIS REAÇÕES

Distrito de Luzimangues

 

Não se pode negar que tanto Joaquim quanto Miúdo têm seus patrimônios políticos, sua força e continuarão a ter seus aliados fiéis. Mas, é certo, também, que os dois não podem continuar agindo como se nada tivesse acontecido, como se tudo estivesse normal. Como diz o ditado, “não adianta tampar o sol com peneira”.

 

A população de Porto Nacional não é boba, a política e seus fatos são comentados em todos os lugares, e os fatos do último fim de semana tomaram conta das conversas, com garantia de que todos estão acompanhando o desenrolar desse imbróglio político com atenção e interesse.

 

O que ninguém entendeu, até agora, é o motivo de nem Joaquim nem Miúdo terem se manifestado ou tomado alguma atitude em relação à essa “desidratação” que estão sofrendo no governo municipal.

 

HORA DE FALAR

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 vai entrar em contato tanto com Joaquim quanto com Miúdo, para saber qual será o rumo dessas duas lideranças políticas portuenses.  Afinal, já passou da hora deles falarem e se manifestarem sobre o ocorrido.

 

Não só a população portuense está curiosa, como seus aliados e indicados, exonerados neste fim de semana, merecem uma resposta e um posicionamento dos dois, se foi justo ou se foi injusto, e o que podem fazer, ainda, pelos seus, mesmo que de dentro da “geladeira” do Paço Municipal.

 

Enquanto isso, novas exonerações devem ocorrer na prefeitura de Porto Nacional, não diretamente por causa do “fogo amigo” de Joaquim e de Miúdo, mas por conta da reforma administrativa que ele provocou.  Serão cerca de 250, segundo o apurado pelo nosso Observatório Político, seguindo orientações do Tribunal de Contas do Estado, para que o município se enquadre à Lei de Responsabilidade Fiscal.

 

NÃO PRECISAVA SER ASSIM

Prefeito Ronivon Maciel (PSD)

 

O certo ´que Ronivon Maciel é candidatíssimo à reeleição, e a suposta “traição” de Joaquim do Luzimangues junto com Miúdo, acabou por desencadear um processo que o prefeito de Porto Nacional teria que, obrigatoriamente, fazer andar se quisesse ser candidato à reeleição com competitividade. Só não precisava ser assim, pois os dois “amotinados” poderiam permanecer com o mesmo prestígio que tinham e participar de um possível novo governo de Ronivon. Mas, optaram por acelerar a sucessão pisando no “acelerador” errado.

 

Agora Ronivon Maciel está fazendo a reforma administrativa que precisava sem ter que dar satisfação às duas pessoas que deveriam estar fielmente ao seu lado, pode dar espaço, como está fazendo, às lideranças de outros partidos que querem apoiá-lo, na construção de um novo governo de coalizão e com possibilidade de dar muito certo.

 

Perderam Joaquim e Miúdo. Ganha Ronivon Maciel. Resta saber se o placar continuará assim até a eleição de 2024.

 

Aguardemos!