Ninguém, além do governador Wanderlei Barbosa, sabe com tanta exatidão da importância de vencer as eleições municipais nos municípios de médio e pequeno porte, para equilibrar o cenário político com as possíveis vitórias das oposições
Por Edson Rodrigues
É por isso que Wanderlei Barbosa vem cumprindo à risca o planejamento que fez sobre sua atuação no processo sucessório em curso. O Observatório Político de O Paralelo 13, tendo como base o retrovisor político, revisitou a candidatura à reeleição do próprio governador Wanderlei Barbosa, para trazer exemplos de que ele faz tudo com planejamento milimétrico, em busca do melhor resultado possível.
Sua busca pela reeleição tinha o competente publicitário Lincoln Moraes, da TV3, a pavimentar uma campanha que se desenrolou sem agressões ou denuncismo contra seus adversários.
Uma equipe de ótimos auxiliares e conselheiros tratou de formatar uma nominata de candidatos a deputados federais e estaduais sem mandato, tendo como objetivo a representatividade política em todas as regiões do Tocantins.
Dentre eles estava Deocleciano, profundo conhecedor de Palmas, o empresário Joseph Madeira, o publicitário Marcio Rocha, então presidente da Avecom, que uniu os veículos de comunicação em coberturas jornalísticas mostrando a importância da reeleição de Wanderlei Barbosa; os então ex-prefeitos de Pedro Afonso, Márcio Pinheiro e Jairo Mariano – este último ficou como coordenador político da campanha que findou vitoriosa.
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O apoio da maioria dos membros da Assembleia Legislativa, dentre eles do então presidente da Casa, Toinho Andrade, foi decisivo para a consolidação da reeleição de Wanderlei Barbosa, principalmente pelo adversário, Ronaldo Dimas, ex-prefeito de Araguaína, apoiado pelos gestores dos maiores colégios eleitorais tocantinenses, o que transformou a reeleição em trabalho hercúleo para Wanderlei Barbosa, cujo berço político é a Capital, Palmas.
Afinal, Dimas vinha candidato a governador pelo segundo maior colégio eleitoral do Estado, que vinha de dois mandatos de prefeito, que elegeu seu sucessor, tinha um filho deputado federal e era apoiado pelo senador Eduardo Gomes, então líder do governo Jair Bolsonaro, e campeão no repasse de recursos federais aos municípios tocantinenses, por Josi Nunes, prefeita do terceiro maior colégio eleitoral, Gurupi, por Ronivon Maciel, de Porto Nacional, quarto maior colégio eleitoral e por Celso Morais, de Paraíso.
Ex senadora Kátia Abreu e o seu filho senador Irajá Abreu
Além dessa oposição portentosa, outra frente oposicionista, mas sem muita organização ou união, comandada pela família Abreu, leia-se senador Irajá Abreu e ex-senadora Kátia Abreu – agiu com todas as forças que tinha contra a reeleição de Wanderlei Barbosa. Kátia Abreu, que teve o apoio dispensado pelo próprio governador, que optou por eleger a deputada federal Dorinha Seabra – que tinha poucas chances de se eleger sozinha – para a vaga de Kátia no Senado. Já Irajá Abreu optou por dar um rabo de arraia no então candidato ao governo Osires Damaso, e assumiu ele próprio a candidatura de forma obscura e natimorta.
Governador Wanderelei Barbosa e a senadora Dorinha Seabra
Desta forma, a campanha pela reeleição de Wanderlei Barbosa se tornou uma locomotiva que caiu nas graças da maioria dos eleitores e dos prefeitos das cidades de médio e pequeno porte, onde as pesquisas da época deram o termômetro com indicadores positivos.
Enquanto isso, em Palmas, no apagar das luzes, a prefeita Cinthia Ribeiro, que só foi reeleita por conta do apoio do senador Eduardo Gomes, declarou apoio à reeleição do governador cuja campanha também recebeu o reforço do publicitário Paulo Moura, transformando a “locomotiva” em um “trem bala” imparável, que reconduziu Wanderlei Barbosa ao Palácio Araguaia.
O PRESENTE
Prefeitos de oposição ao governo Wanderlei Barbosa, Celso Moraes, Paraíso; Josi Nunses, Gurupi; Vagenr Rodrigues, Araguaíma; e Roniven Maciel , Porto Nacional
Pois agora, no presente, os mesmos prefeitos dos principais colégios eleitorais continuam sendo oposição ao governo de Wanderlei Barbosa, só que sem poder fazer nenhum discurso alegando “isolamento”, perseguição política ou descaso, pois o governo do Estado foi o principal parceiro de todos eles na atual gestão, principalmente de Gurupi, Paraíso, Araguaína e Porto Nacional, dentro da política adotada de ser “o governador de todos os tocantinenses”. E isso é um fato inegável.
Enquanto isso, nos municípios de médio e pequeno porte, Wanderlei Barbosa vem, de forma discreta e por gratidão, fazendo declarações de apoio aos candidatos que, de uma forma ou de outra, trabalharam por sua reeleição ao governo estadual, lembrando que as eleições municipais deste ano não estão decididas, não têm favoritos, nem nos grandes, nem nos médios, muito menos nos pequenos colégios eleitorais.
Pré Candidatos a Prefeitura com apoio ao governador Wanderlei Barbosa, Osires Damasi, Paraíso; Eduardo Fortes, Gurupi; Jorge Frederico, Araguaíma; e Antônio Andrdade , Porto Nacional
A intenção de Wanderlei Barbosa é que os candidatos que receberem seu apoio vençam, independente do porte do município, e vai colocar todo o seu prestígio, popularidade e reconhecimento conquistados junto aos servidores públicos estaduais e à população, à disposição dos seus companheiros para que consigam êxito em suas buscas pelas prefeituras.
Esta é a fotografia do momento, que o Observatório Político de O Paralelo 13 revela aos seus leitores. Wanderlei Barbosa, queira ou não queira, é, efetivamente o maior e melhor “cabo eleitoral” destas eleições municipais e as chances de vitória dos seus candidatos são, efetivamente, maiores que as chances dos candidatos da oposição.
E este cenário só mudará de fatos extraordinários acontecerem de hoje até as convenções partidárias.
Em se tratando de política, tudo é possível....
Até breve!