INDEFINIÇÃO PARA O SENADO E RECADOS DO “MESTRE DAS CHAPINHAS”: PRÉ-CANDIDATOS AGURADAM MOVIMENTAÇÃO PARA MONTAR ESTRATÉGIAS

Posted On Segunda, 23 Agosto 2021 06:16
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A cada dia que passa, caminha a passos largos a confirmação da ida da Senadora Kátia Abreu para o TCU, como a nova ministra da Corte de Contas, o que deixa um grande vácuo no cenário político-eleitoral para o preenchimento da única vaga a senador a ser disputada no próximo ano no Tocantins.

 

Por Edson Rodrigues

 

Nas pesquisas recentes sobre a sucessão estadual já havia uma grande dúvida a respeito dos nomes que disputariam a vaga ao Senado, tanto que entre 69% e 78% dos pesquisados ainda não têm em mente em quem vai votar para senador, o que indica que não há, no momento, nenhum líder em destaque para a tão desejada vaga.

 

MAURO CARLESSE

 

Apesar de estar sempre falando que não será candidato ao Senado Federal, nada impede que os companheiros de batalha de Mauro Carlesse na Assembleia Legislativa articulem a candidatura do governador à única vaga a ser aberta para senador em 2022. O grupo político liderado por Carlesse é formado por mais de 16 deputados estaduais e dezenas de prefeitos vereadores e lideranças políticas e os partidos aos quais pertencem. Não obstante esse apoio, Carlesse ainda conta com o programa Tocando em Frente que está sendo posto em prática com centenas de obras e ações sociais de cunho governamental, com aporte de, no mínimo, três milhões de reais por município, em busca de um conceito de governo que, necessariamente, será vinculado à sua gestão na mente do povo tocantinense.

 

Vale ressaltar que esses três milhões de reais que cada município receberá do governo do Estado, serão depositados diretamente nas contas das prefeituras quem ficarão responsáveis por sua aplicação em nas obras que achar necessárias.

 

Além desses recursos, obras pontuais nos municípios continuarão a ser realizadas e administradas pelo governo do Estado.

 

Será muito difícil Mauro Carlesse não atender ao chamamento dos companheiros que lhe ajudaram a conquistar o mandato de presidente da Assembleia Legislativa e três eleições consecutivas para o governo do Estado em um mesmo ano.

 

OPOSIÇÕES

As oposições, obviamente, também virão para o embate das eleições estaduais de 2022. A dúvida, secular, é se virão unidas ou divididas, como é o costume e um fato preponderante para o resultado final das urnas em todas as eleições passadas. Para a candidatura a senador, há nomes fortes e nomes ainda a serem postos ao julgamento do eleitorado tocantinense nas hostes da oposição. O problema, porém, é que não basta ter um bom nome, é preciso um grupo forte e um candidato a governador “puxador de votos”.  Isso, as oposições, unidas ou desunidas, não têm, ainda.

 

É preciso, também, alinhar uma “bandeira” consistente, duas chapas de bons candidatos, uma à reeleição e outra de novas candidaturas a deputados federal e estadual, infraestrutura partidária para manter os nomes com chances de vitória, propostas de interesse da população e, o mais complicado, aguardar a definição da senadora Kátia Abreu, se ela vai para o TCU ou não.

 

Muitos são os nomes cotados, mas o jogo ainda nem começou, pois precisa ter suas regras  definidas, se as eleições proporcionais vão voltar ou não, o que depende de decisão, em breve, pelo Senado que,  pontualmente, tem resistências pela volta das coligações proporcionais, já aprovadas para as próximas eleições em duas votações pela Câmara Federal, mas que só se tornará válida se o Senado aprovar, também em duas votações, convalidando a decisão do congresso.

 

Independentemente de Kátia Abreu ir para o TCU ou não, a única vaga para o cargo de senador no Tocantins está em aberto e será, sem sombra de dúvidas, a mais disputada entre todos os cargos à disposição, pois são oito anos de mandato no parlamento supremo da política nacional.

 

PASSA OU NÃO PASSA?

Senador Rodrigo Pacheco

 

O Senado tem até o próximo dia 30 de setembro para votar a volta das coligações proporcionais, sem nenhuma emenda, para que se transforme em Lei e se faça valer já nas próximas eleições de 2022. Até essa data-limite, muitos lances e decisões políticas ocorrerão para que, finalmente os partidos saibam como irão “colocar seu bloco na rua”.

 

A decisão final está nas mãos dos nobres senadores, sendo que 13 deles precisam renovar seus mandatos. Os políticos que desejam disputar um novo mandato nos Legislativos Estadual ou Federal, além dos candidatos à reeleição, enfrentam uma situação em que dependem de uma decisão do Plenário do Senado Federal. Todos estão no mesmo barco, sob mesmos riscos de um naufrágio político ou de sair deste embate com mais um mandato. No momento, todos e quaisquer candidatos nas eleições estaduais têm o mesmo “peso” e, no momento, o mais recomendado é plantar boas ideias e boas amizades.

 

LUCAS DA LINCE

O Observatório Político de O Paralelo 13 esteve, nesta última sexta-feira, em um longo bate-papo com “engenheiro, arquiteto e construtor” de chapinhas, Lucas da Lince, que tem todos os métodos e a fórmula para reunir bons nomes, e a credibilidade, junto aos pré-candidatos a deputado federal e estadual, após vitórias sucessivas nas últimas eleições, utilizando sua expertise.

 

Segundo Lucas da Lince “não é hora de pensar em partido ou em candidato a governador, para quase a totalidade dos nossos candidatos a deputado. E, o principal, é não aceitarem nessa composição nenhum deputado com mandato buscando a reeleição. O  momento é de ‘plantação’, de busca de apoio e de entendimentos que proporcionem boas ‘dobradinhas’ entre os que buscam ser deputados federais ou estaduais, afinar os discursos e propostas e, cada um, individualmente, ir preparando uma infraestrutura política e financeira para enfrentar um embate político eleitoral que se mostra como um dos mais acirrados da história do Tocantins”, comentou, taxativamente, o “mestre das chapinhas”.

 

Lucas da Lince prepara dois cenários políticos para a formação de suas chapinhas nas eleições proporcionais em outubro de 2022: com coligações ou sem coligações. São estratégias guardadas a sete chaves, e que prometem entregar os mesmos bons resultados dos pleitos anteriores dos quais participou nos bastidores.

 

Nos últimos dias, Lucas da Lince tem sido muito requisitado por presidentes de partidos, pré-candidatos a governador e os pré-candidatos sem mandato a deputado estadual e federal.  Lucas já avisou: “nem todos os presidentes de partidos terão vaga garantida nas nossas composições. Na formação das chapinhas não basta querer ser candidato, pois há uma série de requisitos para poder participar, a começar por estrutura pessoal, finalizando pela aceitação dos que já compõem nossos grupos”, acrescentou.

 

O certo é que um novo cenário eleitoral está a caminho após a decisão final do Plenário do Senado, se manterá as regras impostas “goela abaixo” aos vereadores em 2020 ou se aprovará a volta das coligações proporcionais, aprovada em duas votações pelos deputados federais, pensando na própria sobrevivência política.

 

Só então se conhecerá todas as peças que estarão dispostas no tabuleiro sucessório de 2022.

 

Última modificação em Segunda, 23 Agosto 2021 06:58