González é acusado de vários crimes, incluindo conspiração, falsificação de documentos e usurpação de poderes
Com Associated Press
A Justiça da Venezuela aceitou um pedido do Ministério Público e emitiu um mandado de prisão contra Edmundo González, opositor de Nicolás Maduro que concorreu à presidência do país neste ano.
O pedido faz parte de uma investigação decorrente das eleições. As autoridades acusam González, um ex-diplomata, de vários crimes, incluindo conspiração, falsificação de documentos e usurpação de poderes.
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A medida é a mais recente escalada de repressão contra a oposição. O pedido do MP aconteceu depois que González não compareceu três vezes para responder questões dos promotores. O político, de 75 anos, não fez nenhuma aparição pública desde o dia seguinte à eleição.
As autoridades eleitorais venezuelanas declararam Maduro como vencedor horas após o fechamento das urnas, mas não publicaram os resultados detalhados por máquina de votação, como fizeram em eleições presidenciais anteriores. O Conselho Nacional Eleitoral afirmou que não pôde divulgar as informações detalhadas porque seu site foi hackeado. O partido de Maduro também se recusou a publicar suas cópias das atas.
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No entanto, a oposição obteve as atas de mais de 80% das máquinas e afirmou que elas mostram que Maduro perdeu por uma ampla margem para González, publicando esses documentos online.
"Maduro perdeu totalmente o contato com a realidade", escreveu a líder da oposição María Corina Machado no X após a emissão do mandado. "O mandado de prisão emitido pelo regime para ameaçar o presidente eleito Edmundo González ultrapassa uma nova linha, que só fortalece a determinação do nosso movimento. Os venezuelanos e as democracias ao redor do mundo estão mais unidos do que nunca em nossa busca por liberdade".