Lula chama plano do PCC de “mais uma armação do Moro”

Posted On Quinta, 23 Março 2023 16:24
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Presidente declarou que vai “pesquisar” e que terá cautela, mas que disse ser visível a “armação” do senador

Operação deflagrada pela Polícia Federal nessa quarta-feira (22) mirou grupo criminoso que planejava sequestrar e matar autoridades, como o senador Sergio Moro

 

Por iG Último Segundo

 

 

Nesta quinta-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que o plano do grupo criminoso que planejava o homicídio do senador Sergio Moro (União Brasil) pode ser uma "armação" do ex-ministro da Justiça.

 

“Eu acho que é mais uma armação do Moro . Quero ser cauteloso, é visível que é uma armação do Moro. Vou pesquisar, vou saber", afirmou Lula. "Fiquei sabendo que a juíza não estava nem em atividade quando deu o parecer para ele. Eu vou pesquisar e saber o porquê da sentença."

 

Lula disse que a suposta armação era "visível", mas afirmou que não quer "ficar atacando ninguém sem ter provas".

"Não vou ficar atacando ninguém sem ter provas, e se for mais uma armação , ele vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei o que vai fazer da vida se continuar mentindo do jeito que está mentindo", continuou.

 

Hoje, o mandatário esteve no Complexo Naval de Itaguaí, na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde está instalado o programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub) da Marinha do Brasil.

 

Operação da PF

A Polícia Federal deflagrou na manhã dessa quarta-feira (22) a Operação Sequaz, que investiga um grupo suspeito de planejar matar e sequestrar autoridades e servidores públicos , segundo o ministro da Justiça, Flávio Dino.

 

Após a divulgação da ação policial, o senador Sergio Moro afirmou, por meio de sua assessoria, que era um dos alvos dos criminosos .

Os agentes cumpriram 24 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão em São Paulo, Paraná, Rondônia, Distrito Federal e Mato Grosso do Sul.

 

Até a manhã de ontem, nove pessoas haviam sido presas. Oito tiveram o nome divulgado:

 

Janeferson Aparecido Mariano;

Patrick Uelinton Salomão;

Valter Lima Nascimento;

Reginaldo Oliveira de Sousa;

Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan;

Claudinei Gomes Carias;

Herick da Silva Soares;

Franklin da Silva Correa.

Depois da repercussão, Moro protocolou um projeto de lei para ampliar a proteção de autoridades que investigam o crime organizado.

 

Além de Moro, o promotor de Justiça de São Paulo Lincoln Gakiya também foi apontado como alvo do grupo . Ambos atuaram nas transferências de chefes de facções, como Marcos Camacho, o Marcola, para presídios federais.

 

Segundo a PF , os criminosos planejavam um atentado contra servidores e agentes públicos em cinco estados: Rondônia, Paraná, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e São Paulo.