De acordo com boletim médico, esse segundo procedimento, que é pouco invasivo, é complementar à cirurgia feita na terça
Por Ana Isabel Mansur
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva será submetido a um novo procedimento na cabeça nesta quinta-feira (12), em um hospital particular de São Paulo (SP). Segundo boletim médico divulgado na tarde desta quarta (11), o segundo procedimento é pouco invasivo e é complementar à cirurgia feita na terça (10). “Como parte da programação terapêutica, fará complementação de cirurgia com procedimento endovascular (embolização de artéria meníngea média)”, explica o boletim.
O petista segue na UTI, mas recebeu visitas de familiares nesta quarta (11), caminhou e fez fisioterapia. “Passou o dia bem, sem intercorrências”, completa o documento. Não há previsão de alta hospitalar, mas a expectativa é que o presidente retorne a Brasília no início da próxima semana.
O procedimento endovascular é pouco invasivo e envolve o bloqueio do fluxo sanguíneo para impedir a expansão do hematoma. O quadro de Lula decorre da queda sofrida em outubro, em um banheiro do Palácio da Alvorada, residência oficial da presidência. Na época, o acidente doméstico causou um corte na nuca do presidente, que precisou levar pontos no local. O episódio ocasionou uma hemorragia intracraniana, tratada agora pelas intervenções.
A atualização anterior do estado de saúde do presidente, feita no fim da manhã desta quarta (10), não citou a necessidade de um novo procedimento. O documento mostrou que o petista está “lúcido, orientado, conversando e passou a noite bem”. “Evoluiu bem no pós-operatório imediato, sem intercorrências”, completou o texto.
Lula sentiu dor de cabeça e indisposição no fim da tarde de segunda e deu entrada em um hospital particular de Brasília. Após exames de imagens, foi constatada a necessidade de intervenção cirúrgica, e o presidente foi transferido para a unidade de São Paulo. Na capital paulista, passou por uma cirurgia de emergência para drenagem de um hematoma. O procedimento ocorreu sem intercorrências — a observação em UTI é protocolar, segundo a equipe médica do presidente.