Retirado de um limbo político e social pelo Supremo Tribunal Federal no dia oito de novembro de 2019, depois de passar 580 dias preso por corrupção em um processo que envolveu toda a cúpula do PT e os ministros do seu governo 2, e que restituiu a bagatela de 25 bilhões de reais aos cofres públicos, Luiz Inácio Lula da Silva tornou-se presidente do Brasil pela terceira vez, nas eleições de 2022.
Por Edson Rodrigues e Luciano Moreira
Aclamado como “o único capaz de unir o Brasil” e eleito para “reconstruir a nação”, Lula parece ter esquecido de sua “missão” e de descer do palanque político que apregoou “a volta da paz, do respeito, da compreensão e da unidade nacional”, pois, até hoje, continua aplicando o mesmo discurso e deixando transparecer a mesma raiva e sede de “vingança”, quando se refere ao ex-presidente Jair Bolsonaro e, ao que tudo indica, esqueceu, também, de governar o País.
Uma pesquisa divulgada pelo jornal Folha de São Paulo no dia 1º de maio, seu terceiro governo tem avaliação positiva na atenção aos povos indígenas (16%). Na sequência, aparecem combate à miséria (12%), cultura (8%) e promoção da igualdade racial (7%).
Por outro lado, a economia foi a área pior avaliada (15%). Em seguida, surgem saúde e a segurança pública (12%), e combate ao desemprego e à corrupção (10%).
Justamente as áreas em que Lula prometia “dar um show” e “devolver a dignidade e o orgulho de ser brasileiro” à população. E isso não é novidade.
ECONOMIA CAPENGA
Algumas políticas públicas adotadas pelo PT nos governos de Lula (2003-2010) e de Dilma Rousseff (2011-2016) tiveram consequências negativas para o desenvolvimento econômico do país, avaliam analistas ouvidos pelo site UOL. Entre os principais erros na economia citados por eles, estão a redução de impostos para determinados grupos industriais e o uso de bancos estatais, como o BNDES, para fazer investimento público focado só em algumas empresas, e o controle artificial de preços de combustíveis e energia elétrica.
E, agora, desde que assumiu a presidência, Lula, além de não dar a atenção devida à economia, coleciona viagens ao exterior a custos altíssimos, com comitivas exageradas e equivocadas, voltou a oferecer dinheiro dos contribuintes brasileiros para países endividados, que, sabe-se, seguirão não pagando o que devem, como a Argentina, enquanto deixa o empresariado, os homens e mulheres do agronegócio com quebra de safra a pagar juros altíssimos – os mais caros do mundo – a indústria sofrendo, com fábricas fechando e multinacionais deixando o Brasil, e o desemprego aumentando mês a mês.
VALORES INVERTIDOS
A viagem de três dias de Lula e sua comitiva à China no mês passado custou ao menos R$ 5,5 milhões aos cofres públicos. Os dados são da Lei de Acesso à Informação (LAI) e ainda estão sendo consolidados, devido ao reagendamento da visita, do dia 25 de março para 11 de abril, por motivos de saúde do presidente da República. Segundo o Itamaraty, custos de hospedagem ainda estão sendo objeto de negociação e devem impactar no valor final — custos com passagens e combustível das aeronaves oficiais não foram informados. O petista embarcou no dia 11 de abril, com destino a Xangai. No dia 13, seguiu para a capital Pequim, e retornou ao Brasil no dia 16 de abril, com parada em Abu Dhabi. Os gastos obtidos não consideram o que foi pago pelo governo com a viagem ao país árabe.
Para piorar, Lula levou para encontro com o presidente da China, Xi Jinping, o líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) João Pedro Stédile. A presença de Stédile na comitiva oficial em Pequim ocorre após a divulgação de vídeo em que o dirigente do movimento promete retomar ainda este mês as invasões de terra.
O prestígio dado ao dirigente do MST acontece no mesmo momento em que o governo petista tenta se aproximar e romper resistências junto ao agronegócio. Stédile, no entanto, não é figura bem-vista pelo setor produtivo rural.
MAS, TUDO SE RESUME A BOLSONARO
Lula e alguns dos seus principais ministros parecem ter combinado em esquecer que o ex-presidente Jair Bolsonaro é um caso para a Justiça, não para o governo. Nas entrevistas concedidas tanto no Brasil quanto no exterior, o único assunto é xingar e acusar Bolsonaro, pois a principal meta desse governo parece não ter nada a ver com o bem-estar da população, mas sim, tornar Jair Bolsonaro inelegível e, se possível, prendê-lo, em uma vingança “olho por olho, dente por dente” e que serve, ao mesmo tempo, para manter a mídia ocupada com o ex-presidente e desviar a atenção para os problemas da atual gestão, a falta de cumprimento das promessas de campanha e a falta de ação governamental.
Na ânsia por sua vingança pessoal, Lula e sua equipe de governo, enfim, esquecem que Jair Bolsonaro não pode ser condenado, preso ou sofrer qualquer tipo de sanção civil ou política, pois, assim, o “governo 3” de Luiz Inácio Lula da Silva deixaria de ter o seu “motivo de existir”, pelo menos até o atual momento, pois findaria o discurso de ódio e a mídia, enfim, iria colocar os problemas de ineficiência e incompetência que minam a vontade do Congresso em participar ou embasar a atual gestão, de volta às manchetes.
Finalmente, assim, estaria dado o devido crédito ao desgoverno e à vergonha que vem sendo o “governo 3” do 13.
Sem mais!