Não precisa ser do PSDB, diz FHC sobre candidato que apoiará em 2022

Posted On Sexta, 19 Março 2021 05:22
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Ex-presidente FHC afirmou que está disposto a apoiar quem tenha musculatura para vencer os extremos: "Prefiro PSDB, mas não é sine qua non"

 

Por Juliana Barbosa

 

Ex-presidente da República por dois mandatos, entre 1995 e 2002, Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que está disposto a apoiar um candidato que não seja do PSDB na disputa pelo Palácio do Planalto em 2022. “Eu prefiro que seja, mas não é condição sine qua non”, afirmou em entrevista ao Metrópoles.

 

“Precisa ser alguém capaz de simbolizar um caminho mais progressista, que olhe para a maioria da população, que respeite a democracia. E que seja capaz, que inspire confiança, aqui e lá fora. Alguém que tenha musculatura suficiente para fazer as coisas andarem. Aí eu vou junto”, disse (confira a partir de 9’50”).

FHC falou das possíveis candidaturas dos tucanos João Doria e Eduardo Leite, governadores de São Paulo e do Rio Grande do Sul respectivamente: “Todos os dois têm condições, mas precisam convencer os outros de qual é o caminho”. “A essa altura da vida, eu me preocupo com a posição partidária, mas [me preocupo] mais com a posição política”, afirmou.

 

Fernando Henrique Cardoso, que tem se posicionado contra a reeleição do presidente Bolsonaro em 2022, indicou que também não apoia o retorno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Palácio do Planalto. Segundo ele, o Brasil não está em um momento de “repetições” (7’25).

 

Questionado sobre a postura de Ciro Gomes (PDT), que vem se colocando como a melhor alternativa para 2022, FHC deu sua opinião: “Muita presunção” (10’07”). Sem adjetivar, o ex-presidente FHC citou o nome do apresentador de televisão Luciano Huck em diversos momentos da entrevista.

 

“Quem fizer [alguma mudança no país] vai ter apoio do povo. A pessoa precisa ter capacidade de agregar forças tanto do centro-esquerda ou do centro-direita, não dos extremos. O Lula pode não ser extremista, mas ele significa uma ligação de um passado que já passou. E o outro [Bolsonaro] é um presidente que já morreu… Não morreu, está vivo. Mas é um presidente que eu não gosto”, definiu (10’26).