Da Redação

Certa vez, o candidato à presidência da República, Tancredo Neves foi instruído pelo conselho político a autorizar a sua assessoria a entrar com um pedido de liminar no intuito de proibir a divulgação de um resultado de pesquisa que era negativo à sua candidatura. Sabiamente o presidente nada fez, apenas aguardou a divulgação da pesquisa, e disse a equipe de trabalho que a divulgação daquele material, no qual trazia seu nome em desvantagem em relação aos demais adversários demonstra apenas que seria necessária uma melhor articulação do grupo para reverter o quadro, ampliando as ações nos municípios e capitais.

16 dias após o primeiro resultado, o Fantástico exibia um resultado bem diferente ao exibido anterior, com uma reviravolta nas intenções de votos. Na época o candidato chegou a liderar com oito pontos à frente do segundo colocado. O grupo passou então a trabalhar para que a imprensa divulgasse resultados positivos. Naquele período o presidenciável iniciou visitações nos principais veículos do País, ampliou os laços com a imprensa, e com esta experiência, sem afrontar a liberdade de expressão, venceu nas urnas e mostrou ao grupo que com a imprensa, o político deve ter um bom relacionamento.