Por Antônio Coelho de Carvalho
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), confirma a intenção de criação de uma moeda comum dos Brics para facilitar trocas comerciais, até aí nada demais. Porém até hoje, não se tem nenhum acordo comercial firmado entre os participantes desse aglomerado de países que possuem características socioeconômicas em comum e visam o desenvolvimento mútuo, mas sem projetos comerciais, o que causa estranheza. A construção de uma moeda para fazer paridade com o Dólar é difícil.
Objetivo
Outro fato é o crescente número de membros desse clube que inda não disseram claramente ao que veio. O certo é que seus membros estão à procura de um novo modelo, não só econômico e comercial com as commodities inerentes de cada um, e sim tentam de toda forma colocar um freio na hegemonia do G7, (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) ou trocando em miúdos, dos EUA (Estados Unidos da América) e sua moeda o dólar.
Economia
O G7, que congrega as sete grandes economias globais: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido, que têm objetivos econômicos cada vez mais homogêneos sob o controle hegemônico dos EUA. O G7 tem em seu bloco as economias mais industrializadas e modernas. Representam 33% do PIB mundial e também em paridade do poder de compra. Os Brics respondem por 25% do PIB mundial e tem a indústria mais sucateada.
Membros
Com a entrada de novos membros nos Brics a partir de 1º de janeiro do ano que vem, passam a fazer parte: Arábia Saudita, Argentina, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã. Países esses com históricos de desrespeitos aos Direitos Humanos e ditaduras assim como históricos de corrupção, (o que nos brasileiros não podemos falar) e Argentina que ainda terá uma eleição e poderá a depender do resultado não entrar para o clube. Com essa expansão, querem falar de igual para igual com o G7. A entrada da Argentina no bloco teve apoio irrestrito do presidente Lula, que anda muito preocupado com a situação do país vizinho.
Perdendo
Mesmo com a negativa do presidente Lula, que os Brics não quer se colocar como contraponto ao G7, isso é visível, o pior cego é aquele que não quer ver. Com a entrada dos novos membros o Brasil perde em hegemonia (quem manda mesmo é Pequim e Moscou) a Índia tem seu peso, tanto que são 1,428 bilhão de habitantes, tornando-se ligeiramente superior à da China, segundo a ONU. O Brasil condicionou seu apoio à ampliação do Brics ao apoio, por parte dos países que já integram o grupo, à proposta brasileira de reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas e uma vaga para o Brasil. O para analistas internacionais Lula pode tirar o cavalinho da chuva.
Ultrapassado
Por fim Lula, confirmou que a Cúpula do Brics resolveu criar uma moeda para facilitar as trocas comerciais entre os países membros do bloco. Só que o bloco dos Brics diferente do G7 ainda não tem acordos comerciais, na realidade são como um clube de senhoras que se reuni para falar da vida dos outros. Fazem cooperação em diversas áreas de interesse comum, mas é uma associação política vaga com revés ideológico ultrapassado. Foi-se o tempo em que o mundo se dividia em blocos.
A Realidade
No caso do nosso presidente, que ainda vive no passado, e que ainda não começou a governar, pois os feitos de até agora se deve única e exclusivamente ao congresso nacional, em especial ao presidente Artur Lira (PP-AL), e aos líderes partidários. Lula deveria se preocupar mais com a economia brasileira, socorrer os prefeitos que veem seus poucos recursos do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) cada dia serem diminuídos sem justificativa. A inflação que já bate à porta. Até mesmo o Orçamento do próximo ano ainda não chegou ao Congresso, (governo tem até dia 31de agosto para enviar), tudo nesse governo é feito a toque de caixa.
A divida
Noticia importante passada despercebida ou pouco mostrada pelas mídias tradicionais foi o saldo negativo das contas públicas do primeiro semestre deste ano. O governo gastou R$ 20 bilhões a mais do recebeu nos seis primeiros meses do ano. Esse valor equivale a 73,6% do PIB em relação ao ano de 2022. Mais uma vez comprova que a direção não é bem essa, de aumento do tamanho do governo. Como dizia Zé Pequeno tamanho não é documento.
A promessa
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, promete cumprir a meta definida por ele para 2024, no começo deste ano, de um déficit de 0% do PIB, ou seja, as principais despesas e receitas do ano que vem deverão ser exatamente do mesmo tamanho, promete. Isso é para quem acredita em Curupira e Mula sem cabeça. A depender do marco fiscal, que aguarda aprovação no Congresso. O lado bom é que ele cria dois pilares de limitação às despesas do governo:
O teto de gasto (um limite para o crescimento das despesas do ano)
Neta de resultado primário: que determinará, a cada ano, em quanto o governo poderá gastar mais do que arrecadar e, portanto, aumentar seu endividamento, ou em quanto deverá gastar a menos e economizar. Muitos economistas não acreditam no Ministro Haddad. São homens de pouca fé, no governo.
Reforma
Quando de sua volta ao Brasil Lula tratará da reforma ministerial. Reforma essa que tem como finalidade aumentar a base de apoio do presidente na Câmara Federal. As conversas estão adiantadas, Lula se reuniu na noite de quarta-feira (16/8) com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), para acertar os últimos detalhes para acomodar mais partidos do Centrão no governo. Centrão esse que Lula jura não existir.
Aumento
Antes de sua viagem, Lula e Lira se encontraram fora da agenda oficial de ambos, a portas fechada é um mistério os detalhes da reunião. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, declarou não saber de nada, assim como Secretaria de Comunicação da Presidência da República. Os dois conversaram na residência oficial do presidente da Câmara. O chefe do Executivo vai nomear para o corpo ministerial dele os deputados André Fufuca (PP-MA) e Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). Isso significa aumento de gastos para você pagar.
O assistencialismo
Mas o que corre a boca miúda em Brasília é que o Centrão está de olho em ministérios como o do Esporte, o da Saúde o de Desenvolvimento e o de Assistência Social, Família e Combate à Fome, em fim quer tudo. Lula, no entanto, quer manter o controle dessas pastas (Assistência Social, Família e Combate à Fome) e ainda busca a melhor solução. Lula quer a todos custos ampliar a presença do Centrão na Esplanada, o presidente considera criar novos ministérios, e não tenham dúvidas ele vai fazer. esse governo poderá ter 40 ministérios, ele baterá novo recorde.
Apropriação indébita
O jeito petista de governar leva o Banco do Brasil a suspende empréstimo consignado para servidores do estado do Rio Grande do Norte, governado por Fátima Bezerra (PT). O estado mais uma vez não pagou os empréstimos consignados ao Banco do Brasil. Desconta do servidor e não repassa ao banco, faz apropriação indébita. O STJ já condenou vários governadores pela pratica, assim como outros tribunais condenaram outros gestores.
Caloteira
Outro que tem muita preocupação com a Argentina, além de Lula e o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que disse que o governo brasileiro elaborou uma proposta de garantia em yuan, a moeda chinesa, a exportadores brasileiros que vendem produtos à Argentina. O Banco do Brasil fará o câmbio das moedas do yuan para o real. Haddad afirmou que essa operação envolve um volume de recursos inicial de 100 milhões de dólares a 140 milhões de dólares. Todos sabem que a Argentina consuma não cumprir seus compromissos financeiros, é caloteira mesmo.
Jovem Pan demite Pavinatto
O comentarista criticou a soltura de um acusado de pedofilia, Pavinatto que é advogado e comentarista político se recusar a pedir desculpas a um desembargador que foi chamado por ele de “vagabundo tarado”. Pavinatto comentou a decisão do desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), de ter inocentado um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos. Irritado com a decisão, Pavinatto emitiu sua opinião sobre o magistrado, mesmo a emissora pedindo para que ele se desculpasse, o profissional se negou.
Dois pesos e uma medida
Na coluna passada, dissemos que o pau de dá em Chico deve dar também em Francisco, (aqui) no caso do relógio vendido pelo ajudante de ordem do ex presidente Bolsonaro e seu pai no EUA. As redes sociais não perdoam e relembraram... Lula (PT) omitiu da lista de presentes oficiais da Presidência de seu primeiro mandato um relógio suíço de R$ 80 mil...O relógio, da marca Piaget, foi um presente do então presidente da França, Jacques Chirac, em 2005...Ontem foi a imagem de um contêiner cheio de presentes...mas agora com as chuvas esperamos que a fumaça baixe e o clima fique mais ameno, até a próxima.
Por Antônio Coelho de Carvalho é jornalista