OPOSIÇÃO A EDUARDO SIQUEIRA UNIDA SOB UM MESMO “TETO”

Posted On Segunda, 25 Agosto 2025 06:47
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Ser ou fazer oposição a um governo ou administração é um direito que já nasceu com a democracia. Mas a forma com que se exerce essa oposição interfere diretamente na qualidade dos resultados obtidos por quem é o alvo dessa oposição

 

 

 

Por Edson Rodrigues

 

 

Já dizia o saudoso Golbery do Couto e Silva: “triste do governo que não tem uma oposição séria, inteligente, ética e atuante”. Essa é uma regra que vale para todo e qualquer governo em um ambiente democrático.

É por isso que a oposição ao governo de Eduardo Siqueira Campos em sua gestão na Capital do Estado, precisa ser séria, atuante e responsável, e não cega, surda, e sem compromisso com a parcela da população que representa – ou que acredita representar.

Oposição dentro desses moldes do jogo democrático enriquece a democracia, representa seus eleitores e, principalmente, trabalha, mesmo que de forma como o maior fiscal do governo a que se opõe, mostrando os pontos onde há falhas e onde precisam haver melhoras.

 

Pois em Palmas, acabou o tempo de voo em céu de brigadeiro para o governo de Eduardo Siqueira Campos, em que várias vertentes políticas rasgavam elogios ao desempenho da gestão, corroborando com os índices de mais de 80% de aprovação popular.

A oposição ao seu governo finalmente assumiu uma forma politicamente identificável, formada por muitos dos que o próprio Eduardo derrotou, democraticamente, nas urnas, ou como candidatos ou apadrinhando outras candidaturas ao Paço Municipal.

Com a antecipação do processo sucessório estadual, que só se inicia oficialmente daqui a um ano, as forças políticas buscam seu lugar aos holofotes, a demarcação de território e consolidação representativa no maior colégio eleitoral do Tocantins.

ENDEREÇO CERTO

Para quem tinha, ainda, alguma dúvida, os primeiros brados em oposição ao governo de Eduardo Siqueira Campos na Capital, vieram de nomes bem conhecidos, pois fazem e fizeram parte da sua própria gestão. E, ao que tudo indica, em um mesmo endereço, reunidos sob um mesmo “teto”.

 


O Templo Matriz das Assembleias de Deus Nação Madureira, em Palmas, sediou a cerimônia de comemoração de aniversário do Pastor Amarildo Martins da Silva, na noite da última sexta-feira, 22.

O evento foi marcado pela presença de diversas personalidades da sociedade palmense e tocantinense, mas chamou a atenção o grupo formado pelos políticos, como o vice-prefeito de Palmas, Carlos Veloso, o vice-governador Laurez Moreira (PDT), o deputado estadual Eduardo Montoan (PSDB) e o vereador Carlos Amastha (PSB).

Mas foi Carlos Amastha quem deixou clara a motivação das presenças políticas ao fazer o seu discurso parabenizando o aniversariante. Ao invés dos tradicionais votos de “saúde, paz, felicidades e muitos anos de vida”, o vereador preferiu enfatizar o momento político.

“(Pastor Amarildo)Foi o primeiro que viabilizou essa candidatura (de Eduardo Siqueira Campos), e eu fui o segundo e fomos os únicos que caminhamos com ele nessa eleição (sic). Nesses dias eu fui punido pela nossa amizade. Meu pastor, eu só digo uma coisa, e você deixa essa mensagem (sic). Mais uma vez, não faz diferença na vida do homem (sic). O senhor já vai chegar nos 64, falta um (pra chegar à idade de Amastha) e o senhor não cai. Passam os traidores e ficam os amigos. Feliz aniversário, meu amigo.”

 

INSPIRAÇÃO

 

 

Depois de proferir a frase sobre a necessidade de todo governo em ter uma oposição séria, inteligente, ética e atuante, Golbery do Couto e Silva, todo poderoso nos tempos de ditadura, referia-se aos saudosos Tancredo Neves e Ulysses Guimarães como políticos oposicionistas exemplares e que acabaram servindo de bússola em muitas questões políticas que os militares não dominavam. Ou seja, apontando questões que precisavam de ação imediata do governo, ensinaram, por diversas vezes, os militares a como abordar as situações.
Guardando as devidas proporções, o Observatório Político de O Paralelo 13 espera que essa oposição ao governo de Eduardo Siqueira Campos tenha o mesmo princípio moral e as mesmas intenções e iniciativas que a oposição praticada por Tancredo e Ulysses.

Que não levem para o lado pessoal, pelo fato de o prefeito ter perdido a confiança em suas intenções como membros do governo, ou porque decidiu apoiar outro candidato ao governo do Estado, muito menos por ter descoberto a movimentação de alguns para um “golpe branco” na prefeitura que administra.

Que o local em que foi notada a configuração dessa oposição ao governo de Eduardo Siqueira Campos, sirva, também para manter alertas as consciências de cada um dos políticos presentes, e sirva de bússola para a atual gestão, mostrando profissionalismo, boas práticas políticas e, principalmente, preocupação apenas com o bem comum a todos os cidadãos palmenses.

Amém!

 

 

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