Mesmo com participação incerta petista lidera intenções de voto e venceria segundo turno em todos os cenários; Marina Silva e Bolsonaro ficam empatados em segundo lugar
Com Agências
Apesar da condenação em primeira instância na Operação Lava Jato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) segue como favorito para levar as eleições presidenciais de 2018, segundo pesquisa do Instituto Datafolha.
O petista tem pelo 35% das intenções de voto em todos os cenários propostos aos eleitores. Além disso, ele venceria qualquer um dos adversários em um eventual segundo turno, de acordo com a pesquisa .
O deputado federal Jair Bolsonaro (PEN), que oscila entre 16% e 17% das intenções de voto, e a ex-ministra Marina Silva (REDE), que varia entre 13% e 14% na preferência dos entrevistas, são ficam tecnicamente empatados na segunda colocação.
O prefeito de São Paulo João Doria (PSDB) e o governador do estado Geraldo Alckmin, que disputam a indicação do partido tucano, tem 8% das intenções de voto. A pesquisa tem margem de erro de dois pontos percentuais.
Pela primeira vez em todas as pesquisas, Lula sairia vencedor no segundo turno contra todos os adversários possíveis. Exceto em um improvável confronto com o juiz Sérgio Moro, que já afastou qualquer possibilidade de se candidatar ao cargo.
Em um confronto entre o magistrado e o ex-presidente, a pesquisa aponta empate técnico. Na última pesquisa, divulgada no mês de junho, Marina também estava empatada com o petista em um eventual segundo turno.
Participação de Lula é incerta
Mesmo depois de ter sido condenado a nove anos e seis meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo juiz federal Sérgio Moro , o ex-presidente Lula ainda pode se candidatar nas eleições presidenciais de 2018. Pelo menos por enquanto.
Isso porque a Lei da Ficha Limpa impede apenas a candidatura de políticos condenados por uma decisão colegiada, ou seja, por mais de um julgador. O ex-presidente Lula foi condenado em primeira instância apenas por Moro. Logo, ainda pode ser eleito em 2018.
Em caso de condenação em segunda instância, o petista ficaria inelegível, mas ainda poderia recorrer ou não ter seu registro cassado pelo TRF-4. Caso ganhe as eleições e seja condenado posteriormente, Lula não perderia o cargo pela Lei da Ficha Limpa. Ainda segundo o Datafolha, 26% dos entrevistados disseram que votariam com certeza em qualquer candidato indicado por Lula.