Poderão ser dois atos completamente diferentes, mas de igual poder de devastação econômica tanto para o País quanto o Estado
Por Edson Rodrigues
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, convocou a militância para aderir a uma greve geral "contra o golpe" e o governo interino de Michel Temer no dia 10 de junho. Em artigo semanal, publicado no site do partido, o petista pede auxílio do movimento sindical na preparação do ato.
"Duas decisões importantes na mais recente reunião da Comissão Executiva Nacional, realizada dia 31 de maio. A primeira, que dá continuidade à nossa participação na luta contra o golpe do vice usurpador, conclama a militância a empenhar-se para a grande mobilização nacional do dia 10 de junho", escreveu Rui Falcão.
Junto com movimentos sociais e sindicais, os petistas organizam para esta semana uma série de protestos contra Temer e a favor da presidente afastada Dilma Rousseff em nível nacional.
Rui falcão só esqueceu de lembrar à militância, que o maior culpado pelas mazelas que o país passa é seu próprio partido, que afundou o Brasil no maior escândalo de corrupção da história, além de gerar um desastre econômico e levar a credibilidade da classe política para o fundo do poço.
O que Rui Falcão, pessoa que nunca passou por um escrutínio popular, não recebeu nenhum voto de nenhum eleitor brasileiro, faz com essa convocação, é colocar o Brasil à beira do precipício, utilizando a militância ensandecida como massa de manobra para desestabilizar ainda mais o governo interino, bradando aos quatro cantos e dando o nome de “golpe” a um movimento previsto na Constituição brasileira.
Incitar uma greve geral é a cara do PT, que aposta na baderna e no “quanto pior melhor”, passando por cima do “povo trabalhador” de quem se diz representante.
Uma greve geral e a militância nas ruas decretarão o caos econômico, aumentando os índices de desemprego, de quebra de empresas e de fuga de recursos internacionais. Se já está ruim como está, imagina com o acréscimo desses ingredientes...
Ainda bem que os petistas do Tocantins, em sua maioria, estão quietos em suas tocas, vendo a banda passar e a nau adernar.
Já Rui Falcão presta um grande desserviço ao Brasil, pois nem tudo o que é legal é moral ou ético...
TOCANTINS: A HORA DO GOVERNO MOSTRAR SUA FORÇA
Enquanto isso, já que falamos do Tocantins, sindicatos e movimentos classistas já começaram os ensaios para uma greve geral que também teria efeitos desastrosos na já combalida situação do Estado. A motivação da greve seria a cobrança do pagamento imediato dos retroativos, das progressões e promoções acertadas de forma frágil em momentos de estabilidade econômica que não existem mais.
Essa será a grande chance de Marcelo Miranda mostrar, de vez, que tem o poder nas mãos e que sabe usá-lo. Aliás, já está passando dessa hora...
Em um governo como do Tocantins, que já está refém do Poder Legislativo, virar refém nas mãos dos sindicatos e entidades classistas seria assumir um fracasso que ainda pode ser evitado.
Falamos isso porque somos cientes de que o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, um dos poucos impolutos – e realmente debruçados na solução dos problemas causados pelo PT – na equipe de Michel Temer já avisou que para receber o benefício da renegociação das dívidas com a União, os estados devem estancar imediatamente qualquer aumento salarial, promoções ou progressões e adiar as já agendadas.
Além das palavras de Meirelles, o presidente do Senado, Renan Calheiros, convocou o governador Marcelo Miranda para uma reunião em Brasília, onde a pauta será justamente o reforço nas orientações de Meirelles e o aviso de que nenhum governo estadual, mesmo sendo do PMDB, terá alívio se descumprir as determinações do ministro.
Dizem que os grandes comandantes mostram seus talentos nos momentos em que estão em desvantagem. Pois é chegado o momento de Marcelo Miranda fazer valer deu diploma de governador e assumir efetivamente a posição de comandante do Tocantins, evitando a terceirização do seu governo e mostrando que não fugirá nem se intimidará ante as ameaças.
A economia do Tocantins está estagnada e não suportaria uma greve geral por mais breve que fosse, logo, é hora de se olhar para a população e se preocupar com os reflexos que um movimento assim traria para os pais de família e trabalhadores alheios às reivindicações sindicais e classistas.
Marcelo Miranda deve dialogar com o empresariado e com a sociedade, ser o porta-voz de si mesmo e encarar sem hesitação essa batalha, sob pena de o Tocantins entrar em uma rota irreversível de derrocada econômica e Marcelo Miranda ver seu governo fracassar.
O povo não está distraído. Ao contrário, está atento à movimentação política e aos atos do governo e, certamente, encampará essa luta pela economia do Estado. Basta que o governador Marcelo Miranda mostra que está disposto a comandá-los.
Ditadores mandam. Grandes líderes são seguidos....