SEM UNIÃO DAS OPOSIÇÕES, PESPECTIVA DE VITÓRIA SOBRE GOVERNADOR MAURO CARLESSE É INVIÁVEL

Posted On Quarta, 04 Julho 2018 06:17
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I – O RECADO DAS URNAS

As urnas já mostraram que, matematicamente, é impossível derrotar o governador Mauro Carlesse nas eleições ordinárias de outubro.  Ele tem a máquina administrativa nas mãos, o Diário Oficial, as “caneta” e, além disso, 18 deputados estaduais, cinco deputados federais, prefeitos das principais cidades do Estado e um ex-governador - e as bases de apoio de todas essas lideranças -  a lhe dar sustentação.

 

Carlesse já mostrou que conhece a máxima do saudoso Antônio Carlos Magalhães, que dizia que “um governador com o Diário Oficial só perde eleição para sua própria competência”, e usou e abusou disso em suas duas vitórias esmagadoras.

 

Os votos que o elegeram foram o “sim” do funcionalismo, que acreditou em suas promessas, em sua palavra e em seu compromisso com a classe.  Esse tipo de “crédito” conseguido pelo governador junto à essa fatia do eleitorado é muito difícil de ser contestado e derrubado em um período tão curto de campanha.

 

OPOSIÇÃO TEM QUE SE UNIR

A oposição, hoje, no Tocantins, pode ser contada entre 19 e 23 partidos, mas essa quantidade é o que menos importa neste momento em que se precisa de uma “bandeira”, de um comandante, de objetivos claros.

 

Obviamente que podem chamar essa tentativa de união de “Arca de Noé”, mas apelidos não importam quando a finalidade é salvar o Tocantins do atoleiro econômico em que se encontra, com dívidas astronômicas, com 78% de sua arrecadação comprometidos com a folha salarial dos servidores, com uma fama de mal pagador entre fornecedores e prestadores de serviço, enfim, um “Titanic” prestes a afundar.

 

Para que esse objetivo seja alcançado, todos sabem, é necessária uma união de forças, a definição de um objetivo comum, uma unificação de ideias capaz de convencer os eleitores de que ainda há esperança.

 

SONHO DO FUNCIONALISMO

Os eleitores que se abstiveram de votar ou votaram em branco ou anularam seus votos “venceram” os dois turnos das eleições suplementares, com um percentual que superou o número de votos válidos.

 

Esses eleitores deixaram bem claro que não se identificaram nem com as pessoas nem com os métodos que colocaram seus nomes à apreciação popular.

 

Já os eleitores que votaram, 75% deles escolheram Mauro Carlesse, numa demonstração de que optaram pela continuidade, na estabilidade empregatícia e nas promessas do governador/candidato.

 

A vitória de Carlesse pode ser considerada a vitória do sonho dos servidores públicos estaduais em permanecerem em seus cargos.  Nada mais que isso.

 

 

II - O COMANDO DA NAU OPOSICIONISTA

Dentre todos os demais candidatos que disputaram a eleição suplementar, o senador Vicentinho Alves já deixou bem claro que, em outubro, tentará sua reeleição ao Senado. 

 

O ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, ainda tem chances de tentar o comando da oposição, se tentar amenizar seu discurso, reparar as rusgas com a classe política tocantinense, a quem ofendeu profundamente com palavra e tentar uma aproximação republicana com o ex-governador Marcelo Miranda, calçando as sandálias da humildade e mostrando arrependimento por tudo o que fez e falou sobre o ex-comandante do Palácio Araguaia.

 

Segundo os bastidores, dificilmente o ex-governador Marcelo Miranda se sujeitará a participar de uma rodada de negociações com a presença de Carlos Amastha.

 

Marcelo soube manter o autocontrole ante às críticas ferinas de Amastha, mantendo um silêncio digno de Buda, para evitar um embate público com quem não tem pudor nem papas na língua na hora de fazer críticas e envolve até familiares fora da vida pública em questões levianas, apenas para se manter sob os holofotes.

 

Amastha mudando de discurso e deixando aflorar suas qualidades de gestor, cumprindo a promessa de realizar um concurso público pode até conseguir apagar a imagem que ficou de sua administração em Palmas, com uma dívida já anunciada de um bilhão de reais, tendo que buscar ajuda da Justiça Federal para a liberação de recursos e, mesmo assim, ficando impedida de celebrar convênios com entidades financiadoras, como Caixa Econômica, Banco do Brasil e agentes financiadores internacionais.

Prefeita Cintia Ribeiro com herança maldita de mais de um bilhão de reais

 

Em matéria publicada pelo portal JM Notícia, o vereador Rogério de Freitas denuncia uma dívida de mais de um bilhão de reais na prefeitura de Palmas, principalmente relativa à empresa de coleta de lixo.

A atual prefeita, Cínthia Ribeiro, teve que se virar com a Justiça Federal para conseguir uma liminar que mantivesse Palmas apta a receber repasses públicos federais, o que, nos bastidores políticos é chamado de “herança maldita”.

 

Há, certamente, uma grande expectativa e uma grande desconfiança da capacidade de Amastha em se reconciliar e se aproximar de antigos desafetos, mas uma reunião, marcada para a próxima sexta-feira pode deixar muita gente de queixo caído.

 

A quarta colocada nas eleições suplementares, senadora Kátia Abreu, não precisa mais provar a ninguém que é uma política preparada e competente, ao mesmo tempo em que precisa mudar seu temperamento explosivo e passional.

 

Mas, se prevalecerem suas qualidades, isso a coloca como o caminho mais fácil rumo ao “leme” da nau oposicionista, pois, se os servidores elegeram Mauro Carlesse, os trabalhadores, comerciários e desempregados que se abstiveram de votar, podem eleger uma candidata especialista na geração de empregos, que entendo do assunto e tem trânsito livre com as federações industriais e comerciais, reunindo todos os pré-requisitos de uma grande gestora.

 

DAMASO

O ex-presidente da Assembleia Legislativa aparece como um candidato que “corre por fora”, até pouco tempo longe dos holofotes políticos, mas é um político capaz de unir as oposições em torno do seu nome, pois tem fama de ser extremamente ético, correto, sem divergências com nenhuma corrente política, classista ou sindical.

Osires Damaso pode ser o representante que parte dos 64% de eleitores que se abstiveram, dos 22% que votaram em Vicentinho e, até, de muitos que votaram em Carlesse, pois também presidiu a casa de leis, onde tem muitos amigos e correligionários.

 

Mas, a única certeza, até agora, é que se não houver uma união política embasada em um projeto de governo confiável e realizável, que contemple os interesses e as demandas do Estado do Tocantins, a “peia” nas urnas será ainda maior em outubro, em favor de Mauro Carlesse, com o atual governador se consolidando na maior liderança política do Tocantins, elegendo a maioria dos 24 deputados estaduais, os dois senadores e a maioria dos deputados federais.

 

III - A VEZ DE MÁRLON REIS

 

Se os nomes que constam na oposição ao governador Mauro Carlesse resolverem “zerar” o passado de Carlos Amastha e suas falácias e resolverem se unir em torno de um nome que não tem nenhum tipo de desgaste, seja com a opinião pública, seja com quaisquer vertente política, o nome que pode emergir como capitão da nau oposicionista pode ser o de Márlon Reis.  Ex-juiz, jurista respeitado e candidato no primeiro turno das eleições suplementares.

 

Seu nome está pronto para encabeçar o “chapão”, deixando as indicações para vice-governador, Senado, deputados federais e estaduais distribuídas da melhor maneira entre os demais partidos.

Márlon Reis caiu nas graças da classe intelectual tocantinense e pode ter o mesmo destino na escolha dos cidadãos que se abstiveram.  É uma pessoa íntegra, ficha limpa, não faz parte de nenhum grupo político ou familiar, não tem os vícios dos políticos de carreira, enfim, nada que possa comprometer seu governo à esta ou àquela vertente.

 

Para que sua candidatura decole, precisa de maior penetração no interior, de mais capilaridade, de mais tempo no Horário Eleitoral Gratuito de Rádio e TV e de condições financeiras para montar uma estrutura enxuta de campanha e dar continuidade ao que começou na sua primeira candidatura, com discussões abertas com as classes estudantil, trabalhadora, empresarial e agropecuarista, mostrando que tem um bom planejamento de governo, com bases reais e factíveis.

 

Com esses componentes, Márlon Reis pode ser o nome do próximo governador do Tocantins.

 

É preciso que a nau oposicionista tenha em mente que será necessária muita matemática para eleger um deputado federal ou um deputado estadual sequer.

 

Sem a união de partidos e, principalmente, de fundos partidários, não haverá forma de baratear e custear uma eleição, principalmente para partidos como o MDB, PT, DEM, PP, PR e outros “pes”.

 

Quem tentar vôo próprio,corre o grande risco de morrer na praia e acumular dívidas muito difíceis de serem saldadas sem cargos eletivos.

 

INDÍCIOS

 

Mauro Carlesse já tem a sua base consolidada, com 18 deputados estaduais, cinco federais e o ex-governador Siqueira Campos.  Tudo leva a crer que seu vice, Wanderlei Barbosa, abra mão de seu cargo para novas composições visando à eleição de outubro, com a possibilidade de Barbosa nem tomar posse como vice-governador nesta eleição suplementar e tentar uma reeleição ou indo, até mesmo, para uma candidatura a deputado federal.

 

Esses são claros indícios de que ainda há muito para acontecer no processo sucessório regular, ou seja, nas eleições ordinárias de outubro, que podem consagrar uma nova liderança ou trazer de volta ao comando do Estado um candidato que represente, realmente, a vontade do POVO.

 

Vamos aguardar os resultados da reunião do fim desta semana para podermos avaliar se a oposição será uma “arca de Noé” ou um “Titanic”.

 

Por enquanto é só, pessoal!

Última modificação em Quarta, 04 Julho 2018 08:25