SUCESSÃO MUNICIPAL 2024 E SEUS EFEITOS COLATERAIS EM 2026

Posted On Terça, 18 Julho 2023 07:34
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Por Edson Rodrigues

 

Não é segredo para ninguém que as eleições municipais de 2024 servirão de bússola e de termômetro acerca da representatividade política de cada partido e de seus dirigentes, em relação às eleições majoritárias de 2026, principalmente nos 15 maiores municípios tocantinenses, onde há emissoras de Rádio e TV.

 

Por isso, voltamos a bater na tecla de que não haverá espaço para amadorismo nas eleições municipais, em que o horário eleitoral obrigatório de Rádio e TV terá um papel preponderante para a decisão dos eleitores. As campanhas terão, obrigatoriamente, que ter profissionais de marketing político, de comunicação e jurídicos.

 

O eleitorado tocantinense já amadureceu e vem dando seu recado eleição após eleição. Não existe mais o voto de cabresto, que deu lugar ao voto pensado e analisado, o que vem deixando de fora muitos figurões que, antes, se elegiam apenas com o nome. Basta ver os nomes consagrados que obtiveram votações pífias em suas tentativas de continuar em seus mandatos ou de retornar ao cenário político, mesmo que em cargos “menores” que os que já haviam ocupado.

 

Oe eleitores tocantinenses estão livres das amarras do passado e não se contentam, mais, com históricos políticos ou com aqueles que, uma vez eleitos, cumprem apenas o papel constitucional do cargo, sem planejar, cumprir à risca as promessas de campanha ou se mostrarem omissos com as demandas populares.

 

ARREGAÇAR AS MANGAS

A junção desses dois fatores – a importância das eleições municipais para as eleições majoritárias e o voto cada vez mais consciente do eleitorado – torna premente que os interessados em se manter ou iniciar na vida pública, políticos, dirigentes e lideranças, independente dos partidos que compõem arregacem as mangas e comecem a mostrar trabalho para que suas forças políticas sejam protagonistas em 2024.

 

Será pelo número de prefeituras e vereadores eleitos que a “régua política” vai medir, após os resultados das urnas, as agremiações e os nomes que serão convidados a sentar à mesa das decisões, negociações e articulações, sejam da base do governo Wanderlei Barbosa, sejam de oposição, sejam “muristas”. A regra valerá para todos.

 

Aqueles que mostrarem representatividade nos municípios estarão habilitados a definir, em conjuntos, os nomes que comporão a chapa majoritária para a sucessão estadual de 2026, lembrando que o governador Wanderlei Barbosa deve renunciar ao mandato para se candidatar ao Senado.

 

Há muitos chefes de comissões provisórias de partidos que se intitula “líderes”, mas que, na verdade, têm apenas o crachá com essa função. Na prática, suas forças se mostrarão insuficientes para que possam, realmente, fazer parte das mesas de decisão.

 

Todo cuidado é pouco diante do grande desgaste sofrido nas últimas eleições estaduais, em que os principais partidos do Tocantins acabaram perdendo representatividade na Assembleia Legislativa e na Câmara Federal, como, por exemplo, MDB e PT, que não tem nenhum membro em nenhuma das duas Casas de Lei.

 

PREVISÃO ASSERTIVA

Senador Irajá Abreu

 

O Observatório Político de O Paralelo 13 previu o sepultamento coletivo de diversos líderes políticos da oposição, alguns, até, com inúmeras vitórias no currículo, mas que traçaram caminhos erráticos e errôneos na última eleição estadual. As conclusões de nossas análises, inclusive, apontaram os nomes dos que teriam insucesso nas urnas, como Kátia e Irajá Abreu, os candidatos do PT, o professor de Deus, Ronaldo Dimas e do seu filho, Tiago Dimas, do ex-governador Marcelo Miranda, de sua esposa, Dulce Miranda e do MDB, como um todo, e do ex-prefeito de Palmas, Carlos Amastha, dentre outros. O resultado das urnas foi enfático e eloquente para os citados.

 

Agora, nossa previsão – sempre baseada em análises – é a de que ou as oposições se unem e todos os candidatos profissionalizem suas campanhas ou o resultado das urnas será uma vaporização dos votos, com pouquíssimos conseguindo um número mínimo para se eleger o reeleger e a esmagadora maioria ficando de fora dos cargos que tanto almejam.

 

Os partidos de oposição têm ótimos nomes que pretendem disputar a eleição para prefeito, mas, como já afirmamos, não basta ter nome ou muita vontade de se eleger. Será preciso respaldo, união entre as oposições, discursos éticos e firmes, propostas palpáveis e coerentes, e preparo profissional para que possam encarar os debates na TV e no Rádio de igual para igual com seus concorrentes.

 

Vale ressaltar que sem infraestrutura partidária não haverá condições de se chegar à vitória e, além disso, os partidos que compõem qualquer federação e que pretendem disputar a eleição com candidatura própria, principalmente nos 15 maiores colégios eleitorais do Tocantins, precisam levar em consideração, de forma séria e concreta, a necessidade de ter uma equipe jurídica profissional e experiente, para não correrem o risco de ver suas candidaturas morrerem ainda no nascedouro.

 

Em política não há milagres!

 

Ficam as dicas...