Por Edson Rodrigues
A sucessão municipal de Palmas já é fato nos bastidores políticos e envolve o Palácio Araguaia e os partidos. Independente das peças a serem colocadas no tabuleiro sucessório, aqueles que pretendem se apresentar como candidatos precisam ser gestores de ação ao mesmo tempo em que agrega forças políticas, pois o eleitorado de Palmas já se mostrou rigidamente exigente, sem brechas para “gambiarras” ou amadorismo.
QUEM É QUEM NO PROCESSO SUCESSÓRIO
As forças políticas enfrentarão, pela primeira vez, um muito provável segundo turno eleitoral, caso nenhum dos candidatos consiga 50% mais um voto válido. pelo andar da carruagem, o número de pré-candidatos não vai permitir tal façanha, fazendo com que a divisão dos votos entre quatro ou cinco candidatos impeça tal vantagem mínima.
Esta primeira análise do Observatório Político de O Paralelo 13, obviamente, é, por enquanto, superficial, sobre as forças políticas e as possíveis pré-candidaturas que comporão o tabuleiro sucessório.
O governador Wanderlei Barbosa terá a grande chance de sacramentar seu projeto político, enraizando por, pelo menos 12 anos, o desenvolvimento da sua vida pública, bastando dar continuidade à forma com que vem desenvolvendo seu governo, sempre ligado às demandas populares e às suas raízes tocantinenses, que o diferem de muitas das administrações passadas.
E é isso, inclusive, que o transforma em fator fundamental na sucessão municipal de Palmas, onde tem suas raízes políticas e de onde vem sua grande força eleitoral, agora turbinada pelos seus feitos como governador curraleiro, em todas as regiões do Tocantins.
JANAD VALCARI
Com outro viés, aparece a deputada estadual Janad Valcari, ex-vereadora e presidente da Câmara Municipal de Palmas. Filiada ao PL do senador Eduardo Gomes, ela se mostra uma líder preparada para cuidar bem da gestão municipal de Palmas, pois sempre pensa no futuro, cumpre com seus compromissos e, dentro do PL é a candidata mais forte, tem independência financeira e trabalha diuturnamente para agregara o máximo de lideranças políticas e empresariais, além de entidades classistas da Capital e está 100% focada na formação de um grupo político capaz de lhe assegurar uma vaga no segundo turno, caso não vença já no primeiro embate eleitoral.
CARLOS AMASTHA
O ex-prefeito Carlos Amastha é um nome que, definitivamente, não pode ser subestimado, pois tem serviços prestados ao município de Palmas e já provou que marketing político é com ele mesmo, pois foi calcado nessa estratégia que conseguiu se reeleger prefeito da Capital com muita tranquilidade. até agora, Amastha está focado em construir seu próprio grupo político, pois é o presidente estadual do PSB, faz parte da executiva nacional da legenda e tem todo o ano de 2023 para construir as bases da legenda visando as eleições de 2024.
JÚNIOR GEO
Um daqueles fenômenos políticos que surgem de tempos em tempos, Jr. Geo conseguiu, em pouco tempo, criar lastros em todas as camadas da sociedade, principalmente na Capital, por conta de seu carisma como educador e formador de opinião. apesar de ter toda a sua área de influência dentro dos domínios de Palmas, pode, facilmente, por meio da rápida divulgação dos jovens, alcançar outros colégios eleitorais, sempre baseado em sua boa reputação acadêmica e, agora, política, o que cria um excelente ambiente político para o crescimento de seu nome e de fatores que o tornem um candidato plausível e forte o suficiente para participar do segundo turno.
JAIRO MARIANO
Secretário político do governo de Wanderlei Barbosa, Jairo Mariano é um secretário de conceito em seu desempenho, tendo conseguido criar uma liderança de respeito frente à presidência da Associação Tocantinense dos Municípios, de forma discreta, sempre tendo o diálogo como palavra de ordem e respeitador da coisa pública. Seu nome tem sido lembrado positivamente pelo Palácio Araguaia como um dos possíveis candidatos, mas, como reza a cartilha, nem Mariano nem o grupo palaciano confirmam a possibilidade de candidatura.
O “X” DA QUAESTÃO
Como as eleições municipais só estarão com suas principais pedras colocadas no tabuleiro sucessório de 2024 a partir do fim deste ano, é preciso deixar bem claro que quem tiver o apoio político ou da prefeita de Palmas, Cinthia Ribeiro (foto) ou do governador Wanderlei Barbosa - ou dos dois juntos - terá o melhor dos cenários possíveis.
O grande “X” dessa questão é que Cinthia Ribeiro passa pelo maior e mais complicado problema de sua gestão desde que resolveu assumir para a própria prefeitura de Palmas a resolução dos problemas com o transporte coletivo da Capital. Quando resolveu assumir essa questão, ela sabia que tomava em mãos um problema que foi “empurrado cm a barriga” por todas as gestões anteriores e sabia o tamanho do “abacaxi” que tinha que descascar e resolveu tornar esse o grande desafio de sua administração. Vencendo este desafio, ela estará apta a assumir qualquer outro entrevero e sair vitoriosa em qualquer dos cenários.
Somando-se essa situação a um governo de conceito por parte de Wanderlei Barbosa, chegamos a um cenário que coloco o dois, Cinthia e Wanderlei como os dois principais “cabos eleitorais” para 2024, o que coloca, automaticamente os candidatos apoiados por eles como os principais concorrentes em qualquer cenário municipal, com o “agravante” de que um candidato, porventura, apoiado pelos dois, praticamente imbatível em uma candidatura a prefeito, caso o céu continue “de brigadeiro” como se encontra hoje.
OPOSITORES
Mas, é sempre bom lembrar que há candidaturas opositoras, que não estarão nem no palanque defendido por Cinthia nem por Wanderlei Barbosa que, caso decidam vir unidas, podem causar sérios percalços às postulações ditas favoritas.
Qualquer desavença entre os grupos de Cinthia e de Wanderlei podem significar 12 anos de muitos problemas, principalmente se as decisões de ambos vierem impostas “goela abaixo”, com nome sem consenso e sem representatividade na maioria dos seus seguidores.
Logo, como o Observatório Político de O Paralelo 13 faz questão de lembrar, esta é apenas uma fotografia do momento, que pode ser modificada com um ou dois lances bem articulados pela oposição.
ARQUIBANCADAS
Há bons “técnicos”, bons “padrinhos” e bons “jogadores” que podem, a qualquer momento, fazer parte da composição do tabuleiro da sucessão municipal de Palmas, cada um na posição em que rende mais, podendo transformar o céu de brigadeiro vivido pelo Palácio Araguaia em um voo turbulento.
Dependendo de como entrarem, do tamanho de duas forças e, principalmente, se entrarem unidos, seja ao palácio Araguaia, seja a uma candidatura própria farão toda a diferença no andamento da partida. estamos falando dos senadores Eduardo Gomes, que tem ao seu lado o maior partido do momento, o PL, do qual é presidente, com a maior fatia do Fundo eleitoral e do Horário Eleitoral Obrigatório de Rádio e TV, além de ter estado sempre entre os mais votados em todas as eleições que disputou na Capital, seja para vereador, deputado federal ou senador – com o adendo de ser, atualmente, o maior carreador de recursos federais para o Tocantins nos últimos quatro anos -, e de Dorinha Seabra, presidente estadual do União Brasil, também com excelentes fundo partidário e horário eleitoral, e que sempre teve seu principal nicho político em Palmas, de onde foi secretária da Educação - assim como do Estado – e sagrou-se, na eleição do ano passado, a senadora mais bem votada da história política da Capital.
Junto a esses “capitães”, podem se alinhar outros bons “jogadores”, como os deputados federais Eli Borges e Ricardo Ayres, além do deputado estadual Valdemar Jr., todos com lugares cativo à mesa de discussão sobre a eleição de Palmas.
Deputados federais Eli Borges e Ricardo Ayres, e o do deputado estadual Valdemar Jr.,
Cada peça colocada no tabuleiro sucessório pode representar uma nova peça acrescentada em sentido contrário, assim como cada peça removida pode representar uma total reformulação.
Não podemos esquecer que apenas ter o apoio do Palácio Araguaia não basta para se eleger o prefeito da Capital, principalmente se levarmos em conta o histórico de nenhum grupo palaciano jamais conseguiu ganhar a eleição para o Paço Municipal de Palmas.
Se a oposição vier unida em torno do nome certo, poderá, sim, criar problemas para as pretensões do grupo político da situação e ficar com uma das vagas no segundo turno.
O certo é que a composição do tabuleiro sucessório ainda está em andamento e, apesar das peças já conhecidas, novidades podem ser acrescentadas, de acordo com o andamento político. Esta é apenas uma fotografia do momento, mas várias outras devem – e podem – ser acrescentadas até a definição final.
Até lá, estaremos com vocês.
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