Definitivamente, o Tocantins precisa, com urgência, de um pacto político aos moldes do que foi selado entre Tancredo Neves e José Sarney, o primeiro representando o povo, o segundo, os militares, pela volta da democracia ao Brasil.
Por Edson Rodrigues
No caso do Tocantins, esse pacto seria entre os seus três senadores, Eduardo Gomes, Kátia Abreu e Irajá Abreu, oito deputados federais e 24 deputados estaduais, e o seu governador, Wanderlei Barbosa, pela recuperação da dignidade do seu povo e da sua classe política, e pela governabilidade para as próximas gestões estaduais, a partir do próximo governador, tirando o Estado do fundo do poço em que se encontra, em que virou motivo de piada em nível nacional, sob as alcunhas de “berço de corruptos”, “republiqueta de quinta categoria”, ocupado por pára-quedistas , especializados em malversação do dinheiro e dilapidação do patrimônio público.
Senadores Irajá Abreu, Kátia Abreu e Eduardo Gomes
O Observatório Político de O Paralelo 13, em Brasília, já recebeu informações de que o STJ já prepara o xeque-mate para muito breve.
POBRE ESTADO RICO
O Tocantins está localizado no centro geodésico do Brasil, com a Ferrovia Norte-Sul em pleno funcionamento, a BR 153 com sua concessão confirmada para a iniciativa privada – aguardando apenas o fim do período chuvoso para iniciar as obras – é o maior produtor de grãos da região Norte do País, com safra recorde de soja no ano passado, um dos maiores exportadores de carne bovina, o espelho d’água do lago da Usina do Lajeado aguardando o desenvolvimento da aqüicultura e o aproveitamento de todo o seu potencial para a produção de diversas espécies de peixes para consumo humano e ornamentais, uma geração própria de energia hidroelétrica que nos garante estabilidade no consumo, um dos maiores potenciais do planeta para a produção de energia solar e eólica, com condições de buscar investidores internacionais e, finalmente, é um dos estados com cadeira cativa no Conselho Consultivo do Banco da Amazônia – BASA – uma das instituições bancárias mais importantes do Norte do Brasil há mais de 60 anos, responsável pela viabilização d produção rural no Tocantins, após a criação do Estado, pela evolução da criação de gado nelore e pelos investimentos em pastagens, culturas e infraestrutura das fazendas.
Traduzindo todo o parágrafo acima, o Tocantins é um Estado riquíssimo, com potencial para se transformar em um verdadeiro Eldorado, uma coisa que só não aconteceu, infelizmente, por causa da parte podre da política praticada no Estado, que vem dilapidando o erário público, fazendo sumir o dinheiro dos investimentos e tirando a comida da boca dos mais necessitados.
COLCHA DE RETALHOS IDEAL
Prováveis candidatos ao governo do Tocantins
O Jornal O Paralelo 13 surgiu em formato tablóide, um ano antes da emancipação política do Tocantins, e até hoje mantém a sua sede em Porto Nacional, no mesmo endereço, assim como construiu uma credibilidade sólida junto ao povo tocantinense e aos membros dos Três Poderes no Estado, aos empresários e todos os demais seguimentos da sociedade.
É essa credibilidade que confere a nós, Família O Paralelo 13, credenciais para produzir este editorial, na versão “Olho no Olho”, que é a mais dura e direta de todas, para chamar à atenção dos nossos principais líderes políticos com poder de decisão para, em colegiado, encaminharem a construção de uma colcha de retalhos política, a mais importante nesses 33 anos de criação do Estado do Tocantins.
José Sarney e Tancredo Neves
Será uma colcha de retalhos cozida por centenas de milhares de mãos, de cada um dos eleitores que elegeram os nossos representantes, que estão em pleno gozo do mandato, assim como o pacto político que permitiu à chapa formada por Tancredo Neves e José Sarney, políticos de trajetórias divergentes, mas que convergiram no momento certo, para possibilitar ao Brasil voltar a ser uma nação democrática, devolvendo o poder de escolha dos seus representantes aos eleitores.
Para que isso seja possível, o primeiro passo precisa ser dado, necessariamente, pelos nossos políticos, detentores de mandatos, que devem colocar de lado seus interesses partidários e partam para a composição desse pacto, em favor do povo tocantinense e, ao mesmo tempo, da continuidade nos cargos que eles próprios estão ocupando, alguns deles, com dificuldades claras de reeleição e outros vislumbrando a necessidade de dar um passo atrás para continuar na vida pública.
Ex-governador Marcelo Miranda, presidente do MDB no Estado
Seja eles Bolsonaristas, Lulistas, Ciristas, Moristas ou de qualquer tipo de “istas” que houver nesta eleição presidencial, todos os nossos representantes, individualmente ou em grupo, deve construir seu palanque, mas que tenham uma única chapa majoritária, com os candidatos a vice-governador e a senador. Que chamem para sentar à mesa de discussões os governadoriáveis Ronaldo Dimas, do Podemos, Laurez Moreira, do PDT, o governador Wanderlei Barbosa, o presidente da Assembleia Legislativa, Toinho Andrade e, juntos acertem suas diferenças e partam para a devolução do Tocantins à categoria de Estado promissor, progressista e limpo, sem resquícios da lama de corrupção que ainda anda por aqui.
Essa será, sem sombra de dúvida, a maior e mais importante colcha de retalhos política da história do Tocantins e será para sempre lembrada como o gesto mais nobre já registrado nos anais políticos do Estado mais novo da Federação, servindo de exemplo para os demais, devolvendo a dignidade ao povo tocantinense e, por tabela, deixando bem mais barata a “conta” por uma reeleição.
Fica a dica da Família O Paralelo 13. Saudações!