TSE recua e decide não enviar auditores para acompanhar as eleições na Venezuela

Posted On Quinta, 25 Julho 2024 07:26
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Medida ocorre após Maduro afirmar que eleição no Brasil não é auditada Medida ocorre após Maduro afirmar que eleição no Brasil não é auditada

Antes, o Tribunal Superior Eleitoral afirmou que enviaria Sandra Damiani e José de Melo Cruz, especialistas em sistemas eleitorais

 

 

Com Agência Brasil

 

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) recuou e decidiu não enviar auditores brasileiros para acompanhar as eleições na Venezuela neste fim de semana. Após o presidente Nicolás Maduro dizer que as urnas eletrônicas brasileiras não eram auditáveis, o TSE entendeu que houve desrespeito, segundo nota divulgada nesta quarta-feira (24).

 

"O Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo", diz um trecho da nota.

 

"A Justiça Eleitoral brasileira não admite que, interna ou externamente, por declarações ou atos desrespeitosos à lisura do processo eleitoral brasileiro, se desqualifiquem com mentiras a seriedade e a integridade das eleições e das urnas eletrônicas no Brasil", completa.

 

Antes disso, o TSE afirmou que enviaria Sandra Damiani e José de Melo Cruz, especialistas em sistemas eleitorais.

 

O envio de ministros e servidores para acompanhar eleições em outros países é uma prática comum do TSE, que também recebe representantes estrangeiros durante pleitos no Brasil.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem demonstrado preocupação com as eleições na Venezuela. Na semana passada, durante discurso ao lado do presidente da Bolívia, Luis Arce, o petista disse que espera que o pleito “transcorra de forma tranquila” e que “o resultado seja reconhecido por todos”.

 

Ao todo, 10 candidatos estão na disputa, incluindo o presidente Nicolás Maduro, no poder desde 2013, e que vai em busca do terceiro mandato consecutivo. + Venezuela reage mal à crítica do Brasil sobre eleições

 

O ambiente político, no entanto, é de instabilidade, em meio a denúncias de prisões de integrantes da oposição. Além disso, a principal adversária de Maduro, María Corina Machado, foi impedida de concorrer após ser acusada de participar de uma “trama de corrupção”.