A tristeza de um Estado que possui deputados estaduais que recebem sem trabalhar

Posted On Quinta, 29 Novembro 2018 08:27
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Um desabafo, no mínimo intrigante, a sociedade tocantinense ouviu esta semana do deputado Amélio Caires, na seção da última terça-feira, 27.  Ele usou a tribuna para desabafar sobre a falta de responsabilidade de seu pares para com o povo e os eleitores, que confiaram ao parlamento, ‘zelo’ pelo que é público. Segundo o deputado, já são mais de seis meses que aquela casa de leis não vota um projeto, sequer

 

Por Edson Rodrigues

 

Isso é sério. Muito sério, e recai sobre o comando da casa de lei que está sob a responsabilidade da deputada Luana Ribeiro que, como presidente do poder legislativo estadual, deveria ter mais um pouco de compromisso e fazer honrar os ‘gordos’ salários, sempre muito bem acompanhados de muitas regalias, vantagens e benefícios, que os parlamentares recebem dos cofres públicos, 100% pagos pelo povo tocantinense.

 

Na verdade são muitas as respostas e satisfações que a nobre presidente, deputada Luana Ribeiro, deve à sociedade tocantinense. Apesar da Constituição Federal garantir independência e harmonia entre os poderes, ressaltando suas funções típicas e atípicas, cabe sim aos nobres deputados, ir além de simplesmente legislar. Cabe a eles zelar pelos interesses coletivos e bem estar da população que paga seus milionários salários.

 

Não é agora que o comando do Legislativo tocantinense deixa a desejar em suas atribuições. Recentemente o Tocantins, mais uma vez, foi destaque negativo na mídia nacional. Dessa vez com um escândalo envolve um dos seus colegas de Assembleia Legislativa e que, coincidentemente é da mesma cidade da presidente Luana Ribeiro, o deputado Olyntho Neto.

 

A Polícia Civil encontrou lixo hospitalar enterrado na fazenda da família do deputado estadual Olyntho Neto

 

As revelações são robustas e é virgem por parte da nobre deputada e presidente da Assembleia Legislativa, um posicionamento de provocar o conselho de ética da Assembleia para a abertura de um procedimento para apurar se o seu colega, deputado Olyntho Neto está ou não envolvido no escândalo do lixo hospitalar, que envolve sua família e um galpão de sua propriedade que seria usado como depósito.

 

Câmara de Palmas x Assembleia Legislativa

Um bom exemplo de atuação foi demonstrado pela mesa diretora da câmara municipal, que abriu procedimento investigativo para apurar o comportamento de um dos vereadores.

 

A comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Vereadores de Palmas vai abrir um processo disciplinar contra o vereador Lúcio Campelo (PR) por fazer apologia a pedofilia durante uma sessão parlamentar. O pedido de investigação por quebra de decoro foi feito pelo Ministério Público na última sexta-feira (23). A polêmica começou após o parlamentar dizer que "é a favor da pedofilia".

 

O processo administrativo tem o tramite definido pelo código de ética da Câmara de Vereadores e o vereador pode até perder o mandato. Os vereadores querem saber se houve, ou não, quebra de decoro parlamentar.

 

Na contramão desse comportamento, a Assembleia Legislativa do Estado, sob a direção da deputada Luana Ribeiro, finge de cega, surda e muda. Em situação semelhante e tão grave quanto, é o que vive a AL com o que se apresenta contra o deputado Olyntho Neto. Porém, ao contrário do parlamento municipal, o Legislativo estadual, sob o comando da presidente Luana Ribeiro, até o presente momento não tomou nenhuma atitude diante do caso. Comportamento que deixa o povo tocantinense de olho nos interesses ocultos e, por que não dizer, ‘povo anda cabreiro’ com tanta conivência.

 

Outros Poderes

É de conhecimento de todos, as manifestações e providências, de órgãos como o Ministério Público Estadual (MPE), o Tribunal de Contas do Estado (TCE), a Polícia Civil o poder judiciário e até do executivo estadual, como medidas de suspensão/anulação do contrato com a empresa da família Olyntho e a contratação de uma outra empresa. Só o Legislativo Estadual não se manifesta. Por que será?

 

Qual o interesse da Presidente da Casa de Leis do Tocantins em permanecer inerte, ante a tanto ‘barulho’ em torno do escândalo do lixo hospitalar?

 

Outro assunto que ‘levanta os cabelos’ do povo e dos eleitores tocantinenses, de tanta curiosidade, é a prisão de um veículo da Assembleia Legislativa, também em Araguaína, com um segurança daquela casa de leis, com exatamente r$ 500 mil, sob a guarda do irmão do deputado Olyntho Neto.

 

Durante o flagrante, ele estava dentro de um carro com o sargento da Polícia Militar Edilson Ferreira. O veículo foi alugado pela Assembleia Legislativa

 

A presidente Luana Ribeiro precisa dar satisfações aos cidadãos de bem deste Estado que quer saber qual é, ou quais são o(s) verdadeiro(s) motivo(s) que a faz silenciar. Até hoje, a deputada que é a maior representante do Parlamento não deu ‘um piu’ sobre esse assunto. Mais uma vez a Assembleia Legislativa se faz de surda, cega e muda.

 

A omissão da nobre presidente da Assembleia Legislativa tocantinense denigre a imagem do poder legislativo estadual. Omissão esta que poderá ser provocada pelo competente Ministério Público Estadual. Tal omissão, ou conivência, pode trazer duras consequências num futuro próximo.

 

A sociedade, a imprensa e as autoridades estão atentas e testemunhando todos os lances deste fato de grande repercussão na mídia nacional e local.

 

E nós estamos de olho!