Ex-governador de São Paulo é o nome preferido do petista para compor a chapa, mas enfrenta resistências dentro do PT
COM O TEMPO
O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, acertou, na manhã desta segunda-feira (7), a filiação dele ao PSB, após reunião com o presidente da sigla, Carlos Siqueira, em São Paulo. Ainda não foi definida uma data para a cerimônia de filiação.
Com isso, o nome de Alckmin ganha ainda mais força para ser vice na chapa de Luiz Inácio Lula da Silva, que é pré-candidato à presidência da República pelo PT. O nome é desejado por Lula, que vê na escolha do ex-governador um aceno ao mercado financeiro e à governabilidade.
Porém, a opção por Alckmin ainda encontra resistências dentro do PT. Algumas alas do partido, além de verem o ex-tucano como um nome muito à direita de Lula, temem que a presença dele na chapa seja vista por opositores como um “novo Michel Temer”.
Outras correntes do campo da esquerda, como o PSOL, também não veem com bons olhos a possível aliança. O partido flerta com o apoio a Lula já no primeiro turno, mas ter Alckmin na candidatura a vice dificultaria a parceria.
Publicamente, Lula diz que ainda não decidiu se será candidato ao Planalto, mas vem defendendo a possível aliança com o ex-governador. O petista já afirmou que apesar das divergências, não teria "nenhum problema" em compor uma chapa com Alckmin.
Geraldo Alckmin já vinha em conversas avançadas com o PSB desde que anunciou sua desfiliação ao PSDB, do qual foi um dos fundadores e integrou durante 33 anos.
Já é dado como certo no PSB que o partido irá apoiar Lula na corrida ao Palácio do Planalto. A legenda negocia com o PT a possibilidade de formarem uma federação partidária, na qual a aliança entre os partidos deve permanecer durante pelo menos quatro anos. O PCdoB e o PV também podem entrar na composição.
O acordo ainda depende de acertos entre os partidos nos palanques estaduais, sobretudo em São Paulo. No maior colégio eleitoral do país, o PT deve lançar o nome de Fernando Haddad para o governo estadual, enquanto o PSB aposta em Márcio França. Ambos dão sinais de que não pretendem abrir mão de pleitear o Palácio dos Bandeirantes.
Porém, o apoio do PSB à candidatura petista independe de um eventual acordo sobre a federação.