Nunca um ano foi tão esperado pelo povo brasileiro como 2017. Depois de um 2016 em que aconteceu de tudo, de prisões de políticos e empresários antes intocáveis a impeachment da ex-presidente Dilma, passando por uma crise econômica, institucional, política e moral jamais vistos, ainda tivemos Olimpíadas controversas e a maior crise de desemprego da história.
Por Edson Rodrigues
Logo, é fácil imaginar o quanto a população espera dos governantes, sejam estaduais ou municipais, principalmente dos municipais, eleitos ou reeleitos em meio ao furacão de 2016, o que lhes confere uma carga de responsabilidade maior ainda, pois representam a esperança de mudanças reais, por parte da população.
TOCANTINS
As perspectivas e expectativas dos tocantinenses para com os novos prefeitos são positivas, mas, especificamente, esperançosas. O povo – cidadão e empresários – sabe como ninguém das dificuldades institucionais e econômicas que o País atravessa e como o governo do Estado conseguiu fazer a penosa travessia de 2016 tentando, de todas as maneiras, evitar sacrifícios ainda maiores à sua população.
Enquanto o Brasil enfrentava a recessão, o caos econômico e político, que causou a maior taxa de desemprego da história, com efeitos catastróficos para milhões de famílias brasileiras, com a alta nos preços dos alimentos, das tarifas de água, esgoto e energia, IPVA, IPTU e outros impostos, mas, principalmente, com os atrasos e parcelamentos dos salários do funcionalismo estadual, o Tocantins soube driblar esses picos negativos, sofrendo dentro do possível, mas sem atrasar ou parcelar salários.
Agora, o povo e os empresários tocantinenses aguardam o anúncio das prioridades do governo do Estado para o ano de 2017, com perspectivas de boas notícias, a começar pela tão esperada municipalização da administração estadual, por meio de parcerias e convênio, numa verdadeira “coalizão pelo progresso” entre o Palácio Araguaia, os governos municipais, o Legislativo estadual e a bancada tocantinense no Congresso Nacional, num movimento suprapartidário voltado para o bem do povo tocantinense.
Muitos veem essa “coalizão” como o único caminho para que os políticos tocantinenses recuperem boa parte de sua credibilidade junto aos eleitores, unindo forças para a abertura de frentes de trabalho, compras oficiais junto ao comércio local, cooptação de mão de obra local nas obras tocadas por empreiteiras e outros meios que façam o dinheiro do tocantinense circular dentro do Tocantins, movimentando a economia doméstica e criando oportunidades para o crescimento.
A OPINIÃO DOS ANALISTAS
Ninguém sabe mais que ninguém, mas a experiência sempre faz a diferença. E são nossos experientes analistas políticos que afirmam, em sua maioria absoluta, que o caminho para a retomada da credibilidade política e do crescimento do Tocantins, passa pela estrada da troca pontual de membros do primeiro escalão do governo do Estado. Sem essa oxigenação, afirmam, as chances de melhorar os resultados gerais do Estado são perto de zero.
Mas, esses mesmos analistas apostam todas as suas fichas no fato de que essa mudança no secretariado é irreversível, pois nos poucos movimentos que fez nas peças à disposição no seu “tabuleiro administrativo”, há pouco tempo, já trouxeram palpáveis e bons resultados, que refletiram muito positivamente em sua imagem pública e na sua credibilidade.
A experiência com os secretários paraquedistas provou-se um tiro no pé. Trazer de fora quem não conhece as peculiaridades do Tocantins, do seu povo e da sua política, mas, principalmente, suas prioridades, deu mais errado que qualquer paciência aguenta ou aguentaria.
Ainda há alguns resquícios desses “forasteiros” que precisam ser eliminados e o governador Marcelo Miranda tem que voltar seus olhos para os companheiros de luta que sempre estiveram ao seu lado, que se provaram fiéis e leais e que dominam tantos conhecimentos quantos os forasteiros e, além disso, conhecem o povo do Tocantins. Mesmo assim, alguns desses quadros capazes, permanecem à margem do governo, sempre contribuindo, mas sem receber o reconhecimento devido.
A esperança de todos é que os poderes de unam e facilitem o comando e a governabilidade do governo estadual ante as tempestades, turbulência e tsunamis que se mostram enormes num horizonte em curto prazo. Um respeitando a autonomia do outro, sem ingerências, para que o Tocantins, o Estado mais novo da Federação, dê o exemplo de que com bom-senso e trabalho de equipe, toda crise é superável.
E Deus há de orientar nossos políticos para que o nosso povo sofra o menos possível.
Amém!