BOLSONARO GANHA TERRENO COM ADESÃO DE GOVERNADORES E PREFEITOS. AÇÕES DO MST PÕEM POSICIONAMENTO DE LULA EM CHEQUE

Posted On Sexta, 07 Outubro 2022 12:05
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Caiado consolida apoio a Bolsonaro; em discurso, presidente cita temas que provocaram afastamento Caiado consolida apoio a Bolsonaro; em discurso, presidente cita temas que provocaram afastamento

Os últimos dois dias foram de muito trabalho e articulação do grupo político que apoia a reeleição do presidente Jair Bolsonaro.  E os frutos desse trabalho já podem começar a ser contabilizados.  Nesta quinta-feira (6), nada menos que 600 prefeitos de Minas Gerais declararam apoio a Bolsonaro, capitaneados pelo governador reeleito do Estado, Romeu Zema, que teve, sozinho, mais de seis milhões de votos.

 

Com Agências 

 

Eles se juntam aos governadores reeleitos Antonio Denarium (PP-RR), Ronaldo Caiado (União-GO), Gladson Camelli (PPAC) e Mauro Mendes (União-MT); e os candidatos à reeleição Coronel Marcos Rocha (União-RO) e Wilson Lima (União-AM), além de Romeu Zema (Novo-MG); Rodrigo Garcia, (PSDB-SP); Cláudio Castro (PL-RJ); Ibaneis Rocha (MDB-DF); Ratinho Jr. (PSD-PR) e Mauro Mendes (União-MT).

 

MAIOR ADESÃO CONJUNTO

 

O governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), decidiu emprestar ao presidente da República e candidato à reeleição, Jair Bolsonaro (PL), seu capital político para ajudá-lo no segundo turno.  O governador convidou prefeitos dos 853 municípios do Estado a ajudar na campanha eleitoral do presidente. Até agora, a adesão está em aproximadamente 600 prefeitos, disse Marcos Vinicius Bizarro (PSDB), prefeito de Coronel Fabriciano (MG) e presidente da Associação Mineira de Municípios (AMM).

 

Zema mobilizou força-tarefa de governadores pela reeleição de Bolsonaro

 

“Os prefeitos de forma individual vão apresentar apoio irrestrito ao governador em relação às políticas que o Zema adotar. Eu sou um deles. Acho que o Estado vive uma recuperação dos estragos feitos pelo governo do Fernando Pimentel (PT), de 2015 a 2018, e não podemos perder o risco de perder tudo isso”, afirmou o prefeito.

 

Os prefeitos já começaram a divulgar vídeos nas redes sociais defendendo a continuidade das políticas adotadas. “Hoje os prefeitos gozam de credibilidade que foi dada pelo governador quando passou a pagar em dia. Temos credibilidade com a população”, observou Bizarro.

 

Em Minas, Bolsonaro também conta com o apoio do senador Carlos Viana (PL), do senador eleito Cleitinho Azevedo (PSC) e do deputado federal eleito Nikolas Ferreira (PL) para fazer campanha, principalmente no interior do Estado, especialmente na região Norte, onde Lula liderou em votos no primeiro turno.

 

MST COMPLICA PT

Enquanto isso, do lado petista, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se vê constrangido pelas notícias que atribuem ao MST a invasão de três fazendas em Goiás, nos municípios de São João D’Aliança, Maurilândia e Trindade e uma no Mato Grosso, prontamente desocupadas pela Polícia Militar dos estados.

 

Prática comum nos governos do PT, as invasões de fazendas produtivas e até de fazendas de pesquisas agrícolas, com destruição de material que iria ser utilizado para aumentar a produtividade agrícola do país por meio da Embrapa, sempre foram um dos pontos mais combatidos pelo setor agrícola, que teve, nestas eleições, uma de suas representantes candidata à presidência da República, mas que, agora, se aliou ao PT para o segundo turno presidencial.

 

SEM COMPROMISSOS

 

Lula parece não querer firmar compromissos com o setor agropecuário brasileiro. Numa tentativa de melhorar a relação do ex-presidente com o setor, um integrante do núcleo duro da campanha de Lula (PT) articulou com interlocutores a redação de uma carta direcionada ao agronegócio, mas a iniciativa não foi bem recebida pelo ex-presidente.

 

Lula tem demonstrado certo incômodo com essa sugestão de carta. Tem dito que, se escrever uma carta ao agronegócio, terá que fazer o mesmo para vários outros setores --em vez de colocar a campanha na rua para pedir votos.

Diante da resistência de Lula, este integrante da campanha pediu aos interlocutores redigirem a carta mesmo assim e deixarem "no gelo", ou seja, para um eventual uso futuro, em caso de necessidade.

 

Assim, ainda que a carta não seja publicada na íntegra, trechos podem ser aproveitados em publicações nas redes sociais, por exemplo.

 

A sugestão da carta foi endossada por figuras de peso, como a senadora Katia Abreu e o senador Renan Calheiros.

 

Ao que parece, assumir compromissos com o agronegócio não faz parte da agenda positiva nem do plano de governo de Lula.

 

É esperar para ver!