Exemplos de políticos subestimando a inteligência dos eleitores, temos aos montes no Brasil. Basta ver o papelão que vem sendo representado por Geraldo Alckmin, inimigo visceral de Lula e do PT, que o chamou de ladrão, chefe de quadrilha e outros adjetivos pejorativos e, hoje, diz que “Lula é a salvação do Brasil”.
Por Edson Rodrigues
Mas, no Tocantins, estamos vivendo o ápice da representação, da interpretação de um papel artístico, digno de um “Oscar”.
Quem vê a senadora Kátia Abreu discorrer elogios ao ex-governador Marcelo Miranda, chega a achar que os dois sempre foram aliados políticos, sempre tiveram afinidades e são melhores amigos na vida pessoal.
Um vídeo que viralizou nas redes sociais, mostra, primeiro, Kátia Abreu em um palanque, ao lado de um constrangido Marcelo Miranda, afirmando que “se Marcelo Miranda é candidato, não vai ter pra ninguém”. Em seguida, o vídeo mostra a mesma Kátia, na tribuna do Senado, afirmando que “fui expulsa de um partido (MDB) que virou escárnio nacional e que envergonha o Tocantins por prática de corrupção”, emendando outra imagem, em outro palanque, em que Kátia brada em alto e bom tom: “Marcelo cassado Miranda. Foi esse que destruiu o Tocantins e que me odeia, porque eu enfrentei ele na tribuna do Senado e chamei ele de malandro”. (vídeo no fim da matéria)
PODER PELO PODER
A primeira pergunta que podemos fazer é como Marcelo Miranda aceitou esse “casamento sem amor”. Qual foi o motivo? Qual foi o “canto da sereia” cantado por Kátia Abreu que o levou a esquecer tudo o que a senadora já vociferou contra ele?
A outra pergunta é como Marcelo Miranda vai justificar essa sua atitude junto às suas bases, que aprenderam com ele a se manter distantes de Kátia Abreu, suas ideias e seus seguidores?
E a pergunta final é como estará Dr. José Edmar de Brito Miranda, lá em cima, vendo essa situação envolvendo seu filho dileto?
A única certeza que se tem dessa “união de forças“ entre Marcelo Miranda e Kátia Abreu tem como único objetivo vencer – Kátia, Marcelo e Dulce Miranda, cada uma na sua pretensão – as eleições de dois de outubro, e que essa manobra na da tem de ideológica, afinidade política ou busca por um Tocantins melhor para seus cidadãos.
Trata-se apenas de uma união movida pela busca do poder pelo poder. Simples assim.
O ELEITOR NÃO É BOBO
O Observatório Político de O Paralelo 13 traz esta análise por entender que o eleitor tocantinense já está cansado de ser feito de bobo, de ter sua inteligência subestimada e de ser tratado como massa de manobra.
Não há como o eleitor aceitar que Marcelo Miranda, uma pessoa humilde, carismática e respeitada na política estadual, assim como sua esposa, deputada federal Dulce Miranda, precisem se sujeitar a passar pelo constrangimento de ver seus nomes elogiados pela mesma pessoa que destratou, por anos, o político e a pessoa, Marcelo Miranda.
Marcelo Miranda precisa explicar, primeiro aos seus companheiros de MDB. Segundo, ao povo tocantinense os motivos que o levaram a aceitar essa “aliança”.
O eleitor não é bobo. São mais de um milhão de cidadãos aptos a votar no Estado do Tocantins sendo subestimados em suas inteligências e capacidades analíticas por essa “união nada estável” entre Kátia Abreu e Marcelo Miranda.
É por isso que pregamos uma grande reflexão, uma reflexão ainda maior, por parte dos eleitores, para avaliar que tipo de político vai eleger pelos próximos quatro ou oito anos e se está consciente sobre os tipos de acordos e “negociações” que levam a esse tipo de união entre antagonistas, que deixam todos perplexos pela improbabilidade.
O vídeo citado nesta análise estará à disposição dos nossos (e)leitores para que possam tirar as suas próprias conclusões, nesta que podemos chamar de “tentativa de estupro” à consciência política dos eleitores tocantinenses, apresentando uma situação que os próprios políticos estranharam e que deixou o seguidores dos envolvidos perplexos, sem saber no que acreditar, se no passado ou se no presente.
Nós mostramos esse vídeo para um senhor, emedebista, com mais de 78 anos de idade, residente na cidade de Porto Nacional. Ele pediu para ver mais uma vez e foi taxativo: “me sinto mal, muito ma. Dá vontade de vomitar. Isso é uma vergonha e um desrespeito ao passado político do MDB e do Tocantins”.
Por isso, fazemos um apelo aos nossos eleitores, que reflitam muito. Reflitam em dobro, antes de fazer sua escolha. Há políticos bons e bem-intencionados, buscando de forma honesta e ética receber o seu voto, ao mesmo tempo em que há políticos desesperados, fazendo de tudo para conseguir se eleger, mas que não estão preocupados com os eleitores e, sim, em voltar ou permanecer no poder.
Não se deixe enganar, eleitor! Nem sempre um bom político age de maneira correta em busca de uma eleição. Da mesma forma que nem sempre uma união de forças pode significar, literalmente uma união, muito menos um trabalho em conjunto em benefício do povo tocantinense.
Pode significar, sim, uma forma de ludibriar os eleitores, em busca apenas da permanência ou volta ao poder.
Fiquem atentos e contem conosco!