Corpo do ex-governador foi sepultado no final da tarde desta quarta-feira, com honras de estado, no cemitério Jardim da Paz, em Palmas
Com Assessoria
“O Ex-governador Siqueira Campos merece todas as homenagens, tanto do Governo quanto do nosso povo, por tudo que ele representa”.
Essas foram as palavras do governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, ao chegar para as últimas homenagens ao ex-governador José Wilson Siqueira Campos, no Palácio Araguaia, onde foi velado. O Governador chegou acompanhado pelo pai Fenelon Barbosa, primeiro prefeito da capital. O vice-governador Laurez Moreira também participou das homenagens.
O Governador Wanderlei Barbosa disse que os tocantinenses são gratos a Deus por ter dado a oportunidade de contar com um político da altura de Siqueira Campos, que proporcionou grandes avanços para o Estado. “Temos gratidão a Deus, que deu a oportunidade do governador Siqueira Campos proporcionar tantos benefícios para o nosso povo e para o nosso Estado. Hoje existe aqui a convergência e a compaixão de todos os tocantinenses pelo homem que representou e representa muito, porque daqui a mil anos será a história mais densa deste Estado”, disse.
O governador Wanderlei Barbosa também participou da missa de corpo presente celebrada pelo arcebispo de Palmas, Dom Pedro Guimarães, na ala norte do Palácio Araguaia, e do enterro do ex-governador no Cemitério Jardim da Paz, na capital, onde foi homenageado com salva de tiros e outras honras militares destinadas a chefes de estado.
Siqueira Campos morreu nesta terça-feira, 4, às 19h25 aos 94 anos, em um hospital particular de Palmas, onde estava internado desde o dia 29 de junho, e veio a óbito por uma infecção generalizada. Durante todo o dia Siqueira Campos foi homenageado na ala norte do Palácio Araguaia, cedida pelo governador Wanderlei Barbosa para o velório, por cantores e artistas tocantinenses, políticos e populares, que foram prestar a última homenagem ao político mais emblemático do Tocantins.
José Wilson Siqueira Campos nasceu em Crato no Ceará, em 1928, filho de mestre Pacífico Siqueira Campos - que tinha a profissão de seleiro e sapateiro - e de dona Regina Siqueira Campos. Ficou órfão de mãe aos 12 anos e viajou pelo país por quase 10 anos, em busca de oportunidade. Trabalhou em vários ofícios em diversas cidades, até chegar à cidade de Colinas, no então Norte de Goiás, atual Colinas do Tocantins.
Governador Wanderlei Barbosa com Eduardo Siqueira Campos e familiares do ex-governador
Em Colinas, Siqueira começou a trabalhar na área rural, o que despertou nele a vocação política: fundou a Cooperativa Goiana de Agricultores e deflagrou o movimento popular que pedia a criação do Tocantins. Na eleição seguinte foi candidato a vereador, tendo sido eleito com votação expressiva. Elege-se vereador de Colinas com maior votação (1965) e escolhido presidente da Câmara (1966). Era então filiado a Arena. Integraria também ao longo de sua carreira ao PDS, PDC, PFL, PL e PSDB.
Desmembramento
Foi eleito deputado federal, reeleito por mais quatro mandatos, permanecendo no cargo entre 1971 e 1988, enquanto representante do norte goiano. Chegou a fazer uma greve de fome de 98 horas em favor da causa separatista. Siqueira foi deputado federal Constituinte e relator da Subcomissão dos Estados da Assembleia Nacional Constituinte, tendo redigido e entregado ao presidente da Assembleia (deputado Ulisses Guimarães) a fusão de emendas (conhecida como Emenda Siqueira Campos) que deu origem ao Estado do Tocantins, com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
A criação do Tocantins, pelos deputados membros Assembleia Constituinte, finalizou uma luta de quase 200 anos dos moradores do então Norte de Goiás em prol da divisão do Estado, trazendo a perspectiva de desenvolvimento para uma região que viveu séculos de relativo isolamento. Com o Tocantins finalmente criado, Siqueira Campos se elegeu o primeiro governador, para mandato de dois anos (de 1 de janeiro de 1989 a 15 de março de 1991).
Foi também responsável pela construção da capital Palmas, a última cidade brasileira planejada do século 20. Siqueira Campos voltou a ocupar o cargo de governador por mais três mandatos, período em que o Estado saiu da total precariedade até chegar ao início de sua industrialização, com obras importantes como a interligação das principais cidades do estado com pavimentação, os Hospitais Regionais das maiores cidades e outras obras estruturantes do novo Estado.
Prefeita Cinthia: "dele, sempre recebi conselhos, orientações, direcionamento, por isso lhe serei grata para sempre"
Com Assessoria
O meu coração está profundamente consternado com a partida do nosso eterno governador José Wilson Siqueira Campos. Lamento muito pela sua partida, pois Siqueira representou muita coisa na minha vida pessoal, foi meu padrinho de casamento, padrinho de formatura e um dos grandes responsáveis pela minha mudança para Palmas. Ele foi um farol na minha jornada de vida, e na minha carreira política. Dele, sempre recebi conselhos, orientações, direcionamento, por isso lhe serei grata para sempre. Fui uma privilegiada por ter ouvido suas palavras todas às vezes em que a ele recorri, fora a honra de ter testemunhado muitos momentos históricos ao seu lado.
Externo o reconhecimento e a homenagem de todos nós palmenses, pela visão idealista que resultou na construção de uma cidade, que nasceu do zero e hoje é uma referência em termos de qualidade de vida. Visionário que sempre foi, Siqueira escolheu a margem direita do Rio Tocantins, à época, uma região isolada e de grande desigualdade social, para erguer a capital.
A história de Palmas se confunde com a história de seu criador, Siqueira Campos, e é nosso dever sermos guardiões de seu ideal, que começa com a luta pela criação do Estado do Tocantins e se cristaliza com a construção de Palmas, para que assim, sejamos um povo próspero, como ele tanto sonhou.
Expresso meus sentimentos à Dra. Marilúcia, aos filhos, netos, noras e genros, aos incontáveis amigos e aos tocantinenses e palmenses que se ressentem da sua partida.
Que seu espírito descanse em paz. Nós que aqui ficamos, honraremos o seu legado e eternizaremos a sua memória pelo muito que fez por todos nós.
Objetivo da missão técnica é adaptar modelo para implantação de polo industrial de vestuário no Tocantins
Por Adenauer Cunha
Uma comitiva da Secretaria de Estado da Indústria, Comércio e Serviços (Sics), liderada pelo secretário Carlos Humberto Lima, está em Pernambuco para conhecer de perto a indústria de vestuário do estado, que abriga um dos maiores polos industriais dos segmentos têxtil e de confecções das regiões Norte e Nordeste do país. Fazem parte da comitiva, ainda, o superintendente de apoio às micro e pequenas empresas, Carlos Antônio de Souza; o diretor de indústria, comércio e serviços, Carlos Carneiro; e o economista Marcondes Martins.
O primeiro compromisso da missão técnica nesta segunda-feira, 3, foi uma visita de cortesia à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (SDEC). Na ocasião, o secretário Carlos Humberto Lima entregou uma cópia do Relatório de Gestão 2022 da Sics ao secretário executivo da SDEC, Carlos Santana.
Santana recepcionou o grupo, falou sobre o histórico de criação e desenvolvimento do polo de confecções e forneceu informações sobre políticas públicas de fomento e incentivo ao setor de vestuário.
Um desses mecanismos é um fundo de fomento mantido pela própria atividade industrial. "Nós temos um fundo que recebe recursos de parte da arrecadação do estado e envolve a cadeia têxtil e a comercialização de têxteis. Esse fundo alimenta uma organização social que tem um plano de trabalho com o objetivo de desenvolver e implantar ferramentas para o desenvolvimento de toda a cadeia têxtil, seja para o produtor de insumos, seja para a própria indústria que precisa de mecanismos e ferramentas para potencializar toda essa cadeia", afirmou Santana.
O polo de confecções e indústrias têxteis de Pernambuco está localizado nos municípios de Caruaru, Toritama e Santa Cruz do Capibaribe. O objetivo da missão técnica, segundo o secretário Carlos Humberto Lima, é conhecer o modelo de governança que pode ser adaptado para o polo industrial de confecções que será implantado no Tocantins. "Estamos iniciando a construção de um projeto técnico para a implantação de um polo de confecções no Estado do Tocantins. É uma determinação do governador Wanderlei Barbosa desenvolvermos esse setor que, além de ter grande empregabilidade, também é inclusivo, pois emprega trabalhadores das mais diversas faixas etárias", afirmou.
Ainda na agenda, a comitiva conheceu a Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco, uma sociedade de economia mista, da administração indireta do Estado, vinculada à SDEC. A agência tem entre seus objetivos a captação e atração de novos investimentos, bem como a manutenção de um ambiente favorável para as empresas já instaladas no Estado.
A comitiva da Sics permanece em Pernambuco até a próxima sexta-feira, 7. No roteiro, o secretário Carlos Humberto Lima e equipe irão visitar indústrias do setor de vestuário nos municípios do polo de confecções. Também está prevista uma visita ao porto de Suape.
O refrão dessa música que, marcou a primeira campanha de Siqueira Campos a governador do Tocantins, ecoou por todo o Estado tão logo divulgada a notícia da passagem para o plano superior de José Wilson Siqueira Campos.
Por Luiz Pires, Edvaldo Rodrigues e Edson Rodrigues
Por muito tempo, desde meados dos anos 1960, Siqueira Campos lutou, contra a oposição de muitos incrédulos, pela separação do Norte de Goiás e a criação do Estado do Tocantins. Essa era uma luta também das lideranças do Sul do Maranhão, que até hoje sonham com a criação do Estado do Maranhão do Sul. Siqueira tinha conhecimento disso, mas, com sua visão além do seu tempo, trabalhou pela divisão de um só Estado, no caso Goiás.
“Se incluísse parte do Maranhão no novo Estado, o projeto já nasceria destinado ao fracasso, pois o presidente José Sarney (presidente da República quando da criação do Estado do Tocantins) não deixaria”, afirmava Siqueira.
Siqueira Campos, Brito Miranda, Darci Coelho entregam projeto de crião do Estado ao Presidente da Câmara Federal Ulisses Guimarâes
O cearense José Wilson Siqueira Campos teve uma carreira política meteórica no Norte de Goiás. Chegando à região no início da década de 1960, instalou uma grande serraria onde hoje é a cidade ..., criou uma cooperativa de produtores rurais e logo conseguiu a inimizade do todo poderoso senador Benedito Ferreira (Benedito Boa Sorte) e seu grupo político.
Em 1965, Siqueira Campos elegeu-se vereador pelo recém emancipado município de Colinas de Goiás e o primeiro presidente da Câmara Municipal. Rapidamente captou o sentimento separatista do povo nortense. Candidatou-se a deputado federal nas eleições de 1970, sendo eleito pela primeira vez e reeleito mais quatro vezes, a última como deputado constituinte, de 1987 a 1988, quando ganhou a eleição para governador do recém criado Estado do Tocantins, criado graças ao seu empenho, na Constituição Cidadã promulgada em 1988.
Siqueira aponta a localização da futura Capital Palmas
Elegeu-se governador do Estado por mais três vezes e, com seu temperamento forte e poder de decisão, implantou e consolidou o Tocantins. 35 anos depois, os resultados econômicos e sociais demonstram que valeu a pena sonhar e lutar.
Quando foi implantado, o território que formou o Estado do Tocantins, tinha pouco mais de 200 km de asfalto, ligando algumas cidades à rodovia Belém/Brasília. A maioria das sedes dos municípios eram abastecidas de energia elétrica através de geradores a óleo diesel, os famosos “motor de luz”, que funcionavam algumas horas por dia. Hoje o Tocantins é auto suficiente na geração de energia elétrica.
Siqueira Campos em visita a primeira sede do poder Judiciário em Miracema
O lado direito do rio Tocantins chegou a ser chamada de “Corredor da miséria” por um ex-governador de Goiás. Pois nessa região que Siqueira construiu sua mais importante obra, a Capital do Tocantins, Palmas (nome em homenagem a São João da Palmas, cidade também planejada por Theotônio Segurado, hoje Paranã), proporcionando desenvolvimento para toda essa área.
Tomemos como exemplo o Parque Estadual do Jalapão, um dos principais destinos ecoturísticos do país, e a cidade de Porto Nacional, que se transformo em um polo educacional e da agroindústria. Siqueira Campos contribuiu muito para essa fase de empoderamento econômico e social de Porto Nacional e de todo o Estado, construindo a infraestrutura básica para gerar o desenvolvimento.
O ESTADO DA LIVRE INICIATIVA E DA JUSTIÇA SOCIAL, era o seu slogan de gestão preferido.
No mais, como está no brasão do Estado do Tocantins, CO YVY ORE RETAMA – ESSA TERRA É NOSSA.
Chefe do executivo decretou luto oficial de 7 dias e ponto facultativo nesta quarta-feira, 5
Da Assessoria
O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa, lamentou o falecimento nesta terça-feira, 4 de junho, do ex-governador José Wilson Siqueira Campos, a quem sempre admirou como um grande líder e homem visionário, cuja determinação e coragem foram fundamentais na criação do estado do Tocantins.
"Neste momento de tristeza, presto homenagem ao ex-governador do mais jovem Estado do país, José Wilson Siqueira Campos, cujo trabalho incansável e compromisso inabalável com o progresso moldaram o destino do Tocantins e de todos que acreditaram nesse projeto e se tornaram tocantinenses. Sua visão audaciosa e dedicação foram determinantes no desenvolvimento do nosso estado do Tocantins e, portanto, os seus feitos serão eternamente lembrados. Por meio de seu legado, o Tocantins floresceu e prosperou, transformando-se em uma referência de crescimento e oportunidades para todos os seus habitantes. Além de sua importância histórica como um líder político, destaco sua empatia, sua capacidade de ouvir e compreender as necessidades do povo tocantinense. Sua liderança inspiradora serviu como um farol para muitos, e sua ausência será profundamente sentida. Neste momento de dor, estendo minhas mais sinceras condolências a sua esposa Marilúcia Leandro Uchôa Siqueira Campos, aos seus filhos, em especial Eduardo Siqueira Campos, que foi meu companheiro de parlamento na Assembleia Legislativa do Estado do Tocantins, netos e bisnetos, amigos e a todos os cidadãos do Tocantins. Que encontrem conforto e paz nas memórias dos momentos compartilhados e no legado deixado por esse grande líder e que seu exemplo de vida continue a guiar aqueles que seguem seus passos, inspirando a busca incessante por um Tocantins cada vez mais próspero e justo", destacou o Governador.
Governador Wanderlei Barbosa e Siqueira Campos
Como forma de honrar sua memória e expressar o profundo respeito por sua contribuição não somente para o Tocantins, mas para o Brasil, o governador Wanderlei Barbosa decretou luto oficial de 7 dias e ponto facultativo nesta quarta-feira, 5.
História e trajetória do ex-Governador José Wilson Siqueira Campos
José Wilson Siqueira Campos, um dos maiores líderes políticos do Brasil, deixou um legado inegável ao moldar a história do estado do Tocantins. Sua trajetória é marcada por coragem, determinação e um espírito visionário que possibilitou a criação deste estado. Nascido em Crato, no Ceará, em 1928, filho do mestre Pacífico Siqueira Campos - que tinha a profissão de seleiro e sapateiro - e de dona Regina Siqueira Campos, ele se estabeleceu na cidade de Colinas, no então norte de Goiás, atual Colinas do Tocantins. Antes, passou pelos estados do Amazonas (onde foi seringueiro), Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
Ao se mudar para Colinas, Siqueira Campos começou a trabalhar na área rural, o que despertou nele a vocação política: fundou a Cooperativa Goiana de Agricultores e deflagrou o movimento popular que pedia a criação do Tocantins. Na eleição seguinte foi candidato a vereador, tendo sido eleito com votação expressiva. Elegeu-se vereador de Colinas com maior votação (1965) e foi logo escolhido presidente da Câmara (1966). Era então filiado a Arena. Integraria também ao longo de sua carreira ao PDS, PDC, PFL, PL e PSDB.
Siqueira e o prefeito de Palmas Fenelon Barbosa Pela sua ousadia na luta pela criação do Tocantins, Siqueira Campos foi eleito deputado federal, reeleito por mais quatro mandatos, permanecendo no cargo entre 1971 e 1988, enquanto representante do norte goiano. Chegou a fazer uma greve de fome de 98 horas em favor da causa separatista. Siqueira foi, inclusive, deputado federal constituinte e relator da Subcomissão dos Estados da Assembleia Nacional Constituinte, tendo redigido e entregue ao presidente da Casa, deputado Ulisses Guimarães, a fusão de emendas (conhecida como Emenda Siqueira Campos) que, aprovada, deu origem ao estado do Tocantins, com a promulgação da Constituição Federal de 1988.
A proposta foi votada e aprovada naquele 5 de outubro de 1988 e, em novembro do mesmo ano, o Tribunal Regional de Goiás realizou a eleição dos primeiros membros parlamentares do Tocantins, bem como prefeitos, vereadores, deputados e o Governador, José Wilson Siqueira Campos. A data foi um marco na vida dos moradores do norte goiano que vislumbravam na criação de um Estado próprio a esperança de uma vida melhor.
Siqueira Campos sempre dedicou-se a lutar pela criação desse novo estado, separando o Tocantins de Goiás. Seu sonho era proporcionar um desenvolvimento mais efetivo para a Região Central do Brasil. Liderando o Movimento Pró-Tocantins, mobilizou milhares de pessoas em prol dessa causa, enfrentando desafios políticos, burocráticos e econômicos.
Governador do Tocantins
Siqueira Campos governou o Tocantins em diferentes mandatos (de 1989 a 1991, de 1995 a 1998, de 1999 a 2003 e de 2011 a 2014), demonstrando uma visão progressista e comprometida com o desenvolvimento do Estado. Durante seus governos, implementou políticas públicas inovadoras, incentivando o pleno desenvolvimento do Estado, como a agricultura e o turismo. Também dedicou-se em levar investimentos em infraestrutura, educação e saúde, transformando a realidade da região.
Legado
Siqueira Campos e dona Aureny
O legado de Siqueira Campos é indiscutível. Ele transformou o Tocantins em um Estado próspero e em constante crescimento. Seu trabalho árduo e sua visão de longo prazo permitiram a implantação de projetos estruturantes, como a construção de rodovias, a criação de distritos industriais e a implantação de programas de desenvolvimento regional.
Contudo, foi na cidade em que ele projetou e fundou, Palmas, que Siqueira Campos mais realizou projetos. Além da construção da UHE Luís Eduardo Magalhães e do Hospital Geral de Palmas (HGP), o ex-governador idealizou e executou um grande programa de obras que deram de forma definitiva a capital do Tocantins, Palmas, como a principal cidade do Estado. Foi construído um amplo e moderno aeroporto, o projeto orla, a ponte sobre o lago de Palmas (8 km de extensão), a Praça dos Girassóis, o Memorial da Coluna Prestes, dentre outras obras que são os principais cartões portais da cidade.
E foi em um dos maiores marcos visionários de Siqueira Campos, a construção do Palácio Araguaia, em Palmas, que o Governo do Tocantins encontrou um espaço funcional para exercer suas atividades administrativas e governamentais. O palácio se tornou o epicentro das decisões políticas e administrativas do Estado, proporcionando um local adequado para o desenvolvimento de políticas públicas, a realização de reuniões de trabalho e o atendimento às demandas da população tocantinense.
Ele concebeu o local que abriga a sede do Poder Executivo como um marco emblemático dessa nova capital. O palácio foi projetado para abrigar o Governo Estadual e simbolizar o poder e a identidade do Tocantins. Com um design arquitetônico imponente e moderno, além de estar localizado estrategicamente no coração da cidade de Palmas, o edifício se tornou desde 1991 um ponto de referência icônico e uma expressão tangível do progresso alcançado na região. O Palácio Araguaia também abriga espaços para eventos, exposições e atividades culturais, tornando-se um símbolo de identidade e união para os cidadãos do Tocantins.
Últimos passos na política
Senador Eduardo Gomes e Siqueira campos foram eleitos para o senado
A última eleição da qual Siqueira Campos participou foi a de 2018 e saiu vitorioso dela como primeiro suplente do senador Eduardo Gomes. Foram eleitos em uma chapa que o pleito finaliza em 2026. Como suplente de senador, o ex-governador do Tocantins ocupou a vaga de senador no Congresso Nacional em julho de 2019, onde ficou no posto por um mês.
Siqueira Campos deixa sua esposa Marilúcia Leandro Uchôa Siqueira Campos e seis filhos. Um deles, Eduardo Siqueira Campos, que seguiu os passos de seu pai, contribuindo para o crescimento e desenvolvimento do Estado por meio de seus mandatos de deputado estadual e federal, prefeito de Palmas e senador.