O ex-presidente e pré-candidato ao Palácio do Planalto Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse neste sábado (18.jun.2022) que seu partido às vezes ainda vaia a bandeira brasileira e o Hino Nacional, mas deu a entender que a sigla foi ficando mais tolerante com o passar do tempo
Com Yahoo Notícias
“Eu lembro que, quando o PT nasceu, o Fernando Henrique Cardoso dizia ‘esse PT vaia até bandeira brasileira, vaia até o Hino Nacional’, e nós de vez em quando ainda vaiamos, mas aprendemos muito porque nós já governamos”, disse o ex-presidente da República.
O petista mencionou o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSB), antigo adversário político e atual vice em sua chapa presidencial, e declarou que é necessário fazer alianças.
“Não é possível a gente imaginar que a gente pode recuperar esse país sozinho”, declarou Lula. Ele afirmou que, na época em que PT e PSDB polarizavam a política nacional, antes de Jair Bolsonaro (PL) ser eleito presidente, as disputas eram mais civilizadas.
“A gente falava até mal um do outro, mas a gente não virava inimigo. A gente saía da disputa, a gente continuava como brasileiros tentando construir o melhor para esse país”, disse o ex-presidente.
“Muitas vezes joga a imagem de que o PT não gosta de ninguém”, afirmou Lula.
A pré-campanha de Lula tem tentado disputar o discurso de Bolsonaro. O atual presidente se diz patriota e pinta os adversários como inimigos do país.
O petista incluiu o verde e o amarelo na identidade visual da pré-campanha e a bandeira do Brasil em seus comícios. Tem sido comum a execução do Hino Nacional antes dos discursos –a música foi tocada com voz e violão neste sábado (18.jun).
O petista falou em evento de pré-campanha em Aracaju (SE), onde promove o nome do senador petista Rogério Carvalho como postulante ao governo do Estado.
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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), destoou de parte da classe política que centrava suas críticas na Petrobras pelo anúncio de reajuste do preço dos combustíveis, ao associar o problema também ao governo federal.
POR RENATO MACHADO
Pacheco afirmou que não existe diferença entre Petrobras e governo federal e pediu que a gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL) aceite criar uma conta de estabilização dos preços, usando como recursos os lucros da estatal brasileira.
A manifestação de Pacheco destoa do chefe do Executivo, que queria atribuir a responsabilidade exclusivamente à Petrobras pela alta dos preços dos combustíveis. Ele ainda cobrou do próprio Bolsonaro soluções.
"Se a situação dos preços dos combustíveis está saindo do controle, o governo deve aceitar dividir os enormes lucros da Petrobras com a população, por meio de uma conta de estabilização de preços em momentos de crise. Afinal, é inexistente a dicotomia Petrobras e governo, pois a União é a acionista majoritária da estatal e sua diretoria indicada pelo governo. Além disso, medidas semelhantes estão sendo adotadas por outros países em favor de sua economia e de sua população", informou Pacheco por meio de nota.
O senador mineiro se refere especificamente a um projeto de lei que prevê a criação de uma conta de estabilização, cujos recursos seriam utilizados para amenizar o impacto de flutuações no preço dos combustíveis. A proposta foi aprovada no Senado, mas acabou engavetada na Câmara dos Deputados.
O presidente daquela Casa, assim como o governo federal, são contrários à medida.
"O Senado aprovou inúmeras matérias legislativas que estavam ao seu alcance e agora espera medidas rápidas e efetivas por parte da Petrobras e de sua controladora, a União. Já que o governo é contra discutir a política de preços da empresa e interferir na sua governança, a conta de estabilização é uma alternativa a ser considerada."
A manifestação de Pacheco acontece em um momento em que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e o próprio Bolsonaro ameaçam retaliar pesadamente a Petrobras e seus diretores pelo anúncio do reajuste.
Nesta sexta-feira (17), a Petrobras anunciou reajustes de 5,2% no preço da gasolina e de 14,2% no preço do diesel, alegando que o mercado de petróleo passou por mudança estrutural e que é necessário buscar convergência com os preços internacionais.
Após 99 dias sem aumentos, o preço médio da gasolina nas refinarias da estatal passará de R$ 3,86 para R$ 4,06 por litro. Já o preço do diesel passará de R$ 4,91 para R$ 5,61 por litro. O último ajuste ocorreu há 39 dias.
O primeiro a externar suas críticas foi o presidente da Câmara, Arthur Lira, que pediu a demissão do presidente da estatal José Mauro Ferreira Coelho. Ao jornal Folha de S.Paulo, o deputado afirmou que "vai para o pau" para "rever tudo de preços" de combustíveis. Ele também disse que vai trabalhar para taxar o lucro da petroleira.
Mais tarde, em entrevista à Globo News, Lira defendeu a "taxação do lucro absurdo" da Petrobras. Ele não deu detalhes sobre a proposta de tributar ganhos, mas outros países têm discutido a taxação do lucro extraordinário de petroleiras advindo do aumento internacional do preço dos combustíveis.
Já Bolsonaro pediu a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os diretores da Petrobras.
"Conversei agora há pouco com o Arthur Lira (PP-AL), ele está neste momento reunido com líderes partidários. A ideia nossa é propor uma CPI para investigarmos o presidente da Petrobras [José Mauro Ferreira Coelho], os seus diretores e também o conselho administrativo e fiscal", declarou Bolsonaro, durante entrevista a uma rede no Rio Grande do Norte.
Nesta semana, o Congresso Nacional aprovou proposta que limita em 17% e 18% o ICMS sobre combustíveis, energia, transporte e telecomunicações. Patrocinada por Arthur Lira, a medida contou com a articulação de Pacheco para avançar no Senado, Casa legislativa mais próxima aos estados, que apontaram sofrer impactos bilionários na arrecadação estadual.
Também nesta sexta-feira (17), um dos aliados mais próximos a Pacheco, o senador Alexandre Silveira (PSD-MG), apresentou requerimento de convocação do ministro Paulo Guedes e de José Mauro Ferreira Coelho para que expliquem mais um aumento de preço dos combustíveis.
"Na segunda-feira o governo propõe tirar dinheiro da saúde e da educação de estados e municípios falando em diminuir o preço dos combustíveis. Isso para na sexta-feira anunciar mais um aumento do preço dos combustíveis, para dar dinheiro para acionista da Petrobras", escreveu nas redes sociais o senador, que desde o início do seu mandato é um crítico de Guedes.
"Este aumento no preço dos combustíveis anunciado hoje é mais um cuspe na cara da sociedade brasileira. Tenho alertado que o ministro da Economia já não reúne as mínimas condições de seguir no posto, pois está totalmente desconectado da realidade. Não há mais credibilidade".
Na ocasião, Ciro falou de seu projeto de governo, seus feitos políticos e abordou temas como preço dos combustíveis, desemprego e educação
Por Camila Xavier
Ao falar sobre o índice de desempregados e informais, sobre a produção de alimentos no Brasil, e sobre o ensino superior de Medicina, ele cometeu equívocos
Na última segunda-feira (13), o G1 deu início à sua série de entrevistas com os presidenciáveis. O ex-governador do Ceará, ex-ministro de Estado, advogado e professor universitário Ciro Gomes (PDT) foi o primeiro entrevistado.
A pré-candidata Simone Tebet (MDB) será a próxima participante, no dia 20 de junho, e o pré-candidato André Janones (Avante), participará em 11 de julho.
O ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PT) foram igualmente convidados, mas, de acordo com o G1, não confirmaram presença no prazo determinado.
Confira a apuração da reportagem do Yahoo! Notícias sobre algumas das afirmações de Ciro Gomes.
Desemprego, desalento e informalidade
"70 de cada 100 pessoas do mundo do trabalho ou estão no desalento, desistiram de procurar emprego, ou estão desempregadas abertamente ou estão na mais terrível informalidade da história brasileira"
Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), em sabatina em 14 de junho de 2022
A taxa correta seria, na verdade, 51 de cada 100 pessoas. De acordo com os dados mais recentes – do primeiro trimestre de 2022 – da PNAD Contínua do IBGE, há no Brasil 107,2 milhões de pessoas na força de trabalho.
Em relação ao desemprego, são 11,9 milhões de pessoas desempregadas e 4,6 milhões de pessoas no desalento. Já o número de pessoas na informalidade totalizou 38,2 milhões no mesmo período. Juntos, esses números totalizam aproximadamente 54,8 pessoas no desemprego, desalento e informalidade, o que representa 51% da força de trabalho e não 70%.
Produção de alimentos
"Nós somos o maior produtor de alimentos do planeta terra"
Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), em sabatina em 14 de junho de 2022
De acordo com os dados de 2020 – os mais recentes disponibilizados pela FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) – o Brasil foi o quarto maior produtor de alimentos do mundo, conforme o valor bruto da produção de alimentos.
O Brasil produziu naquele ano um total de US$ 125,3 bilhões em alimentos. Os três primeiros colocados, respectivamente, foram China com uma produção de US$ 1,5 trilhão; Índia, com US$ 382 bilhões; e Estados Unidos, com US$ 306,4 bilhões.
Ensino Superior
"A melhor escola de Medicina do Brasil, pelo ranking do MEC, está em Sobral"
Pré-candidato à Presidência, Ciro Gomes (PDT), em sabatina em 14 de junho de 2022
O curso de Medicina do campus de Sobral da UFC (Universidade Federal do Ceará) não está classificado como o melhor do país, de acordo com os indicadores do MEC (Ministério da Educação) que avaliam a qualidade do ensino superior no país.
O primeiro dos indicadores consultados foi o Enade (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes) de 2019, que avalia o rendimento dos alunos dos cursos de graduação. Segundo o resultado, o curso de Medicina do campus da UFC em Sobral ficou na posição 49.
Os três melhores cursos do país, de acordo com esse indicador, são os da UFV (Universidade Federal de Viçosa), da PUCRS (Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul), e da UFVJM (Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri), localizada em Diamantina, Minas Gerais.
Outro indicador também disponibilizado pelo MEC é o CPC (Conceito Preliminar de Curso), que usa como base quatro fatores:
Nota do curso no Enade
IDD (Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado)
Informações sobre o percentual de professores com mestrado, doutorado, assim como o regime de trabalho
Percepção dos estudantes sobre a formação
De acordo com esse indicador, o curso de Medicina da UFC em Sobral ficou na posição 109. Os três melhores colocados foram a Universidade de Franca, a PUCRS e a UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa).
Sem acordo para montagem de palanques nos estados, PT e PSB adiaram para a próxima semana uma reunião que definiria as chapas da coligação. Há divergências em ao menos sete estados, sendo São Paulo um deles.
POR : CATIA SEABRA, JULIA CHAIB E VICTORIA AZEVEDO
No último dia 31, os presidentes dos partidos, ao lado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB), que será seu vice na chapa, haviam fixado o prazo desta quarta-feira (15) como data-limite para resolver os entraves.
Além de São Paulo, há percalços nas chapas no Rio de Janeiro, no Espírito Santo, no Rio Grande do Sul, em Pernambuco, em Santa Catarina e na Paraíba.
A presidente do PT, deputada federal Gleisi Hoffmann (PR), reconheceu que o impasse persiste nos estados e que, em decorrência da Covid e da agenda de viagem do ex-presidente, era preciso adiar o encontro.
Gleisi também não descartou a possibilidade de o PT intervir onde for necessário para chegar a um acordo. "Com a Covid-19 e as viagens, o ex-presidente Lula não poderia participar da reunião. E, obviamente, ele tem um papel importante nas articulações", disse.
A parlamentar lembrou ainda que o ex-governador Márcio França (PSB) testou positivo para Covid nesta semana.
A disputa em São Paulo é uma das mais delicadas. Enquanto o PT defende a candidatura do ex-prefeito Fernando Haddad e diz que não irá retirar esse nome da disputa, França tem dado sinais de que também não irá desistir.
O PSB convocou para a próxima segunda-feira (20) uma reunião com seus pré-candidatos aos governos estaduais em busca de uma solução.
"Até o momento não há novidade alguma, lamentavelmente", afirmou o presidente do PSB, Carlos Siqueira.
Em entrevista, pedetista disse que só em “repúblicas bananeiras” o Exército opina sobre o processo eleitoral
Da CNN
O pré-candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, afirmou nesta segunda-feira (13) que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso errou ao convidar as Forças Armadas para participarem do processo eleitoral deste ano — por meio da Comissão de Transparência Eleitoral (CTE), liderada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) —, diante das desconfianças levantadas por Jair Bolsonaro sobre as urnas eletrônicas.
Em entrevista ao podcast “O Assunto”, do G1, o pedetista afirmou que não cabe às Forças Armadas opinar sobre eleições.
“O que não é razoável é envolver militar no processo eleitoral. Erro grave do ministro Barroso, erro do ministro da Defesa […]. De boa fé, ele cometeu um dos erros graves neste momento, convidar o Exército para entrar no processo eleitoral. Que isso?”, questionou Ciro.
O convite às Forças Armadas foi feito por Barroso em agosto do ano passado, quando ele ainda presidia o TSE. Na última sexta-feira (10), o Ministério da Defesa enviou novos questionamentos ao TSE sobre a lisura do pleito. A Corte respondeu aos pontos citados, defendendo “paz e segurança” nas eleições.
A CNN procurou o ministro Barroso para comentar as declarações, mas ele disse que não vai se manifestar. O Ministério da Defesa ainda não respondeu.
Ainda segundo o pedetista, caberia ao Exército apenas garantir a segurança no dia do pleito.
“Sob ordem da Justiça [eles podem participar]. Como sempre fizeram, sob ordem da Justiça, em determinados lugares, onde se pede muita atenção. Chama. Eles são ali o fator de ordem para que a eleição ocorra com tranquilidade. Eu estou falando de chamar o Exército para dar opinião sobre o processo eleitoral. Isso não tem nada a ver com as Forças Armadas. Isso é coisa de república da banana.”