A pesquisa foi conduzida entre os dias 20 e 24 de março, com 4.659 entrevistados

 

 

Por Gabriel Alves

 

 

O desempenho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta desaprovação de 53,6%, conforme apontou uma pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta terça-feira, 1º de abril. O levantamento também revelou que 44,9% aprovam a gestão, enquanto 1,5% não souberam responder.

 

Em comparação com a pesquisa anterior, realizada em fevereiro, a desaprovação subiu de 53% para 53,6%, enquanto a aprovação caiu de 45,7% para 44,9%.

 

A pesquisa foi conduzida entre os dias 20 e 24 de março, com 4.659 entrevistados. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos, e o índice de confiança alcança 95%.

 

Avaliação do governo

 

Entre os entrevistados, 49,6% consideram a gestão ruim ou péssima, enquanto 37,4% classificam como ótima ou boa. Outros 12,5% avaliam como regular, e 0,5% não souberam opinar.

 

No levantamento anterior, os números foram semelhantes: 50,8% avaliaram o governo de forma negativa, 37,6% positiva e 11,3% consideraram a administração regular.

Pesquisa: 54% dos brasileiros desaprovam o governo Lula

 

Outra desaprovação de Lula

A pesquisa Pulso Brasil do Instituto de Pesquisas Sociais, Politicas e Econômicas (Ipespe) divulgada na última quinta-feira, 27 de março, mostra que 54% dos brasileiros desaprovam o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Enquanto isso, 41% aprovam o terceiro mandato do petista. Já 5% não sabiam ou não respondeu.

 

O presidente se sai melhor entre os que têm 16 a 24 anos (54% de aprovação), os que concluíram apenas o ensino fundamental (47%) e os que possuem renda familiar de até dois salários mínimos (48%). Lula leva a pior entre os que têm 45 a 59 anos (58% de desaprovação), os que concluíram o ensino médio (58%) e possuem renda familiar superior a cinco salários mínimos (60%).

 

A única região com aprovação superior a desaprovação é o nordeste, onde o PT não perde uma eleição desde 2002, com 50% de aprovação e 45% de reprovação. Já a que o presidente vai pior é a região sul, com 33% de validação e 62% de rejeição.

 

O levantamento também aponta que 58% da população acredita que a economia brasileira está no caminho errado. Já 35% têm a percepção de que o rumo está na direção correta. E 6% não sabiam ou não respondeu.

 

 

Posted On Terça, 01 Abril 2025 13:29 Escrito por

Encontros começaram antes mesmo de Sidônio tomar posse; presidente fará evento nesta semana visando ampliar aprovação

 

 

Por Ana Isabel Mansur

 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém reuniões quase diárias com o ministro da Secom (Secretaria de Comunicação), Sidônio Palmeira, desde que indicou o publicitário ao cargo, em janeiro. Desde a posse, em 14 de janeiro, até essa segunda (31), passaram-se 76 dias — e as reuniões só não ocorreram em 24 deles, incluídos fins de semana, feriados e deslocamentos nacionais e internacionais de Lula, como a recente viagem à Ásia. O levantamento foi feito pelo R7. Nesta terça-feira (1°), inclusive, a primeira agenda do dia de Lula é exatamente com Sidônio, às 9h.

 

Apesar dos encontros frequentes, a popularidade do presidente segue em baixa desde o início do ano. Lula trocou o comando da Secom, antes sob o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS), em meio a insatisfações e críticas públicas à divulgação das ações do governo federal, de responsabilidade da pasta. No entanto, pesquisa Ipsos-Ipec recém-divulgada mostrou que 41% dos brasileiros consideram a gestão ruim ou péssima (leia mais sobre pesquisas abaixo).

 

A gestão aposta em ações recentes para alavancar a aprovação ao petista, como a expansão do crédito consignado para todos os trabalhadores com carteira assinada e a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5.000 por mês.

 

Na quinta-feira (3), o presidente vai participar de um evento para apresentar programas e ações de dois anos de governo visando melhorar a aprovação dele. De acordo com o Palácio do Planalto, o evento recebeu o nome de “O Brasil Dando a Volta Por Cima”. A cerimônia vai contar com a participação de ministros de Estado, parlamentares, autoridades e integrantes da sociedade civil organizada.

 

 

A iniciativa de crédito já está em vigor, mas, por ser uma medida provisória, precisa ser aprovada pelo Legislativo — em até 120 dias contados da publicação, em 21 de fevereiro — para não perder a validade.

 

Embora a isenção do IR precise receber o aval do Congresso para valer, o Executivo acredita que a nova faixa esteja em vigor já a partir do próximo ano. Não há ainda, contudo, data para os parlamentares votarem o tema.

Reuniões com o novo titular

O primeiro encontro entre Lula e Sidônio foi em 10 de janeiro, antes mesmo de o ministro assumir. As conversas também ocorreram nos dias 13 e 14. Ele, que foi responsável pela campanha presidencial do petista em 2022, começou na Secom em meio à crise do Pix e à alta do preço dos alimentos.

 

Para tentar unificar as ações de divulgação do governo em meio à baixa popularidade, o ministro da Secom reuniu, há duas semanas, as assessorias de comunicação dos ministérios e órgãos ligados ao Executivo. Sidônio chamou cerca de 500 profissionais para alinhar as estratégias e apresentar conceitos a serem usados na informação de serviços, programas e políticas públicas.

Alterações internas

 

Como prometido por Sidônio (veja mais abaixo), Lula aumentou as entrevistas concedidas à imprensa. Desde a posse do novo ministro até essa segunda (31), foram 20 conversas, além de um pronunciamento em rede nacional de TV e rádio. A título de comparação, no mesmo período do ano passado foram 11 entrevistas.

 

O novo ministro também fez alterações na equipe: trocou o secretário de Imprensa e contratou uma nova gestão para as redes digitais. José Chrispiniano, que tocava o relacionamento de Lula com os veículos de mídia desde 2011, foi substituído por Laércio Portela.

 

O comando da secretaria de Estratégias e Redes, que chefia áreas como pesquisa, análise e canais digitais, também foi trocado. No lugar de Brunna Rosa, que coordenou a comunicação digital do petista na campanha eleitoral de 2022, assumiu Mariah Queiroz. Na prática, a substituição indicou uma nova fase na estratégia da presença do governo nas redes sociais.

 

Com Sidônio, perfis pessoais de Lula em plataformas como Instagram e TikTok saíram da alçada de Ricardo Stuckert, que é fotógrafo do presidente desde o primeiro mandato.

 

Desaprovação

Apesar das atualizações e dos esforços, a popularidade de Lula segue em baixa. A pesquisa Ipsos-Ipec divulgada em 13 de março mostrou que 41% dos brasileiros consideram a gestão ruim ou péssima, contra 27% que a classificam como ótima ou boa.

 

Na comparação com o último levantamento, divulgado em dezembro de 2024, a avaliação negativa subiu sete pontos percentuais (eram 34%), e a positiva caiu sete pontos percentuais (eram 34%). Os dados também indicaram que 55% dos cidadãos desaprovam a forma como Lula administra o país (recorde para o atual mandato), contra 44% que aprovam.

 

O cenário negativo de março segue a tendência dos meses anteriores. No fim de janeiro, pesquisa Genial/Quaest mostrou que a desaprovação ao trabalho do presidente subiu dois pontos porcentuais na comparação com dezembro de 2024, de 47% para 49%. No período, a aprovação oscilou cinco pontos para baixo, de 52% para 47%.

 

Em 14 de fevereiro, pesquisa Datafolha apontou que 41% dos eleitores reprovavam o presidente, o maior número já registrado pelo levantamento considerando os mandatos anteriores de Lula. O petista tinha, ainda, a pior aprovação dos três governos dele, com 24%.

 

Dias depois, levantamento da CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgou que a gestão é avaliada como ruim ou péssima por 44% dos brasileiros. Esse foi o maior número medido pela CNT dos três mandatos de Lula. Houve, ainda, alta de 13,2 pontos percentuais em relação ao dado anterior.

 

Segundo a pesquisa, 28,7% achavam o governo de Lula ótimo ou bom, e 26,3% tinham uma avaliação regular. Pela primeira vez na história do levantamento da confederação, a avaliação negativa do petista superou a positiva.

 

Discursos problemáticos

Soma-se ao contexto falas controversas proferidas por Lula. O presidente é conhecido por escolher improvisar em vez de ler os discursos, escritos pela própria equipe. Apesar dos deslizes, que ocorrem desde o início do mandato, Sidônio informou, ao assumir a Secom, que não repreenderia o presidente por eventuais falas problemáticas (leia mais abaixo).

 

O episódio mais recente teve a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, como alvo. Em 12 de março, o petista atribuiu a escolha de Gleisi para comandar a articulação política do governo ao fato de ela ser uma “mulher bonita”. Antes dela, a pasta era chefiada por Alexandre Padilha, agora ministro da Saúde.

 

“Acho muito importante trazer aqui o presidente da Câmara [Hugo Motta (Republicanos-PB)] e do Senado [Davi Alcolumbre (União-AP)], porque uma coisa que eu quero mudar, estabelecer a relação com vocês, por isso eu coloquei essa mulher bonita para ser ministra das Relações Institucionais, é que eu não quero mais ter distância de vocês”, declarou Lula.

 

No início de fevereiro, em meio à alta do preço dos alimentos, o presidente sugeriu que as pessoas deixassem de comprar os itens que estão caros para forçar os produtos a terem redução de preço. Para Lula, não adquirir alimentos caros faz parte da “sabedoria do ser humano”. O petista também afirmou que os brasileiros não podem ser “extorquidos”.

 

“Uma das coisas mais importantes para que a gente possa controlar o preço é o próprio povo. Se você vai no supermercado e você desconfia que tal produto está caro, você não compra. Ora, se todo mundo tiver essa consciência e não comprar aquilo que acha que está caro, quem está vendendo vai ter que baixar para vender, senão vai estragar”, declarou, à época.

Gestão de Sidônio

 

Quando foi confirmado como novo chefe da Secom, Sidônio afirmou que o presidente pediu a ele “uma comunicação perfeita”. O publicitário também destacou que o objetivo era aumentar a popularidade do governo e reforçou a necessidade de melhorar a comunicação digital e a presença do Executivo nas redes sociais.

 

Sidônio afirmou, ainda, que Lula aumentaria as entrevistas à imprensa e informou que “nunca puxaria a orelha” do presidente por eventuais deslizes nos discursos. O publicitário negou, ainda, que as falas do petista sejam melhores quando lidas, em detrimento de improvisos. “O presidente tem vários predicados e vários atributos. Tem vários atributos, inclusive a fala. Ele é quem é pelo jeito que ele fala”, defendeu.

 

“O que eu vou fazer é a melhor comunicação, de uma forma mais atualizada, mais adequada, é nisso que eu vou trabalhar. A comunicação tem que ser uníssona. Essa é a compreensão. Acho que a gente vai fazer primeiro uma anamnese [diagnóstico], para depois ver as medidas”, finalizou Sidônio.

 

 

Posted On Terça, 01 Abril 2025 04:54 Escrito por

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), decidiu antecipar sua ida a Salvador para ter mais tempo para conversar com empresários e políticos, em busca de apoio para a eleição de 2026

 

 

Por Marina Demor

 

 

A previsão é de que ele embarque nesta terça-feira (1º), dois dias antes do evento de lançamento da sua pré-candidatura à Presidência da República, marcado para sexta-feira (4). Caiado já tem encontros marcados com empresários. Ele será homenageado pela Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb) e quer começar a interlocução com nomes influentes no estado, se apresentando como candidato alternativo ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para a disputa presidencial.

 

Estender a estadia em Salvador faz parte de uma estratégia para ampliar sua visibilidade no Nordeste, considerado um reduto eleitoral do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), onde Bolsonaro só alcançou 27% dos votos no segundo turno da eleição de 2022. Como mostrou a CNN, Ronaldo Caiado não declinou em se lançar pré-candidato ao Planalto mesmo com pressões do União Brasil, que está em negociação com o PP para formar uma federação.

 

Ainda assim, ele será recebido pelo vice-presidente da sigla, o ex-prefeito de Salvador ACM Neto, e pelo atual prefeito, Bruno Reis (União). Caiado também estará acompanhado por uma comitiva formada por empresários de Goiás, prefeitos, deputados estaduais e federais. O atual prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União), por exemplo, já bloqueou a agenda de compromissos para a próxima sexta-feira e confirmou que vai a Salvador.

 

Na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), o goiano vai receber o título de cidadão baiano e a comenda 2 de julho. O lançamento da pré-candidatura estava previsto para ocorrer no estacionamento da assembleia, mas foi transferido para um Centro de Convenções para, segundo interlocutores, evitar problemas com a Justiça Eleitoral.

 

Posted On Segunda, 31 Março 2025 13:19 Escrito por

No último sábado, 29, o evento “Diálogos Petistas” reuniu mais de 400 pessoas em Araguatins, consolidando apoio à candidatura de Nile William à presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) no Tocantins

 

 

 

Da Assessoria

 

 

A mobilização contou com a presença de lideranças de mais de 15 assentamentos e representantes de todas as cidades da Região do Bico do Papagaio, entre eles Freitas do PT, Donizete Nogueira, Nonato Banana, João da Cruz e Edilson de Sítio Novo.

 

Nile William, professor e advogado, destacou a necessidade de renovação dentro do partido e criticou a falta de diálogo na atual gestão. “Hoje, ou você concorda com o diretório, ou se torna inimigo e é execrado. Precisamos de uma direção que una o partido, agregue forças e traga a felicidade de volta”, afirmou o candidato.

 

 

O empresário João da Cruz expressou seu apoio a Nile, ressaltando sua capacidade política. “A gente se conheceu há pouco tempo, mas vejo nele um homem de um perfil agradável e com um bom conhecimento na área política. Apoio ele pois o PT precisa passar por uma mudança no nosso estado e, dos que já conversaram comigo, nele encontrei mais capacidade”, declarou.

 

Juliana Helmer, dirigente nacional da Ação Nacional Unificada (A.N.U.) e membro do PT de Araguatins, também reforçou seu apoio. “Nile é jovem, comprometido e tem uma energia renovadora. Ele não representa apenas um nome novo na disputa—ele representa um novo tempo para o PT no Tocantins. Um tempo em que os filiados não serão mais esquecidos, em que as bases terão voz, em que o partido voltará a ser um instrumento real de transformação social”, afirmou.

 

 

O evento demonstrou a força da candidatura de Nile William e reforçou a demanda por mudanças no PT tocantinense.

 

 

Posted On Segunda, 31 Março 2025 06:14 Escrito por

Por Rebeca Borges, Emilly Behnke

 

 

O retorno do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), ao Brasil deve mobilizar a oposição, ao longo desta semana, para tentar avançar na tramitação do projeto de lei que anistia condenados pelos ataques de 8 de janeiro de 2023. Hugo passou a última semana em viagem oficial ao Japão ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), e de outras autoridades, como ministros e parlamentares.

 

A bancada do PL e líderes que apoiam a proposta devem se reunir com Hugo na terça-feira (1º) para tentar convencer o presidente da Casa a pautar o requerimento de urgência do projeto. Se for aprovado, a matéria poderá ser analisada diretamente pelo plenário da Câmara, sem passar por uma comissão especial. A expectativa do líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (RJ), é de debater o tema com Hugo e com os demais líderes partidários ao longo desta semana.

 

O deputado quer votar a proposta no plenário a partir do dia 8 de abril. O tema ganhou força após o Supremo Tribunal Federal (STF) tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados réus no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após a derrota do político nas eleições de 2022.

 

Obstrução O PL tem ameaçado obstruir a pauta de votações da Câmara caso o projeto da anistia não seja pautado. A obstrução é um instrumento utilizado pelos parlamentares para atrasar ou evitar a votação de determinados projetos. O movimento pode ser realizado por meio de mecanismos como pronunciamentos longos, pedidos de adiamento de discussão e até a saída do plenário para evitar o quórum mínimo para votações. Na última quinta-feira (27), durante a ausência de Hugo Motta, o PL tentou obstruir a votação de acordos internacionais, sem sucesso.

 

Dos quatro itens da pauta, dois foram aprovados. Os demais foram retirados. A movimentação foi criticada pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ). “Nós não vamos aceitar que tentem paralisar o Brasil e pautas importantes para o povo brasileiro para salvar Bolsonaro da cadeia! É #SemAnistia!”, publicou o parlamentar no X (antigo TwitteR) na última quinta-feira (27). Tramitação Considerada pauta prioritária para a oposição, a anistia aos condenados pelo 8 de janeiro está travada na Câmara desde o ano passado.

 

No fim de outubro de 2024, o então presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), deu novo despacho e retirou o projeto da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), onde estava prestes a ser votado. Desde então, está pendente a criação de comissão especial para analisar a proposta.

 

Para tal, é necessário o aval de Hugo Motta para os chefes de bancada indicarem os integrantes do colegiado. O projeto foi debatido na última reunião do colégio de líderes, mas não houve consenso para o seu avanço. O tema opõe governistas e integrantes da oposição, que têm pressionado Motta.

 

 

Posted On Segunda, 31 Março 2025 06:11 Escrito por
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