Lira mandou recado para Bolsonaro dizendo que as falas que colocam em risco o pleito do próximo ano não tem apoio da cúpula do Congresso

 

Da CNN, em São Paulo

A escalada da tensão entre poderes da República e Forças Armadas fez com que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), começasse a enviar recados para agentes políticos para pedir calma. As informações são da âncora da CNN Daniela Lima.

 

Apesar de não ter se posicionado publicamente em relação às ameaças do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de não realizar as eleições em 2022, Lira mandou recado para o presidente dizendo que as falas que colocam em risco o pleito do próximo ano não têm apoio da cúpula do Congresso.

 

Outros atores que foram contatados por Lira foram ministros do Supremo Tribunal Federal. O presidente da Câmara pede que a suprema corte se resguarde em relação à discussão da volta do voto impresso e que o Legislativo tem maneiras de resolver isso com a política.

 

Lira disse textualmente para aliados que o momento é critico e que o ideal agora é preciso colocar “água na fervura”, por conta disso vem enviando recado para atores no centro da crise institucional.

 

Posted On Sábado, 10 Julho 2021 05:46 Escrito por

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse nesta sexta-feira (9) que quem for contra os pressupostos democráticos do Brasil será definido como "inimigo da nação".

 

Por Guilherme Mendes

 

A fala é um recado a Jair Bolsonaro, que tem contestado o sistema eleitoral brasileiro e nesta sexta-feira proferiu ataques diretos ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.

 

"Todo aquele que pretender algum retrocesso ao Estado Democrático de Direito, esteja certo, será apontado pelo povo brasileiro e pela história como inimigo da nação e privado de patriotismo", disse o senador, sem citar o nome do presidente.

 

Pacheco ainda afirmou que a decisão sobre como será o modelo eleitoral brasileiro cabe exclusivamente ao Congresso Nacional e não aos outros poderes. Ele marmarcou sua posição: "Tudo quanto houver de especulações em relação a algum retrocesso à democracia, como a frustração das eleições próximas, vindouras em 2022 é algo que o Congresso Nacional, além de não concordar, repudia evidentemente", disse o senador, que prestou solidariedade ao ministro Barroso.

 

 

"Atentado à independência"

 

Ainda em seu discurso, Pacheco disse que Casa não admitirá "qualquer atentado à sua independência, sobretudo às prerrogativas dos parlamentares de palavras, opiniões e votos". A fala ocorre dois dias depois de o Ministério da Defesa e a cúpula militar atacarem a fala do senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI da Covid, que associou parte dos militares aos esquemas de corrupção na compra de vacinas.

 

"Nós não podemos admitir qualquer tipo de fala, de ato, de menção, que seja atentatória à democracia ou que estabeleça um retrocesso naquilo que a geração antes da minha conquistou, que é a democracia no Brasil", disse Pacheco.

Rodrigo Pacheco definiu as discussões públicas entre o senador e a cúpula militar como "esclarecidos, resolvidos e encerrados".

 

Recesso e CPI

 

O presidente negou que pretenda interromper os trabalhos da CPI da Pandemia ao decretar o recesso parlamentar. Ele garantiu que deve convocar recesso apenas se a Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2022 for aprovada. Caso isso não ocorra, o parlamento entra em um "recesso branco", onde a decisão de manter ou não os trabalhos da CPI caberá ao presidente da comissão, Omar Aziz.

 

"De minha parte, não há nenhuma intenção de prejudicar o trabalho da CPI, tanto que o requerimento de prorrogação da CPI, tendo os critérios de fato determinado e número de assinaturas, será lido em plenário a tempo inclusive de dar solução de continuidade da CPI", afirmou o parlamentar.

 

 

Posted On Sábado, 10 Julho 2021 05:43 Escrito por

Caiu percentual de eleitores que consideram o governo regular, de 30% para 24%, mesma proporção do grupo que apoia o presidente

 

Por Pedro Caramuru

 

A proporção de brasileiros que reprovam o presidente Jair Bolsonaro ultrapassou fatia de metade da população e atingiu o maior nível desde o início do mandato em 2019, segundo pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira, 8, pelo jornal Folha de S. Paulo. De acordo com o levantamento, 51% avaliam o governo como ruim ou péssimo, 6 pontos porcentuais a mais que o último levantamento, em maio.

 

Já os que avaliam a gestão como regular somam 24% da população, 6 pp a menos que há dois meses. Os que avaliam como bom ou ótimo são 24%, número estável desde o levantamento passado. Não responderam somam 1%. A pesquisa tem margem de erro de 2 pontos porcentuais. Foram ouvidas 2.074 pessoas com mais de 16 anos entre os dias 7 e 8 de julho em 146 municípios.

 

A piora da avaliação do governo coincide com os avanços da CPI da Covid e novas denúncias de supostos esquemas de corrupção. A deterioração da imagem presidencial aconteceu principalmente entre a parcela da população que ganha até dois salários mínimos. A avaliação negativa neste grupo cresceu 9 pontos porcentuais em dois meses, de 45% para 54%.

 

Entre os grupos que reprovam o governo, têm destaque os que preferem o PT, 79% desta fatia, os estudantes, 61%, moradores da região Nordeste, 60% e quem ganha mais de dez salários mínimos, 58%. Dos que aprovam, o governo é bem avaliado por 49% dos empresários, 36% dos que preferem partidos além de PT, MDB e PSDB, 34% dos moradores do Centro-Oeste e 32% de quem tem mais de 60 anos.

 

 

Posted On Sexta, 09 Julho 2021 05:39 Escrito por

Em entrevista à Folha, o ex-presidente Michel Temer disse que impeachment de Bolsonaro é possível apenas com o “povo nas ruas”

 

Com Isto é

 

Michel Temer (MDB) afirmou à Folha que “povo na rua” é a única maneira de levar ao impeachment de Jair Bolsonaro (sem partido). Segundo o ex-presidente, “o Congresso não derruba ninguém sozinho.”

 

“Quem derruba presidente não é o Congresso, é o povo nas ruas. Povo nas ruas sensibiliza o Congresso, que acaba acolhendo a manifestação da rua. Veja, eu tive aquelas tais denúncias, não aprovaram porque não tinha povo na rua. Não tinha um cidadão na frente do Congresso [apesar de haver protestos contra Temer na época que assumiu a presidência, foram de menor intensidade],” explicou

 

Em entrevista publicada na quarta, 7, Temer também disse não achar “útil” o início do processo de impeachment agora: “Se formos cronometrar, vai levar oito, nove meses, chegando nas eleições. Vale a pena? Convenhamos, o pessoal que apoia o presidente é tão ou mais ativo do que do PT.”

 

Nos últimos meses, diversas cidades do Brasil organizaram grandes protestos para pedir o impeachment de Bolsonaro. Em meio às denúncias de corrupção e irregularidades envolvendo compras de vacinas, as manifestações ganharam alcance internacional:

 

Como uma alternativa de superar o atual sistema “roto e esfarrapado” brasileiro, o ex-presidente defende o semipresidencialismo. A forma de governo consiste no Chefe de Estado partilhando o poder executivo com um primeiro-ministro e um gabinete.

 

“Você dá atribuições ao presidente, mas só tem governo, com primeiro-ministro indicado por ele, se tiver maioria parlamentar. Mas tem de ser semi, não parlamentarismo puro, porque o brasileiro quer eleger o presidente, quer o ver com poder (...),” explicou.

 

Sobre as próximas eleições para presidente, Temer acredita que o novo chefe de Estado precisa ser experiente, mas nega participar da corrida presidencial: “Já fiz de tudo,” disse à Folha.

 

Posted On Quinta, 08 Julho 2021 16:44 Escrito por

Uma nova pesquisa de intenção de voto revela que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vence o presidente Jair Bolsonaro em todos os cenários para as eleições presidenciais de 2022, com a preferência de 43% a 45% dos entrevistados contra 28% a 29% de Bolsonaro, conforme a Pesquisa Genial/Quaest, lançada nesta quarta-feira (7/7). Ciro Gomes, com 10% e 11% das intenções de voto nos mesmos cenários, fica em terceiro lugar das intenções de voto estimuladas.

 

POR ROSANA HESSEL

Os dados fazem parte do levantamento, resultado de parceria do banco Genial Investimentos com a Quaest Consultoria e Pesquisa, utilizando uma nova metodologia desenvolvida com base em ferramentas de correção dos substratos pesquisados, que terá periodicidade mensal até as eleições de 2022. Foram entrevistadas presencialmente 1,5 mil pessoas maiores de 16 anos nas 27 capitais brasileiras, totalizando 95 cidades pelo país. O estudo considerou cenários com vários candidatos cogitados como terceira via e mostram o petista liderando as intenções no momento e revela que eles ainda são pouco conhecidos pelo eleitorado.

 

Em uma pesquisa espontânea, Lula também lidera, com 21% da preferência, enquanto Bolsonaro tem 18%. Já o volume de indecisos é bem maior, de 57%. Em um segundo turno entre Lula e Bolsonaro, o petista venceria com 53% contra 33% da preferência dos votos, de acordo com o levantamento.

 

A estudo revela ainda que rejeição dos entrevistados a Bolsonaro é maior do que ao governo do chefe do Executivo. A desaprovação do governo foi de 57%, mas a reprovação do comportamento do presidente é de 67%. “O maior problema é o próprio Bolsonaro e, conforme a pesquisa, a economia é que pode garantir que ele consiga se reeleger”, destacou o cientista político Felipe Nunes, coordenador da pesquisa e CEO da Quaest.

 

Fator econômico

 

Na avaliação do especialista, Bolsonaro dificilmente conseguirá ser eleito, se a economia não ajudar e não melhorar a sensação de bem estar do eleitor, porque as principais preocupações serão com emprego e a alta dos preços, que corrói a renda do brasileiro. De acordo com a pesquisa, 38% dos entrevistados estão otimistas de que haverá melhora na economia e 56% esperam que o país consiga gerar mais emprego. Contudo, 31% acredita que haverá controle da inflação.

 

“Quando cruzamos os dados das pessoas que conhecem pessoas que morreram por conta da covid-19 com os eleitores de Bolsonaro não há diferença. A pandemia não tem efeito direto sobre a popularidade de Bolsonaro. O problema dele é a economia. Se a inflação e o desemprego continuarem altos, ele não conseguirá se reeleger”, afirmou.

 

De acordo com levantamento, 44% dos entrevistados avaliam o governo do presidente Jair Bolsonaro negativo, 26% positivo e 28% regular. A pior avaliação é do Nordeste, com 49% dos entrevistados considerando negativo o governo e a menor parcela de positivo, de 20%. Centro-Oeste é a região com a segunda maior avaliação negativa de Bolsonaro, de 48%. Já o Sul é a região com maior aprovação do presidente, de 32%, e a menor avaliação negativa, de 34%.

 

Posted On Quarta, 07 Julho 2021 15:01 Escrito por
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