Estado não pode esperar agravamento dos reflexos do movimento que atingirão o dia a dia dos cidadãos. Vidas podem ser perdidas
Por Edson Rodrigues
Como já dissemos anteriormente, reconhecemos plenamente a legalidade da greve geral. É um direito de todo trabalhador, garantido na Constituição. Mas, não podemos deixar de falar que os médicos que prestam serviços ao Estado e os agentes do Fisco, são as categorias mais bem remuneradas. Além do salário fixo, essas duas categorias recebem por produtividade.
Estamos deixando isso claro para preencher a lacuna deixada pela comunicação do governo do Estado, que deveria expor essa situação para que a população tenha ciência da falta de senso humanitário dessas duas categorias ao aderirem à greve. Instrumentos para isso a Secom tem. Basta usar o Portal da transparência ou estimular matérias jornalísticas, mostrando um comparativo dos salários das categorias em greve entre si e em relação aos salários pagos em estados como Goiás, Bahia, Mato Grosso, Piauí e Maranhão, que estão pagando as folhas salariais com atraso ou parceladamente.
Seria interessante, também, que a Secom divulgasse o montante dos atrasados pagos pelo atual governo, que saldou dívidas de governos anteriores, principalmente para a classe médica.
O problema da Saúde do Tocantins, fica claro, não é um problema de governo, apesar de crônico. Como já citamos aqui, existe um vírus – que não podemos dizer o nome para não sermos processados – instalado entre as paredes do HGP e do Dona Regina, que ataca os secretários da Saúde de forma letal, sem chance de cura.
O atual secretário, ao que parece, já está infectado e começa a apresentar os sintomas da doença causada pelo vírus, cujos efeitos terminam em exoneração, como já aconteceu com vários outros titulares da Pasta, como o saudoso Gismar Gomes, Eduardo medrado, Raimundo Boi, Vanda Paiva, Samuel Bonilha e outros.
TERCEIRIZAÇÃO É A SAÍDA
Já passou da hora de o governo do Estado levar o histórico desse vírus ao conhecimento do Ministro da Saúde, do Presidente da República e ao Procurador-Geral da República, solicitando autorização para uma concorrência pública para a terceirização da Saúde no Tocantins, seguindo o modelo adotado no estado de Goiás.
Para garantir a lisura do processo, o governo deve solicitar, também um acompanhamento por parte do Ministério da Saúde e do Ministério Público Federal de toda a tramitação e implantação da terceirização, assim como a presença das Forças Armadas no Estado, para garantir o acesso do povo tocantinense à Saúde pública nos casos de urgência ou emergência.
Em nosso ponto de vista, essa é a saída mais indolor para o governo do Estado, mas ainda é necessário que o próprio governo se mobilize, aja como deve agir em casos assim, com a máxima urgência, pois a letargia pode resultar na perda de muitas e preciosas vidas.
GOVERNO NÃO PODE FICAR REFÉM
O governador Marcelo Miranda tem que tomar medidas drásticas e austeras de maneira pragmática, pois não pode esperar que “o leite azede” para depois tentar salvar sua imagem. O governador tem que agir com o rigor que o cargo lhe permite e buscar alternativas para esse momento complicado por que passa o Tocantins. O grande erro será deixar transparecer a impressão de que é refém dos sindicatos dos servidores.
O governo deve deixar bem claro quem está no comando da situação e mostrar, por A + B que, com a greve, não haverá pagamento de salário, pois, sem arrecadação, não haverá dinheiro em caixa para nenhuma ação, muito menos para pagar folha de grevistas em setembro, referente ao mês de agosto.
O Tocantins corre o sério risco de passar por momentos de escuridão, seca e mesas vazias. A Saneatins e a Energisa são empresas privadas. Sem o pagamento das tarifas de água e luz, os cortes serão inevitáveis. Os donos de supermercados e quitandas não têm como vender para receber sabe lá quando. Lojas e outros comércios também ficarão às moscas.
Quantos agüentarão de portas abertas? E até quando?
A greve não paralisa apenas o governo. Paralisa todo o Estado, toda a economia e quem mais vai sofrer é quem não tem nada com isso. É o povo, as crianças, os idosos e os enfermos.
É HORA DE ATITUDE
O governo Marcelo Miranda passa por um momento turbulento de sua gestão, talvez o mais terrível deles, pois está sozinho, sem deputados estaduais, sem congressistas, à exceção de sua esposa, deputada federal Dulce Miranda e a presidente do PMDB Mulher, também deputada federal, Josi Nunes.
Com maioria dos seus secretários inoperante, principalmente os “importados”, o governador Marcelo Miranda tem que tomar uma atitude com uma força compatível ao cargo que ocupa, talvez até usando uma cadeia de rádio, TV e jornais impressos, para expor à população – e aos secretários, pra ver se “acordam” – a real situação do Estado, mostrando o quão urgente se faz necessário agir de forma dura e implacável, sob pena de perder de vez o controle da situação, dar sinais de ingovernabilidade.
O silêncio do governo, até agora, está sendo interpretado por muitos como uma confissão de culpa, de omissão. Faz-se, portanto, mais que necessário que a versão do governo sobre os últimos acontecimentos seja explicitada, levada ao conhecimento da população, para que fique claro quem é mocinho e quem é vilão nessa história.
O SECRETÁRIO “GASPARZINHO”
De que vale um secretário estadual que é desconhecido até mesmo pelos servidores de sua Pasta? O Tocantins vive um momento assim, com o atual secretário de Indústria e Comércio impressionando pelo “jeito oculto de ser”.
Importado do estado de Goiás, o titular da Pasta da Indústria e Comércio do Tocantins é desconhecido pelos que deveriam ser seus principais interlocutores, os superintendentes dos agentes financiadores sediados no Estado, como Banco da Amazônia, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, além de SEBRAE, Fieto e outras entidades. Seu apelido carinhoso no meio é “Gasparzinho”, numa alusão ao “fantasminha legal”
O secretário é uma incógnita até para a maioria de seus pares, demais secretários, inclusive para os servidores da sua própria secretaria. Pouca gente o conhece, logo, pouca gente o vê trabalhar.
O governador Marcelo Miranda deveria aproveitar o momento de exposição das entranhas do seu governo e fazer uma assepsia, um limpa, nos membros inoperantes da equipe e colocar companheiros dispostos a trabalhar com afinco, a dar o sangue para que o Tocantins vença mais esta batalha.
Gente para isso não falta. Basta o governador olhar para suas fotos de campanha e ver quem gastou sola de sapato, credibilidade e tempo para elegê-lo, mas que, até agora, não tiveram oportunidades na atual gestão.
Fica a dica!
Considerado um dos piores Legislativos da história de Palmas, a atual legislatura patina em índices pífios de produtividade enquanto é uma das Câmaras mais caras entre todas as capitais brasileiras.
Por Edson Rodrigues
Há mais de 90 dias sem votar nada, uma ação, um projeto sequer, os senhores vereadores de Palmas já mostraram que não querem nada com nada, que são realmente improdutivos e desinteressados. Atualmente são 12 vereadores na Capital do Tocantins, cada um com um salário de mais de 12 mil reais , sem contar com os mais de 400 assessores a que têm direito.
Com esses fatos, levantamos a questão ao Ministério Público e ao Tribunal de Contas do Estado para que seja feita uma auditoria nas verbas indenizatórias, pois são vários os indícios de aluguéis fraudulentos de camionetes Ranger e Hilux feitos entre os nobres vereadores e seus próprios chefes de gabinete, assessores, irmãos e até esposas. A atuação do Ministério Público e do Tribunal de Contas nesse caso pode contribuir para que realmente se efetive a renovação de 90% apontada pelas pesquisas.
Nós, de O Paralelo 13 nos comprometemos de forma pública a divulgar o resultado dessa auditoria, mesmo que não se encontre nada de irregular nas contas dos senhores vereadores, o que seria um fato inesperadamente positivo para a atual legislatura. Fato que achamos pouco provável, pois, estranhamente, o próprio presidente da Casa, vereador Rogério Freitas se nega a disponibilizar a prestação de contas das verbas indenizatórias dos seus pares. Qual seria o motivo disso?
MUITO SALÁRIO PARA POUCO TRABALHO
Ressaltamos que os salários dos senhores vereadores da Capital giram em torno de 12 mil reais, além de um averba indenizatória de 18 mil reais para cada um, sem contar o pagamento dos assessores a que têm direito.
Com isso, os gastos fixos da Câmara de Palmas ficam em torno dos dois milhões, 750 mil reais mensais, pagos pelos impostos recolhidos dos contribuintes. Impostos esses, aprovados pela própria Câmara Municipal, relembrando que a Casa de Leis da nossa Capital está entre as mais caras dentre as capitais nacionais.
Interessante, não?
Mais interessante ainda é o fato de os nossos vereadores estarem há mais de 120 dias sem produzir uma linha sequer, uma votação que o valha, mesmo recebendo religiosamente em dia os seus salários e verbas indenizatórias.
Cabe, agora, ao eleitor palmense avaliar se os candidatos que foram eleitos realmente os representaram de forma honrada e honesta na atual legislatura, ou se o jeito será mudar as caras e mentes da Casa de Leis da Capital.
Que o Senhor do Bonfim ilumine as mentes dos eleitores palmenses e os ajude a encontrar as escolhas mais acertadas para compor a Câmara Municipal da nossa Capital, e que seja misericordioso com os que se elegeram para enganar o povo.
É hora de desterrar os enganadores e profanadores da boa vontade do povo e colocar para fiscalizar o Executivo Municipal homens e mulheres realmente imbuídos do nobre dever de olhar pela comunidade, de prezar pelo social.
Amém!
OPERAÇÃO LAVA JATO É O GRANDE DESTAQUE, COM ACUSAÇÕES DA ODEBRECHT CONTRA TEMER, FRAUDE FISCAL DE AMIGO DE LULA E ROSEMARY MARTINS VOLTANDO À CENA E IMPLICANDO O EX-PRESIDENTE
VEJA
Odebrecht cita Temer em negociação de delação premiada
VEJA teve acesso a um anexo da delação premiada mais esperada do escândalo do petrolão. A Odebrecht mobilizou mais de uma centena de advogados para assessorar a delação de seu presidente, Marcelo Odebrecht, e de cerca de cinquenta executivos da empresa. No trecho a que VEJA teve acesso consta a informação de que em maio de 2014 houve um jantar no Palácio do Jaburu, residência oficial do vice-presidente da República. Nele, estavam o próprio vice Michel Temer e o então deputado Eliseu Padilha, atual ministro-chefe da Casa Civil. Do lado da empreiteira, Marcelo Odebrecht. Segundo os termos do anexo, Temer pediu “apoio financeiro” ao empresário. Marcelo Odebrecht, um campeão em contratos com o governo federal e um financiador generoso de políticos e campanhas eleitorais, prometeu colaborar. Afinal, estava diante do vice-presidente da República e comandante em chefe do PMDB, o maior partido do país, que controlou desde a redemocratização cargos estratégicos da máquina pública, como diretorias da Petrobras e de estatais do setor elétrico.
A Lava-Jato já sabe que empreiteiras repassaram propinas a partidos na forma de doações eleitorais. Ou seja: que usaram a Justiça Eleitoral para lavar dinheiro sujo. No caso da negociação no Jaburu, o anexo da empreiteira promete provar, caso a delação seja homologada, que se deu uma operação distinta: o pagamento do “apoio financeiro” aconteceu em dinheiro vivo, entre agosto e setembro de 2014. A Odebrecht repassou 10 milhões de reais ao PMDB. Do total, 4 milhões tiveram como destinatário final o próprio Eliseu Padilha. Já os 6 milhões de reais restantes foram endereçados a Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Skaf tem boa relação com Marcelo Odebrecht e é apontado como o mentor do jantar entre o empreiteiro e os peemedebistas, do qual não participou. Em 2014, ele disputou o governo de São Paulo pelo PMDB graças ao apoio de Temer. O repasse dos 10 milhões de reais em dinheiro vivo está, segundo o anexo, registrado na contabilidade do setor de operações estruturadas da Odebrecht, também conhecido como “departamento da propina”.
ÉPOCA
As fraudes fiscais bilionárias de dono da Caoa, amigo do PT
O ano de 2011 foi memorável para o empresário Carlos Alberto de Oliveira Andrade, dono da Caoa, fabricante e revendedora de carros da marca Hyundai no Brasil. Seu conglomerado vendeu mais de 200 mil veículos, de fabricação local e importada – um número inédito para a companhia. Mais de 20 carros por hora saíam de concessionárias da marca coreana e abasteciam o bolso de seu único dono, que acumulou faturamento superior a R$ 10 bilhões naquele ano. A exuberância, no entanto, não se repetiria. Não só as vendas encolheram – foram apenas 70 mil carros vendidos em 2015 –, como a empresa e seu proprietário estacionaram no trevo de confluência das três maiores operações da Polícia Federal em curso no país, Lava Jato, Acrônimo e Zelotes.
Carlos Alberto é médico. Ele sempre sentiu pulsar mais forte a veia de comerciante do que a de salvador de vidas. No hospital onde deu expediente em Campina Grande, na Paraíba, nos anos 1970, criou em menos de um ano uma rede de realização de suturas que lhe rendeu dinheiro suficiente para investir em sua verdadeira paixão, os carros. Quando se mudou para São Paulo, na década de 1980, seu objetivo era criar uma rede de revendas que faturasse quase tanto quanto a montadora americana Ford. Aos amigos, Carlos Alberto, que hoje vive recluso em sua mansão no Jardim Europa, em São Paulo, com sua segunda mulher, Izabela, e dois filhos ainda crianças, Carlinhos e João, costuma dizer que “apertando aqui e ali, sempre é possível ganhar um pouco mais”.
No mesmo ano da prosperidade, 2011, a Delegacia da Receita Federal de Anápolis, Goiás, onde fica a fábrica da Hyundai, começou a investigar a Caoa. No último dia 27 de julho, após cinco anos, a Justiça Federal determinou o bloqueio de todas as contas bancárias e dos bens de Carlos Alberto, como também os de sua mulher, Izabela, de sua filha, Emanuelle, e de 12 empresas das quais o trio consta como sócio. O sigilo bancário também foi quebrado. A decisão, obtida com exclusividade por ÉPOCA, foi tomada para garantir o pagamento de R$ 5,2 bilhões em dívidas tributárias em nome do conglomerado Caoa, resultado de nove autuações feitas pela Receita entre 2011 e 2014, que se referem à sonegação de impostos sobre automóveis importados vendidos no Brasil. Os investigadores afirmam que, por mais que seu grupo tenha gozado dos mais diversos benefícios tributários concedidos durante os governos petistas – e de alguns outros, escusos –, Carlos Alberto apelou à sonegação de impostos na ânsia de “ganhar um pouco mais” e, mais recentemente, a um engenhoso sistema para escapar ao cumprimento da lei.
O trabalho dos procuradores da Fazenda foi facilitado pelo vazamento do Panama Papers, um conjunto de 11 milhões de documentos do escritório Mossack Fonseca, especializado em criar empresas offshore. Uma troca de e-mails mostra que o grupo Caoa pediu a abertura de pelo menos cinco offshores, mas declarou apenas uma à Receita, a Caoa Internacional. As offshores Palatina Services, a Tampa Services e a Centuria Financial Services não foram declaradas e seus beneficiários são desconhecidos. Outra offshore, a Perlas del Pacifico, foi gerida por Roberto Trombeta e Rodrigo Morales, contadores ligados ao doleiro Alberto Youssef, conselheiros do grupo Caoa e presos pela Operação Lava Jato, por operar para as empreiteiras UTC e OAS. Sob um acordo de colaboração premiada, Trombeta e Morales disseram que, nos últimos 20 anos, foram consultores tributários do grupo Caoa e constituíram empresas no exterior em nome de Carlos Alberto. Nenhuma delas, confessaram, foi declarada à Receita.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional afirma que a ação contra a Caoa, chamada de Operação Recall, não é isolada e faz parte de uma estratégia do órgão de mirar grandes devedores como forma de encorpar a arrecadação. “Acreditamos que podemos contribuir para o que chamamos de ‘justo ajuste fiscal’. Ou seja, intensificar a cobrança dos sonegadores para aliviar a carga de quem paga tributos em dia”, informou a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, por meio de sua assessoria de imprensa. Em nota, a Caoa afirma que “não vai se manifestar por força de segredo de Justiça”.
ISTOÉ
O presente de Rosemary
Em março deste ano, o Ministério Público de São Paulo pediu a prisão preventiva do ex-presidente Lula pelos crimes de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica no caso do tríplex do Guarujá. Agora, se descobre que o esquema do imóvel ocultado pela família Lula da Silva tem mais capilaridade do que se imagina e não se limitou a beneficiar o petista. Privilegiou também outros personagens ligados a Lula, à cúpula do PT e à Central Única dos Trabalhadores. É o que demonstra o Ministério Público de São Paulo em nova fase da investigação, batizada de Operação Alcateia. Mais de sete volumes de documentos colhidos pelos promotores até agora dão segurança para eles afirmarem que a amiga de Lula, Rosemary Noronha, recebeu um apartamento da falida Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) sem tirar um centavo do bolso. Rose, como era conhecida no governo quando, a pedido de Lula, ocupou a chefia de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo, teria sido favorecida com um duplex de cerca de 150 metros quadrados no Condomínio Residencial Ilhas D’ Itália, numa área nobre do bairro paulistano da Mooca. “Rosemary Noronha não conseguiu provar que pagou o imóvel”, afirmou à ISTOÉ o promotor Cássio Conserino. “Ela, assim como outros personagens ligados a Lula, não apresentou um mísero comprovante bancário de pagamento de uma parcela”, complementa. Os outros personagens íntimos de Lula a que Conserino se refere são o presidente da CUT, Vagner Freitas, e a própria Central Única dos Trabalhadores. O lado mais sórdido disso tudo é a consequência desta e de outras fraudes da Bancoop. Com a falência da cooperativa, mais de sete mil famílias perderam as economias de uma vida e o sonho da casa própria ao investirem na entidade ligada ao sindicato dos bancários. Enquanto cooperados de boa-fé foram lesados em suas poupanças, Lula e amigos, de acordo com a investigação, acabaram contemplados com imóveis sem precisar mexer no bolso.
A nova fase da investigação, filhote daquela que chegou ao tríplex de Lula, está prestes a ser concluída. O nome Alcateia foi escolhido pela semelhança entre a cadeia hierárquica existente entre os investigados e a adotada pelos lobos. Em ambos os casos, acreditam os promotores, há um líder central que designa o papel e garante a sobrevivência dos outros integrantes do bando. Neste caso, o chefe seria o ex-presidente Lula, como mostram documentos e depoimentos. Em um deles, uma testemunha narra ter presenciado João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT preso na Lava Jato e então presidente da Bancoop, afirmar, aos risos, que em breve a cooperativa iria quebrar. Mas a bancarrota, segundo Vaccari, pouparia o tríplex do chefe no Guarujá e apartamentos de pessoas íntimas dele. Os promotores já sabem que Vaccari não blefou. O que o ex-tesoureiro do PT implicado na Lava Jato não revelou, naquela ocasião, é que muitos desses imóveis sequer seriam pagos pelos futuros proprietários. O MP chegou a essa conclusão ao enviar para Rosemary Noronha e outras doze pessoas próximas ao “chefe” uma lista de questionamentos. Perguntaram quais imóveis eles teriam adquirido da Bancoop e pediram que comprovassem o pagamento das parcelas.
A protegida
De acordo com o MP, Rose possui dois apartamentos da Bancoop. Ambos localizados no bairro paulistano da Mooca. Em relação ao mais valioso deles, um duplex de 150 metros quadrados no Condomínio Residencial Ilhas D’ Itália, a amiga de Lula não apresentou um documento sequer que atestasse o pagamento. “Rosemary não apresentou um comprovante e ainda omitiu que era dona deste imóvel em sua resposta”, afirmou o promotor Cássio Conserino.
Algumas das respostas chamaram a atenção do Ministério Público. Em documento enviado em junho, Rose passou com louvor na prestação de contas de um outro imóvel construído pela Bancoop também na Mooca. Juntou uma série de comprovantes que mostram o pagamento do apartamento no Condomínio Torres da Mooca. Não falou, no entanto, uma palavra sobre um imóvel mais valioso localizado na mesma rua: o duplex de 150 metros quadrados, que está em nome de sua filha Mirelle. Às autoridades, a própria Mirelle confirmou que quem comprou o duplex da Bancoop, avaliado em R$ 1,5 milhão, foi sua mãe. Em janeiro de 2014, o apartamento teria sido repassado para a filha. “A partir deste momento, passei a arcar com os pagamentos do imóvel”, disse Mirelle em documento enviado para as autoridades paulistas.
Amigos de Lula
Ocorre que Mirelle também não conseguiu comprovar o pagamento de uma parcela sequer. Apresentou uma planilha da empreiteira OAS, que assumiu o empreendimento da Bancoop, e uma declaração de quitação em que não aparecem nem o valor total pago nem a forma como se deu o pagamento. “Além dos documentos apresentados não terem validade, é estranho que ela não tenha feito nenhuma referência ao pagamento da taxa de migração para a OAS que todos os cooperados tinham de arcar. Há cada vez mais indícios de que os suspeitos receberam um tratamento diferenciado”, complementa Cássio Conserino. Para os promotores, está claro que o apartamento não foi pago. Foi doado pela Bancoop em uma das muitas fraudes que levaram a cooperativa à falência. “Quaisquer vantagens obtidas ocorreram em detrimento das famílias lesadas”, lamentou o promotor.
No meio político, Rosemary Noronha ganhou notoriedade pela proximidade com o ex-presidente. A relação dos dois remonta a 1988, quando ela trabalhava como caixa da agência bancária onde o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC detinha conta corrente em São Bernardo do Campo. A amizade levou Rose a administrar as contas pessoais de Lula, que depois a convidou para ser secretária da sede do PT em São Paulo. Lá, ela trabalhou por 12 anos. Quando ascendeu à Presidência, Lula nomeou Rosemary como assessora do gabinete em São Paulo. Depois, como chefe de gabinete do escritório da presidência da República, também na capital paulista. Em diversas viagens de Lula ao exterior, ela esteve presente na comitiva. Nos bastidores, o poder alcançado por Rose incomodava a ex-primeira-dama Marisa Letícia. Em dezembro de 2012, Rosemary deixou o governo após ser um dos alvos da Operação Porto Seguro. A protegida de Lula foi acusada de envolvimento com uma organização criminosa que fazia tráfico de influência em órgãos públicos.
As informações colhidas até agora pelo Ministério Público complicam outro aliado do ex-presidente. O presidente da Central Única dos Trabalhadores, Vagner Freitas, não conseguiu demonstrar ter pago à Bancoop por um apartamento registrado em seu nome no condomínio Altos do Butantã. Apresentou apenas uma explicação fajuta de que teria comprado a unidade na capital paulista a partir da soma de valores de cotas que teria adquirido de dois apartamentos. “É estranho que ele tenha investido em duas unidades e não tenha mostrado comprovantes de nenhuma”, diz Conserino. Segundo o Ministério Público, a matrícula registrada em cartório não comprova que Vagner Freitas quitou o imóvel. “A questão é se ele pagou. Isso ele não conseguiu mostrar”, afirma o promotor.
As provas reunidas até agora pelo Ministério Público demonstram também que a Central Única dos Trabalhadores, fundada por Lula e braço sindical do PT, também teria sido aquinhoada com imóveis da Bancoop de maneira irregular. Questionado pelos promotores, Vagner Freitas se limitou a dizer que as unidades, sem mencionar quais, foram negociadas diretamente com a Bancoop e que não ocorreram repasses para a OAS. Não demonstrou um comprovante bancário, transferência ou boleto atestando que a CUT realmente pagou alguma parcela das duas unidades que possui em um empreendimento construído pela Bancoop no bairro paulistano do Tatuapé. Com três quartos, cada apartamento está avaliando em cerca de R$ 400 mil. “Há uma simbiose grande entre a CUT e Bancoop, cooperativa do sindicato dos bancários. Inclusive, há, atualmente, integrantes da CUT que participam do alto escalão da cooperativa”, complementa o promotor Cássio Conserino.
Houve, entre os investigados pela Operação Alcateia, quem conseguisse comprovar que desembolsou pelos imóveis. Carlos Gabas, ex-ministro de Dilma Rousseff, forneceu comprovantes suficientes para lotar uma pasta. Freud Godoy, ex-segurança de Lula, e a esposa dele também enviaram uma série de registros de pagamentos dos apartamentos que compraram da Bancoop. No entanto, nessa nova fase da investigação, os promotores ainda vão periciar os documentos. Em pelo menos um caso, mantido em sigilo, constam recibos pela metade ou boletos sem autenticação bancária. O Ministério Público ainda pretende cruzar as informações de pagamento dos investigados com os dados fiscais da Bancoop, obtidos em outra denúncia sobre fraudes na cooperativa.
“Donos” de partidos impõem alianças e coligações que deixam clara a prioridade própria, em detrimento do bem estar da população
Por Edson Rodrigues
O prefeito de Palmas, Carlos Amastha, tem provocado gratuita e constantemente ao governador Marcelo Miranda. Isso não é nada bom para o relacionamento institucional entre Estado e Município. Essas provocações chegaram ao absurdo de o prefeito tentar barrar a participação do governador em uma cerimônia com a presença de dois ministros. Essas provocações não se limitam ao governador e atingem a todos os líderes políticos tradicionais do Estado e soam mal em todas as circunstâncias.
Agora Amastha lança o nome de sua candidata à vice-prefeita, adiantando que foi uma escolha política e que ela não teria condições de comandar a Capital e que, por isso, não aventava a possibilidade de renunciar para, em seguida, se contradizer, afirmando que sua meta é 2018.
Amastha já afirmou que, no Tocantins, é ele contra todos ou todos contra ele. Agora vaza na imprensa de que Amastha teria “profetizado” que em 20188 faria “barba, cabelo e bigode”
COLCHA DE RETALHOS
Já os apoiadores de última hora da candidatura de Raul Filho precisam acrescentar propostas de governo que justifiquem suas adesões, para que não fique tão clara para os eleitores a intenção simples de ressuscitação, de sobrevida, como foi deixado transparecer, para que o apoio a Raul Filho não pareça apenas uma muleta e que o candidato escolhido não figure como um “peso morto”
Assim como em outras campanhas eleitorais, a batalha deste ano em Palmas traz reuniões antecipadas, alianças celebradas e desfeitas antes do inicio do processo eleitoral, e a dissolução de candidaturas e aspirações.
E PALMAS?
O eleitor palmense está muito bem informado. Talvez seja a Capital que mais tenha acesso à informação do Brasil, tal a monta de veículos de comunicação á sua disposição a custo zero. São blogs, sites, portais, rádios, jornais impressos e revistas e, justamente por isso, não pode reclamara do seu “amanhã”, pois já se dispôs a pagar impostos altíssimos, como ISSQN, IPTU, tarifas de água e energia, estacionamento, entre outros. Logo, já passou da hora das entidades classistas, como ACIPA, CDL, sindicatos, associações de pequenos produtores e toda e qualquer união de pessoas por um bem comum chamarem às claras aos senhores candidatos a prefeito e vereador – a partir do dia 20 deste mês, para estar dentro da legislação eleitoral – para conhecerem os programas de governo – se é que esses existem – para, só então, decidir em quem vão votar e aconselhar seus membros a fazer o mesmo.
Essa “conversa ao pé da orelha” é necessária porque, até agora, todos têm idéias mirabolantes e soluções relâmpago para os problemas da cidade, mas os eleitores precisam ter a certeza de que esses projetos e planos são realizáveis, palpáveis e viáveis, pois, até agora, não vimos nenhum projeto que vise ao benefício de Palmas, apenas projetos que visam ao benefício do candidato ou do seu grupo em 2018.
Logo, é bom que os candidatos mostrem suas reais intenções e apresentem suas propostas da maneira mais clara possível, pois, de bobo, o povo só tem a cara...
ELEIÇÕES 2016
O Partido Trabalhista Brasileiro realizou dia 5 passado sua convenção partidária na cidade de Monte de Carmo, quando ficou homologada pela convenção a candidatura do medico, Condorcet Cavalcante Filho, para prefeito e para vice-prefeito o Sr Antonio Domingo Barbosa Rodrigues assim como também ficou definido os candidatos a vereares e o representante legal do partido junto a Justiça Eleitoral
Outras atas de partidos da Coligação