André Fidelis é acusado de ter visto associações e sindicatos subir o faturamento mensal de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões.
Por Renato Nascimento
O diretor de Benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), André Fidelis, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira, 5 de julho.
A motivação se deu após uma série de reportagens revelar a prática de descontos excessivos sobre os vencimentos de aposentados.
O edifício, inicialmente ocupado por famílias de movimentos sociais, foi invadido por criminosos que expulsaram os moradores.
Esses valores são para pagar quantias impostas em decisões definitivas em matérias assistenciais e previdenciárias, chamadas de Requisições de Pequeno Valor (RPV).
As denúncias que chamaram a atenção da Controladoria-Geral da União (CGU), Tribunal de Contas da União (TCU) e do próprio INSS.
O TCU determinou a apuração das responsabilidades e a suspensão imediata dos descontos feitos por essas entidades.
O Ministério Público Federal (MPF) solicitou a devolução dos valores descontados ilegalmente dos aposentados.
CARGO DE ANDRÉ FIDELIS NO INSS
André Fidelis ocupava a função de assinar termos de cooperação técnica com associações e sindicatos para oferta de serviços diversos aos beneficiários do INSS.
Segundo as denúncias, ele viu essas entidades aumentarem significativamente seu faturamento e número de filiados.
Entre 2023 e 2024, essas organizações receberam mais de R$ 2 bilhões em descontos das aposentadorias.
O faturamento mensal dessas organizações teriam subido de R$ 85 milhões para R$ 250 milhões.
As denúncias envolvem ainda acusações de fraudes na filiação de idosos, exacerbando preocupações sobre a vulnerabilidade desses beneficiários frente às práticas questionáveis de algumas entidades vinculadas ao INSS.