Alvo de mandados de busca e apreensão cumpridos pela Polícia Federal nesta sexta-feira (20), o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, conseguiu até o momento driblar pressões por sua expulsão do MDB. Segundo o partido, nenhum pedido de exclusão do filiado chegou à comissão de ética.
O benefício da dúvida tem favorecido a permanência de Ibaneis, que procurou líderes da legenda para reafirmar a versão de que foi enganado e não teve conivência com os atos golpistas do dia 8 em Brasília. O senador Renan Calheiros (AL) é um dos que já indicaram apoiar a expulsão.
A leitura é que nada será encaminhado antes do prazo de três meses de afastamento do governador, a menos que as investigações, caminhando em alta velocidade, tragam evidências. O discurso é o de que um eventual procedimento contra Ibaneis terá que possuir base jurídica e respeitar o direito de defesa.
Apuração. Os dois são investigados no inquérito do Ministério Público Federal que apura a conduta de autoridades de Estado durante os atos terroristas de 8 de janeiro.
O pedido de buscas:
Partiu do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos da PGR
Foi autorizado pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF;
Envolve a participação da Polícia Federal (PF)
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Operação Lesa Pátria
A PF também atua hoje na operação Lesa Pátria, ordenada pelo STF (Supremo Tribunal Federal). Foram expedidos 8 mandados de prisão preventiva, além de 16 de busca e apreensão. Eles são cumpridos no Distrito Federal e outros cinco estados.
A operação mira financiadores e participantes dos atos terroristas no DF. Pela manhã, quatro suspeitos foram presos:
Ramiro Alves Da Rocha Cruz Junior, conhecido como Ramiro dos Caminhoneiros;
Randolfo Antonio Dias;
Renan Silva Sena;
Soraia Bacciotti.